No centro do Recife passageiros dizem estar "tudo normal"
A Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco entrará, na tarde desta quarta (22), com uma representação no Ministério Público de Pernambuco contra ação do Grande Recife
Passageiros da Região Metropolitana do Recife (RMR) foram pegos de surpresa com o anúncio de redução da frota de ônibus na manhã desta quarta-feira (23), anunciada pelo Grande Recife Consórcio de Transporte. Diante dessa diminuição do serviço público, o LeiaJá foi às ruas do Centro da capital pernambucana saber se os passageiros estavam enfrentando muitas dificuldades. No entanto, mesmo com a redução de 8% no número de viagens, parece que alguns recifenses não sentiram o impacto e alegam estar tudo como de costume; pelo menos a sensação foi essa - dita pelos passageiros.
A equipe de reportagem notou uma certa tranquilidade no trânsito, sem grande quantidade de ônibus e carros circulando. Vindo de Casa Caiada, Olinda, RMR, Antônio de Oliveira diz não ter sentido dificuldades para chegar no trabalho. "Peguei o ônibus de costume, no horário normal que pego todos os dias". Estar 'normal' não significa excelência dos serviços; foram observados alguns coletivos superlotados no início da manhã de hoje.
Passando pela avenida central da Boa Vista, e também pelo bairro de São José, nem dificuldade para embarcar nos BRTs, com uma possível crescente da demanda por conta da redução dos ônibus - parece que a população enfrentou. Bruno Golçalves, que trabalha na estação de BRT localizada na Avenida Dantas Barreto, centro da capital pernambucana, informa que "está tudo tranquilo. Não vi nada demais".
Em contato com o Grande Recife Consórcio de Transporte, a Assessoria de Comunicação (Ascom) ratifica que não existe previsibilidade para a volta da normalidade. "Estamos entrando em reunião agora para decidirmos algumas coisas, mas até então o que divulgamos para a imprensa segue inalterado", confirmou a Ascom.
A Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco irá entrar, na tarde desta quarta, com uma representação no Ministério Público de Pernambuco contra essa ação do Grande Recife. Segundo a entidade, não poderia haver a interrupção desse serviço básico para a população, sendo as empresas responsáveis por criar alternativas sem penalizar a sociedade. A Frente quer também que "o Ministério Público cobre transparência do Grande Recife Consórcio de Transporte, já que não há nenhuma informação que justifique essa redução (dos ônibus)", ratifica Pedro César.