Homem preso por atirar em PM provou que estava no emprego

O advogado anexou ao processo informações do ponto eletrônico que confirmam a presença do homem no trabalho no dia do crime

por Jameson Ramos qua, 03/10/2018 - 13:29
Arquivo Pessoal No ano do crime, a polícia informou que não dava para identificar os criminosos Arquivo Pessoal

No Rio de Janeiro, o mecânico Luiz Felipe Neves Gustavo teve a sua prisão preventiva decretada por um suposto envolvimento em tiroteio de traficantes contra policiais na comunidade da Cidade de Deus, onde um agente acabou sendo baleado no joelho. No entanto, o sistema de ponto eletrônico da oficina mostra que Luiz trabalhava no dia do crime.

Luiz Felipe trabalha numa oficina de instalação de gás natural veicular (GNV), em Jacarepaguá. O ponto eletrônico é feito por identificação da biometria e mostra que o homem chegou ao seu local de trabalho às 8h41, saiu para almoçar às 12h12, voltou às 13h11 e só largou às 18h10. Segundo publicação do UOL, o crime aconteceu no meio da tarde de 1º agosto de 2017.

Ao site, o advogado do mecânico, Maycon Morais, explica que o rapaz sequer sabia da ocorrência do processo criminal que corria em seu nome e só descobriu quando um colega foi checar algumas informações trabalhistas e descobriu que havia esse processo; neste momento Luiz Felipe acionou o advogado a fim de esclarecer os fatos.

Na época do crime, o Ministério Público abriu um inquérito, mas os policiais afirmaram que não era possível reconhecer ninguém por conta da adrenalina no momento e que os criminosos usavam capuzes. Dois meses depois, por meio de fotografias, Luiz Felipe foi reconhecido como um do envolvidos e teve seu nome incluído na denúncia. O Uol fala que outros nove acusados foram denunciados, sendo três deles irmãos do Luiz.

Sem saber de nada, segundo o advogado, o mecânico teve a prisão preventiva decretada em março deste ano. Luiz Felipe só foi preso quatro dias depois que o advogado anexou a folha de ponto e o registro de trabalho ao processo. A efetuação da prisão aconteceu na oficina onde o mecânico trabalha.

 O advogado afirmou ao site que fez o pedido de revogação da prisão e aguarda análise da justiça. Informa ainda que Luiz Felipe não mora na Cidade de Deus desde 2016 e que ele "não tinha nenhuma relação com os irmãos e não tinha antecedentes, até a polícia confirma isso", salienta Maycon Morais. Luiz Felipe Neves foi preso nesta última segunda-feira (24).

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