Avaliação de saúde do Bolsa Família vai até 14 de novembro

Beneficiários do programa devem procurar as unidades básicas do município de Belém, no horário de 8 às 17 horas, para a verificação nutricional

sab, 03/11/2018 - 11:11
Wesley Lima/LeiaJáImagens Lourrene Martins, nutricionista do Núcleo de Promoção à Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) Wesley Lima/LeiaJáImagens

Os beneficiários do Programa Bolsa Família do município de Belém terão até o dia 14 de novembro para fazer a avaliação nutricional de saúde. As famílias têm que procurar as unidades de saúde, munidas com o cartão do programa federal (NIS), das 8 às 17 horas, para a avaliação do estado nutricional e verificação da cobertura das vacinas para crianças menores de 7 anos e acompanhamento pré-natal para as gestantes.

Lourrene Martins, nutricionista do Núcleo de Promoção à Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), explica que quando o beneficiário entra no programa Bolsa Família é informado que deve fazer uma avalição de saúde. Na unidade eles analisam o estado nutricional, verificam o calendário de vacina da criança, se está atualizado, e se a gestante está fazendo ou não o pré-natal. Quando o beneficiário não cumpre essas recomendações, o benefício é bloqueado ou suspenso. “O Programa Bolsa Família, além de uma distribuição de renda, tem uma importância muito grande para a saúde da criança, da gestante e para a população mais vulnerável. É condicionalidade do programa que o beneficiário faça o acompanhamento de saúde em qualquer ciclo da vida. Os obrigatórios são para crianças com menos de 7 anos, gestantes e mulheres de 14 a 44 anos que recebem o benefício”, disse Lourrene Martins.

O acompanhamento nutricional sempre ocorreu. A partir do momento em que a pessoa é beneficiada, deve cumprir a condicionalidade para continuar recebendo todo mês a ajuda do programa. É a contrapartida que o Ministério da saúde pede para que o beneficiário continue recebendo esse benefício. “O Programa Bolsa Família trabalha com duas vigências ao longo do ano, no 1º e no 2º semestres. O sistema zera e reinicia as consultas. Se a família foi no 1º semestre, terá de comparecer novamente no 2º”, afirmou a nutricionista.

Para Lourrene, o encerramento da 1ª vigência de 2018 foi considerado satisfatório. Dentro da avaliação de cobertura de atenção básica do município, a Sesma fechou com uma boa cobertura de beneficiários do programa. “No Estado do Pará, são atualmente 230.578 indivíduos de direito que recebem Bolsa Família. Dentre esses, 170.000 são de acompanhamento obrigatório e aproximadamente 50 mil crianças”, disse Lourrene.

Geni Miranda, 45, autônoma, mãe da Ana Paula Miranda, de 6 anos, diz que o programa Bolsa Família é muito importante, pois ajuda muito a manter as crianças na escola com saúde e uma boa alimentação. “Na unidade de saúde o acompanhamento é feito tudo certinho. Eles checam a caderneta de vacinação, verificam se as vacinas estão em dia, o peso, a altura e se a criança estiver abaixo do peso é feita uma dieta para ganhar peso. Tem um médico específico para atender as crianças do programa. O auxílio proporcionou uma melhora na vida da Ana Paula tanto na alimentação, quanto nos estudos e na saúde. Como beneficiária, tenho uma grande vantagem que é o desconto na tarifa de energia”, disse Geni.

“Ana Paula teve apenas um acompanhamento quando tinha 4 anos. Hoje já está com 6. Ela só vai quando é chamada através do boleto que recebemos. Como ela já estuda o pessoal da unidade de saúde só pede uma declaração da escola”, completou Geni.

Larisse de Araujo, autônoma, diz que o auxílio do programa trouxe algumas melhorias para a sua vida ajudando nas despesas de casa. “O Bolsa Família auxilia com a renda mensal na minha casa. Como beneficiária, uma das vantagens que tenho é com a isenção da taxa de matrícula em concurso público. O meu pré-natal na unidade de saúde é feito com uma nutricionista, um médico clínico geral e uma enfermeira”, explicou Larisse, que está grávida de oito meses.

Por Elayse Miranda.

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