Agente é investigado por assediar internas na Funase

Segundo portaria do MPPE, os casos de assédio sexual teriam ocorrido na Unidade de Atendimento Inicial (Uniai), localizada no centro do Recife

ter, 08/01/2019 - 11:26
Reprodução/Google Street View Uniai tem capacidade para 15 internos e recebe menores de ambos os sexos Reprodução/Google Street View

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou inquérito civil para apurar assédio sexual praticado por agente socioeducativo a adolescentes internas de unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). O procedimento corre em sigilo.

Segundo a promotora de Justiça Ana Joêmia Marques da Rocha, que investiga o caso, um procedimento preliminar de investigação apurou que os assédios eram praticados pelo agente Eduardo Henrique Cabral Alves Barreto. Os fatos foram registrados na Unidade de Atendimento Inicial (Uniai), localizada no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

A unidade possui capacidade para 15 internos de ambos os sexos e é para lá que os jovens seguem logo após deixarem a delegacia. Além da abertura de inquérito, a promotora solicita histórico de seis adolescentes. O texto não confirma se os seis nomes são das jovens assediadas pelo servidor.

A portaria também solicita os registros de todos os plantões na UNIAI em 2018 com participação de Eduardo Henrique Cabral Alves Barreto, além da folha individual de frequência dele referente aos meses de janeiro, março, maio, junho, agosto e setembro.Por fim, o MPPE solicita informações das medidas tomadas pela Funase em face da prática de assédio sexual a socioeducandas. 

Demitido

Através de nota, a Funase informou que, assim que tomou conhecimento dos fatos, determinou que a corregedoria realizasse uma investigação interna. A apuração resultou na demissão do funcionário conforme portaria de setembro de 2018. A fundação também encaminhou o caso ao MPPE para que fossem adotadas outras medidas cabíveis. "A fundação não compactua com condutas como as que ficaram demonstradas na rigorosa investigação interna que conduziu e ressalta que, assim que for notificada oficialmente, prestará todas as informações demandadas pelo MPPE no inquérito civil", diz a resposta da Funase.

 

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