Presos do Pará são levados para cadeia de segurança máxima

Operação da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) transfere 13 detentos acusados de liderar facções criminosas

sex, 26/04/2019 - 09:44
Akira Onuma Operação Êxodo tirou do Pará presos considerados de alta periculosidade Akira Onuma

A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) realizou, na manhã desta quinta-feira (25), a transferência de 13 internos de unidades prisionais do Pará para presídios federais de segurança máxima. A transferência dos presos faz parte da "Operação Êxodo".

Os presos foram levados em comboio para a Ala 9 (Base Aérea de Belém) e transferidos em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para unidades de segurança máxima federais. Atualmente, 25 presos do sistema penitenciário paraense estão em presídios federais.

De acordo com o coronel Mauro Matos, diretor-geral Penitenciário da Susipe, a transferência é uma forma de enfraquecer o crime organizado. "O nosso serviço de inteligência identificou lideranças pertencentes a organizações criminosas nas unidades prisionais do Estado que exerciam algum tipo de influência na execução de crimes intra e extramuros", informou.

O secretário Extraordinário de Estado para Assuntos Penitenciários, Jarbas Vasconcelos, afirma que as ações de revista e demais medidas continuarão sendo intensificadas nos presídios paraenses. "Estamos transferindo nomes, dos mais perigosos, para o sistema federal. Com isso, esperamos que haja uma diminuição das ordens de crimes de grande repercussão violenta nas ruas. Estamos atendendo a necessidade de diminuição da violência no Estado, que já apresenta uma sensível redução nas ocorrências, de acordo com dados recentes divulgados pela Segup. As fiscalizações intra e extra muro são realizadas para desarticular possíveis crimes. Também é uma forma de deixar os demais internos avisados sobre as ações de segurança que estão sendo realizadas e avisá-los que o Estado está acompanhando tudo o que acontece dentro e fora do sistema carcerário", afirmou.

O esquema de segurança foi realizado pela Susipe e contou com o apoio da Polícia Militar, por meio dos efetivos Comando de Missões Especiais e Batalhão de Polícia Penitenciária, além da Segup, por intermédio do Grupamento Aéreo.

Por Vanessa Van Rooijen, da Susipe.

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