Rodoviários ignoram sindicato e planejam paralisação
Oposição afirma que está articulando formas para que os rodoviários do Grande Recife integrem a Greve Geral que acontecerá na próxima sexta-feira (14)
Mesmo após o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana, Benilson Custódio, afirmar ao LeiaJá que a categoria não irá aderir à Greve Geral marcada para a próxima sexta-feira (14), a oposição afirma que está se articulando com os rodoviários para que consigam paralisar, sim, na sexta (14). De acordo com Aldo Lima, um dos representantes de O Guará oposição rodoviária, "a categoria tem anseio para parar".
"Nós não temos a estrutura para poder fazer uma paralisação da maneira que deveria ser feita: parando os serviços, fechando as portas das garagens e etc. Atuando como o sindicato que tem todo o aparato", reforça Aldo.
No entanto, o oposicionista acentua que na tarde desta terça-feira (11) irá participar de uma reunião com várias centrais sindicais para conseguir uma maneira de atuar "por cima do sindicato, uma vez que eles não vão aderir a uma dia tão importante, que é uma luta nacional contra o ataque brutal do governo (refere-se a Reforma da Previdência)", salienta.
Benilson Custódio alega que o sindicato não vai participar da Greve Geral porque no último dia 29 de maio foi feito uma assembleia e a proposta de reajustes para a categoria já foi protocolada com a patronal. “Quando a gente protocola essa pauta, não pode indicar um movimento paredista. Isso colocaria em risco a negociação salarial. Infelizmente, colocaram uma data para esta paralisação que estamos impossibilitados de participar”, ratifica.
Sobre isso, Aldo Lima diz que foi aprovado uma pauta que tem “acordo com o patrão”. O líder da oposição segue: “‘Ele (Benilson) está aprovando uma pauta na qual justifica um valor de 200 reais que os empresários vão pagar caso os motoristas queiram aceitar a dupla função (de cobrar e dirigir)”. A oposição se diz contrária à pauta porque pode resultar na demissão de quase 7 mil trabalhadores “para aumentar o lucro dos empresários”, pontua Aldo.
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