Quadrilha de estelionatários é presa no litoral paulista

Golpistas usavam documentos falsos para sacar dinheiro em banco e comprar criptomoedas

por Alex Dinarte seg, 08/07/2019 - 16:43

A Polícia Civil de São Sebastião, no litoral paulista, prendeu quatro suspeitos de praticar estelionato em contas de investimento com documentos falsos. O flagrante, que teve a colaboração de policiais civis da cidade de Monte Alto, interior de São Paulo, desarticulou uma quadrilha que transformava dinheiro em criptomoedas.

Na noite da última terça-feira (2), policiais civis de Monte Alto (357 km de São Paulo), informaram aos investigadores do 1º Distrito Policial (DP) de São Sebastião que uma pessoa se passando por correntista de um banco situado na cidade litorânea tentaria sacar R$ 69 mil na quarta-feira, dia 3. Com o aviso, policiais de São Sebastião alertaram a gerência do banco sobre a possibilidade da prática criminosa. Logo na sequência, um funcionário do banco comunicou à polícia que um homem pretendia efetuar saque de R$ 69 mil após ter aberto conta na própria agência e resgatado mais de R$ 1,7 milhão da conta original, aberta na mesma instituição porém na unidade bancária que fica em Monte Alto. Ao ser preso em flagrante, o homem admitiu ter usado documentação falsa para executar o golpe, que teria sido montado por outro participante do bando. O criminoso revelou que receberia R$ 5 mil para praticar o delito.

Pouco tempo depois, o 1º Distrito Policial (DP) de São Sebastião recebeu nova denúncia da mesma agência. Desta vez, a suspeita recaiu sobre uma mulher que apresentou documentos falsos para tentar abrir conta. A polícia então dirigiu-se ao local e constatou relação entre os casos pelo fato da suspeita ter feito alegações semelhantes às utilizadas pelo primeiro suspeito. Ao interrogar os dois presos, as investigações chegaram a uma terceira pessoa envolvida no crime. O funcionário de um escritório de contabilidade, localizado em Caraguatatuba, também no litoral paulista, confessou envolvimento no esquema fraudulento e levou os policiais ao quarto criminoso, que idealizava os golpes.

A polícia apurou que os recursos desviados seriam transformados em criptomoedas, como o Bitcoin, por meio de uma corretora que usa servidores proxy da Ásia. Junto com os suspeitos, foram apreendidos vários documentos falsificados, além de telefones celulares e computadores. 

 

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