Coronavírus: Maranhão monitora dois casos suspeitos
Ministério da Saúde afirma que 182 casos suspeitos são acompanhados
A Secretaria de Saúde do Maranhão informou que monitora dois casos suspeitos do novo coronavírus (covid-19) no estado. Em nota divulgada na noite de ontem (28), a secretaria disse que os pacientes, que estão em São Luís, capital do estado, receberam os primeiros atendimentos e que já foram coletadas amostras para exame e confirmação se, de fato, eles estão com o vírus.
Até o momento, o Ministério da Saúde (MS) informou que 182 casos suspeitos do novo coronavírus são monitorados no Brasil, com uma única ocorrência confirmada da doença no estado de São Paulo. Os dois casos no Maranhão ainda não ainda foram contabilizados pelo ministério.
"Os pacientes receberam os primeiros atendimentos e já coletaram amostras que serão examinadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen-MA) e, posteriormente, encaminhados para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Pará. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) já está adotando as medidas previstas no Plano de Contingência para o Covid-19 no Maranhão, elaborado em conformidade com o Plano de Contingência Nacional e Gestão de Riscos", disse a secretária, em nota.
Resultados são aguardados
Acrescentou que os resultados devem sair em até uma semana. Em um dos casos, a paciente, vinda da Itália, apresentou comprometimento respiratório com sintomas como febre alta, tosse e cansaço progressivo. A secretaria disse que a paciente está em isolamento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Vinhais, "por conta da necessidade de internação devido ao quadro clínico, aguarda transferência para o Hospital Dr. Carlos Macieira, uma das unidades de saúde de referência para o atendimento a casos suspeitos no Maranhão."
O outro caso foi classificado como leve, até o momento, não necessitando de internação. A paciente foi atendida na UPA do Itaqui-Bacanga e relatou ter passado por países como China, França e Japão, onde foram identificados casos da doença.
"A paciente chegou em São Luís há quatro dias e apresenta sintomas como dispneia e tosse seca. Por não apresentar quadro clínico com necessidade de internação, permanecerá em isolamento na unidade de pronto atendimento", disse a secretaria.
Informou também que os casos já foram notificados como suspeitos ao Ministério da Saúde e que a equipe de Vigilância Epidemiológica de São Luís já foi" acionada para realizar o levantamento e monitoramento das pessoas que tiveram contato com os casos suspeitos, a fim de orientá-las e acompanhar a manifestação de possíveis sintomas".
Até o momento, 71 casos suspeitos de coronavírus já foram descartados em todo o Brasil. O mais recente boletim mostrou a seguinte distribuição dos casos pelo Brasil: São Paulo (66), Rio Grande do Sul (27), Rio de Janeiro (19), Minas Gerais (17), Bahia (9), Santa Catarina (9), Ceará (6), Pernambuco (5), Paraná (5), Distrito Federal (5), Goiás (5), Rio Grande do Norte (3), Mato Grosso do Sul (2), Espírito Santo (2), Paraíba (1) e Alagoas (1).
Cuidados
O Ministério da Saúde está considerando como casos suspeitos o de pessoas que apresentarem febre, tosse e dificuldades para respirar, sintomas semelhantes ao de um resfriado e tiveram passagem ou contato com alguém que esteve nos últimos 14 dias na Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja, além da China.
Caso manifeste algum desses sintomas, a pessoa deve procurar atendimento médico imediatamente na unidade de saúde mais próxima.
Nos casos considerados leves não há necessidade de internação, com medidas de precaução domiciliar, como evitar o contato com outras pessoas e evitar sair de casa. Já nos casos considerados graves o paciente deve ser encaminhado a um Hospital de Referência estadual para isolamento e tratamento.
Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos; caso não haja água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool; utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo.
Evitar tocar nos olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas e limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.