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Nas quatro primeiras semanas de 2024, o Rio de Janeiro teve 17.437 casos prováveis de dengue. Para efeitos de comparação, no mesmo período em 2023, foram 1.441 casos. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (31) no boletim Panorama da Dengue, produzido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ). Há duas mortes confirmadas até agora: a de uma mulher de 98 anos, em Itatiaia, na região serrana, e a de um homem de 33 anos, em Mangaratiba, na Costa Verde.

Dos 92 municípios do estado, 14 estão com taxa de incidência acima de 500 casos por 100 mil habitantes. A doença avança com mais velocidade em cidades menores e nas mais próximas aos estados de Minas Gerais e São Paulo. Na região serrana, o número de casos está 14 vezes acima do esperado para o período e, na região metropolitana, dez vezes maior. Na Baía de Ilha Grande e no Centro-Sul Fluminense, são nove vezes mais casos.

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Nos exames analisados pelo Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ), que pertence ao governo do estado, a taxa de positividade oscilou de 35% para 33%. Foram processados 4.464 testes para a doença na terceira semana epidemiológica do ano (14/01 a 20/01), mais do que em qualquer semana de 2023.

O boletim Panorama da Dengue é divulgado todas as semanas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs). Pelos números divulgados, a análise é que o número real de casos pode ser bem maior.

“Os números estão altos e ainda continuam subindo rapidamente. Historicamente, os casos costumam aumentar no fim do primeiro trimestre e caem a partir de maio, junho. Mesmo que a gente esteja diante de uma antecipação dessa curva de crescimento, o que indicaria uma possibilidade de a queda também acontecer mais cedo, os dados são um sinal de alerta. As pessoas devem evitar a automedicação e procurar atendimento médico aos primeiros sintomas, principalmente se apresentarem febre”, diz a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.

Medidas

O governo estadual lançou um programa na semana passada voltado especificamente para o combate à doença, chamado de Gov.RJ contra a Dengue Todo Dia!. Na ocasião, foram apresentadas medidas como a compra de equipamentos e insumos para os municípios que registram mais casos, que incluem a montagem de 80 salas de hidratação, para atender até 8 mil paciente por dia. O valor do investimento é de R$ 3,7 milhões.

A Secretaria de Saúde também anunciou o treinamento de 2 mil médicos de emergências e profissionais de saúde em todos os municípios, com o objetivo de fazer diagnóstico e tratamento mais precisos. Além disso, 160 leitos de nove hospitais de referência do estado poderão ser convertidos para tratamento da dengue, caso seja necessário.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou ter confirmado 10.728 casos de dengue até a terceira semana epidemiológica de 2024 (com dados até o dia 20 de janeiro). O número representa uma alta de 26,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 8.466 registros da doença haviam sido confirmados em território paulista.

Quatro pessoas morreram neste ano por complicações da doença: um óbito foi registrado no município de Bebedouro, um em Jacareí e dois em Pindamonhangaba, todas cidades no interior do Estado. Em 2023, foram oito mortes registradas nas três primeiras semanas epidemiológicas do ano - importante lembrar, porém, que há um atraso na transmissão dos dados, então as estatísticas de 2024 ainda podem ser revisadas para cima.

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Nas três primeiras semanas do ano, foram confirmados ainda 187 casos de chikungunya, com nenhuma morte relacionada, e nenhum caso de zika. As três doenças são transmitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Brasil

O número de casos de dengue está em alta em todo o Brasil, com três unidades federativas (Minas Gerais, Acre e Distrito Federal) já tendo decretado situação de emergência em saúde pública. Nas três primeiras semanas epidemiológicas de 2024, mais de 120 mil casos prováveis foram registrados no País, ante 44 mil da mesma época do ano passado. Também foram registrados 12 óbitos pela arbovirose, diante de 26 no mesmo período do ano anterior.

O combate às doenças é feito principalmente tentando evitar a reprodução do mosquito Aedes, impedindo que ele consiga encontrar locais com água parada que possa transformar em criadouros.

Neste ano, o governo federal iniciou também a vacinação contra a dengue com o imunizante Qdenga, do laboratório japonês Takeda, aprovado para uso recentemente.

Vacinação

O Ministério da Saúde anunciou que crianças de 10 a 14 anos serão priorizadas para a vacinação diante do número limitado de doses. Eles devem começar a ser vacinados já em fevereiro.

A faixa etária está dentro do que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), dos 6 aos 16 anos. De acordo com Eder Gatti, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do ministério, a escolha foi feita levando em consideração que, entre as crianças, o grupo de 10 a 14 anos concentra o maior número de hospitalizações.

A pasta também selecionou 521 municípios - de 16 Estados e o Distrito Federal - que serão contemplados com a vacina.

No Estado de São Paulo, 11 municípios participarão da primeira fase da imunização, todos da região do Alto Tietê: Guarulhos, Suzano, Guararema, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Mogi das Cruzes, Arujá, Santa Isabel, Biritiba-Mirim e Salesópolis.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de Minas Gerais (MG), Romeu Zema, decretou situação de emergência em saúde pública no Estado devido à alta incidência de casos de dengue e chikungunya. O decreto, publicado no Diário Oficial de Minas Gerais, já está em vigor e tem prazo de 180 dias.

O texto, entre outros pontos, autoriza "a adoção de todas as medidas administrativas e assistenciais necessárias à contenção do aumento da incidência de casos de Arboviroses, em especial a aquisição pública de insumos e materiais, doação e cessão de equipamentos e bens e a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial."

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A decisão estabelece ainda que a dispensa de licitação devido à situação emergencial somente será permitida enquanto esta perdurar, respeitada a vigência do decreto.

O Brasil registrou, nas três primeiras semanas de 2024, 12 mortes por dengue e 120.874 casos prováveis da doença. No mesmo período do ano passado, foram contabilizados 26 óbitos e 44.753 casos prováveis.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Ministério da Saúde. Há ainda 85 óbitos em investigação. “Vivemos um momento de grande preocupação em relação à dengue”, avaliou a ministra Nísia Trindade. 

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A pasta confirmou que os quatro sorotipos da dengue circulam no país atualmente – inclusive o sorotipo 3, que não circulava de forma epidêmica no Brasil há mais de 15 anos. O sorotipo 1 é classificado atualmente como predominante.

“Temos a circulação dos quatro sorotipos ao mesmo tempo no país. Realmente é bastante preocupante”, reforçou a diretora do departamento de Doenças Transmissíveis do ministério, Alda Cruz. 

Chikungunya

Dados do Informe Semanal das Arboviroses Urbanas mostram ainda que o país registrou, nas três primeiras semanas de 2024, 7.063 casos de chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

O coeficiente de incidência é de 3,5 casos para cada grupo de 100 mil habitantes – uma redução de 34,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi confirmada uma morte pela doença e oito estão em investigação. 

Zika

Já os dados de zika divulgados pela pasta são referentes ao segundo semestre de 2023, quando a doença registrou 1.954 casos prováveis, sendo 116 casos em gestantes. Não houve nenhum óbito e a taxa de incidência ficou em 1 caso para cada grupo de 100 mil habitantes. O vírus, igualmente transmitido pelo Aedes aegypti, está associado a complicações neurológicas como microcefalia congênita e síndrome de Guillain-Barré. 

As últimas semanas de 2023 foram marcadas por um aumento do número de casos confirmados de Covid-19 em Pernambuco. No entanto, a primeira semana de 2024 apresentou uma leve queda, em comparação ao período anterior. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) afirmou que a tendência é seguir “numa diminuição sustentada de Covid-19 para as próximas semanas”. 

Segundo a pasta, na primeira semana epidemiológica, de 31 de dezembro até 6 de janeiro, o número de casos confirmados foi de 1.728, com um índice de 28,4% de positividade. “Os números de notificados e confirmados para Covid-19 mantêm a tendência de redução na quantidade absoluta de casos. A positividade diminui mais lentamente”, relatou a SES-PE, por meio de nota. 

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Os períodos mais críticos de casos confirmados ocorreram entre as semanas epidemiológicas 49 e 51, que contam do dia 3 a 23 de dezembro de 2023. Apenas nesse período, foram somados 10.556 casos, com uma variação de positividade de 29,9%, no pico, que contabilizou 13 óbitos. Os números absolutos passaram a diminuir gradualmente a partir da última semana do ano, que contou com 2.168 casos confirmados. A tendência de queda se deu também no número de mortes, que chegou a zero na primeira semana de 2024. 

Confira os números das últimas semanas de 2023: 

O número de internações também variou no mesmo período. A semana epidemiológica mais crítica foi a 49, quando houve 153 pessoas internadas. Nas semanas seguintes da 50 às 52, houve queda gradual, variando de 128 e 122. A primeira semana da 2024 contou 98 intervenções hospitalares. Confira a lista abaixo: 

Internações: 
SE 44 - 138 
SE 45 - 147 
SE 46 - 140 
SE 47 - 131 
SE 48 - 145 
SE 49 - 153 
SE 50 - 128 
SE 51 - 122 
SE 52 - 128 
SE 01/2024 - 98 

No entanto, a SES-PE reforçou que os leitos contados servem para o “acompanhamento de casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), que não apenas envolvem os casos de Covid-19".  

Vacinas 

As vacinações, segundo a Secretaria, cabem às gestões municipais para a “realização das estratégias de aplicação, que incluem a abertura dos postos de saúde volantes, visita casa a casa, vacinação em locais com grande circulação de público, em escolas, entre outras”. 

No Recife, os postos de vacinação podem ser verificados no site Minha Vacina https://minhavacina.recife.pe.gov.br/locais-sem-agendamento" rel="noreferrer noopener" target="_blank">https://minhavacina.recife.pe.gov.br/locais-sem-agendamento, onde também é possível se cadastrar e agendar. 

Calendário Nacional de vacina do SUS 

Como uma forma de estimular e facilitar o registro das vacinações, o Sistema Único de Saúde (SUS) incluiu, a partir de janeiro de 2024, as aplicações de doses contra a Covid-19 em seu calendário nacional para crianças de seis meses a menores de 5 anos de idade.  

Entre as estratégias aplicadas, a imunização de grupos prioritários está em vigor o intervalo de seis meses para indivíduos com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas. Já o intervalo anual de vacinação será disponível para as seguintes populações: pessoas que vivem ou trabalham em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente ou comorbidades, pessoas privadas de liberdade com 18 anos ou mais, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e população em situação de rua. 

Testes 

De acordo com a Secretaria de Saúde, a oferta de testagem para detecção da Covid-19 também é realizada pelas gestões municipais. Não foi informado quantos equipamentos de testagem foram distribuídos pelo estado. 

 

Entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil diagnosticou ao menos 19.219 novos casos de hanseníase. Mesmo que preliminar, o resultado já é 5% superior ao total de notificações registradas no mesmo período de 2022.

Segundo as informações do Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase, do Ministério da Saúde, o estado de Mato Grosso segue liderando o ranking das unidades federativas com maiores taxas de detecção da doença.

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Até o fim de novembro, o total de 3.927 novos casos no estado já superava em 76% as 2.229 ocorrências do mesmo período de 2022. Em seguida vem o Maranhão, com 2.028 notificações, resultado quase 8% inferior aos 2.196 registros anteriores.

Consultada pela Agência Brasil, a Secretaria de Saúde de Mato Grosso informou que nos últimos anos os diagnósticos da doença vêm aumentando gradualmente, resultado de uma “política ativa de detecção” que, entre outras medidas, inclui a “capacitação dos profissionais da saúde”. 

A pasta também atualizou os dados estaduais. Somados os diagnósticos de dezembro e outros ainda não reportados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o total de novos casos notificados em 2022 já chega a 4.212.

“Para nós, o aumento [dos diagnósticos] nacional do último ano não é novidade, pois há uma grande subnotificação de casos no país”, disse o coordenador Nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Faustino Pinto, explicando que, paradoxalmente, o aumento de diagnósticos é, em um primeiro momento, algo positivo.

De acordo com Faustino, até 2019, o número de novos casos identificados vinha aumentando ano a ano, sem, com isso, representar a real gravidade da situação. “Como há muitos anos não há uma campanha nacional de esclarecimento e estímulo para as pessoas procurarem o serviço de saúde em caso de suspeita da doença, os diagnósticos são resultado de uma busca espontânea. As pessoas procuraram o serviço de saúde por iniciativa própria, buscando as causas de uma mancha na pele; área dormente ou dores nos nervos”, explicou Pinto, acrescentando que a situação piorou de 2020 a 2021, devido à pandemia da covid-19.

A Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, no boletim epidemiológico divulgado em janeiro de 2023, com os dados da doença relativos a 2022, admite que a pandemia impôs um desafio extra, exigindo estratégias direcionadas ao fortalecimento das ações de controle da hanseníase.

“A pandemia de covid-19 criou dificuldades para novos diagnósticos e para o tratamento de pacientes com hanseníase, contribuindo para a subnotificação e o pior prognóstico dos casos”, disse a secretaria ao demonstrar que, de 2019 a 2020, o total de casos diagnosticados caiu de 27.864 para 17.979. Além disso, em 2021, 11,2% dos 18.318 novos pacientes identificados já apresentavam lesões graves nos olhos, mãos e pés quando foram diagnosticados.

Fonte: Sinan/SVS/MS

“Ou seja, hoje não retornamos sequer aos números pré-pandemia, quando já acusávamos a subnotificação. O que significa que a situação atual é ainda mais grave, porque se estamos identificando apenas os pacientes que chegam por demanda espontânea, muitas pessoas estão deixando de ser tratadas a tempo de evitar sequelas neurológicas. Também estamos falhando nos esforços para interromper o ciclo de transmissão da doença”, comentou Pinto, destacando que, uma vez iniciado o tratamento, a pessoa infectada deixa de transmitir a bactéria causadora da hanseníase para outras pessoas susceptíveis a desenvolver a doença.

Janeiro Roxo

Considerada uma das mais antigas doenças a afligir o ser humano, a hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa que atinge a pele, mucosas e o sistema nervoso periférico, ou seja, nervos e gânglios. Embora tenha cura, pode causar lesões e danos neurais irreversíveis se não for diagnosticada a tempo e tratada de forma adequada.

Entre os sinais e sintomas mais frequentes estão o aparecimento de manchas, que podem ser brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas, e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade e o comprometimento dos nervos periféricos, geralmente com engrossamento da pele, associado a alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas.

Também podem ser indícios da doença o surgimento de áreas com diminuição dos pelos e do suor; sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés; diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés, bem como a ocorrência de caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

A maioria das pessoas expostas à bactéria Mycobacterium leprae não desenvolve a doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, a hanseníase é identificada por meio de exame físico geral, dermatológico e neurológico. Realizado com o uso de medicamentos antimicrobianos, o tratamento é feito gratuitamente, no Sistema Único de Saúde (SUS), não exigindo internação. A duração do tratamento varia conforme a forma clínica da doença

Casos onde haja suspeita de comprometimento neural, mas sem lesão cutânea, e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesão cutânea evidente, devem ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade aptas a avaliar o quadro geral do paciente. Em crianças, o diagnóstico exige uma avaliação mais criteriosa, devido à dificuldade de aplicação e interpretação dos testes de sensibilidade. Além disso, é bom estar atento, pois casos infantis são indicadores de transmissão ativa da doença, especialmente entre parentes. Pessoas que convivem com quem tem a hanseníase transmissível têm três vezes mais risco de desenvolver a doença, devido ao contato próximo e prolongado.

Para conscientizar a população em geral e as autoridades públicas em particular sobre a importância do diagnóstico precoce e do enfrentamento ao preconceito contra a hanseníase, no Brasil, desde 2016, o mês de janeiro é dedicado à campanha Janeiro Roxo. Oficializada pelo Ministério da Saúde, a iniciativa busca disseminar informações sobre os principais sinais, sintomas, tratamento e prevenção da doença.

Embora conste do calendário do Ministério da Saúde, a iniciativa, na prática, é realizada por estados e municípios. A Secretaria de Saúde do Pará (Sespa), por exemplo, anunciou que, durante todo o mês, realizará um ciclo de capacitações para servidores estaduais e municipais.

“Vamos abranger 13 centros regionais e os 144 municípios, já preparando para um trabalho em que os municípios protagonizarão o combate à hanseníase durante todo o ano de 2024 e não apenas em janeiro. Posteriormente, vamos incentivar os municípios a trabalhar a sua própria campanha, porque eles são executores e lidam diretamente com a população”, informou em nota o coordenador do Programa de Controle de Hanseníase da Sespa, Luís Augusto Costa de Oliveira.

De acordo com ele, em 2023, o estado registrou 1.349 novos casos da doença,  100 a mais do que as notificações já lançadas no sistema do Ministério da Saúde. Do total, 92 casos envolvem crianças e adolescentes com menos de 15 anos de idade.

“A cada mês de janeiro vemos iniciativas como esta. A meu ver, são tímidas e não simbolizam uma campanha nacional que, se ocorresse, resultaria na notificação de muitos mais casos do que os que temos visto todos os anos. Houvesse busca ativa [de pessoas infectadas], em vez de 20 mil casos, teríamos 30 mil. Trinta mil pessoas diagnosticadas, tratadas e curadas, com a devida interrupção da transmissão. Só com isso poderíamos, daqui a alguns anos, pensar em reduzir e até quem sabe erradicar a doença”, disse o coordenador do Morhan, Faustino Pinto.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o número de casos de dengue em 2023 apontam o Brasil como o país com maior incidência da doença no mundo. Ao todo, foram 2,9 milhões de casos registrados até 11 de dezembro - mais da metade dos mais de 5 milhões registrados mundialmente. De acordo com a entidade, vivemos um patamar mundial histórico.

Na publicação, divulgada na sexta-feira, 22, a OMS alertou sobre o fato de a doença também ter se espalhado para países onde historicamente não circulava, como França, Itália e Espanha.

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Entre as razões para a disseminação está a crise climática, que tem elevado a temperatura mundial e permitido que o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, sobreviva em ambiente onde antes isso não ocorria - dessa maneira, ele consegue se reproduzir cada vez mais.

O fenômeno El Niño de 2023 também acentuou os efeitos do aquecimento global das temperaturas e das alterações climáticas, e a previsão é que ele persista até meados de 2024.

O Ministério da Saúde do Brasil já projeta um aumento de casos da doença no País no ano que vem.

A pasta decidiu incorporar uma vacina contra a dengue, da farmacêutica Takeda, à rede pública após parecer favorável da Conitec, comissão que avalia novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS).

Casos graves de dengue

Os dados da OMS alertam, ainda, para o número de casos graves da dengue: ao todo, 5 mil pessoas morreram pela doença neste ano em todo o mundo. No Brasil, 1.474 casos, ou 0,05% do total de registros, são da chamada dengue hemorrágica, que pode matar.

A dengue é a infecção viral mais comum transmitida a humanos picados por mosquitos infectados. Ocorre principalmente em áreas urbanas em climas tropicais e subtropicais e tem como sintomas principais febre alta, mal estar, falta de apetite, manchas vermelhas na pele, além de dor no corpo, nas articulações, atrás dos olhos e na cabeça.

Para evitar a infestação de mosquitos, o Ministério da Saúde orienta que é necessário eliminar os criadouros, mantendo os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas, capas ou tampas.

Medidas de proteção contra picadas também podem ajudar, especialmente nas áreas de transmissão. O Aedes aegypti ataca principalmente durante o dia.

A aplicação da vacina contra a dengue está prevista para começar em fevereiro de 2024 e, com isso, o Brasil será o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público de saúde. / Com informações de trechos de reportagem da Agência Brasil.

O boletim InfoGripe divulgado nesta sexta-feira (22) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) destaca a manutenção do aumento no número de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 em vários estados da Região Nordeste. O Ceará é quem chama mais atenção pelo ritmo acelerado de crescimento da doença, apesar de já demonstrar sinais de redução na faixa etária dos jovens adultos.

Às vésperas das festas de fim de ano, as atenções devem ser ainda mais focadas, especialmente em tais localidades, alerta a Fiocruz. Referente à Semana Epidemiológica 50, de 10 a 16 de dezembro, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 18 de dezembro.

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Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Sergipe registram aumento no número de casos, com foco no estado cearense, onde o crescimento acelerado da doença preocupa, pois embora haja sinais incipientes de diminuição na faixa etária dos jovens adultos, nos idosos isso não se confirma.

Alagoas e Sergipe, com quadros mais recentes, apontam também para um aumento na população de idade mais avançada, assim como já se observava na Paraíba e em Pernambuco. A Bahia (que foi o primeiro estado da região a entrar nesse ciclo de aumento) por outro lado, já dá sinais de interrupção no crescimento, apesar de ainda não indicar reversão para queda. Na Região Norte, ainda não se observa sinal de aumento associado à Covid-19, mas há um crescimento ligado às crianças e pré-adolescentes, caracterizando outros vírus respiratórios.

O pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, chama a atenção para quem for se deslocar a esses locais por conta das festas de fim de ano. “Como estamos entrando no período das celebrações de fim de ano, Natal, Ano Novo, especialmente nesses locais, quem for viajar para estados do Nordeste, fica o pedido de uma atenção ainda maior naquelas recomendações fundamentais, ou seja, vacina em dia, lembrar que grupos de risco têm uma indicação para já antecipar a dose de reforço, que tem se mostrado eficaz em continuar diminuindo o risco de desenvolver o caso grave de Covid-19”.

Gomes também indica a realização de tais eventos em ambientes abertos ou bem ventilados, além da recomendação do uso de máscaras de qualidade (N95, PFF2) caso estiver com sintomas de gripe, como nariz escorrendo, espirros, tosses, incômodo na garganta e/ou dificuldade respiratória, apesar de o ideal ser fazer repouso e ficar em casa, visando à proteção dos familiares.

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e na população a partir de 65 anos de idade. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas são o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus. Já a mortalidade da SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com predomínio de Covid-19.

Os casos de Covid-19 vêm aumentando em Pernambuco nos últimos meses. A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), órgão responsável pelo monitoramento sistemático, observou a manutenção da tendência de aumento iniciada na última semana de outubro. A pasta ressalta, no entanto, que mesmo com o aumento gradual, 97% dos casos confirmados foram considerados como leves, até o momento, sem haver necessidade de internação. 

Confira os números das últimas semanas, de 29 de outubro a 2 de dezembro: 

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29/10 a 04/11 - 89 casos, 3,8% de resultados positivos; 

05 a 11/11 - 191 casos, 5,2% de resultados positivos; 

12 a 18/11 - 327 casos, 9,7% de resultados positivos; 

19 a 25/11 - 577 casos, 14,5% de resultados positivos; 

26/11 a 03/12 - 776 casos, 16,6% de resultados positivos. 

A secretaria afirma ainda que os meses de outubro a dezembro não são considerados de alto risco para transmissão de vírus respiratórios em Pernambuco. Porém, o aumento de casos nesse período “pode ser resultado da maior intensidade de aglomeração e circulação de pessoas, bem como do relaxamento da adoção de medidas de prevenção não farmacológicas como higienização das mãos, uso de máscaras diante da presença de sintomas respiratórios, entre outras”, disse por meio de nota. 

A pasta também apontou que não há registro de novas variantes do vírus no estado, mas que a identificação em estados vizinhos de novas subvariantes inéditas no Brasil (JN.1 e BA.2.86.1) também pode ser responsável pela elevação de casos no estado. 

 

O Ministério da Agricultura informou, em atualização na plataforma oficial às 8h30 desta sexta-feira, 17, que um novo foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em ave silvestre foi detectado no Brasil. No total, há 145 casos da doença em animais silvestres no País (sendo 141 em aves silvestres e quatro em leões-marinhos) e três focos em produção de subsistência, de criação doméstica, somando 148 ao todo.

De acordo com a pasta, há outras sete investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.

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As notificações em aves silvestres e/ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O Ministério da Agricultura informou, em atualização na plataforma oficial às 8h30 desta quarta-feira (15) que um novo foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em ave silvestre foi detectado no Brasil. No total, há 144 casos da doença em animais silvestres no País (sendo 140 em aves silvestres e quatro em leões-marinhos) e três focos em produção de subsistência, de criação doméstica, somando 147 ao todo.

De acordo com a pasta, há outras cinco investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.

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As notificações em aves silvestres e/ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O Ministério da Agricultura informou, em atualização na plataforma oficial nesta segunda-feira (13) que um novo foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em ave silvestre foi detectado no Brasil. No total, há 146 casos da doença em animais silvestres no País (sendo 139 em aves silvestres e quatro em leões-marinhos) e três focos em produção de subsistência, de criação doméstica, somando 146 ao todo.

De acordo com a pasta, há outras seis investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.

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As notificações em aves silvestres e/ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O Ministério da Agricultura informou, em atualização na plataforma oficial às 19h desta segunda-feira (23) que dois novos focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em aves silvestres foram detectados no Brasil. No total, há 131 casos da doença em animais silvestres no País (sendo 128 em aves silvestres e três em leões-marinhos) e três focos em produção de subsistência, de criação doméstica, somando 134 ao todo.

De acordo com a pasta, há outras dez investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo. Um dos casos averiguados é em uma galinha em Careiro (AM).

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As notificações em aves silvestres e/ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O Ministério da Agricultura informou, em atualização na plataforma oficial às 19h da quarta-feira (18), que um novo foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em ave silvestre foi detectado no Brasil. No total, há 125 casos da doença em aves silvestres no País e 3 focos em produção de subsistência, de criação doméstica, somando 128 ao todo.

De acordo com a pasta, há outras 13 investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.

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As notificações em aves silvestres e/ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Os casos de hepatite A na cidade de São Paulo apresentam tendência de alta neste ano. Os números da Secretaria Municipal da Saúde mostram que, em 2022, foram registrados 145 casos e, até setembro de 2023, ocorreram 225, com uma morte. Em 2019, foram confirmados 160 casos. Em função da pandemia de Covid-19, os anos de 2020 e 2021 tiveram menos casos: 64 e 61 casos, respectivamente.

Entre 2018 e 2020, o Ministério da Saúde ampliou a imunização em caráter temporário para grupos como gays, homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e pessoas trans, em decorrência do cenário epidemiológico à época. Segundo a prefeitura, com as doses remanescentes, a estratégia continuou até abril de 2023.

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Após a campanha temporária, as doses passaram a ser enviadas para os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), do governo do Estado. "Desta forma, não foi possível seguir com a estratégia anterior", disse o governo municipal.

Em nota, o Ministério da Saúde confirmou que a oferta a grupos específicos - que envolvem, neste momento, pessoas com hepatites crônicas, fibroses císticas, HIV/Aids e Trissomia - é garantida por meio dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais.

O ministério informou ainda que, em setembro deste ano, foi lançada a 6ª edição do Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. O documento normatiza as diretrizes e os procedimentos relacionados a pessoas com necessidades imunobiológicas especiais, ou seja, mais sensíveis a infecções.

A pasta destaca que a vacina hepatite A inativada (HA) "é altamente eficaz e de baixa reatogenicidade, com taxas de soroconversão de 94% a 100%". "A proteção é de longa duração após a aplicação de duas doses." O imunizante está disponível no calendário básico de vacinação para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos, como dose única.

Como acontece a transmissão da hepatite A, o que ela causa e como tratar?

De acordo com o Ministério da Saúde, a hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como hepatite infecciosa. Na maioria dos casos, trata-se de uma doença benigna, mas "o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade".

A transmissão se dá pelo contato de fezes com a boca. A infecção, portanto, tem grande relação com alimentos ou água inseguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Outras formas de transmissão são o contato pessoal próximo. Pessoas que moram na mesma casa, contatos entre pessoas em situação de rua ou entre crianças em creches, além de contato sexual, especialmente entre homens que fazem sexo com homens, por conta do contato anal, são situações com possível exposição ao vírus.

O ministério informa que não há tratamento específico para hepatite A, mas é importante evitar a automedicação para alívio dos sintomas, pois o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro.

Como prevenir?

O Ministério da Saúde lista algumas medidas de prevenção contra a hepatite A, além da vacinação:

Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário e troca de fraldas e antes do preparo de alimentos);

Lavar os alimentos que serão consumidos crus com água tratada, clorada ou fervida, deixando-os de molho por 30 minutos;

Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;

Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;

Usar instalações sanitárias;

No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;

Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;

Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;

Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais.

A vacinação contra hepatite A é feita em duas doses com intervalo de seis meses e, preferencialmente, no primeiro ano de vida. As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a aplicação aos 12 e 18 meses de idade, ou o mais cedo possível, quando a vacinação não ocorrer nestas idades recomendadas.

O Boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (28) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que os estados de Rio de Janeiro e de São Paulo continuam tendo aumento de casos de Covid-19. Segundo o coordenador do boletim, Marcelo Gomes, a circulação do vírus Sars-Cov-2 nesses locais continua levando a internações. 

“No Rio de Janeiro continua tendo um ritmo de crescimento na curva de novos casos semanais de Covid-19. Em São Paulo, é um ritmo lento de crescimento, restrito, assim como no Rio de Janeiro, à população de idade mais avançada. Mas é um sinal de que está presente. Ou seja, o vírus está circulando com maior intensidade, levando a aumento das internações, principalmente nos grupos mais vulneráveis”, explica Gomes. 

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Segundo ele, esse cenário é restrito principalmente aos dois estados. O pesquisador afirma que é importante manter o reforço em relação à convocação da população para que esteja em dia com a vacina contra a doença.

O boletim usa como base os dados da semana epidemiológica 38 (de 17 a 23 de setembro). Nas últimas quatro semanas, 44,2% dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país foram provocados pela covid-19. Entre os óbitos, a Covid-19 responde por 77,5%.

O Ministério da Agricultura informou, em atualização na plataforma oficial às 19h, que um novo foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em ave silvestre foi detectado no Brasil. No total, há 98 casos da doença em aves silvestres no País e dois focos em produção de subsistência, de criação doméstica, somando 100 no total.

De acordo com o ministério, há outras nove investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo. Dos casos investigados, um é em criação doméstica em uma galinha em Lucas do Rio Verde (MT), um em galinha em Bonito (MS), outro em galinha em Jerônimo Monteiro (ES) e um em galinha em Iracema (RR).

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As notificações em aves silvestres e/ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O Ministério da Agricultura informou, em atualização na plataforma oficial às 19h, que um novo foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em ave silvestre foi detectado no Brasil. No total, há 96 casos da doença em aves silvestres no País e dois focos em produção de subsistência, de criação doméstica.

De acordo com o ministério, há outras 11 investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo. Dos casos investigados, um é em criação doméstica em uma galinha em Lucas do Rio Verde (MT), um em galinha em Bonito (MS) e em galinha em Jerônimo Monteiro (ES).

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As notificações em aves silvestres e/ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal investiga 42 casos suspeitos de febre maculosa. Ao todo, a pasta registra 104 casos notificados da doença este ano, sendo que 62 foram descartados.

Em nota, a secretaria destacou que, para que os casos possam ser confirmados ou descartados, é necessário que sejam feitas duas coletas de exames, com duas semanas de intervalo entre elas, o que causa demora na avaliação.

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“Salientamos, no entanto, que o DF não é uma área endêmica e não possui casos confirmados da doença há 20 anos”, diz a secretaria em nota.

A doença

A febre maculosa é causada pela picada de carrapatos infectados com a bactéria Rickettsia rickettssi quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro por um período de 4 a 6 horas.

De acordo com classificação da Secretaria de Saúde, é uma doença infecciosa febril aguda de gravidade variável, podendo manifestar desde quadros leves até formas graves da doença.

Os casos suspeitos devem ser notificados de forma compulsória às autoridades locais. O registro precisa ser feito por meio da Ficha de Investigação de Febre Maculosa do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Transmissão

No Brasil, os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. sculptum, conhecido como carrapato estrela; A. aureolatum e A. ovale. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode albergar a bactéria causadora da febre maculosa, incluindo o carrapato de cachorro, por exemplo.

Os sintomas incluem febre; dor de cabeça intensa; náuseas e vômitos; diarreia e dor abdominal; dor muscular constante; inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e na sola dos pés; gangrena nos dedos e orelhas; paralisia dos membros, que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões, causando parada respiratória.

Prevenção

Dentre as orientações para prevenção da doença está o uso de roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro; o uso de calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas; evitar andar em locais com grama ou vegetação alta; o uso de repelentes contra insetos; verificar se você e seus animais de estimação estão com carrapatos.

Caso encontre um carrapato aderido ao corpo, a secretaria pede que ele seja removido com uma pinça. “Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água. Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após a utilização, coloque todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos insetos”, recomenda.

Tratamento

O tratamento oportuno da febre maculosa é considerado essencial para evitar formas mais graves da doença. “Assim que surgirem os primeiros sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para avaliação médica. O tratamento é feito com antibiótico específico. Em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa”, destacou a secretaria.

O tratamento é empregado por um período de 7 dias, devendo ser mantido por 3 dias após o término da febre. A falta ou demora no tratamento da febre maculosa pode agravar o caso, podendo levar ao óbito.

O Brasil confirmou na quarta-feira (30) mais dois casos da variante EG.5 da Covid-19, uma subvariante da Ômicron, conhecida popularmente como Éris, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. No Rio, o paciente não tem histórico de viagem, o que indica que há transmissão local desse tipo de linhagem. No Distrito Federal, uma criança com menos de 2 anos recebeu a confirmação. Ela ficou internada, mas já recebeu alta médica.

Atualmente, esse é o tipo mais comum no mundo todo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já registrou infecções por essa nova cepa em mais de 50 países. O primeiro caso da nova variante da Covid-19 no Brasil foi confirmado na noite do dia 17 de agosto em São Paulo.

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Rio de Janeiro aponta transmissão local da variante Éris

Na quarta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro confirmou o primeiro caso da subvariante da Ômicron na cidade, atestada pelo laboratório de sequenciamento genético da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 46 anos, que apresentou sintomas leves, manteve isolamento domiciliar e não apresenta mais os sintomas.

"Ele não tem histórico de viagem, o que indica que há transmissão local dessa linhagem", afirma a secretaria do Rio.

Ainda de acordo com a pasta, o paciente não havia tomado a dose de reforço da bivalente contra Covid-19, o que reforça a recomendação da secretaria para que todas as pessoas maiores de 12 anos realizem a imunização, que mantém a proteção contra casos graves da doença.

"É importante destacar que a cidade do Rio alcançou alta cobertura vacinal, atingindo 98% no esquema inicial (primeira e segunda dose). No entanto, a proteção vai caindo ao longo do tempo, o que torna indispensável tomar a dose de reforço", alerta a secretaria.

No Rio, as vacinas estão disponíveis nas 238 unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde). Além do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, que funciona todos os dias, de domingo a domingo, das 8h às 22h, e nos postos extras espalhados pela cidade.

No Distrito Federal, criança com menos de 2 anos recebeu diagnóstico

O Distrito Federal também detectou pela primeira vez a presença da nova subvariante da Ômicron. A paciente é uma bebê com menos de 2 anos que foi atendida no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) em 11 de agosto. Com sintomas respiratórios, a criança foi internada, tratada e recebeu alta no dia 14.

"Ao todo, a Secretaria de Saúde analisou 30 amostras de exames de diferentes regiões administrativas, porém, somente o caso da bebê atendida no HMIB foi positivo para a nova subvariante", disse a pasta, em nota.

Para o subsecretário de Vigilância à Saúde do Distrito Federal, Divino Valero Martins, não há motivos para a população se preocupar, no momento. "Estamos atentos a questões das variantes da Ômicron. Essa ação demonstra a eficácia da rede de saúde do DF ao detectar, quase em tempo real, uma subvariante por meio das unidades sentinelas e do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal)", disse ele.

Embora seja altamente contagiosa, a mutação não demonstrou sinais de grande risco para a maior parte da população, ainda de acordo com Martins.

Até o momento, os relatos são de sintomas muito parecidos com os causados pela Ômicron original:

Febre

Dor de cabeça

Dor no corpo

Dor de garganta

Nariz escorrendo

Confirmação do primeiro caso no Brasil

O primeiro caso da nova variante da Covid-19 no Brasil foi confirmado na noite do dia 17 de agosto, em São Paulo. Uma paciente do sexo feminino, com 71 anos de idade, residente na zona sul da capital paulista, recebeu o diagnóstico.

Os primeiros sintomas de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça começaram em 30 de julho, sendo que ela fez a coleta para exame laboratorial em 8 de agosto. A mulher chegou a dar entrada em unidade hospitalar privada no dia 3 de agosto, mas teve alta médica no dia seguinte. Na ocasião, a paciente tinha o esquema completo de vacina contra a Covid-19 monovalente e ainda não havia se vacinado com a dose de reforço bivalente.

Importância da vacinação

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, para evitar casos graves, a vacinação é a principal medida de proteção. "A recomendação da vacinação como principal medida de combate à Covid-19 se torna cada vez mais importante, com atualização das doses de reforço para prevenção da doença", disse em comunicado.

Desde o fim da emergência, decretado pela OMS em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2. Ainda conforme o ministério, a recomendação também vale para pessoas com sintomas gripais.

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