Covid-19 impede 1,5 milhão de pernambucanos de trabalhar
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) foi feita em maio e apresenta outros indicativos no Estado, como recebimento do Auxílio Emergencial e taxa de acometidos por síndrome gripal
Cerca de 1,5 milhão de desempregados de Pernambuco não conseguiram emprego devido à pandemia. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (24), é relativa ao mês de maio e ainda aponta que 1,278 milhão de pernambucanos apresentaram sintomas relacionados à síndrome gripal.
A taxa de sintomáticos representa 13,4% da população do estado e está acima das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O índice coloca Pernambuco na quarta posição dos Estados nordestinos com maiores taxas, atrás apenas do Ceará (16,5%), Maranhão (15,1%) e Paraíba (14,2%). O estudo ainda destaca que cerca de 188 mil populares buscaram atendimento médico no Estado.
Em maio, 947 profissionais foram afastados temporariamente do trabalho devido à Covid-19, o que representa 28,8% dos empregados, enquanto a média nacional foi de 18,6%, a da região Nordeste foi de 26,6%. Cerca de 13% dos empregados, equivalente a 285 mil pessoas, trabalharam de casa, e 1,4 milhão prosseguiram na informalidade, o que representa 43% dos trabalhadores empregados.
A PNAD informa que 51% dos lares pernambucanos receberam o Auxílio Emergencial no mesmo mês. Embora o dado esteja acima da média nacional (38,7%), o indicativo é abaixo do apresentado no Nordeste, que foi de 54,8%.
O estudo do IBGE foi iniciado no dia 4 de maio e somou aproximadamente 1.750 entrevistas por telefone. Pouco mais de sete mil residências, distribuídas em 137 municípios de Pernambuco foram procuradas pelo órgão.