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Um índice inédito, que vai medir a saúde mental dos brasileiros, identificou, em sua primeira edição, lançada nesta sexta-feira (4), que a sanidade mental é mais atingida em mulheres, pessoas trans, jovens e entre os desempregados. “Esses foram alguns dos destaques dos indicadores associados com taxas demográficas e hábitos de vida”, disse à Agência Brasil a gerente executiva do Instituto Cactus, Luciana Barrancos.

O Índice Instituto Cactus - Atlas de Saúde Mental (iCASM) investiga diferentes aspectos, hábitos e situações que refletem a saúde mental dos brasileiros pelos lados positivo e negativo. Os fatores que apresentaram maior associação com a saúde mental dos entrevistados foram gênero, orientação sexual, renda, situação profissional, relações familiares e prática de esportes.

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Foram realizadas pesquisas, com base em questionários usados internacionalmente, com 2.248 pessoas, de 746 municípios de todas as regiões do país, nos meses de janeiro e fevereiro deste ano. Luciana Barrancos explicou que o 1º iCASM vale para o primeiro semestre deste ano. Em setembro e outubro, o Instituto Cactus fará coleta de informações referentes ao segundo semestre do ano, visando a divulgação das respostas em dezembro.

“A ideia é que o índice se repita semestralmente, para a gente ter essa série histórica da saúde mental e poder, de fato, comparar ao longo do tempo, acompanhar a evolução e, também entre os grupos, como se manifestam essas diferenças”. O intuito do Instituto Cactus é que o índice sirva como referência de dados sobre saúde mental para a sociedade como um todo, gestores públicos, pesquisadores, e para a formulação de políticas públicas.

Módulos

O iCASM é uma ferramenta que mede de zero a mil pontos. Nesta primeira edição, ele ficou em 635 pontos. As respostas foram divididas em três áreas: confiança, foco e vitalidade. Elas consideram confiança como autoestima e autoconfiança sobre o papel da pessoa na sociedade; foco como a habilidade de relacionamento com seu entorno de forma produtiva para tomar decisões e realizar atividades do dia a dia; e vitalidade englobando disposição e capacidade para superar desafios. “Com base nisso, a gente criou esse indicador que é um parâmetro que vai de zero a mil”, explicou a gerente executiva. O indicador para confiança atingiu 733 pontos, enquanto os de vitalidade e foco obtiveram, respectivamente, 637 e 535 pontos.

A pesquisa foi composta por um módulo fixo e um módulo variável. O módulo fixo se baseia em dois questionários internacionalmente validados, que são o Questionário de Saúde Geral (QSG-12, ou GHQ-12, do inglês General Health Questionnaire’) e o Teste Online de Depressão PHQ-9 (Patient Health Questionnaire-9). Já o módulo variável terá o tema substituído a cada coleta. A ideia é conseguir investigar e aprofundar questões de interesse. Para o primeiro iCASM, o tema escolhido para o módulo variável foram o uso e acesso a serviço mental no Brasil.

“Nesse tema, a gente conseguiu ver que somente 5% dos brasileiros fazem psicoterapia, o que representa um terço dos que relataram fazer uso de medicação. Outros 62,5% disseram não fazer uso de serviços de apoio à saúde mental, enquanto 20,9% utilizam serviços privados e 16,6% usam serviços públicos”. Por outro lado, 41% disseram estar insatisfeitos com serviços de saúde de modo geral, contra 30% que se declararam satisfeitos ou muito satisfeitos.

Parcela de 16,6% da população relatou tomar medicação de uso contínuo para problemas emocionais, comportamentais ou relacionados ao uso de substâncias, sendo que a grande maioria (77%) vem fazendo uso desses remédios há mais de um ano. Além do tratamento médico ou psicológico, 11,9% da população afirmaram fazer algum outro tipo de terapia, como, por exemplo, meditação, ioga, fitoterapia, massagem.

Finanças e gênero

Segundo expôs Luciana Barrancos, a condição financeira é motivo de grande inquietude para os brasileiros. Nove em cada dez consultados relataram ter se preocupado com essa questão muitas vezes ao longo das duas últimas semanas. Os que se preocuparam três vezes ou mais somaram 58% dos respondentes, contra 30% que se preocuparam uma ou duas vezes, e 12% que não se preocuparam nenhuma vez.

Entre as pessoas desempregadas, o índice foi de 494 pontos, 186 pontos abaixo dos assalariados (680) e 141 pontos abaixo da média populacional. Em termos de renda, as pessoas com menor renda, de até R$ 2 mil, marcaram 576 pontos, contra 737 pontos daquelas com renda acima de R$ 10 mil.

Um relação a gênero e identidade de gênero, o iCASM revela que as mulheres e as pessoas trans detêm as pontuações mais baixas. As mulheres obtiveram iCASM de 600 pontos, 72 pontos abaixo do iCASM para homens (672 pontos) e 35 pontos abaixo da média populacional. Para a população trans, o iCASM foi de 445, 193 pontos abaixo dos Cisgêneros (638) e 190 pontos abaixo da média populacional. Aqueles que se declararam heterossexuais atingiram 665 pontos, contra 576 pontos do grupo que se identifica como homossexual. Para os bissexuais, a média foi de 488 pontos.

O iCASM aponta que os mais jovens, entre 16 e 24 anos de idade, apresentam a pontuação mais baixa de sanidade mental: 534 pontos, enquanto nos mais velhos, de 60 a 100 anos, a pontuação é mais elevada: 757 pontos.

Relações sociais

O Instituto Cactus apurou também o que acontece em relações sociais, envolvendo encontros com amigos e brigas com familiares. “Foram perguntas que revelaram resultados importantes”, disse a gerente executiva. Os entrevistados que não relataram brigas com familiares nas últimas duas semanas apresentaram iCASM de 715 pontos, contra 370 entre aqueles que reportaram três ou mais episódios de brigas nesse período. Sobre encontros com amigos, a pesquisa indicou que aqueles que se encontraram com amigos três ou mais vezes nas últimas duas semanas alcançaram iCASM de 734 pontos. Já entre aqueles que não tiveram encontros com amigos em igual período, o iCASM foi de 508 pontos.

Luciana destacou também questões de autoestima, que tiveram resultados mais baixos, quando as perguntas abordavam se a pessoa se sentia feia e pouco atraente: o iCASM foi de 384 pontos, contra 776 para aqueles que não tinham esse sentimento. Entre os que se julgavam pouco inteligentes, o iCASM ficou em 326 pontos, contra 752 daqueles que não tinham essa preocupação. Entre os consultados que reportaram ter sofrido bullying três vezes ou mais nas últimas semanas, o indicador alcançou 486 pontos, contra 659 para aqueles que não relataram nenhum episódio.

O Instituto Cactus constatou também que a prática de esportes está associada a um índice de saúde mental mais alto. O iCASM de quem se exercita três ou mais vezes na semana atingiu 722, enquanto o grupo que não pratica atividade física teve índice de 580.

Do total de entrevistados, 68% relataram se sentir cansados ou com pouca energia para fazer as atividades diárias, abrangendo 58% das mulheres e 69% das pessoas trans. “Também é um número bem relevante que chama a atenção”, comentou Luciana. Outros 54% afirmaram sentir pouco prazer ou interesse em fazer as coisas no cotidiano. Já 49% afirmaram não se sentir deprimidos, ao passo que 51% responderam de forma afirmativa.

Quinze por cento dos brasileiros revelaram ter consumido álcool três vezes ou mais nas últimas duas semanas, sendo que 40% dos entrevistados confessaram ter sentido necessidade de reduzir o consumo de bebidas alcoólicas ou mesmo parar de beber; já 16% consumiram cigarros no mesmo período.

O iCASM é uma iniciativa do Instituto Cactus, entidade filantrópica de direitos humanos que se dedica à promoção da saúde mental no Brasil, em parceria com a AtlasIntel, empresa especializada em pesquisas e inteligência. O estudo contou com a supervisão de um comitê científico independente e a aprovação de um comitê de ética.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou, no dia 27 de maio, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Segundo os resultados apresentados, as taxas de desemprego no Brasil estão em uma média de 14%. Pernambuco apareceu em primeiro lugar no ranking de desempregados, empatado com a Bahia, com uma taxa de 21,3% no índice de pessoas a partir dos 14 anos de idade sem uma ocupação remunerada.

O secretário de Emprego, Trabalho e Qualificação do Estado (Seteq), Alberes Lopes, em entrevista ao LeiaJá, avalia a situação do Estado por diferentes ângulos, levando em consideração, por exemplo, a demora na imunização da população contra a Covid-19 e a falta de suporte do Governo Federal em questões específicas. “O fechamento do comércio contribuiu bastante. Tivemos também algumas situações como o estaleiro, que desempregou muita gente quando o Governo Federal mudou o foco do investimento para o exterior, tirando a capacidade que nós tínhamos em Suape de fazer navios; o nível de desemprego ficou muito alto", avalia Alberes.

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O presidente Jair Bolsonaro defende a abertura do comércio em todo o País. Especialistas em saúde e a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam a manutenção do distanciamento social e o isolamento como estratégias fundamentais contra a proliferação da Covid-19. O Governo de Pernambuco mantém proibidas atividades não essenciais nos fins de semana, com o objetivo de evitar aglomerações nos pontos comerciais.

"Assim como também houve um aprofundamento [da situação] quando o Governo Federal tirou o auxílio emergencial, e o impacto foi muito forte. E é importante citar também a vacinação. Tudo isso está acontecendo por falta de vacinação. O Governo do Estado vem cobrando, e inclusive, tentou comprar diretamente a vacina, mas foi impedido pelo Governo Federal", acrescenta o secretário.

Alberes segue o seu argumento culpando a demora da vacina, como justificativa para Pernambuco liderar a lista dos Estados com mais desempregados. "Infelizmente, por falta de agilizar a compra da vacina quando foi oferecida, a economia brasileira vem se prejudicando, e isso interfere diretamente na nossa economia”, ele observa.

No entanto, apesar dos índices não promissores, Lopes ainda enxerga oportunidades de crescimento para o Estado, com o recebimento de investimentos de empresas de diversos setores espalhadas pelos municípios. “O Governo do Estado trabalha para investimentos, e isso tem sido fundamental para a geração de empregos. Nós atraímos, durante a pandemia, mais de 120 empresas, que têm sido importantes para a geração de empregos, como a Amazon que está vindo para o Cabo de Santo Agostinho, várias empresas que estão em Igarassu e Goiana. Temos a Azza, que está vindo para Bonito, que vai gerar mais empregos. O Outlet Recife que está gerando mais de 2 mil empregos, a Santana Têxtil, em Bezerros. Isso vem crescendo, apesar dessas medidas do Governo Federal, com as quais fomos muito prejudicados, porque Pernambuco tem o diferencial de ter mercado informal, no Agreste com a indústria têxtil, a cana de açúcar também, então tudo isso foi muito prejudicado nesse momento que estamos passando. O cenário se mantém estável, a PNAD mostra isso porque nós tivemos um aumento de investimentos, se não fosse isso, a queda teria sido muito maior”, ele ressalta.

Lopes vê a importância de qualificar a população como uma forma de gerar empregos no futuro.“Nós temos vários projetos de qualificação, ao todo são 14. Agora nós investimos em cursos on-line durante a pandemia, formamos mais de 16 mil alunos. Nós temos uma parceria com o Instituto Êxito, que tem mais de 500 cursos à disposição no nosso site. E também criamos, durante a pandemia, um e-commerce, um site de vendas de produtos de todos os segmentos no nosso Estado, que ajuda o pequeno empreendedor a poder comercializar, como também cursos que ajudam eles a aprender a formatar preços, enfim, ajudá-los nesses momentos difíceis”, ele finaliza.

Mas apesar do olhar positivo do governo estadual, a realidade se mostra ainda distante do crescimento esperado. O economista Ademilson Saraiva, da assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio PE), vê que o quadro ainda é preocupante devido às incertezas causadas pela pandemia. “O empresariado tem olhado muito atento, principalmente este ano, a essa questão do agravamento. E com essa ameaça da terceira onda, com novas variantes ameaçando adentrar o país, sempre fica essa incerteza, insegurança", explica o especialista.

"Em diversos setores, em especial serviço, que exigem mais uma presença do cliente, e aquele que está prestando o trabalho, sempre fica essa quebra de braço, o empresariado que se diz preparado seguindo os protocolos, e o governo que, apesar de saber o quanto o empresariado realmente pode estar preparado para receber os clientes, a gente sabe que a população ainda tem dificuldade para cumprir os protocolos de distanciamento, higienização. E isso acaba impactando nesses decretos que têm sido renovados constantemente desde a segunda quinzena de março”, compementa o especialista.

Trabalhadores que perderam o emprego desde o início da pandemia e estão atrás de uma nova oportunidade poderão solicitar um VEM Social, que dará o acesso gratuito ao transporte público a partir deste mês. O cadastro começa a partir da próxima segunda-feira (12), e concederá até 20 passagens do Anel A de 20 mil usuários por mês. 

O solicitante deverá comprovar que foi dispensado do trabalho entre o dia 20 de março de 2020 e o dia 22 de março de 2021, data de publicação da lei que instituiu o programa de transporte social. Também é preciso que o solicitante tenha possuído vínculo com carteira assinada por, no mínimo, seis meses, com remuneração de até dois salários mínimos.

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Outro requisito necessário para acessar o benefício é ser residente de um dos 14 municípios da Região Metropolitana do Recife. O usuário deverá preencher um cadastro no site do VEM Social e anexar ao formulário uma cópia digital da Carteira de Trabalho ou registro e-social, comprovante de residência, RG, e CPF.

Todos os documentos serão analisados pelas equipes técnicas da Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação e do Grande Recife Consórcio de Transportes. Após a análise, o solicitante receberá um e-mail com a confirmação, ou não, do benefício - o cartão será enviado por correspondência aos usuários que tiveram o resultado positivo.

A candidatura ao benefício poderá ser feita a qualquer tempo, durante a vigência do programa. As inscrições recebidas até o dia 15 de cada mês serão processadas no mês subsequente, com o objetivo de conferência de prioridade. Neste mês de abril, excepcionalmente, serão processadas as inscrições recebidas até o dia 20, em virtude da data de início do cadastramento.

Os candidatos aptos a receber o benefício serão classificados segundo o tempo de afastamento do mercado de trabalho formal. A prioridade será dada àqueles que tenham sido dispensados há mais tempo. Caso o quantitativo de candidatos aptos supere o número máximo de 20 mil cartões a ser distribuído por mês, será realizado um rodízio bimestral na disponibilização de créditos, de modo a contemplar o maior número possível de beneficiários. 

Os beneficiários inscritos no programa deverão comprovar a cada dois meses que continuam desempregados, mediante declaração firmada em campo próprio no site do VEM Social. O programa terá prazo de vigência de um ano, prorrogável por mais um.

A lei que dá a desempregados acesso gratuito ao transporte público da Região Metropolitana do Recife foi sancionada nesta segunda-feira (22), pelo governador de Pernambuco Paulo Câmara. A proposta, aprovada no dia 18 deste mês pelos 49 deputados estaduais, foi batizada de “Programa de Transporte Social do Sistema de Transporte Público da Região Metropolitana do Recife - STPP/RMR”.

Quem foi demitido a partir de março de 2020 e recebia, até então, dois salários mínimos, poderá ser beneficiado pelo programa. “O objetivo do governo é concentrar os esforços para permitir aos desempregados um maior acesso ao transporte, especialmente aos que perderam o emprego durante a crise. Seguiremos atuando no sentido de minimizar os efeitos da pandemia junto à população”, disse Paulo Câmara, conforme informações da assessoria de imprensa do Governo do Estado.

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Dentro de 15 dias, as Secretarias de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), de Trabalho, Emprego e Qualificação (Seteq), além do Grande Recife Consórcio de Transportes deverão definir as condições de uso do benefício. Também deverá ser comunicado como ocorrerá a distribuições dos cartões de embarque, com o início do cadastramento dos interessados em 5 de abril.

“Essa é mais uma medida para tentar minimizar os efeitos devastadores da pandemia do novo coronavírus no Estado, e deverá beneficiar aproximadamente 20 mil usuários por mês, durante o período de um ano, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. Os usuários receberão um crédito mensal de até 20 (vinte) bilhetes do Anel A. O projeto determina que esses créditos eletrônicos de viagens sejam utilizados apenas fora do horário de pico, para não pressionar o sistema de transportes. O custo do programa é de R$ 1,5 milhão por mês”, informou o Governo de Pernambuco.

Na última segunda (15), a Comissão de Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou o programa que oferece passe livre no transporte público para trabalhadores demitidos durante a pandemia de Covid-19. Intitulado "Programa de Transporte Social", o projeto ainda precisa do aval das comissões de Finanças, Administração Pública e Negócios Municipais. Em caso de aprovação, o programa irá ao plenário na próxima quinta (18).

Enviado pelo Governo de Pernambuco no dia 5 de março, o PL 1897/2020 pode valer por um ano, com a possibilidade de prorrogação, caso assim decida a gestão estadual. A norma tramita em regime de urgência.

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Segundo o texto, a gratuidade será concedida a pessoas residentes na Região Metropolitana do Recife (RMR) que tenham rompido vínculo com carteira assinada com remuneração de até dois salários mínimos por, pelo menos, seis meses antes da demissão. O trabalhador precisará comprovar que a dispensa se deu entre os dias 20 de março de 2020 e a data de publicação da norma.

Segundo frisa o governo do Estado no texto do PL, a inscrição de beneficiários será realizada pela Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação. O fornecimento gratuito do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) específico do programa ficará a cargo das empresas operadoras.

Com a iniciativa, a gestão estadual espera fornecer 20 mil cartões por mês, com crédito máximo de 20 bilhetes do anel A. Se o número de inscritos superar a quantidade estipulada, haverá rodízio bimestral no oferecimento de créditos, com prioridade para quem está em situação de desemprego há mais tempo.

O ano de 2020, definitivamente, não foi bom para a classe trabalhadora do Brasil, que viu o número de desempregados aumentar mês a mês. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do terceiro trimestre do ano, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim de novembro, mostraram um aumento da taxa de desocupação comparada ao trimestre anterior em dez estados, sendo Paraíba (4%), Amapá e Pernambuco (3,8% cada) os mais afetados.  

Na última quarta-feira (23), o IBGE divulgou dados da Pnad Covid-19, com más notícias: no mês de novembro, o Brasil registrou 14 milhões de desempregados, um novo recorde na série histórica da pesquisa, levando a taxa de desemprego a 14,2%, ante 14,1% em outubro e 10,7% em maio. Isso significa que em sete meses, quase 4 milhões de pessoas perderam o emprego. 

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Desligamentos por setor

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mede o emprego formal no Brasil por meio da Secretaria do Trabalho do Governo Federal, órgão do Ministério da Economia, mostram que até o mês de outubro, o País registrava 12.231.462 de contratações e 12.402.601 demissões, o que significa que 171.139 postos de trabalho foram extintos. Essa realidade, no entanto, não atinge todos os setores da economia de modo igualitário: o setor de serviços perdeu 268.049 de empregos, seguido pelo comércio, que teve um saldo negativo de 231.245. Há ainda um saldo negativo de 156 vagas em setores não identificados. 

As demais áreas (agropecuária, construção e indústria) conseguiram manter o saldo positivo, apesar de grandes perdas sofridas ao longo do ano. Observando apenas o número de demissões, mais uma vez é o setor de serviços o que mais sofre, com 5.561.659 desligamentos até outubro. O segundo lugar também fica, mais uma vez, com o comércio, que desligou 2.967.194 trabalhadores, seguido pela indústria com 2.066.430 funcionários demitidos. Na construção, foram 1.180.792 vagas encerradas, enquanto a taxa de demissões na agropecuária foi de 626.370. 

“A gente espera que dê tudo certo com a vacina”

De acordo com André Morais, economista do Conselho Regional de Economia de Pernambuco (Corecon-PE), o País chegou a mostrar um início de recuperação nos empregos, que ao que tudo indica foi freada pelo crescimento do número de casos da Covid-19. “O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), que é como uma prévia do PIB, saiu e subiu, mas já começou abaixo da expectativa do mercado. Subiu 0,86, mas a expectativa era 1.1. O crescimento está dando uma desacelerada e tudo sugere que é devido à escalada de número de casos de coronavírus", explicou ele. 

O especialista explana ainda que o setor de serviços é o maior responsável pelas contratações, junto ao comércio. “O problema é que o setor de serviços representa uma porcentagem muito grande na composição do Produto Interno Bruto (PIB), se ele não reage, puxa para baixo o PIB como um todo e a parte de empregos também. A gente teve uma queda no terceiro trimestre, não tão expressiva, mas não deixa de ser [uma queda]. A indústria está se mantendo, a construção civil caiu um pouco, mas ainda conseguiu se segurar, mas o setor de serviços, serviços domésticos também [foi um setor que] caiu muito”, contou André.

Diante desse quadro, a expectativa de geração de empregos nos próximos meses é positiva, mas segundo o economista, só será expressiva se houver vacinação, permitindo uma redução das restrições que possibilite investimentos e crescimento nos segmentos de comércio e serviços. “A expectativa para 2021 é de a gente ter uma melhora significativa, principalmente porque a gente espera que dê tudo certo com a questão da vacina que chegue o quanto antes e chegando, aí as expectativas são boas. Essa recuperação só não é mais expressiva pelo setor de serviços, porque ele depende de que? Restaurantes, hotéis, então enquanto a gente não tiver vacina, o setor vai sofrer um bocado.”

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Para quem ainda não se cadastrou a fim de receber o auxílio emergencial de R$ 600, o prazo termina nesta quinta-feira (2), às 23h59, informou a Caixa Econômica Federal. O auxílio emergencial é um benefício financeiro destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos, desempregados e pessoas de baixa renda e tem por objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

Inicialmente proposto para vigorar por três meses, com o pagamento de três parcelas de R$ 600, o benefício foi prorrogado por mais dois meses, com o pagamento de mais duas parcelas. Pelas regras, até duas pessoas da mesma família podem receber o auxílio. Para as famílias em que a mulher seja a única responsável pelas despesas da casa, o valor pago mensalmente é de R$ 1.200.

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Quem pode se cadastrar?

A Lei 13.982/2020, que instituiu o auxílio emergencial, foi aprovada pelo Congresso Nacional em abril e definiu os critérios para ser incluído no programa. Para ter acesso ao benefício, a pessoa deve cumprir, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos:

- Ser maior de 18 anos de idade ou ser mãe adolescente

- Não ter emprego formal

- Não ser agente público, inclusive temporário, nem exercer mandato eletivo

- Não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família

- Ter renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.135,00)

- Não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70

- Estar desempregado ou exercer atividades na condição de microempreendedor individual (MEI), ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) ou trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Como se cadastrar

Quem estava no Cadastro Único até o dia 20 de março e que atende às regras do programa, recebe os pagamentos sem precisar se cadastrar no site da Caixa. Quem tem o Bolsa Família pode receber o auxílio emergencial, desde que ele seja mais vantajoso. Nesse período, o Bolsa Família de quem recebe o auxílio fica suspenso.

As pessoas que não estão inscritas no Bolsa Família nem no CadÚnico e preenchem os requisitos do programa podem se cadastrar no site auxilio.caixa.gov.br ou pelo APP CAIXA | Auxílio Emergencial, disponível nas lojas de aplicativos. Depois de fazer o cadastro, a pessoa pode acompanhar se vai receber o auxílio emergencial, consultando no próprio site ou aplicativo.

O Ministério da Cidadania informou, na semana passada, que já recebeu mais de 124 milhões de solicitações do auxílio emergencial, sendo que cerca de 65 milhões foram considerados elegíveis e 41,59 milhões foram apontados como inelegíveis, por não atenderem aos critérios do programa. Existem ainda quase 17 milhões de inscrições classificadas de inconclusivas - quando faltam informações para o processamento integral do pedido. Quem estiver nessa situação deve refazer o cadastro por meio do site ou aplicativo do programa.

Mais informações sobre o auxílio emergencial também podem ser obtidas na página do Ministério da Cidadania na internet.

Cerca de 1,5 milhão de desempregados de Pernambuco não conseguiram emprego devido à pandemia. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (24), é relativa ao mês de maio e ainda aponta que 1,278 milhão de pernambucanos apresentaram sintomas relacionados à síndrome gripal.

A taxa de sintomáticos representa 13,4% da população do estado e está acima das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O índice coloca Pernambuco na quarta posição dos Estados nordestinos com maiores taxas, atrás apenas do Ceará (16,5%), Maranhão (15,1%) e Paraíba (14,2%). O estudo ainda destaca que cerca de 188 mil populares buscaram atendimento médico no Estado.

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Em maio, 947 profissionais foram afastados temporariamente do trabalho devido à Covid-19, o que representa 28,8% dos empregados, enquanto a média nacional foi de 18,6%, a da região Nordeste foi de 26,6%. Cerca de 13% dos empregados, equivalente a 285 mil pessoas, trabalharam de casa, e 1,4 milhão prosseguiram na informalidade, o que representa 43% dos trabalhadores empregados.

A PNAD informa que 51% dos lares pernambucanos receberam o Auxílio Emergencial no mesmo mês. Embora o dado esteja acima da média nacional (38,7%), o indicativo é abaixo do apresentado no Nordeste, que foi de 54,8%.

O estudo do IBGE foi iniciado no dia 4 de maio e somou aproximadamente 1.750 entrevistas por telefone. Pouco mais de sete mil residências, distribuídas em 137 municípios de Pernambuco foram procuradas pelo órgão.

Um morador de Porto Alegre tem chamado atenção ao criar um 'Delivery de Currículos'. Kaká D'Avila usa as redes sociais para pedir que pessoas desempregadas, que morem na cidade, enviem seus currículos para que ele possa distribuir - gratuitamente - em estabelecimentos que estão procurando funcionários. 

"Com essa pandemia, muitas pessoas estão nas suas quarentenas sem emprego. Então criei o 'DELIVERY DE CURRÍCULOS', onde vou de porta em porta, coletando currículos para entregar em locais que estão contratando. Faço tudo a pé e de graça! Sei como é estar desempregado", escreveu. 

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De acordo com a publicação, o rapaz tira cópias dos currículos, que também podem ser enviados por e-mail e entrega em restaurantes, supermercados, padarias e outras lojas. Além da distribuição dos currículos, o homem criou uma página no Facebook para arrecadar cestas básicas e ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade.

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A Caixa Econômica Federal continua nesta segunda-feira (25) a pagar a segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras) para trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados.

No caso do Bolsa Família, o calendário está dividido conforme as datas habituais de pagamento para quem integra o programa. Para as demais pessoas, o pagamento será de acordo com o mês de nascimento.

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Hoje, será feito o pagamento para os beneficiários do Programa Bolsa Família com Número de Inscrição Social (NIS) final 6. O crédito segue nessa ordem, de um NIS por dia, menos no fim de semana, até o número zero, a ser pago no dia 29 deste mês. Os beneficiários podem sacar o benefício pelo cartão do Bolsa Família.

Segunda parcela nas contas digitais

Hoje (25) também será a vez de os nascidos em setembro e outubro receberem o crédito na poupança digital social da Caixa. Amanhã o crédito será feito para quem nasceu em novembro e dezembro.

Saques da segunda parcela

O calendário para saques da segunda parcela é diferente do calendário do crédito nas contas digitais e tem início no próximo sábado (30), para os nascidos em janeiro.

No dia 1º de junho, os saques serão permitidos para quem nasceu em fevereiro, seguindo nessa ordem até 13 de junho para os nascidos em dezembro. No dia 7 de junho (domingo) não haverá saques.

Na quinta-feira (21), o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que a segunda parcela do auxílio emergencial só será depositada em contas fora da Caixa Econômica Federal a partir do dia 30. Segundo ele, os beneficiários receberão o dinheiro automaticamente na conta corrente de outros bancos no período de 30 de maio a 13 de junho, conforme o cronograma de saque em espécie do segundo lote.

Saque da primeira parcela

Hoje (25), poderão sacar em dinheiro os beneficiários nascidos em agosto; na terça-feira (26), os nascidos em setembro; na quarta (27), os aniversariantes de outubro; na quinta (28), os de novembro, e na sexta-feira (29), os de dezembro.

 

No primeiro trimestre de 2020, começo do período de isolamento social, a taxa de desempregados no Estado de Pernambuco era de 14,5%, segundo o levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), divulgado nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme a pesquisa, o percentual deste ano é melhor do que o divulgado no mesmo período do ano passado (16,1%).

Houve uma queda de 1,6 ponto percentual, o que representa menos 85 mil desocupados em relação ao mesmo período de 2019. Segundo o secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação do Estado, Alberes Lopes, no ano passado, no mesmo trimestre, havia 651 mil sem ocupação no Estado. Agora, nos três primeiros meses de 2020, o total foi de 593 mil.

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“Em todo o Estado, temos 3,4 milhões de pessoas ocupadas", disse Alberes. O levantamento ainda não considera os impactos da pandemia, mas a pesquisa mostra que a queda na taxa de desempregados vinha se mantendo sustentada desde o primeiro trimestre de 2017, quando atingiu 17,1%, mantendo aderência com o desempenho do PIB de Pernambuco, que vinha crescendo acima da média nacional neste período.

"Este resultado ainda não mostra o impacto da pandemia nas nossas vidas, mas ele revela que, no início do ano, estávamos no caminho certo, com uma política de atração de investimentos e capacitação de trabalhadores que começou em 2019", frisou o secretário. “O nosso desafio vai ser retomar de onde paramos quando isso acabar. Para isso, existe um grupo de trabalho estudando como será o cenário após a crise", acrescentou.

Sobre a informalidade no Brasil, dados apontam que se manteve estável em 18 estados, tendo Pernambuco um total de 48,4% informais, 0,4 ponto percentual menor que o do trimestre passado. Ainda assim, o Estado fica com o segundo melhor resultado no ranking do Nordeste.

A pesquisa informa que o Nordeste foi a região do país com as maiores medidas de subutilização da força de trabalho e, a Região Sul, conquistou as menores, o que reflete a desigualdade entre as regiões brasileiras. Contudo, neste semestre, entre os nove estados da região nordestina, Pernambuco teve a menor taxa subutilização de mão de obra neste período analisado, segundo a PNAD, ficando com 29,8%. 

O presidente Jair Bolsonaro disse na quinta-feira (10) que o Brasil "se aproxima de 10 milhões de pessoas que perderam emprego de carteira assinada", mas não apresentou os levantamentos estatísticos que comprovam o encolhimento no mercado de trabalho formal no País nessa magnitude.

"Se aproxima de 10 milhões de pessoas que perderam emprego de carteira assinada", disse o presidente ao chegar ao Palácio da Alvorada no início da noite. Segundo ele, dos 38 milhões de autônomos, 80% perderam poder aquisitivo.

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Uma demissão de 10 milhões, como citou o presidente, mostraria que a pandemia do novo coronavírus foi capaz de, sozinha, dizimar praticamente um terço do mercado de trabalho formal no Brasil. O País tem hoje cerca de 33 milhões de trabalhadores com carteira assinada.

Ao ser confrontado pelos jornalistas sobre a origem do número, Bolsonaro disse que ele foi repassado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e que ele mesmo, o presidente, tinha se surpreendido. Mas afirmou que tem visto que num pequeno comércio de cinco empregados, a prática mostra que três têm sido demitidos. Sobre o dado dos autônomos, Bolsonaro afirmou que era da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sem entrar em detalhes.

Questionado sobre a origem do dado e sobre como a equipe econômica avalia tamanho impacto no mercado de trabalho apesar das medidas adotadas, com recursos públicos, para manter os empregos, o Ministério da Economia informou que "não irá se manifestar".

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que reúne essas informações e é mantido pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, está com a divulgação suspensa porque as empresas estão com dificuldades para enviar os dados em meio à pandemia e uma mudança nos sistemas da pasta. O último número, divulgado em janeiro, foi referente ao fechamento do ano de 2019.

O termômetro mais próximo seria o número de pedidos de seguro-desemprego, que somaram 804.538 entre o começo de março e a primeira quinzena de abril de 2020. Outros 200 mil pedidos devem estar represados devido ao fechamento de agências do Sine, segundo os próprios técnicos da área econômica anunciaram na semana passada. Ou seja, pelos números oficiais do Ministério da Economia, o desemprego como consequência da pandemia teria atingido 1 milhão de pessoas, aumento de 150 mil em relação ao mesmo período do ano passado.

Já a Pnad Contínua, pesquisa sobre o mercado de trabalho do IBGE, mostra uma melhora no mercado de trabalho formal no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2019 - o dado mais recente divulgado pelo órgão. O número de trabalhadores do setor privado com carteira aumentou em 178 mil nessa comparação.

Contrário

O discurso da equipe econômica tem ido na direção contrária. Na quinta mesmo, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, divulgou vídeo nas redes sociais comemorando a manutenção de 6 milhões de empregos formais a partir das negociações para reduzir jornada e salário ou suspender contratos.

O governo prevê gastar R$ 51,2 bilhões para pagar benefícios aos trabalhadores, numa compensação pela perda temporária no salário. Com isso, espera que a crise resulte num número bem menor de demissões, por volta de 3,2 milhões.

A declaração do presidente foi dada no mesmo dia em que Bolsonaro foi pressionado por setores da indústria a adotar medidas de retomada da atividade econômica. Ele recebeu os empresários acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes. O grupo seguiu depois a pé para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde se reuniu com o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli.

O presidente assinou e publicou na quinta-feira um decreto que inclui o setor de construção civil e as atividades industriais no rol de atividades essenciais, que podem funcionar durante a pandemia da covid-19, desde que "obedecidas as determinações do Ministério da Saúde". A norma vem num momento em que um número cada vez maior de municípios tem adotado ou falado em adotar medidas de "lockdown" (confinamento obrigatório) na tentativa de conter o avanço da doença.

"Vamos colocar novas categorias com responsabilidade e observando as normas do Ministério da Saúde. Porque senão, depois da UTI, é o cemitério, e não queremos isso para o Brasil", disse Bolsonaro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais de 25 milhões de latino-americanos e caribenhos estão desempregados e o número deverá aumentar em 2020, devido ao fraco crescimento econômico, indica a OIT nesta terça-feira (28) em seu relatório anual.

O relatório destaca que o desemprego entre as mulheres está aumentando mais do que entre os homens e que a situação dos jovens latino-americanos "é alarmante", pois um em cada cinco "não consegue emprego", a taxa mais alta em uma década.

"Os mercados de trabalho da América Latina e do Caribe estão passando por um momento de incerteza refletido em um leve aumento na taxa de desemprego regional e em sinais de precariedade que podem piorar em 2020", alertou a agência ao apresentar seu relatório anual Panorama em Lima Trabalho

A taxa de desemprego na região no final de 2019 foi de 8,1%, um décimo a 8,0% em 2018. "É um pequeno aumento, mas ainda significa que mais de 25 milhões de pessoas estão buscando ativamente emprego e não conseguem", afirma o relatório.

O desemprego aumentou no ano passado em nove dos 14 países latino-americanos incluídos no estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que tem seu escritório regional na capital peruana.

Enquanto isso, no Caribe de língua inglesa, que tem menos população, "houve uma queda no desemprego de 0,7 décimos", disse o relatório.

"A situação do mercado de trabalho é complexa", disse o diretor regional da OIT, Juan Felipe Hunt, apresentando o relatório à imprensa, acompanhado pelo coordenador do estudo, Hugo Ñopo, e pelo chefe de comunicação regional, Luis Córdova.

"A dinâmica de desaceleração econômica observada desde meados de 2018 impactou tanto a estrutura quanto a qualidade dos empregos", disse Ñopo, explicando que há uma "precariedade" nos empregos que estão sendo criados na região.

A Prefeitura do Recife anunciou, nesta quinta-feira (19) uma iniciativa chamada ‘Vem Meu Emprego’, que fornecerá, gratuitamente, um cartão VEM com 20 passagens anel A, por mês, para quem está procurando trabalho. As agências também vão ajudar os trabalhadores a elaborar e imprimir gratuitamente 10 currículos para auxiliar na busca por emprego.

Para ser beneficiado, é necessário ter mais de 18 anos, ter trabalhado por pelo menos seis meses, morar no Recife e ter sido demitido de um emprego no qual permaneceu por pelo menos seis meses e ganhava até 2 salários mínimos. Os cartões serão entregues a partir do dia 23 de dezembro, a partir das 14h, nas agências de emprego da Prefeitura do Recife, localizadas na avenida Rio Branco n°155, no Bairro do Recife, e na avenida Norte, n° 5600.

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Para confeccionar os currículos e receber o cartão VEM, os interessados devem comparecer às agências para dar entrada no Seguro Desemprego, levando cópia da rescisão do contrato de trabalho, comprovando a data da demissão e a faixa salarial, além de comprovante de residência. Ao todo, serão mil beneficiários por mês. 

O Prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), afirmou que a criação do Vem Meu Emprego é “mais uma ajuda para o desempregado e para quem está precisando”. Questionado sobre o número de desempregados que há atualmente no Recife, o prefeito foi evasivo afirmando apenas que o desemprego em alta no Brasil também afeta o a cidade. 

“A gente tem um desemprego no Brasil que saiu da casa de 6% para 12%. (...) Desde a reforma trabalhista praticamente 9 de cada 10 vagas são na informalidade, essa é uma situação que o Brasil inteiro está enfrentando e a gente não é diferente. Aqui no Recife tem muita gente procurando trabalho e é por isso que a gente está ajudando”, disse ele.

Questionado sobre o motivo de a ação se restringir a trabalhadores recém-demitidos, o secretário de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo (STQE), Antônio Júnior, afirmou que é impossível abarcar todos os desempregados da cidade e o Vem Meu Emprego tem foco em evitar o desalento. 

“Outras ações continuarão sendo feitas através das agências do emprego, da sala do empreendedor. Agora tem mais esse programa para tentar atingir esse pessoal que acabou de ser desempregado e ainda tá quentinho, como diz a história, e não deixou o currículo esfriar e a gente não deixará que ele se desalente”, disse ele. 

O secretário afirmou ainda que o projeto terá duração garantida até o final da gestão do atual prefeito. Perguntado se haveria negociações com a próxima gestão, Antônio Júnior respondeu que haveria tentativas de negociação.

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Cerca de 3,2 milhões de pessoas estão à procura de emprego há dois anos ou mais no Brasil. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), isso representa 25,2% dos 12,5 milhões de desocupados do país.

Ainda segundo o IBGE, cerca de 1,8 milhão, ou 7,1% dos desocupados, estavam há menos de um mês procurando emprego. A taxa de desemprego no país no terceiro trimestre deste ano, divulgada no fim de outubro, ficou em 11,8%, abaixo dos 12% registrados no segundo trimestre.

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A Pnad-Contínua divulgada hoje trouxe ainda dados sobre taxa de desemprego dos estados. O estado de São Paulo foi o único a apresentar queda na taxa de desemprego do segundo para o terceiro trimestre deste ano. A taxa recuou de 12,8% para 12% no período em São Paulo.

Segundo a pesquisadora da IBGE, Adriana Beringuy, a queda ocorreu devido à redução do número de desempregados e não em função do aumento da ocupação.

Já Rondônia foi o único estado com alta na taxa de desemprego, ao passar de 6,7% para 8,2%. As outras 25 unidades da federação tiveram estabilidade na taxa, de acordo com os dados do IBGE.

As maiores taxas foram observadas nos estados da Bahia (16,8%), Amapá (16,7%) e Pernambuco (15,8%). Já os menores níveis foram registrados em Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Mato Grosso (8%).

Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, houve altas em Goiás (que passou de 8,9% para 10,8%) e Mato Grosso (de 6,7% para 8%). Três estados tiveram queda neste tipo de comparação: São Paulo (13,1% para 12%), Alagoas (de 17,1% para 15,4%) e Sergipe (17,5% para 14,7%).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas ou subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas) foi de 24% no país. Maranhão (41,6%) e Piauí (41,1%) apresentam estimativas acima de 40%.

Por outro lado, as menores taxas foram observadas em Santa Catarina (10,6%), Mato Grosso (14,7%), Rio Grande do Sul (16,3%) e Mato Grosso do Sul (16,3%).

Desalentados

O número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego) foi de 4,7 milhões de pessoas no terceiro trimestre. Os maiores contingentes estavam na Bahia (781 mil) e no Maranhão (592 mil) e os menores em Roraima (17 mil) e Amapá (19 mil).

O percentual de pessoas desalentadas foi de 4,2%. Os maiores percentuais estavam no Maranhão (18,3%) e Alagoas (16,5%) e os menores em Santa Catarina (1,1%), Rio Grande do Sul (1,3%) e Distrito Federal (1,3%).

Empregos formais

Santa Catarina tinha o maior percentual de empregados com carteira assinada (87,7%). Já o menor percentual estava no Maranhão (49,9%).

As unidades da federação com maior percentual de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada no setor privado foram Maranhão (50,1%), Pará (49,9%) e Piauí (49,9%). As menores taxas foram observadas no Rio Grande do Sul (18,1%) e Santa Catarina (12,3%).

Elaborada ao longo dos últimos meses, a nova política de qualificação profissional começou a ganhar contornos. A Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia lançou, esta semana, edital de pregão eletrônico para contratar empresas que darão cursos para reinserir 800 jovens de 18 a 29 anos no mercado de trabalho.

 Aplicado pela primeira vez no Brasil, o novo modelo prevê que as empresas que ministrarão os cursos de qualificação só serão pagas pelo governo se determinada parcela dos alunos conseguir emprego. O novo programa é financiado com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

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Atualmente, as empresas que promovem os cursos de qualificação profissional são remuneradas com base na quantidade de diplomas emitidos. Segundo o Ministério da Economia, o novo modelo, chamado de contrato de impacto social, começou no Reino Unido em 2011 e atualmente é adotado em mais de 20 países.

 

As empresas serão avaliadas da seguinte forma. Até oito meses depois de concluírem os cursos, os jovens deverão conseguir emprego com duração de pelo menos quatro meses.

A taxa de empregabilidade deverá ser 30% superior a um grupo de controle, formado por jovens que não passarão pelos cursos e constituirão uma base de comparação que represente a média do mercado de trabalho.

 

Nessa primeira etapa, serão escolhidos 2 mil jovens desempregados de 18 a 29 anos. Desse total, 800 serão matriculados nos cursos, com carga horária mínima de 250 horas presenciais.

Os 1,2 mil restantes comporão o grupo de controle. Caberá à empresa contratada desenvolver a metodologia das aulas, mapear a demanda por empregos e decidir que cursos serão oferecidos.

 

O edital foi publicado ontem (25) no Diário Oficial da União. Embora o texto tenha previsto a abertura das propostas no próximo dia 8, o Ministério da Economia informou que a data será adiada para 18 de novembro. As empresas do Sistema S, que promovem cursos de qualificação profissional, poderão concorrer.

 

Os cursos poderão ser ministrados em qualquer localidade do Brasil, a critério da instituição contratada, desde que cumpram a exigência de pelo menos 250 horas presenciais.

Também caberá à empresa contratada definir os critérios e os mecanismos de seleção dos jovens desempregados. Após a seleção, os nomes serão sorteados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo e devolvidos para a empresa com a separação entre o grupo de controle e o grupo de tratamento. Segundo o Ministério da Economia, todo o processo será fiscalizado pelo governo.

Preço mínimo

O edital estabelece que vencerá a concorrência a empresa que oferecer o menor preço. Os valores do pagamento vão variar conforme o desempenho da empresa.

As instituições que conseguirem reinserir no mercado de trabalho 30% a mais de jovens que o grupo de controle, receberão R$ 3,2 milhões (R$ 16 por hora-aula). Quem obtiver desempenho de 8% a 29% superior ao do grupo de controle receberá proporcionalmente.

No caso de desempenho de 8%, o valor corresponde a R$ 2 milhões (R$ 10 por hora-aula). Abaixo do nível mínimo de desempenho de 8%, não haverá pagamento nenhum.

Desempenho

O Ministério da Economia explicou que as contratações de jovens serão acompanhadas por meio do cruzamento dos dados do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o e-Social, que medem as contratações e demissões formais.

Quanto maior for o número de contratações no grupo de controle, maior deverá ser a quantidade de contratados do grupo de tratamento. Dessa forma, se forem contratados 100 jovens do grupo de controle, devem ser contratados 130 ou mais jovens do grupo de tratamento para a instituição receber o pagamento integral.

O Ministério da Economia informou, ainda, que o edital foi elaborado para incentivar a empresa contratada a escolher jovens com dificuldade em conseguir emprego. Se a instituição escolhesse jovens com alta empregabilidade para o grupo de controle, explicou o ministério, o cumprimento da meta ficaria mais difícil.

 

Quanto maior for o número de contratações no grupo de controle, maior deverá ser a quantidade de contratados do grupo de tratamento. Dessa forma, se forem contratados 100 jovens do grupo de controle, devem ser contratados 130 ou mais jovens do grupo de tratamento para a instituição receber o pagamento integral.

 

O Ministério da Economia informou, ainda, que o edital foi elaborado para incentivar a empresa contratada a escolher jovens com dificuldade em conseguir emprego. Se a instituição escolhesse jovens com alta empregabilidade para o grupo de controle, explicou o ministério, o cumprimento da meta ficaria mais difícil.

Como se não bastasse a dura realidade de quem circula pelas ruas em busca de recolocação profissional, a preocupação dos desempregados agora volta-se para outro problema: os golpes. Uma investigação da Polícia Civil de São Paulo deteve, na última quarta-feira (23), quatro pessoas acusadas de praticar golpes contra cidadãos que procuravam emprego na região central da cidade.

Após receberem a denúncia, equipes da polícia iniciaram o monitoramento da suposta empresa. Os golpes eram aplicados em vítimas que, levadas a acreditar na matrícula em um curso preparatório e ao adquirirem uniformes para exercer a função, teriam uma vaga assegurada. De acordo com as investigações, mesmo realizando a suposta formação profissional, nenhuma das vítimas havia conseguido o emprego.

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Ao se dirigirem ao local, situado à Rua Nestor Pestana, os agentes encontraram alguns desempregados aguardando atendimento. Durante a diligência, a polícia apreendeu currículos e um livro com informações de documentos pessoais que confirmavam as fraudes, além de anotações para contratos de emprego fictícios. Ainda foi possível identificar que dois dos presos já haviam participado de outros crimes parecidos.

O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), criticou, nesta sexta-feira (29), o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) por não apresentar ações para modificar o quadro de desempregos do país. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados hoje, o Brasil tem 13,1 milhões de pessoas sem emprego.

Na avaliação de Ciro, a gestão perde tempo com bobagens. “Enquanto o governo tenta desviar a atenção para bobagens, nosso povo vai sofrendo com o desemprego. Que fique claro: o governo não apresentou nenhuma ação concreta para reverter esse quadro”, analisou o ex-candidato à Presidência da República nas eleições de outubro de 2018.

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O pedetista também aproveitou para repercutir o número de pessoas subutilizadas que são desempregados, pessoas que têm emprego, mas gostariam de trabalhar mais horas e trabalhadores que estão desocupados, mas não conseguem procurar emprego por diversos motivos, como por exemplo, cuida de uma pessoa doente.

“Quase 30 milhões de brasileiros ‘subutilizados’: pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial. Maior contingente da série histórica! É grave! É preciso projeto, planejamento, foco, tudo o que falta a esse governo”, disparou Ciro.

A Polícia Civil de Pernambuco informou ao LeiaJá, na noite desta terça-feira (20), que o homem responsável pela divulgação de mais de 500 vagas de empregos em um suposto centro de compras pode ter problemas mentais. Diante das apurações das autoridades até o momento e do posicionamento de órgãos públicos, não existe plano de construção de um shopping nas proximidades da BR 101–Sul, na cidade do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. Depois de o anúncio das possíveis vagas de trabalho circular nas redes sociais, uma grande fila se formou no local, onde centenas de cidadãos desempregados tentaram desesperadamente entregar seus currículos.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, na tarde desta terça-feira, familiares do rapaz que divulgou as supostas vagas procuraram o delegado Mamedes Xavier, da Delegacia do Cabo de Santo Agostinho, e apresentaram laudos que podem comprovar a informação de que ele apresenta problemas mentais. Segundo a assessoria, o delegado conversou com o homem e identificou em seu discurso que ele acredita de fato que construiria um empreendimento na região nos próximos 15 dias.

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Ainda segundo a Polícia, por enquanto não haverá instauração de inquérito porque não foi comprovado crime. Não há, por exemplo, reclamação de que a suposta seleção estaria cobrando dinheiro para receber os currículos. Algumas das vagas oferecidas eram nas funções de eletricista, encanador, pedreiro, servente, gesseiro, bombeiro civil, serviços gerais, pintor, soldador, vendedor, gerente de loja, entre outras ocupações.

O suposto shopping, chamado nas redes sociais Palladium Santo Agostinho, possui o mesmo nome de um empreendimento localizado em Curitiba. No entanto, a empresa curitibana informou que não tem relação com centro de compras em Pernambuco. A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho também infirmou que “recebeu com surpresa a notícia dessa suposta construção e esclarece que não há qualquer projeto em análise na Secretaria de Planejamento e Controle Urbano”.

A Prefeitura do Cabo também adiantou que a área em questão da suposta construção está sob responsabilidade da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD DIPER). Ao LeiaJá, a Agência confirmou ser responsável pela área, mas não cravou a chegada de um shopping. 

“A AD Diper informa que o local onde se pretende construir o shopping citado está realmente inserido no Distrito Industrial implantado por esta agência na década de 1960. Porém, o lote em questão se trata atualmente de área privada destinada a empreendimentos econômicos, sob controle do Poder Público Municipal. Ademais, a AD Diper sequer foi consultada por parte dos investidores a respeito do empreendimento em questão”.

O rapaz chegou a dar entrevistas a veículos de imprensa detalhando as supostas oportunidades de trabalho, bem como soldados da Polícia Militar foram acionados para organizar a fila no local. As autoridades não detalharam, até o fechamento desta matéria, como o homem conseguiu ingressar no espaço e se apresentar como representante do suposto shopping center.

Então vamos aos registros recentes em prazos curtos de menos de dez dias. A Petrobras promoveu o aumento de 0,95% para o preço do diesel e elevou em 1,80% o preço de gasolina comercializados nas refinarias. Segundo a empresa, o preço do diesel A nas refinarias passará de R$ 2,3082, hoje, para R$ 2,3302 o que significa uma alta de 0,95%. Já o preço da gasolina A nas refinarias passará de R$ 2,0046 para R$ 2,0407 o litro, no mesmo período, o que representa um aumento de 1,80%. Anote isso pois este é o 4º reajuste já anunciado nesta semana. Na véspera, a companhia elevou em 1,82% o preço da gasolina, e subiu 1,76% o preço do diesel, nas refinarias. A escalada nos preços acontece em meio à disparada nos preços internacionais do petróleo. Nesta quinta, o barril de petróleo Brent superou US$ 80 pela 1ª vez desde novembro de 2014. Em março, a petrolífera mudou sua forma de informar os reajustes, e passou a anunciar os preços do litro da gasolina e do diesel vendidos pela companhia nas refinarias - e não mais os percentuais. Registremos também que a Petrobras adota novo formato na política de ajuste de preços desde 3 de julho do ano passado. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, inclusive diariamente. A decisão de repassar o aumento do valor do combustível cobrado pela Petrobras para o consumidor final é dos postos de combustível. Afora isso, alta na tarifa de energia elétrica, e todos os serviços básicos para a população. O que mais impacta é que a sociedade está inerte, calada, e parece ser conivente em tudo de ruim que está acontecendo neste país.

Números preocupantes

A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui os desempregados, pessoas que gostariam de trabalhar mais e aqueles que desistiram de buscar emprego, bateu recorde no primeiro trimestre, chegando a 24,7%, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Alarmante

Ao todo, são 27,7 milhões de pessoas nessas condições – maior contingente desde o início da série histórica, em 2012. Destes, 13,7 milhões procuraram emprego, mas não encontraram. O restante são subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, pessoas que gostariam de trabalhar mas não procuraram emprego ou não estavam disponíveis para trabalhar.

Números

No trimestre, a taxa de desemprego foi de 13,1%, crescimento de 1,3 ponto percentual ante o trimestre anterior, frustrando expectativas de recuperação sustentável do mercado de trabalho.

Foro privilegiado

Membro da Comissão Especial da Câmara que discute o foro privilegiado, o deputado Tadeu Alencar (PSB) apresentou requerimento para que sejam ouvidos representantes da sociedade civil cuja atuação não seja apenas restrita à área jurídica. Ele indicou a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a ONG Transparência Brasil para que sejam convidadas a participarem das audiências sobre o tema.

Projeto de Divisão de pobreza passa na Câmara dos deputados

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (16), por 337 votos a 36 e 2 abstenções, o regime de urgência para o Projeto de Lei Complementar (PLP) 137/15, que regulamenta a criação de municípios no Brasil.

Votação

A votação do mérito ficará para outro dia devido ao esvaziamento do quórum. Para ser aprovado, um texto de projeto de lei complementar precisa do apoio de 257 deputados.

Urgência

O requerimento de urgência foi apresentado pela deputada Marinha Raupp (PMDB-RO). A urgência foi votada no painel a pedido do líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ). Ele disse que a medida foi incluída em pauta sem a devida análise do Colégio de Líderes. “Não podemos vender ilusões de que mais de 400 municípios novos possam resolver os problemas reais de falta de recursos, de falta de saneamento”, disse.

Finanças públicas

A aprovação da urgência, no entanto, teve grande apoio dos parlamentares. Alguns deputados chegaram a pedir que a votação do mérito fosse realizada nesta quarta-feira, mas não houve consenso. Para o deputado Edmar Arruda (PSD-PR), alguns dos municípios criados não teriam autonomia financeira. “Precisamos enxugar o estado”, disse.

Outra fala

Já o deputado Weverton Rocha (PDT-MA) disse que não haverá novos custos a partir do projeto. "Esta nova regra não onera a União, ela é dura, ela é rígida, não vai haver farra de criação de municípios. Há plebiscito para os dois lados – o que vai deixar de ter o distrito e a população que vai criar o novo município – além de estudos", afirmou.

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