PE não terá vacina suficiente para maioria da população

Estava previsto pelo Plano Nacional de Imunização que o Estado iria receber doses para vacinar o primeiro grupo de 627 mil pessoas em 30 dias. Até agora, PE recebeu 270 mil doses

por Jameson Ramos qua, 20/01/2021 - 18:10
Arthur Souza/LeiaJá Imagens Pernambuco espera pelo Ministério da Saúde Arthur Souza/LeiaJá Imagens

O secretário Estadual de Saúde, André Longo, confirmou na tarde desta quarta-feira (20), que ao longo dos primeiros meses deste ano Pernambuco não terá vacina suficiente para imunizar todos os pernambucanos.

"Vamos priorizar os grupos de vulneráveis, aqueles que têm maior risco de desenvolver a forma grave da doença, ou aqueles que estão mais expostos ao vírus - que são os trabalhadores dos nossos hospitais", revela o secretário.

Longo aponta que todos os pernambucanos só devem ser vacinados quando a cobertura vacinal for ampliada pelo Ministério da Saúde. 

André reforça que aqueles que receberam a primeira dose da vacina não podem abrir mão dos protocolos de combate ao novo coronavírus. Ele aponta que não há efeito instantâneo e a proteção se completa com a segunda dose do imunizante, que deverá ser aplicada em 14 a 15 dias após a primeira dose.

Longo explica que estava previsto pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) que o Estado iria receber doses para vacinar o primeiro grupo de 627 mil pessoas, nos primeiros 30 dias. Até agora, Pernambuco recebeu 270 mil doses.

"Nós estamos preparados para receber as vacinas, mas há um ambiente de incerteza porque há um cenário internacional adverso e parece não evoluir bem as negociações tanto do Instituto Butantan, quanto da Fiocruz para os insumos necessários, produção, envasamento e rotulagem", explica.

Diante disso, o secretário apontou que, na manhã desta quarta-feira (20), o Fórum de Governadores enviou uma carta à Presidência da República pedindo ao presidente e ao ministro das Relações Exteriores que dialoguem com a China para viabilizar a continuidade da vacinação no país.

"Alguns entraves diplomáticos causados por falas e alguns posicionamentos carregados de negacionismo não podem colocar em xeque a vida, a saúde e a esperança dos brasileiros", exclama André.

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