França ameaça deixar restaurantes 'rebeldes' sem auxílios

Os restaurantes que servirem os clientes na mesa terão acesso aos fundos de solidariedade anulado por um mês' e de forma definitiva se fizerem novamente, anunciou o ministro

seg, 01/02/2021 - 09:38
GEORGES GOBET Terraço de um bar fechado pela pandemia de coronavírus na praça do Capitólio de Toulouse GEORGES GOBET

O ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, afirmou nesta segunda-feira (1°) que os bares e restaurantes que abrirem, apesar das restrições impostas para conter o coronavírus, terão as ajudas pela pandemia suspensas.

Os restaurantes que servirem os clientes na mesa terão acesso aos fundos de solidariedade "anulado por um mês" e de forma definitiva se fizerem novamente, anunciou o ministro.

Os restaurantes e outros negócios obrigados a fechar pela pandemia podem optar por ajudas de 10.000 euros (12.000 dólares) por mês ou uma indenização de 20% de sua renda, com um máximo de 200.000 euros mensais.

"Para os hoteleiros, é muito difícil economicamente e moralmente", reconheceu Bruno Le Maire na rádio RTL, "mas isso não justifica violar as normas que são sanitárias".

Em 27 de janeiro, um proprietário de restaurante de Nice (sudeste) se rebelou contra a medida que proíbe servir comida no interior dos estabelecimentos e serviu 100 pessoas ao meio-dia, o que o levou à delegacia.

Durante quinta e sexta-feira, a polícia de Paris fechou 24 restaurantes "clandestinos" que trabalhavam com as cortinas fechadas.

Na sexta, una patrulha da polícia de Paris multou dez juízes que comiam em pé em um terraço ao lado do quartel da polícia da capital.

Esses são "alguns poucos casos isolados na França", mas "não quero que se estenda e se torne um costume", alertou Le Maire.

Para o primeiro-ministro Jean Castex, esses tipos de estabelecimentos, que estão fechados desde 30 de outubro (embora possam vender comida para levar), não abrirão antes de meados de fevereiro.

Com uma média de 20.000 novos casos por dia e 75.000 mortos desde o início da pandemia, o governo francês busca a qualquer preço um novo confinamento e anunciou no sábado o fechamento dos centros comerciais não alimentícios de mais de 20.000 metros quadrados.

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