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O promotor de Justiça que apontou uma arma para um homem dentro de uma academia em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, se apresentou na Delegacia da Mulher de Santo Amaro, na área central, nessa terça (30). Após a repercussão das imagens da segunda (29), o caso é investigado pela Corregedoria do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Segundo a Polícia Civil, o promotor e a companheira registraram boletim de ocorrência, mas não chegaram a formalizar representação criminal contra o rapaz. O motivo da ameaça armada dentro da Academia Corpo Livre seria porque o aluno teria olhado para a mulher do promotor.

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Ainda conforme a Polícia Civil, o rapaz ameaçado não prestou queixa. A instauração do inquérito depende da representação da vítima visto que se trata de crime de ação condicionada.

O estabelecimento informou que o promotor teve a matrícula cancelada e que está à disposição das autoridades para auxiliar nas investigações.

Brincadeira tem limites! No último sábado (9), Virginia Fonseca estava fazendo uma live quando ameaçou processar quem falar que ela tem caso amoroso com Neymar Jr.

Casada com o cantor Zé Felipe, a influenciadora tem sido alvo de fofocas desde que anunciou o jogador de futebol na campanha de Natal de sua marca de cosméticos.

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"Fico em choque! Como é que pode? Quem vai receber o Neymar? A cara da empresa, que sou eu. Eu vou processar qualquer pessoa que começar a duvidar do meu caráter. Já passou do limite. Vamos respeitar. Sou casada e tenho duas filhas. Eu respeito a minha família".

Terceirizados, com atuação em escolas municipais de Peruíbe, no litoral de São Paulo, foram ameaçados após cobrarem salários e benefícios atrasados. Os funcionários, que trabalhao na limpeza das instituições, estão há três sem receber e, na tentiva de um retorno sobre o pagamento, estão recebendo de um profissional de Recursos Humanos da teceirizada ameaças de demissão e pedidos de busca por "um emprego melhor".

Em entrevista ao site G1, uma funcionária da terceirizada, que não foi identificada, relatou que o único benefício ainda pago é o vale-transporte e que a única vez que recebeu vale-refeição foi em outubro. Em conversas de um grupo no WhatsApp, obtidas pelo veículo, o funcionário do RH alega que a empresa não recebeu recursos da Prefeitura de Paruíbe e, por isso, não realizou o pagamento dos trabalhadores terceirizados.

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Com a quantidade de reivindicações no grupo, o funcionário limitou as mensagens, no entanto, passou a receber pedidos no privado. Em uma das conversas, o representante do RH ameaçou desligar uma funcionária caso as reclamações continuassem. Em outro momento, ele é irônico: "Administra melhor então, ao invés de ficar aqui ofendendo todos (...) Se para você não está bom, vai procurar um emprego melhor e para de ficar aqui batendo boca".

Conversa em um grupo do WhatsApp entre funcionários e representante do RH. Foto: Reprodução/WhatsApp

Conversa em um grupo do WhatsApp entre funcionários e representante do RH. Foto: Reprodução/WhatsApp

Após desembarcar no Brasil, na última segunda-feira (13), o palestino com cidadania brasileira Hasan Rabee e a família passaram a receber ameaças pelas redes sociais. De acordo com a advogada Talitha Camargo da Fonseca, que representa o repatriado, o número de ameaças já passa de 200.  

“Essas mensagens têm enquadramento criminal e injúria racial, xenofobia, ameaça de execução, calúnia, difamação e perseguição, porque algumas mensagens vieram mais de uma em sequência, em dias seguidos”, detalhou a advogada, especializada em Direito Internacional e Direitos Humanos.  

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Segundo a Talitha da Fonseca, circulam na internet vídeos com recortes do momento em que Hasan Rabee desembarcou na Base Aérea de Brasília junto a outros repatriados de Gaza, quando foram recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros.  

“Há vídeos perigosos porque eles trazem, para além da figura do Hasan, recortes e montagens do Hasan em momentos em que ele chega em solo nacional. São fotos dele com o presidente Lula, fotos dele com os ministros. Isso é de uma gravidade gigantesca, porque só prova a polarização desse país, e só prova o quanto a nossa sociedade está doente”, afirmou.  

Hasan Rabee, 30 anos, ficou conhecido por divulgar vídeos e mensagens mostrando os bombardeios na Faixa de Gaza, estragos e as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros para conseguir água, comida e sair da região do conflito entre Israel e Hamas.  

Para a advogada, é uma situação absurda que Hasan e a família, após o sofrimento enfrentado em Gaza, serem expostos a outros tipos de violência no Brasil.  

“É inadmissível imaginar que vítimas de guerra chegando ao país têm que enfrentar uma nova guerra contra discurso de ódio”, disse.  

Proteção 

Talitha da Fonseca apresentou um pedido para que Hasan seja incluído no Programa de Proteção dos Defensores de Direitos Humanos, coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos. 

A advogada informou ter recebido informação de que o caso de Hasan já está em análise. O ministério divulgou na tarde desta quinta-feira (16) nota explicando como é o acesso aos programas de proteção de cidadãos e as etapas para a inclusão. Os nomes dos protegidos não são revelados. “O MDHC reforça a posição de que são condenáveis todas as manifestações de ódio ou ameaça, sejam elas contra quem for. Não há lugar para o antissemitismo, islamofobia ou qualquer tipo de preconceito ou discriminação”, diz em nota. 

Hasan e a família receberão apoio psicológico pelo Institui Pró-Vítima, em São Paulo, onde vivem. 

A Agência Brasil procurou Hasan para falar sobre as ameaças, mas ele preferiu não se manifestar.  

A defensora disse que eles estão abalados com a situação, porém recomendou que ele tente retomar a rotina com a esposa e as duas filhas, de 6 e 3 anos de idade. 

Naturalizado brasileiro, Hasan Rabee trabalha como vendedor na cidade de São Paulo (SP) há 10 anos, desde que resolveu deixar a Palestina por causa dos conflitos com Israel. Ele foi a Gaza para visitar a família com as filhas e a esposa brasileiras, quando o conflito teve início no dia 7 de outubro.

 

Ao presenciar uma ocorrência de ameaça na entrada da estação de metrô Carandiru, em Santana, na Zona Norte de São Paulo, uma policial militar fardada se recusou a atuar na situação e chegou a ameaçar uma testemunha. O flagrante em vídeo viralizou nas redes sociais e foi feito por um homem que, na gravação, se identifica como repórter; ele cedeu as imagens à imprensa posteriormente, mas optou por não se identificar. O jornalista pede ajuda à militar, que está parada em frente à estação, mas ela o recomenda que ligue para o 190 e solicite viatura. “Estou de folga”, disse. 

A cena de violência aconteceu após uma suposta tentativa de furto. Um homem armado foi flagrado perseguindo um jovem negro, a quem chamou de “ladrão”. O agressor, que no vídeo é identificado como Paulo, está acompanhado de uma mulher e duas crianças, que gritam assustadas durante todo o ocorrido e pedem para que Paulo guarde a arma. "Para, Paulo, para de bater nele. Guarda essa arma, as pessoas estão olhando. Vamos pra casa", pede a mulher. 

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O jovem acusado de tentativa de furto é protegido pela mulher que acompanha Paulo. Enquanto o homem aponta a arma, ela protege o rapaz com o corpo, ao mesmo tempo em que tenta segurar o suspeito de furto para que ele não fuja do local. A policial presencia a cena e, além de permitir que o homem armado bata no jovem, também dá chutes na vítima. Questionada pela testemunha, a PM profere ameaças e diz que dará ordem de prisão ao repórter, apesar de ter informado que não atuaria na ocorrência por estar de folga e sem efetivo.

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Imagens: Reprodução/Ponte Jornalismo

“Vocês servem pra quê?”, perguntou o repórter à PM, que disse: “Se o senhor falar comigo desse jeito, eu vou te prender. Você falou que eu não presto pra nada, quem não presta é você. Se você é da imprensa, eu sou da polícia. Eu estou de folga. O meu papel é ligar 190 e pedir apoio", grita a policial. Quando o repórter pergunta por que ela não ligou, ela diz que não estava com o celular e, em seguida, avança para agredir o jornalista. As imagens foram cortadas após isso. 

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) ainda não se manifestou sobre o caso e os envolvidos também não foram identificados. Conforme o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar, é dever dos PMs “atuar onde estiver, mesmo não estando em serviço, para preservar a ordem pública ou prestar socorro, desde que não exista, naquele momento, força de serviço suficiente”. 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), colocou em liberdade provisória o influenciador bolsonarista Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, preso preventivamente depois de divulgar vídeos com ameaças ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aos ministros da Corte.

Ele deverá cumprir uma série de contrapartidas, como entregar passaporte, ficar fora das redes sociais, usar tornozeleira eletrônica e ficar em casa no período noturno e nos finais de semana. Se alguma medida cautelar for violada, a prisão pode ser decretada novamente.

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O influenciador estava preso desde julho do ano passado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a revogação da preventiva por considerar que ele já não representa risco à investigação.

"Considerando o avanço das investigações e a manifestação da Procuradoria-Geral da República, vejo que é possível a substituição da prisão preventiva anteriormente decretada por medidas cautelares", escreveu Moraes. O ministro também deu 30 dias para a Polícia Federal (PF) concluir o inquérito.

Ao pedir a prisão, a PF apontou indícios dos crimes de associação criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Os policiais alegaram ver risco de que o discurso do influenciador inflamasse ‘atos extremos contra a integridade física de pessoas politicamente expostas’.

Em um dos vídeos publicados nas redes, Pinto diz que vai ‘invadir’ e ‘destituir’ o STF e ‘pendurar os ministros de cabeça pra baixo’. Ele também promete ‘caçar’ os ministros, o presidente Lula, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ).

O influenciador também era administrador de um grupo no Telegram, chamado Caçadores de ratos do STF, o que levou ao seu indiciamento por associação criminosa. A Polícia Federal tentou identificar outros participantes, mas esbarrou na política de privacidade do aplicativo de mensagens e não conseguiu levantar a lista completa dos membros, o que pode colocar em xeque parte da denúncia. A Procuradoria-Geral da República, responsável por apresentar as acusações ao final do inquérito, já sinalizou que, sem a identificação dos aliados, não seria possível confirmar a existência de uma associação criminosa.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) publicou, nesta quarta-feira (18), uma mensagem que recebeu ainda no início do mês, por e-mail, ameaçando-a de estupro e assassinato. A parlamentar divulgou o texto original, borrando os nomes de pessoas mencionadas, que seriam os supostos autores do ato.

“Voce (sic) vai morrer na minha mao (sic) depois de sofrer um estupro coletivo”, diz a mensagem. “Nao (sic) adianta denunciar sua p*ta esquerdista , temos gente encobrindo tudos nossos actvms sancvtms nas mais altas esferas de poder”, continua o texto publicado.

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Amaral afirmou que as ameaças têm aumentado desde quando divulgou sua pré-candidatura à prefeitura da cidade de São Paulo (SP). “Minha única resposta pra essas pessoas é: eu só temo a Deus e vocês não vão nos parar”, informou a deputada.

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As imponentes ruínas da antiga cidade grega de Cirene na Líbia, protegidas desde 2016 como patrimônio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em perigo, correm risco de desaparecer, após as inundações que devastaram o leste do país, advertiram testemunhas e um arqueólogo.

Trata-se de um "sítio gigantesco e da maior colônia grega, uma cidade construída entre o final do século VII e o início do século VI antes da nossa era", explica o chefe da missão arqueológica francesa na Líbia, Vincent Michel, em entrevista à AFP.

Seus primeiros habitantes procediam da antiga Tera, na atual ilha grega de Santorini, e ali se estabeleceram por suas terras férteis e abundância de água.

Segundo Claudia Gazzini, especialista em Líbia do International Crisis Group que visitou Cirene nos últimos dias, grande parte do local ainda está inundado, e ocorreram vários deslizamentos de terra.

"Há uma rua descendente, Sharaa el Wadi, delimitada por muros antigos, que conecta a parte alta do sítio com a parte baixa e por onde circula a água da chuva. Mas caíram alguns blocos de pedra que estão bloqueando o fluxo d'água", relatou Gazzini por telefone à AFP, falando de Benghazi.

"Na parte baixa do complexo também tem água suja, que sai continuamente, aos borbotões, da terra, em meio às ruínas", acrescenta.

Os moradores locais e o diretor do departamento de antiguidades local do complexo desconhecem a origem da água, completa.

Ainda pior, a fonte Apollo, uma piscina natural junto a uma caverna que coletava água de nascente, "foi transformada em uma grande banheira, na qual alguém teria derramado sabão", lamenta Gazzini, que fez fotos e vídeos do lugar.

As ruínas e a cidade vizinha de Shahat foram expostas a "cinco horas de chuva torrencial" na noite de 10 para 11 de setembro, diz esta mulher, especialmente preocupada com o teatro grego, onde enormes blocos de pedra caíram das arquibancadas.

Os habitantes de Shahat, que costumavam desfrutar deste complexo junto a um precipício que oferece vistas espetaculares do Mediterrâneo, estão preocupados com a chegada das chuvas de inverno, como um deles disse a Gazzini em um vídeo.

"Se as infiltrações continuarem e a água ficar estagnada, as muralhas podem desabar e levar boa parte das ruínas", alertou Gazzini.

- "Torrentes de pedras" -

Bom conhecedor do local, Vincent Michel garante, depois de ver as imagens das cheias, que, "neste momento, não há destruições graves em Cirene, os monumentos ainda estão de pé".

Mas "as torrentes de água, terra e pedras erodiram as estradas", e "a água circulou muito e enfraqueceu os alicerces dos monumentos", acrescenta, preocupado.

"Sabendo que a pedra é de má qualidade na região, os monumentos correm o risco de se desencaixarem por falta de boas fundações", explica.

Cirene abriga "um dos maiores templos da Antiguidade, o de Zeus, que é maior do que o Partenon de Atenas", afirma este especialista contactado por telefone na França.

Também preocupa a imensa necrópole situada a norte do sítio, do outro lado das muralhas, que "recebeu centenas de metros cúbicos de água, que deslocaram e encheram tumbas".

Cirene, "que tinha mais de dez quilômetros de perímetro, é um dos poucos sítios com uma cidade dos mortos tão grande quanto a dos vivos", completa Michel.

O especialista advertiu para o risco de saques nesta jazida excepcional, onde, durante as últimas escavações, foram encontrados "retratos funerários da época romana e estatuetas de divindades gregas únicas".

Um cartaz desconhecido apareceu na Paróquia Nossa Senhora das Graças, em São Vicente, no litoral de São Paulo, nesta sexta-feira (8). A mensagem de ódio deixada ameaça os fiéis e xinga os padres e o Deus que é adorado no local. Confira o que foi escrito:

“Aos devotos desta igreja: Religião de filhos da p* e um 'Deus' de merda. Pelos fogos do último domingo, iremos jogar uma praga em vocês. Devido a falta de respeito com os vizinhos desta igreja, daremos o troco na mesma moeda. Bombas serão jogadas aqui também. Seus crentes nojentos hipócritas que adoram um bosta de “Deus”. Dos moradores de Vila Valença, ao Padre imbecil.”

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No último domingo, dia 3 de setembro, a paróquia realizou o evento de Encontro de Jovens com Cristo, evento tradicional da igreja, com missa campal e sequência de fogos. A prefeitura de São Vicente confirma que o evento teve autorização para acontecer. 

Procurado pelo Portal Costa Norte, um membro da paróquia, João Lima, detalha que o cartaz foi encontrado pela manhã, entre às 8 ou 9h, na porta da igreja. Segundo ele, essa atitude é “esse tipo de ofensa não pode ficar impune, é uma ameaça de terrorismo”. Os visitantes da igreja, estão com medo de ir às missas:

“Estão com medo porque foi uma ameaça à integridade física deles, uma ameaça a quem frequenta a igreja. Os fiéis, principalmente os mais idosos, estão receosos. Nunca sofremos uma ameaça dessas desde 1952, quando a igreja foi fundada, nunca tivemos esse tipo de ameaça”, conta João.

A Paróquia Nossa Senhora das Graças registrou um boletim de ocorrência sobre o caso que está em investigação pela Polícia Civil. Apesar de assustados, a igreja optou por seguir com suas atividades normalmente.

Um idoso, de 72 anos, confessou ter escrito um bilhete com ofensas e ameaças ao padre Júlio Lancellotti. Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), no domingo (27), no mesmo dia em que a mensagem foi encontrada, o indivíduo foi encaminhado ao 8º Distrito Policial (Brás) após ter confessado ser autor do bilhete.

O caso foi registrado como injúria e ameaça. A identidade do autor não foi revelada.

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Conhecido pelo trabalho que realiza com a população em situação de rua em São Paulo e por ser um defensor dos direitos humanos, Lancellotti disse no Twitter que encontrou um bilhete com uma ameaça na porta da igreja que lidera na manhã de domingo.

"Seu dia de reinado vai acabar, pode esperar", ameaça o autor do bilhete.

O texto diz ainda que o padre é um "defensor dos direitos dos bandidos" e que ele "usa o povo" para se "favorecer", além de chamá-lo de "petista vagabundo".

Lancellotti faz parte de um conselho do governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas não tem envolvimento direto com o partido.

"O autor é conhecido da vítima denunciante e disse em depoimento que não pretendia fazer, efetivamente, mal à ela", disse ainda a SSP.

Ainda de acordo com a SSP, o padre foi orientado quanto ao prazo de seis meses para representar criminalmente contra o autor.

O jornal O Estado de S. Paulo tentou entrar em contato com o padre para saber mais detalhes, mas ele não foi localizado.

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O padre Julio Lancellotti, de 74 anos, referência no trabalho social com pessoas em situação de vulnerabilidade em São Paulo, voltou a ser ameaçado. Ao chegar na igreja neste domingo (27) encontrou um bilhete com diversas ofensas.

Na mensagem, escrita à mão, a pessoa chama o religioso de 'padreco de merda' e 'petista vagabundo'. "Pensa que aqui é Partido Político. Defensor dos direitos dos bandidos. Usa o povo pra te favorecer". Além das ofensas, o remetente ameaçou o padre: “"Seu dia de reinado aqui vai acabar. Pode esperar".

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Em março deste ano, o religioso publicou outro episódio de ameaça e perseguição. "Este morador da Mooca, hoje, invadiu a igreja, interrompeu a missa aos gritos e me insultou por causa da pastoral de rua. Jogou o celular contra nós e proferiu ameaças", escreveu padre Julio em uma rede social.

Moradores da comunidade João de Barros, em Santo Amaro, no Recife, têm relatado  uma rotina de conflitos e hostilidade com a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) na localidade. Um novo episódio envolvendo uma ação policial terminou com uma mulher agredida e duas pessoas presas, na quarta-feira (23), após o que seria uma abordagem de rotina. A ação foi o que motivou um protesto na Avenida Agamenon Magalhães nesta quinta-feira (24).

De acordo com a PMPE, o caso se tratou de uma denúncia de tráfico local e, à ocasião, três pessoas foram presas. Uma delas foi um homem não identificado, de 19 anos, por posse e/ou uso de entorpecentes. Ele foi liberado. Já os outros dois presos, um homem e uma mulher, são irmãos, de 19 e 21 anos, e foram autuados por tráfico de drogas e resistência à prisão. Após audiência de custódia nesta quinta-feira (24), a Justiça determinou a prisão preventivamente dos irmãos.

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Iris Pereira de Lima, de 31 anos, tia dos irmãos, foi espancada durante o episódio e acusa um grupo de policiais do 16º Batalhão de Polícia Militar (16º BPM/Frei Caneca), que atua na região, pelas agressões. A versão da familiar e de outros moradores da comunidade difere da oferecida pelas autoridades.

Sobre as prisões da quarta-feira (23), testemunhas dizem que o jovem preso não é traficante e nem portava pedras de crack, conforme foi dito, supostamente, pelos militares durante o tumulto. A irmã, apesar de autuada por tráfico e resistência, teria se envolvido na situação para tentar proteger o irmão, de acordo com a versão dos moradores. Nos vídeos recebidos pela equipe do LeiaJá, é possível ver um grupo de pelo menos cinco policiais cercando os jovens, que estavam sentados no meio de uma via pública.

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Os moradores apontam também que há abordagens recorrentes no local, que a PM invade as casas de forma discriminatória e sem denúncias formais, e que até crianças e animais são desrespeitados durante as abordagens. Durante o protesto desta quinta-feira (24), os manifestantes ergueram faixas questionando a conduta da PM e acusando os militares de serem pagos por traficantes para oprimir a comunidade. 

Abordagem da PMPE durante ação na comunidade João de Barros, em Santo Amaro. Imagens: Reprodução/WhatsApp

A agressão

A agressão contra Iris Pereira de Lima foi formalizada, ainda na quarta-feira (23), na Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE). A vítima passou por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife e os resultados foram anexados ao processo. Em fotos encaminhadas pela vítima à reportagem, é possível ver hematomas e feridas no ombro e cotovelo.

“Nós da comunidade já não aguentamos mais isso que a polícia está fazendo. Na comunidade eles chegam nas casas já arrombando tudo, desmoralizando os moradores. Eles batem nas pessoas na frente das crianças. No momento que chegaram aqui, foi a presença do meu filho e eles me jogaram no chão, como se a pessoa tivesse feito algo, mas eles que trabalham errado”, relatou Iris. 

A denúncia apresentada à Corregedoria dá o nome de alguns militares do 16º BPM. Segundo outros moradores ouvidos, e que não quiseram se identificar, o "sargento Silva" é conhecido por uma abordagem truculenta na comunidade João de Barros. "Silva" é o sobrenome do 3º Sargento da PM Fausto Augusto da Silva. Ele foi citado como o agressor, enquanto os outros militares da equipe teriam acompanhado a ação. 

Outros policiais mencionados no processo aberto na Corregedoria (todos do 16º BPM) são o 2º Sargento da PM Oziel Oliveira da Silva; o soldado Paulo André Souza de Aquino; além de Jessica Mayara, Tarcio e Wilian. 

O que diz o TJPE

Em nota, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou que os irmãos Adriano da Silva Moraes, de 19 anos, e Adriele Maria da Silva, de 21 anos, tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva após audiência de custódia no Recife, nesta quinta-feira (24). "Adriano da Silva Moraes será encaminhado ao Cotel. Já Adriele Maria da Silva será encaminhada à Colônia Penal Feminina Bom Pastor”, informou o Tribunal. 

O que diz a Civil

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) confirmou, por meio da Central de Plantões da Capital (Ceplanc), a ocorrência e a prisão de Adriano e Adriele: "O homem e a mulher foram encaminhados para audiência de custódia e o segundo homem foi liberado. O caso segue em investigação pela Delegacia da Boa Vista".

Nota da PMPE, na íntegra

"Sobre a ocorrência envolvendo militares do 16º BPM da Polícia Militar, na tarde de ontem (23/08), no bairro de Santo Amaro, a Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social informa que foi procurada e instaurou uma investigação preliminar para identificação do efetivo e coleta de mais detalhes do fato. 

A medida objetiva apurar se houve conduta irregular por parte dos policiais envolvidos no fato e adoção de medidas legais cabíveis. 

OCORRÊNCIA - De acordo com a Polícia Militar, por ter havido resistência e agressão ao efetivo, foi necessário o uso progressivo da força para conter a população no local. Houve ainda reação para resgatar a dupla acusada de crime, forçando a atuação do efetivo. 

Contida a situação, os suspeitos foram apresentados na Central de Plantões da Capital, para os procedimentos legais."

A governadora Raquel Lyra (PSDB) determinou, nesta quarta-feira (23), a abertura imediata de um inquérito na Polícia Civil para apurar as ameaças sofridas pela deputada estadual Rosa Amorim (PT). A parlamentar recebeu, no último dia 15, mensagens no seu e-mail institucional contendo ameaças de “estupro corretivo”. 

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O caso ganhou notoriedade após a denúncia feita pela própria deputada, que registou boletim de ocorrência para garantir sua segurança. Segundo o relato da parlamentar, o autor das mensagens mostrou saber informações pessoais, como endereço residencial. 

ALEPE também apura as ameaças

Em nota, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) disse que repudia "qualquer ato de violência ou intimidação" contra os paralmentares da Casa e que irá apurar as ameças junto a Polícia Civil de Pernambuco.

“A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) repudia qualquer ato de violência ou intimidação. Por determinação da Mesa Diretora da Casa, estão sendo tomadas as medidas legais cabíveis contra as ameaças feitas à deputada Rosa Amorim (PT). O superintendente de Inteligência Legislativa (Suint), delegado geral Ariosto Esteves, informa ainda que a investigação já começou e as equipes estão aprofundando os dados para identificar, junto com a Polícia Civil, a autoria das mensagens”, diz o texto.

*Com Guilherme Gusmão

A vereadora do Rio de Janeiro Monica Benicio (PSOL), viúva de Marielle Franco, vereadora assassinada em 2018, denunciou à polícia do Rio, nessa terça-feira (22), ter recebido pela internet uma ameaça de estupro "corretivo". O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que vai tentar identificar o autor da mensagem.

Segundo Monica, a ameaça chegou no último dia 14, pelo e-mail oficial que utiliza como vereadora. O autor se identifica como Astolfo Bozzônio Rodrigues e diz ser doutor em Psicologia pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

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A vereadora não sabe se essa é a identidade real do autor da ameaça, mas chegou a identificar uma conta vinculada a esse nome na rede social X (antigo Twitter) com publicações homofóbicas.

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A mensagem recebida pela vereadora tem teor lesbofóbico. "Ele diz que ser uma mulher lésbica é uma aberração", relata a vereadora. Segundo o autor da ameaça, o estupro é chamado de corretivo porque teria o efeito de "corrigir" a preferência sexual da vítima. "O e-mail descrevia, inclusive, como seria o crime, algo muito violento não só para uma mulher lésbica, mas para as mulheres como um todo", disse Monica. "É importante que a gente demande sempre que ser lésbica não é uma doença, e o estupro corretivo é crime", enfatizou.

A vereadora contou que recebe ameaças desde 2018, quando se tornou nacionalmente conhecida em função da morte de Marielle, mas esta foi a primeira vez que recebeu mensagem com esse teor de agressividade.

A Polícia Civil tentará identificar de qual computador partiu a mensagem, e quem foi o autor. A princípio, os crimes investigados são racismo, ameaça, intolerância e violência política de gênero.

A deputada estadual Rosa Amorim (PT) registrou um boletim de ocorrência após receber, na última terça-feira (15), uma mensagem no seu e-mail institucional com ameaças de estupro "corretivo" como forma de “cura lésbica”. A pessoa que enviou a mensagem também insinua saber os dados pessoais da parlamentar, como endereço residencial, e a mensagem, de conteúdo lesbofóbico (preconceito contra lésbicas), trata a homossexualidade como doença a ser curada. A ameaça acontece justamente no mês da visibilidade lésbica. 

Em nota, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) repudiou “repudia qualquer ato de violência ou intimidação” e disse que está investigando as ameaças.

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“A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) repudia qualquer ato de violência ou intimidação. Por determinação da Mesa Diretora da Casa, estão sendo tomadas as medidas legais cabíveis contra as ameaças feitas à deputada Rosa Amorim (PT). O superintendente de Inteligência Legislativa (Suint), delegado geral Ariosto Esteves, informa ainda que a investigação já começou e as equipes estão aprofundando os dados para identificar, junto com a Polícia Civil, a autoria das mensagens”, diz o texto.

Outras parlamentares prestaram solidariedade nas redes sociais, como a vereadora do Recife Liana Cirne (PT), que comentou em uma publicação da deputada no Instagram. “Não existe “cura lésbica”, porque a lesbianidade não é doença, nem motivo de vergonha. Estamos falando de um crime grave, no mês da visibilidade lésbica, e que deve ser punido com todo rigor da lei!”, declarou. 

A deputada estadual Dani Portela (PSOL) também se manifestou nas redes. “É indignante existir pessoas que se sintam na liberdade de cometer crimes assim”, disse. 

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Nos últimos dias, as vereadoras de Belo Horizonte (MG), Cida Falabella (PSOL) e Iza Lourença (PSOL), também receberam e-mails com mensagens ameaçadoras, descrevendo um estupro corretivo. Nas redes sociais, elas informaram, na última quinta-feira (17), que realizaram a denúncia formal em uma delegacia na capital mineira. “A tentativa de nos intimidar e silenciar é um atentado não apenas à nossa dignidade e bem-estar, o que já seria gravíssimo, mas também à democracia”, diz a publicação. 

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Ainda nas redes sociais, o Partido dos Trabalhadores (PT) de Pernambuco publicou uma nota de repúdio contra o ocorrido. Confira a nota na íntegra abaixo:  


“O Partido dos(as) Trabalhadores(as) de Pernambuco repudia a ameaça de estupro corretivo sofrida pela deputada estadual Rosa Amorim, no último dia 15 de agosto, ao receber em seu e-mail institucional ameaças de cura lésbica. 

É inaceitável que atos de violência e discriminação como este aconteçam especialmente quando se trata de uma representante do povo, eleita democraticamente para exercer seu mandato. 

A ameaça de estupro corretivo é uma forma de violência que afeta não apenas a vítima, mas todas as mulheres, reforçando a cultura do machismo e da opressão de gênero. 

A deputada Rosa Amorim tem se destacado na defesa dos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIAPN+ e sua atuação política tem sido pautada em uma sociedade mais justa e livre de violência. 

O partido manifesta total apoio e solidariedade à deputada, exigindo uma investigação rigorosa e rápida para identificar e punir os responsáveis pela ameaça. O PT Pernambuco reafirma seu compromisso na luta contra todas as formas de violência e discriminação, defendendo os direitos das mulheres, a diversidade e a igualdade de gênero. 

Recife, 22 de agosto de 2023” 

 

Policiais civis da 167ª DP (Paraty - Rio de Janeiro) prenderam um homem em flagrante, na sexta-feira (18), pelo crime de ameaça, com base na Lei Maria da Penha. Segundo os agentes, ele estava ameaçando matar a sua avó e sua tia.

Ao ser preso, o autor confessou ser usuário de drogas. Após os procedimentos de praxe, o preso foi encaminhado para o sistema prisional.

Da assessoria

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O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que o deputado federal André Fufuca (PP-PB) será punido se aceitar o possível convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para virar ministro do governo. Oposição ao petista, Nogueira voltou a dizer que o partido não fará parte da base aliada.

"Se (Fufuca) assumir ministério, será afastado sumariamente da direção partidária. Qualquer parlamentar que for fazer parte desse governo, que nós não apoiamos, será afastado de decisões partidárias. Enquanto eu for presidente do Progressistas, o Progressistas jamais irá compor a base do presidente Lula", disse Ciro a jornalistas após evento de filiação do secretário estadual da Casa Civil, Arthur Lima, ao PP, em São Paulo.

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A posição evidencia o racha na legenda sobre a adesão ao governo. Ao lado de Nogueira durante evento hoje em São Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a entrada do PP na base.

"O PP pode ter ministro, como pode PSD, União, PCdoB, PT. Mesmo voto que um presidente da República recebeu, um deputado recebeu. O governo que se elegeu não formou maioria, como ele vai governar? Não existe meio governo de coalizão, ou meio toma lá, dá cá. Ou é governo de coalizão, ou é composição, ou é toma lá, dá cá", disse.

Lira ainda negou que o PP tenha interesse no Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), comandado atualmente pelo petista Wellington Dias. "Não temos foco em canto nenhum. Temos discussões, governo pensa em ampliar sua base."

Nogueira defendeu, no entanto, a posição de Lira de articular a entrada do partido no governo. Para ele, o correligionário precisa se comportar como presidente da Câmara, e não como filiado ao PP.

"Arthur é presidente da Câmara, eu sou presidente do Progressistas. Respeito a posição dele. Ele não pode estar lá na presidência da Câmara como presidente dos Progressistas. Arthur foi praticamente aclamado na presidência da Câmara. Defendo que ele tenha posição de independência, não de oposição, como eu", ponderou. Nogueira criticou também o que chamou de troca de cargos por apoio e afirmou que esse tipo de negociação deu errado no passado.

Tempo de Lula e relação com Haddad

Lira voltou a dizer que a reforma ministerial precisa ser feita no "tempo e na vontade" de Lula. Ele explicou que o cancelamento da reunião de líderes partidários, marcada para esta quinta, 17, não teve a ver com a reunião que teve nesta quarta, 16, com o presidente da República. "Pauta não foi vencida", disse ao argumentar que nenhuma dos projetos previstos anteriormente foram votados, o que não justificaria um encontro para incluir novas pautas.

O presidente da Câmara também negou rusgas com Fernando Haddad após o ministro da Fazenda dizer que a Casa não pode usar seu poder para "humilhar" o Executivo e o Senado. "Não houve nenhum estremecimento. Vamos jogar uma pá de cal nisso."

A Polícia Federal (PF) abriu uma operação na manhã desta quinta-feira, 17, na mira de um homem autointitulado "integrante da Al-Qaeda" que ameaçou de morte o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O suspeito xingou o ministro nas redes sociais, o ameaçou de morte e ainda "externou a intenção de explodir uma grande bomba" em nome do grupo terrorista, diz a PF.

Agentes vasculharam a casa do investigado em Mossoró, no Rio Grande do Norte, em busca de provas sobre supostos crimes de ameaça e promoção ao terrorismo. A ordens foram expedidas pela 8ª Vara de Justiça Federal do RN.

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Não é a primeira vez que ameaças a Alexandre de Moraes viram alvo de investigação da Polícia Federal. Em dezembro do ano passado, a corporação prendeu o bolsonarista Antônio José Santos Saraiva, conhecido como "Sarneyzinho do Maranhão", após a divulgação de um vídeo em que ele ameaça o ministro do STF.

O bolsonarista já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República e o Supremo Tribunal Federal avalia se o coloca ou não no banco dos réus.

A corporação também fez buscas contra Andréia Mantovani e Roberto Mantovani Filho, suspeitos de terem hostilizado o ministro Alexandre de Moraes no Aeroporto de Roma (Itália). Eles não são investigados por ameaça, mas pelos crimes de injúria, perseguição e desacato.

Tal inquérito está travado - os investigadores aguardam autorização da Itália para a remessa das imagens feitas pelas câmeras de segurança do aeroporto.

Na manhã desta sexta-feira, dia 11, Emílio Dantas participou do Encontro para falar sobre a exibição do último capítulo de Vai na Fé. O ator, que viveu o vilão Theo na novela, renovou o visual e apareceu no programa com o cabelo descolorido e com mechas coloridas.

O artista declarou que o personagem foi diferente dos outros que já havia interpretado, como o Rubinho, de A Força do Querer.

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- Eu acho que é o [vilão] mais maluco [da minha carreira]. Não vou chamar de maluco também, porque ele é um baita de um criminoso. Alguém me perguntando qual a diferença do Rubinho para o Theo, eu falei que o Rubinho era um cara em ascensão, ele queria passar pelo caos para chegar em algum lugar. O Theo gosta de boiar no caos, ficar ali no meio do caminho. Fora algumas cenas que tive até nojo de gravar, o comentário dele com a filha adotiva do Simas eu acho uma coisa muito punk.

Ao ser questionado sobre a reação do público, Emílio revelou que recebe ameaças de internautas por conta das crueldades de Theo.

- Hoje a gente vive a era da ameaça, você não apanha mais na rua, mas é ameaçado na internet o tempo inteiro. Tenho a minha coleção de ameaças, do tipo: Nossa bateria, se encontrar na rua eu bato, se eu vejo, apanha.

E ainda contou que a esposa, Fabíula Nascimento, o ajudou a construir o personagem para a novela.

- Foi ela que montou esse personagem comigo, 70 por cento do Theo veio da Fabíola. Sou casado com a Fabíola Nascimento, vou perder essa chance? Toda vez que tenho trabalho, falo: Vem cá, senta aqui comigo, o que você pensa sobre isso?

Em uma sessão tensa da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a oposição ameaçou pela primeira vez efetuar uma prisão no colegiado. O líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha, tentou negar apoio direto à deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) nas eleições de 2018 e voltou atrás após ser confrontado com um vídeo exposto.

No material em questão, ele agradece os votos na parlamentar. "Eu vou refazer a perguntar para não fazer falso testemunho. Pode ficar calado, mas mentir não pode. Ou fica quieto ou fala a verdade. Você sabe quais são as consequências", afirmou o relator, Ricardo Salles (PL-SP). Antes, Rainha disse ter uma "relação fraterna" com a parlamentar, depois, afirmou que pediu votos para ela.

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O oposição seguiu com a pressão. "Não pode mentir. Se mentir, eu peço para ir para a cadeia", disse Coronel Chrisóstomo (PL-RO). A tática do grupo envolveu associar Rainha à esquerda e a políticos do grupo. Rainha se recusou a contar quais divergências o levaram a romper com o MST. "Vou levar para o cemitério" disse ele, que afirmou ter boa relação com Dilma Rousseff e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda que não tenha contato recente com eles.

Questionado se teria se encontrado com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Rainha confirmou, e disse que foi ao gabinete de Teixeira no começo do ano para tratar de "questões pontuais", sobre assuntos ministeriais e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), segundo ele. O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) apresentou um requerimento direcionado à pasta para que informe mais especificamente em que dia Rainha esteve no gabinete do ministro e qual foi a pauta.

O líder do FNL prestou depoimento à CPI na condição de testemunha nesta quinta-feira, 3, sobre a promoção de ocupações de terra no Brasil durante o chamado "Carnaval Vermelho". Os advogados Sérgio Pantaleão e Rodrigo Chiziolini - ambos, aliás, tiveram repetidos entreveros com Salles - o acompanharam na Câmara.

Na sessão da quarta-feira, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que a FNL montou "um exército" no período. foram 19 invasões na região do Pontal do Paranapanema em fevereiro, todas desarmadas em operações policiais.

A presença de Rainha atraiu a atenção de parlamentares no que foi o primeiro controverso depoimento da CPI. Mais uma vez, deputados do governo e da oposição trocaram provocações e insultos ao longo do encontro.

Três deputados apresentarem requerimentos para que José Rainha fosse ouvido na CPI: Kim Kataguiri (União-SP), Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Evair Vieira de Melo (PP-ES). Os parlamentares argumentaram que Rainha, que já foi um dos líderes do MST e atua nos movimentos dos sem-terra, pode trazer esclarecimentos importantes para o inquérito que analisa a promoção de ocupações de terras no País.

Nesta terça-feira, 1º, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux negou um pedido da defesa de Rainha para não comparecer à CPI. O ministro garantiu, porém, que o líder sem-terra poderá ficar em silêncio quando for indagado por questões que podem incriminá-lo.

"Concedo parcialmente a ordem para que seja garantido o direito contra a autoincriminação, podendo, consectariamente, permanecer em silêncio tão somente sobre fatos que possam implicar em sua incriminação", disse Luiz Fux.

Na segunda, 31, a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, também não concedeu a liminar, já que como chefe do STF, só poderia conceder a liminar se verificasse uma situação de urgência, o que não foi identificada na análise.

Quem é José Rainha?

Uma das principais personalidades do MST durante a década de 90, José Rainha tem 63 anos e é militante pela reforma agrária desde que tinha 17. Desde o início do governo do presidente Lula, Rainha é apontado como um dos principais pivôs das invasões de terra que ocorreram no Brasil.

No início de março deste ano, ele foi preso em uma operação da Polícia Civil de São Paulo, no Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado, ao ser acusado de extorquir proprietários rurais. Ele foi solto em junho.

Quem a CPI já ouviu?

A criação da CPI do MST foi requisitada pela oposição ao governo do presidente Lula para investigar a organização e o financiamento de invasões de terras promovidas pelo movimento no início deste ano de 2023.

Desde 23 de maio, a CPI já colheu o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, o ex-presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Francisco Grazian, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO). Também foram ouvidos pela comissão professores universitários, integrantes do MST e servidores públicos.

Em agosto, a comissão pretende aumentar a pressão contra o governo. O presidente do colegiado, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), pretende pautar as idas dos ministros Rui Costa e Paulo Teixeira na próxima semana. Haverá, ainda a ser pautada, a ida do líder do MST, João Pedro Stédile, que teve requerimento de convocação aprovado.

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