Equipe da OMS visita instituto de virologia de Wuhan
O instituto conta com vários laboratórios de alta segurança, onde os pesquisadores trabalham com o coronavírus
Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegaram nesta quarta-feira (3) de manhã (noite de terça, 2, no Brasil) ao instituto de virologia de Wuhan, como parte de sua investigação sobre a origem do coronavírus nesta cidade chinesa, constatou uma equipe da AFP.
O instituto conta com vários laboratórios de alta segurança, onde os pesquisadores trabalham com o coronavírus. O ex-presidente americano Donald Trump acusou o instituto de deixar sair o vírus causador da Covid-19, provocando uma pandemia mundial.
Pequim negou veementemente a acusação.
A equipe de uma dúzia de pesquisadores "espera um dia muito produtivo e fazer todas as perguntas que devem ser feitas", disse um dos especialistas, Peter Daszak, aos repórteres enquanto dirigia para a entrada do instituto.
A visita da OMS é muito delicada para a China, que nega ser responsável pelo surto da epidemia em 2019 e implica, sem provas, que o vírus possa ter sido importado para a China.
Em vez disso, Pequim insiste no sucesso na contenção das infecções em seu território e na produção de vacinas, exportadas para vários países.
O regime comunista esperou mais de um ano para autorizar a visita da OMS, que teve que passar por uma quarentena de 14 dias antes de começar a trabalhar na semana passada.
Com tanto atraso, muitos analistas duvidam que os especialistas internacionais encontrem algum indício do início da epidemia.
Durante a visita, os especialistas "trocarão ideias com os pesquisadores do instituto sobre o trabalho diário, a cooperação científica internacional e a luta contra a epidemia", anunciou o canal de notícias chinês em língua estrangeira CGTN na manhã de quarta-feira.
Na semana passada, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês disse que a visita da OMS à China "não é uma investigação".