Oposição pede a renúncia do primeiro-ministro armênio
Pashinyan, enfraquecido desde a derrota militar para o Azerbaijão, denunciou na quinta-feira (25)uma tentativa de golpe de Estado após um comunicado do Estado-Maior que pediu a renúncia do governo
Centenas de manifestantes acamparam durante a madrugada de quinta-feira para sexta-feira (26) diante do Parlamento da Armênia para exigir a renúncia do primeiro-ministro Nikol Pashinyan, criticado por sua derrota na guerra de 2020 em Nagorno Karabakh.
Pashinyan, enfraquecido desde a derrota militar para o Azerbaijão, denunciou na quinta-feira (25)uma tentativa de golpe de Estado após um comunicado do Estado-Maior que pediu a renúncia do governo. Ele liderou uma passeata de simpatizantes que reuniu 20.000 pessoas no centro da capital, Yerevan.
Ao mesmo tempo, a um quilômetro de distância, a oposição reuniu pelo menos 10.000 pessoas diante do Parlamento, ergueu barricadas e prometeu permanecer no local até a saída do primeiro-ministro.
Na manhã desta sexta-feira, os simpatizantes da oposição continuavam cercando o Parlamento e se preparavam para organizar um novo protesto.
Guegham Manoukian, líder do partido Federação Revolucionária Armênia, declarou à imprensa que a oposição só conversará com Pashinyan sobre "sua renúncia".
A oposição exige a renúncia do primeiro-ministro, que chegou ao poder em 2018 graças a uma revolução, desde a derrota na guerra pelo controle de Nagorno Karabakh.
O Estado-Maior armênio exigiu na quinta-feira em um comunicado a renúncia de Pashinyan, por considera que "não conseguia mais tomar as decisões necessárias" e acusando o primeiro-ministro "de ataques destinados a desacreditar as Forças Armadas". A declaração, no entanto, não foi acompanhada por nenhum movimento de tropas.