As doses da esperança na luta contra a covid-19

Com o avanço da campanha de vacinação no Brasil, é cada vez mais importante discutir a necessidade do imunizante e dos protocolos de segurança e distanciamento social

sex, 21/05/2021 - 15:20

Desde o surgimento do novo coronavírus, em meados de novembro de 2019 na China, seu agravamento e alastramento pelo mundo inteiro, diversos países têm feito pesquisas variadas para conseguir encontrar uma vacina capaz de imunizar a população. Por maior que seja o esforço de dezenas de nações para encontrar um imunizante eficaz, a necessidade de reafirmar a importância da vacinação e das normas de segurança mostram-se cada vez mais urgentes.

A campanha de vacinação no Brasil teve início no domingo, 17 de janeiro de 2021, após o uso da coronavac ser aprovada pela Anvisa. Até hoje, cerca de 40 milhões de pessoas receberam ao menos uma dose das vacinas que estão sendo aplicadas na imunização, o que corresponde a quase 20% da população brasileira.

A enfermeira paraense Adriana Motta destaca a importância da vacina no combate à pandemia e para diminuir casos confirmados e mortes. Também está otimista e confiante com a campanha de vacinação. "É de suma importância. Com a vacinação esperamos reduzir número de pessoas com sintomas, internações, casos graves e óbitos pela covid-19. Com o tempo, esperamos também reduzir a circulação do vírus", disse.

"No atual cenário de grande complexidade sanitária mundial, uma vacina eficaz e segura é reconhecida como a solução para o controle da pandemia, e vem gerando grande expectativa na população. E comigo não é diferente. Apesar de estarmos avançando a passos pequenos na campanha, eu tenho esperança de que possamos fazer uma cobertura cada vez maior no nosso país e no nosso Estado", continuou Adriana.

A professora Ana Cláudia da Silva Gomes, doutora em Engenharia Elétrica, comemora sua vacinação e diz que aguardava ansiosamente a imunização por diversos fatores, como seus problemas respiratórios. "A vacina pra mim foi a vitória da ciência frente a tanto negacionismo e teoria da conspiração que alguns governantes insistem em divulgar. Enquanto esses governantes se esforçavam para desmerecer a ciência, essa fazia seu papel, trabalhando em prol da vida. Além disso, como tenho comorbidade, vejo a vacina como uma grande esperança, de que podemos sobreviver a essa pandemia", falou.

Ana Cláudia Gomes, que foi vacinada com uma dose da Pfizer, relata sentir mais segurança ao sair de casa devido à comprovação científica da eficácia da vacina que lhe foi aplicada. Porém, continua mantendo os mesmos cuidados que já adotava antes de começar sua imunização. "Sinto mais segurança ao sair de casa. Apesar disso, como tomei apenas a primeira dose, continuo com os mesmos cuidados anteriores de proteção, evitando aglomeração, e em isolamento o máximo possível", explicou.

Adriana fala da desmistificação necessária do tratamento precoce no combate ao vírus e da importância das vacinas nesse processo. "O processo das vacinas ajudou a desmistificar a enganação do tratamento precoce, que não tem eficácia comprovada contra a covid-19 e, mesmo assim, vem sendo defendido pelo Ministério da Saúde. Isso enganou tanta gente, fez vender tanto remédio desnecessário. A Anvisa fez um papel histórico quando liberou o uso emergencial das vacinas", expôs.

A enfermeira Adriana deu instruções sobre quais os cuidados que devem ser tomados por pessoas que já estão no processo de imunização e para aquelas que aguardam ansiosas pela sua vez de se vacinar. "Minhas recomendações ainda são as mesmas desde o início da pandemia: continuar usando máscara, usando álcool 70%, lavando as mãos, distanciamento social. Apesar de já terem se vacinado, isso não impede de pegar o vírus e passar para alguém que ainda não esteja vacinado. E quem ainda não se vacinou, continue com todos os cuidados e espere que logo sua vez de vai chegar", concluiu.

Por Alessandra Nascimento e Haroldo Pimentel.

 

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