OMS "profundamente preocupada" com a síndrome pós-covid
A Organização aconselhou às pessoas que sofrem as consequências do vírus por um longo prazo, apesar de se recuperarem da infecção, a consultarem um médico
Com cerca de 200 milhões de casos conhecidos de covid-19, a OMS disse nesta quarta-feira(4) que está profundamente preocupada com as pessoas que podem sofrer de covid de longa, cuja taxa de incidência é desconhecida.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselhou às pessoas que sofrem as consequências do vírus por um longo prazo, apesar de se recuperarem da infecção, a consultarem um médico.
A covid longa é um dos aspectos mais desconhecidos da pandemia.
“Esta síndrome pós-covid, ou covid longa, é algo que preocupa profundamente a OMS”, disse María Van Kerkhove, gerente técnica da luta contra a covid-19 na organização.
A OMS está "se certificando de que estamos cientes disso, porque isso é real".
"Não sabemos quanto tempo esses efeitos duram e estamos trabalhando [...] para entender e descrever o que é essa síndrome pós-covid", disse Van Kerkhove.
Como ela explicou, a OMS está trabalhando para obter melhores programas de reabilitação para pessoas com covid longa e também para aumentar as pesquisas e entender melhor em que consiste essa síndrome e como tratá-la.
Pouco se sabe sobre por que algumas pessoas, após superar a fase aguda da doença, têm dificuldade de se recuperar e continuam a apresentar sintomas como dificuldades respiratórias, fadiga extrema e alterações cardíacas e neurológicas.
Segundo Janet Diaz, chefe da equipe de resposta clínica à covid-19 da agência da ONU, mais de 200 sintomas foram registrados, incluindo dor no peito, formigamento e erupções cutâneas.
Segundo Diaz, em uma transmissão nas redes sociais na terça-feira, algumas pessoas têm esses sintomas por três meses, outras por até seis.