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A Embraester, empresa especialista na área de saúde, em parceria com a Faculdade Alpha ofertam o primeiro Curso de Extensão Aperfeiçoamento em Central de Material de Esterilização (CME), com módulos específicos para técnicos de enfermagem e para enfermeiros.

A iniciativa visa preparar esses profissionais para o conhecimento em esterilização para o mercado de trabalho. As formações são preparadas no formato remoto, ou seja, à distância. "A meta é viabilizar o acesso aos profissionais de qualquer parte do Brasil. Afinal, é uma questão de saúde pública”, explica a coordenadora pedagógica da Faculdade Alpha, Luciana Costa, por meio da assessoria. 

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Ainda segundo a coordenadora, os profissionais de enfermagem devem se atualizar constantemente sobre as novas formas de contaminação microbiológica, provenientes de fluidos corporais e agentes químicos que possam adentrar no ambiente hospitalar. As matrículas já estão abertas e as informações podem ser obtidas pelo fone (81) 99560-4266 ou (81) 3071-7249

Se um órgão do corpo não funciona nem se recupera com tratamentos convencionais, a ciência tem uma solução radical: a troca desse órgão. No Brasil, o procedimento de substituição dos pulmões é raro - foram 844 de 2011 até o 1.º trimestre deste ano. Na pandemia, o total de cirurgias teve queda de quase 40%. Elas já têm sido retomadas, mas só há centros ativos em quatro Estados. Agora, as operações também se tornaram uma esperança para pacientes que tiveram os pulmões prejudicados pela Covid-19.

Conforme a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), os centros ativos são o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, o Incor, o Hospital Albert Einstein, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o Instituto Nacional de Cardiologia, do Rio, e o Messejana, de Fortaleza.

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A lista de espera, segundo a ABTO, era de 233 pacientes em março. Eram 217 no mesmo mês do ano passado, no começo da proliferação da pandemia no País.

Henrique Batista do Nascimento, de 31 anos, teve os pulmões destruídos pela covid e ficou na espera por transplante bilateral (duplo) no Incor. Ele conseguiu receber os novos pulmões no último dia 21.

Em entrevista por videoconferência ao jornal O Estado de S. Paulo antes da operação, ele lembrou que foi infectado havia mais de quatro meses.

Já curado do vírus, Nascimento sobreviveu respirando com a ajuda do ECMO, máquina que oxigena seu sangue e que também foi usada pelo ator Paulo Gustavo, que morreu em maio de covid.

Uma traqueostomia impedia Nascimento de emitir o som da voz, mas a estudante de Psicologia Thaynan Gil, voluntária do programa de visitas do Incor, aprendeu a ler o movimento dos lábios dele para ajudar nos diálogos.

"O amor move tudo", relatou Nascimento.

A mulher, Katiane, é presença constante no cotidiano do marido. Quando posou para as fotos do jornal O Estado de S. Paulo, ela acompanhou tudo pelas imagens do celular. O casal tem um filho, Heitor, que completa um ano em setembro.

No último dia 21, ele foi operado. "Foi tudo bem", disse o médico Paulo Manuel Pêgo Fernandes, do Incor. Batista já deixou a UTI, mas ainda não tem previsão de alta.

Segundo Fernandes, antes os transplantes eram geralmente indicados para pacientes de enfisema de pulmão, fibroses cística e pulmonar. Com a crise sanitária, vieram restrições. "Hospitais cheios com doentes da covid e parte dos doadores poderia ser também portadora de covid e transmitir a doença para quem recebe o transplante."

A troca dos pulmões em pacientes que tiveram o coronavírus, afirma, é exceção: são pacientes cujos pulmões foram destruídos pela doença, mas os outros órgãos continuam saudáveis. O primeiro transplante de paciente da covid no mundo foi em julho de 2020. Depois disso, estima Fernandes, foram realizados cerca de 50 procedimentos do tipo, incluindo casos na Europa, nos Estados Unidos, no Japão e no Canadá.

E como fazer a substituição e manter o paciente vivo? "Na maioria das vezes, é o próprio pulmão. Não se tira os dois ao mesmo tempo. O próprio pulmão serve como máquina", afirma Fernandes, do Incor.

O Brasil tem trabalhado para ampliar a oferta do serviço. "Mas ainda fazemos pouco no País, em comparação com o que é feito nos Estados Unidos, por exemplo", diz o cirurgião torácico Antero Gomes Neto, do Ceará. Em 2020, só uma operação foi realizada em Fortaleza.

Vida nova

O empresário José Hipólito Correia Costa, de 61 anos, sobreviveu à covid após nove meses internado no Hospital Albert Einstein.

A cirurgia foi em 14 de fevereiro e ele teve alta no começo de julho. Agora se prepara para retomar a vida normal em Alagoas, de onde havia saído intubado, em outubro do ano passado.

"Estou muito bem. Já estou dando os primeiros passos, retomando caminhadas", contou Costa ao jornal O Estado de S. Paulo no início de agosto, lembrando que foram dois meses de coma. "A doença é traiçoeira, sofri muito. Usem máscara, se protejam", recomendou. "E eu já me vacinei."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com cerca de 200 milhões de casos conhecidos de covid-19, a OMS disse nesta quarta-feira(4) que está profundamente preocupada com as pessoas que podem sofrer de covid de longa, cuja taxa de incidência é desconhecida.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselhou às pessoas que sofrem as consequências do vírus por um longo prazo, apesar de se recuperarem da infecção, a consultarem um médico.

A covid longa é um dos aspectos mais desconhecidos da pandemia.

“Esta síndrome pós-covid, ou covid longa, é algo que preocupa profundamente a OMS”, disse María Van Kerkhove, gerente técnica da luta contra a covid-19 na organização.

A OMS está "se certificando de que estamos cientes disso, porque isso é real".

"Não sabemos quanto tempo esses efeitos duram e estamos trabalhando [...] para entender e descrever o que é essa síndrome pós-covid", disse Van Kerkhove.

Como ela explicou, a OMS está trabalhando para obter melhores programas de reabilitação para pessoas com covid longa e também para aumentar as pesquisas e entender melhor em que consiste essa síndrome e como tratá-la.

Pouco se sabe sobre por que algumas pessoas, após superar a fase aguda da doença, têm dificuldade de se recuperar e continuam a apresentar sintomas como dificuldades respiratórias, fadiga extrema e alterações cardíacas e neurológicas.

Segundo Janet Diaz, chefe da equipe de resposta clínica à covid-19 da agência da ONU, mais de 200 sintomas foram registrados, incluindo dor no peito, formigamento e erupções cutâneas.

Segundo Diaz, em uma transmissão nas redes sociais na terça-feira, algumas pessoas têm esses sintomas por três meses, outras por até seis.

Chefes de Estado e de Governo, a ONU e a OMS apresentaram nesta segunda-feira (24) suas ideias para conter a Covid-19 e preparar a resposta para as próximas pandemias, no início da 74ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra.

Esta Assembleia, de 24 de maio a 1º de junho, é realizada virtualmente, enquanto a comunidade internacional tenta acelerar a vacinação em países pobres, para acabar com uma pandemia que continua causando grande devastação.

"Estamos em guerra contra um vírus. Precisamos da lógica e da urgência de uma economia de guerra para aumentar a capacidade das nossas armas", afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, no início da reunião.

O principal desafio da assembleia, "o mais importante da história da OMS" - segundo o chefe da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus - é a reforma da agência e a sua capacidade de coordenar respostas às crises globais de saúde.

Vários países, especialmente da Europa, estão clamando por uma organização mais poderosa, com a capacidade de realizar investigações independentes e com melhor dotação financeira. Apenas 16% de seu orçamento vem de contribuições obrigatórias dos Estados.

A OMS "deve ser o coração, a bússola de nossa saúde global", disse o presidente francês Emmanuel Macron à Assembleia.

A chanceler alemã, Angela Merkel, enfatizou que "a prioridade é permitir que o mundo responda às ameaças pandêmicas o mais rápido possível" e apoiou a ideia de criar um Conselho Mundial de Ameaças à Saúde para melhorar a prevenção e as respostas.

Vários relatórios de especialistas, encomendados pela OMS, apelam a amplas reformas do sistema de alerta e prevenção para evitar outro fiasco sanitário.

Também pedem que a OMS possa investigar por conta própria em caso de crise, sem ter que esperar a autorização dos países, embora essa proposta possa ser contida pela suscetibilidade de alguns Estados.

A OMS não pode realizar investigações por conta própria em um país. Foram meses de negociações com a China para que uma equipe de cientistas independentes, enviada por esta agência da ONU, pudesse viajar para estudar a origem da covid-19 no centro do gigante asiático.

- Alertas regionais? -

Um dos relatórios pede que a autoridade do diretor-geral da OMS seja reforçada por um único mandato de sete anos (contra um mandato de cinco anos renovável), sem possibilidade de reeleição, para evitar pressões políticas.

O texto também pede que o chefe da OMS faça propostas para melhorar o sistema de alerta por meio de um possível dispositivo regional.

Durante a assembleia, os 194 membros da OMS terão que decidir se iniciam negociações para estabelecer um tratado sobre pandemias, voltado para melhor enfrentar as crises futuras e evitar que cada um aja de sua própria maneira diante de uma epidemia.

Longe de ter gerado uma onda de solidariedade, a crise da covid-19 aumentou as tensões.

A desigualdade em relação a vacinação e a questão do acesso a medicamentos também serão temas debatidos esta semana.

"Com o apoio ativo da OMC (Organização Mundial do Comércio) será necessário eliminar todos os obstáculos que impedem a produção de vacinas", destacou, nesse sentido, o chefe de Governo espanhol, Pedro Sanchez.

Movendo-se com grande entusiasmo ao ritmo de "Girls Just Want To Have Fun", de Cindy Lauper, um grupo de poloneses combate os sintomas que persistem após terem covid-19.

Esta não é uma sessão de exercício normal de condicionamento físico.

A cena se passa 130 metros abaixo do solo, próximo a um lago de salmoura verde-escuro em uma mina de sal no sul da Polônia, que remonta ao século XIII.

"Quando cheguei aqui adorei o lugar", confidenciou à AFP Jadwiga Nowak, enquanto outros participantes da atividade levantavam bolas de pilates, pedalavam bicicletas ergométricas, ou corriam.

"Percebi esta atmosfera, esta calma, este silêncio e este ar completamente diferente da superfície. Há magia aqui!", comentou esta senhora de 60 anos, que ficou hospitalizada e ligada a um respirador durante 16 dias, em outubro de 2020.

Uma das minas de sal mais antigas do mundo, Wieliczka é um Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Ao longo dos séculos, os mineiros transformaram-na em uma obra de arte única, esculpindo um labirinto de túneis que levam a câmaras e capelas iluminadas por lustres de sal.

Este local é uma atração turística, mas também um spa onde pacientes com problemas pulmonares se tratam há quase 200 anos.

Agora, também recebe pacientes pós-covid encaminhados pela rede pública para internações de três semanas, bem como clientes particulares.

- Psicoterapia e realidade virtual -

Os pacientes descem o antigo poço da mina em um elevador para 10 ou 15 pessoas e caminham por túneis de sal, ao longo de trilhos outrora percorridos por trens de mineração.

Uma vez dentro da câmara do Lago Wessel, com cerca de 15 metros de altura e coberta por terraços de madeira, praticam exercícios de respiração e alongamento, sob a supervisão de um médico.

"Em geral, os pacientes que sofreram de covid têm sintomas muito mais graves do que os asmáticos normais. Mas os pacientes pós-covid podem recuperar sua saúde normal. A média é uma melhora entre 60% e 80% em seus testes físicos", diz a fisioterapeuta Agata Kita.

Os cientistas consideram que entre 10% e 15% dos ex-pacientes contraem uma "covid longa", com sintomas de fadiga, redução da concentração, dores no corpo e problemas respiratórios.

A Polônia lidera o caminho em programas de reabilitação e em pesquisa sobre a "covid longa", lançando sua primeira instalação para pacientes pós-covid em setembro passado.

No hospital Glucholazy - fronteira com a República Tcheca -, uma das primeiras instalações desse tipo, os pacientes fazem de tudo: desde psicoterapia até jogos de realidade virtual.

Os médicos encontraram mais de 50 sintomas físicos e psicológicos persistentes pós-covid.

"Além dos sintomas pulmonares, eles sofrem de dores musculares e articulares, problemas de equilíbrio e de coordenação, perda de memória e concentração e sintomas relacionados ao estresse e à depressão", explicou Jan Szczegielniak, da Glucholazy, à AFP.

- Ar puro -

Em Wieliczka, a grande câmara ecoa os exercícios de respiração ruidosos.

Com suas pequenas alcovas perfuradas na rocha, o lugar se assemelha a um teatro surrealista.

Em um canto, alguns pacientes sopram bolhas de sabão, ou pequenos moinhos de vento de brinquedo, para testar sua respiração.

Há muito riso durante os exercícios dos pacientes, a maioria com mais de 60 anos.

A terapia com sal, ou haloterapia, é muito popular na Europa Central e do Leste, embora os cientistas estejam divididos quanto aos seus benefícios. Alguns acreditam que ela tem apenas um efeito placebo.

Para Magdalena Ramatowska, médica em Wieliczka, a estada na mina tem efeitos benéficos.

"Principalmente porque aqui o ar é puro. Sem alérgenos. Esse ambiente é excelente para o trato respiratório. Tem muita umidade, pouca corrente e muito ar salino, que combate inflamações e bactérias", indicou.

Na última semana, a revista científica Nature publicou a pesquisa Covid Longa. O estudo revela que pessoas recuperadas do coronavírus têm risco 59% maior de morrer no período de 6 meses após o contágio. O estudo teve como base o banco de dados nacionais de saúde de 87 mil pacientes do Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos.

A pesquisa sobre as possibilidades do pós-Covid revelam que, além dos riscos de morte, uma parcela dos recuperados está com problemas de saúde. Foram identificadas falhas no sistema nervoso, distúrbios neurocognitivos e cardiovasculares. De acordo com o responsável pela pesquisa, Ziyad Al-Aly, a internação por Covid é a primeira etapa de um longo processo de reabilitação.

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Na pesquisa sobre as sequelas, cerca de 48 mil sobreviventes da Covid-19 foram consultados, e 80% deles apresentaram sintomas depois de semanas e até meses após a recuperação. Entre as alterações apresentadas estão fadiga (58%), dor de cabeça (44%), dificuldade de atenção (27%), perda de cabelo (25%) e dificuldade para respirar (24%).

Os pacientes estudados também apresentaram sintomas relacionados à ansiedade (13%) e depressão (12%). Mesmo antes da pandemia, essas alterações já eram agravantes na população brasileira. De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros possuem algum transtorno de ansiedade; 5,8% da população é afetada por depressão. Fatores como pobreza e desemprego são agravantes deste cenário, segundo especialistas.

A satisfação de vencer a Covid-19 muitas vezes precede um quadro de sequelas que acompanha o paciente por toda a vida. Em entrevista ao LeiaJá, a infectologista Fabiana Gonzaga, do Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP), conta que já atendeu pessoas que desenvolveram problemas renais e até mesmo cardíacos, e comentou sofre o tratamento dos recuperados.

“Um paciente que supera uma infecção grave e, muitas vezes aguda, a gente acreditava que aquilo era suficiente. Hoje a gente percebe que o ‘pós-Covid’ também traz sequelas, limitações e pode até ter uma evolução grave”, alerta a médica do HCP.

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Em sua rotina de atendimento na pandemia, ela diz que já recebeu pacientes que venceram o vírus - tanto em casos leves, quanto nos mais complicados - e hoje se queixam de fadiga, falta de disposição, muitas dores musculares e articulares, e uma dor de cabeça persistente.

Pacientes tornaram-se diabéticos ou dialíticos após a contaminação

Contudo, sequelas mais graves, e até mesmo crônicas, foram identificadas pela classe, que ainda convive com a incerteza sobre as consequências do vírus.

“O que a gente tem visto em literatura e com alguns especialistas é que já existem outras complicações até mais graves. Por exemplo, pacientes que permaneceram com distúrbio renal e que precisaram ficar dialíticos. Pessoas que não eram diabéticas e ficaram por conta da infecção, alguns pacientes desenvolveram problemas cardíacos, e pulmonares, com falta de ar persistente”, relata.

Além da boa alimentação e do exercício físico

Para o tratamento, a infectologista lembra que cada caso deve ser individualizado por um especialista, que atenda à condição clínica do paciente e prescreva exames específicos. “A gente não pode colocar isso apenas numa reposição de suplemento vitamínico porque talvez não seja necessariamente apenas isso. É uma coisa muito mais complexa do que apenas recomendar uma boa alimentação e atividade física, porque as vezes o paciente não tem nem condição disso”, indicou.

No caso das sequelas pulmonares, Fabiana sugere exames de imagem e sopro para que uma medicação específica possa ser indicada -como bombinhas bronco dilatadoras, por exemplo-, junto com fisioterapia respiratória ao longo do processo de recuperação.

Desse modo, dores musculares devem ser aliviadas com terapia motora, acompanhada por um profissional clínico e de Educação Física. Já dores articulares devem ser avaliadas por um reumatologista ou ortopedista.

A UNAMA - Universidade da Amazônia está oferecendo tratamento de fisioterapia para pacientes em recuperação da covid-19. O programa do curso de Fisioterapia tem o objetivo de atuar diretamente na melhora da função respiratória, utilizando técnicas da fisioterapia respiratória e motora, possibilitando o retorno dos paientes às suas atividades diárias.

Segundo Daniela Teixeira, coordenadora do curso de Fisioterapia da UNAMA, mesmo que em sua forma leve, grande parte dos pacientes apresenta alterações pulmonares com formas restritivas. Ou seja, eles apresentam redução no volume e na capacidade pulmonar, além da presença de fraqueza muscular respiratória.

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O agendamento pode ser realizado na recepção da Clínica-Escola da UNAMA, no campus Alcindo Cacela, ou pelo número 4009-3069. O atendimento é das 13 às 18 horas e o tempo de uma sessão dura em torno de 30 a 40 minutos. 

“Podem buscar esse atendimento a comunidade interna e externa, basta que o paciente traga um exame complementar ou encaminhamento médico. Ele será avaliado por um profissional especialista e esse profissional fará o plano de melhorias, indicando quantas vezes na semana o paciente deverá ser atendido”, informa Daniela.

 “A clínica dispõe de um laboratório especifico para o atendimento de reabilitação pulmonar, com macas e aparelhos da fisioterapia respiratória e uma esteira para que possam ser realizados exercícios de reabilitação. Os alunos que têm participado desse projeto estão no 9º período do curso, são supervisionados por terapeutas especializados e estão na prática do estágio supervisionado de Fisioterapia na atenção respiratória”, explica.

Daniela alerta que o programa de recuperação realizado pela UNAMA é de grande responsabilidade social e cita a necessidade de recuperação dos pacientes para que eles possam voltar às suas atividades. “Essa sequela respiratória é comumente apresentada por pacientes que tiveram covid-19. A reabilitação pulmonar se faz necessária e é de grande importância para que possamos contribuir como forma de responsabilidade com a população”, finaliza.

Por Isabella Cordeiro.

 

Apesar dos sinais de recuperação da atividade econômica nas últimas semanas, ainda persistem as dúvidas sobre o fôlego do mercado de trabalho, cada vez mais ocupado por atividades informais. É esse cenário pós-covid que será debatido hoje por pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) durante o 3.º Seminário de Análise Conjuntural. O evento, que acontece a cada trimestre e desta vez será feito por meio da internet, é organizado em parceria com o Estadão.

Uma das palestrantes do seminário, a pesquisadora Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre/FGV, diz que após o "fundo do poço" em abril e maio a economia começou a reagir a partir do fim do segundo trimestre. E essa recuperação, segundo ela, está sendo mais rápida do que o inicialmente imaginado.

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Nos últimos meses, tem havido um processo de revisões, para cima, das projeções sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. As estimativas ainda apontam para a maior retração anual da história do País, mas já foram piores. A estimativa do Ibre/FGV, que chegou a projetar um tombo de 6,4% no "auge do choque", agora é de uma queda de 5,3%.

"Houve uma atuação sem precedentes da política", afirmou Silvia, referindo-se às medidas adotadas pelo governo para mitigar os efeitos da crise econômica, com destaque para o auxílio emergencial de R$ 600 pago a trabalhadores informais e desempregados.

Por outro lado, há incertezas sobre a continuidade da retomada para além do fim deste ano. As preocupações se voltam para o mercado de trabalho, segundo a pesquisadora do Ibre/FGV. Isso porque a mesma desigualdade que marca o processo de recuperação - com indústria e comércio retomando de forma mais rápida do que serviços e investimentos - atinge os trabalhadores.

As atividades com maior dificuldade de recuperação, como os serviços prestados a famílias, demandam os empregos menos qualificados e são, tradicionalmente, as que empregam a maior parte dos trabalhadores informais. Já os setores que têm puxado a retomada são mais intensivos em tecnologia ou no uso do trabalho remoto. Segundo Silvia, os trabalhadores com escolaridade de 15 anos ou mais praticamente não foram afetados. "A pergunta é: como os informais vão se realocar no mercado de trabalho?", questiona ela.

As inscrições para o seminário, que começa às 10h, poderão ser feitas no site https://evento.fgv.br/iiianaliseconjuntural. Além de Silvia, o evento terá a participação dos economistas da FGV Armando Castelar e José Júlio Senna. A mediação será da jornalista Adriana Fernandes, repórter especial do Estadão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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