Dia Mundial do Câncer: um alerta para cuidados com a saúde

Doença cresce no mundo todo. Médica destaca a importância de hábitos saudáveis e prevenção.

sex, 04/02/2022 - 12:15
Divulgação Oncologista Paula Sampaio, do CTO Divulgação

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), devido ao caráter epidêmico e pelos índices crescentes de mortalidade, o câncer é o principal problema de saúde pública do mundo. A mais recente estimativa mundial, do ano de 2018, aponta que ocorreram no mundo 18 milhões de casos novos de câncer e 9,6 milhões de óbitos.

Segundo o Inca, no período de 2020 a 2022, o Brasil terá 1.875.000 novos casos de câncer. Ou seja, só em 2022, sem considerar a subnotificação, a incidência da doença no País será de aproximadamente 625 mil novos casos (considerando a subnotificação estimada, seriam 685 mil). Desde que o Instituto Nacional de Câncer iniciou o monitoramento anual dos casos de câncer, no final da década de 1970, os números não pararam de aumentar.

“No Brasil, temos um motivo muito claro para o crescimento da incidência e da mortalidade, que é o baixo investimento em prevenção. Em 2019, mais de 90% dos países de alta renda relataram que serviços abrangentes de tratamento para câncer estavam disponíveis no sistema público de saúde. No grupo dos países de baixa renda apenas 15% declararam essa condição, segundo levantamento feito pela OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde”, observa a médica oncologista Paula Sampaio.

O Dia Mundial do Câncer foi criado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC) em apoio aos objetivos da Declaração Mundial do Câncer, lançada em 2008. A cada 4 de fevereiro, um esforço coletivo e mundial é realizado para conscientizar a população e as autoridades sobre a prevenção e o controle da doença, com o objetivo de diminuir o número de mortes causadas pela doença.

No Brasil, o tipo mais comum é o câncer de pele não melanoma, que deve atingir mais de 177 mil casos até o final de 2022. Os outros tipos de maior incidência no Brasil, segundo o INCA, são:

* câncer de mama, com 66.280 casos por ano;

* câncer de próstata, com 65.840 casos por ano;

* câncer de cólon e reto, com 40.990 casos; 

* câncer de pulmão, com 30.200 casos;

* câncer de estômago, com 21.000 casos por ano no Brasil.

“As terapias mais modernas de combate ao câncer, quando não oferecem a cura ou remissão da doença, aumentam a sobrevida a ponto de o câncer virar uma doença crônica, em que o paciente, medicado, leva uma vida normal. Temos experimentado avanços importantes na oncologia nos últimos cinco anos. Tratamentos com melhores resultados e menos efeitos colaterais”, comemora a oncologista Paula Sampaio.

A partir de testes moleculares realizados no tumor, é possível conhecer em detalhe as alterações bioquímicas, o que permite o uso de drogas com atuação voltada para a mutação identificada.

“É uma mudança de paradigma. Antes se recomendava a mesma quimioterapia para um mesmo tipo de câncer. Hoje, a tendência é uma abordagem individualizada. O resultado disso pode ser visto nos casos em que há mutação genética, pois o uso desses medicamentos dobra a duração da resposta, ou seja, o tempo em que o tumor é controlado”, explica a médica.

Com o diagnóstico genético, o médico pode adotar medidas mais adequadas para o paciente, implementando, quando possível, medidas que previnem o câncer ou que favorecem o diagnóstico mais precoce.

Além disso, a área de testes genéticos tem avançado também em outros aspectos. Há grandes avanços na identificação de novos genes de predisposição e na caracterização de novas síndromes de predisposição ao câncer. Esses indicadores são gerados em pesquisas e organizados em bancos de dados. 

Mais informações: Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

Assessoria de imprensa: Ronaldo Penna – 98814-1569 – ronaldo.penna@hotmail.com/Dina Santos – 991613302 e 983747880 – dinnasantos@gmail.com

Da Redação do LeiaJá (com informações do CTO).

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