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O Natal marca a celebração do nascimento do menino Jesus no dia 25 de Dezembro. No entanto, há algumas controvérsias em relação a certeza sobre esta data. Por isso, nesta série especial sobre o Natal, produzida pela TV LeiaJá, o tema será discutido com mais profundidade na junto à professora de História Thaís Nunes. A produção é da jornalista Maria Eduarda Lima, com imagens de Sidney Lucena e André Albino, e edição de Guilherme Silva. 

Assista: 

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Confira os outros dois episódios:

Como as religiões comemoram o Natal

Como as matrizes africanas celebram o Natal

O comércio do Recife vai funcionar em horário diferente no feriado desta quinta (12) e na sexta (13), decretado como ponto facultativo pelo Governo de Pernambuco. Para o feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida, no qual também é comemorado o Dia das Crianças, a expectativa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife) do Recife é que as vendas cresçam 10% em relação ao ano passado.

Confira os horários de funcionamento do comércio

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Centro do Recife e Bairros- horário de funcionamento facultativo.

Mercados e Feiras- Os mercados e feiras funcionarão das 6h às 13h.

Shoppings

Shopping Recife- 12h às 21h;

RioMar Shopping- 12h às 21h;

Shopping Tacaruna- 12h às 21h;

Plaza Shopping- 12h às 21h;

Shopping Patteo Olinda- 12h às 21h;

Camará Shopping- 12h às 21h;

Shopping Igarassu- 12h às 20h;

Shopping Boa Vista- 11h às 19h;

Paulista North Way Shopping- 9h às 22h;

Shopping Guararapes- 9h às 22h;

Shopping Costa Dourada- 9h às 22h;

Recife Outlet- 9h às 21h;

Shopping ETC- 12h às 18h;

Shopping Carpina- 10h às 22h.

Bancos - as agências ficarão fechadas na quinta (12) e abrem normalmente na sexta (13). A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) esclareceu que as contas e carnês com vencimento para o feriado poderão ser pagos sem acréscimo no dia seguinte ou pelos canais digitais das instituições.

TJPE

As comarcas da Capital e do Interior Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) vai atuar em plantão remoto nos dois dias, das 13h às 17h.

Detran-PE

A sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE), no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife, e as lojas do órgão nos Shoppings e nos Expressos Cidadão, e as Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans), ficarão fechadas nos dois dias.

Prefeitura

Os serviços e o atendimento no edifício-sede da Prefeitura, na sede da Reciprev e Saúde Recife não funcionam nos dois dias.

Procon Recife

Não haverá expediente na quinta (12) e sexta (13) na sede do Procon Recife, localizada na Rua do Imperador, 491, bairro de Santo Antônio. Também estarão fechados os postos de atendimento do órgão localizados nos Compaz.

O consumidor pode registrar sua reclamação ou denúncia pelo Whatsapp (81) 3355-3286 ou pelo site procon.recife.pe.gov.br. Outra alternativa é entrar em contato com o Procon Recife pelo e-mail: denunciaproconrecife@recife.pe.gov.br.

Ferreira Costa 

Devido ao feriado de Nossa Senhora Aparecida, as lojas da Ferreira Costa funcionarão em horários diferentes.

Caruaru: 09h às 18h

Garanhus: 09h às 17h

Recife - Tamarineira: 09h às 18h

Recife - Imbiribeira: 09h às 18h

Na próxima quarta-feira (11), o Centro de Mulheres do Cabo (CMC) articula uma caminhada pelas ruas do município, localizado na Região Metropolitana do Recife, em comemoração ao Dia Internacional da Menina. Celebrada no dia 11 de outubro, a data visa promover os direitos de meninas e mulheres adolescentes. 

A caminhada tem concentração marcada para as 13h30, em frente à Praça do Jacaré, no centro do Cabo de Santo Agostinho. A marcha seguirá para a Câmara Municipal, onde será apresentado o plano de enfrentamento à evasão escolar do município. O ato contarácom a participação de crianças, meninas, jovens ativistas pela educação do Fundo Malala, estudantes da rede pública e a sociedade civil. 

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No mesmo dia, o CMC promove Ocupa Menina, com o objetivo refletir as disparidades no acesso ao direito à educação, nutrição, aos direitos legais e a cuidados médicos, e a proteção contra discriminação, violência e o casamento forçado. No auditório da Câmara Municipal, o evento será animado pela MC Nanny Nagô. 

Nesta quarta-feira, 26 de julho, é comemorado o Dia dos Avós. A data foi escolhida por ser dia de Santa Ana e São Joaquim, respectivamente mãe e pai de Maria e, portanto, avós de Jesus Cristo, segundo a tradição católica. O primeiro país a instituir a comemoração do Dia dos Avós nesta data foi Portugal, a partir de 2003, após uma campanha que se tornou famosa em todo o país: uma senhora avó de seis netos, Ana Elisa Couto (1926-2007), liderou um movimento pela criação de uma data que homenageasse os avós. Em 2003 foi oficializado o 26 de julho.

No Brasil, a data foi adotada popularmente, até como forma de incrementar o comércio. Não é um feriado nacional, mas apenas naqueles municípios que têm algum dos dois santos como padroeiros, como Sumaré, no interior de São Paulo.

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Em 2021, o papa Francisco incluiu o Dia dos Avós e das Pessoas Idosas no calendário da Igreja Católica, mas ficou estabelecido que seria comemorado em data variável, perto do dia 26 de julho - em 2021 foi festejado no dia 25, em 2022 no dia 24 e neste ano a comemoração aconteceu no último domingo, dia 23.

A cada ano a Igreja Católica lança um tema a ser debatido durante as atividades religiosas desse dia. Em 2023 o tema foi "De geração em geração, a sua misericórdia".

A tradição católica narra que, no século I a.C., Ana e seu marido, Joaquim, moravam em Nazaré e não tinham filhos, mas pediam que Deus lhes enviasse uma criança. Então, um anjo apareceu e avisou que Ana, embora supostamente estéril, estava grávida.

Essa criança, uma menina, foi batizada como Maria. Ana teria morrido quando Maria tinha só três anos. Segundo a crença cristã, ainda na adolescência, Maria foi escolhida para ser mãe de Jesus Cristo.

Ana e Joaquim foram canonizados no século XVI pelo papa Gregório VII. O dia 26 de julho foi oficializada como data de ambos pelo papa Paulo VI.

Conhecido como casamenteiro, Santo Antônio de Pádua ou de Lisboa teve como nome de batismo Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Nascido em 1195, em Lisboa, em Portugal, tem importância religiosa para católicos do mundo todo, em especial, brasileiros e italianos. Ele é venerado nesta terça-feira (13), data que marca sua morte na cidade de Pádua, na Itália. Desde jovem, pregava o evangelho e praticava a caridade, sendo considerado também como padroeiro dos pobres.

"Ele também é chamado de santo do mundo inteiro. Ele é chamado de Pádua, porque morreu na Itália, mas também é conhecido como Santo Antônio de Lisboa, porque nasceu na cidade portuguesa. É considerado como um dos trinta e sete doutores da Igreja Católica e doutor do Evangelho porque em suas pregações ele, como grande orador, conversava muito sobre a importância do evangelho na formação da fé cristã", afirma Oscar D’Ambrosio, pós-doutor e doutor em educação, arte e história da cultura.

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Segundo D’Ambrosio, Santo Antônio é também muito ligado aos aflitos, angustiados, como pessoas que estão em busca de emprego, assim como é venerado por ajudar a arranjar casamentos e encontrar objetos perdidos. "Também relacionado com a alimentação dos pobres e dos necessitados. E associado por guardar confidências, principalmente de paixões, em especial de mulheres."

Comemoração da data

No Brasil, o dia 13 de junho é lembrado com missas, procissões e distribuição de pãezinhos, além do famoso bolo de Santo Antônio, que pode ser encontrado em muitas igrejas que organizam festas no dia de hoje. No centro da São Paulo, a Paróquia Santo Antônio do Pari e a Igreja de Santo Antônio do Vale do Anhangabaú estão com programação especial ao longo do dia.

Há também uma forma de caridade denominada "Pão de Santo Antônio", que copia as atitudes do santo em favor dos pobres e famintos. Conforme a Arquidiocese de São Paulo, no Brasil, Santo Antônio é comemorado numa das festas mais alegres e populares, estando entre as três maiores das chamadas festas juninas (Santo Antônio, São Pedro e São João). No ano de 1946, foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII.

Segundo a Arquidiocese de São Paulo, de família muito rica e da nobreza, ele ingressou muito jovem na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Fez seus estudos filosóficos e teológicos em Coimbra e foi lá também que se ordenou sacerdote.

"Empolgado com o estilo de vida e de trabalho dos franciscanos, que, diversamente dos outros frades, não viviam como eremitas, mas saiam pelo mundo pregando e evangelizando, resolveu também ir pregar no Marrocos. Entrou para a Ordem, vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de Antônio", conforme a arquidiocese.

Entretanto, mal chegou ao país, ele contraiu uma doença que o obrigou a voltar para Portugal. Aconteceu, porém, que o navio em que viajava foi envolvido por um tremendo vendaval, que empurrou a nave em direção à Itália.

"Antônio desembarcou na ilha da Sicília e de lá rumou para Assis, a fim de encontrar-se com seu inspirador e fundador da Ordem, Francisco. Com pouco tempo de convivência, transmitiu tanta segurança a ele que foi designado para lecionar teologia aos frades de Bolonha", ainda de acordo com a arquidiocese.

Com apenas vinte e seis anos de idade, foi eleito provincial dos franciscanos do norte da Itália. "Antônio aceitou o cargo, mas não ficou nele por muito tempo. Seu desejo era pregar, e rumou pelos caminhos da Itália setentrional, praticando a caridade, catequizando o povo simples, dando assistência espiritual aos enfermos e excluídos e até mesmo organizando socialmente essas comunidades."

Foi em Pádua que ele também ficou conhecido por ajudar noivas a recolherem doações para o dote, visto que não tinham condições financeiras organizar o enxoval do casamento.

Continuou vivendo para a pregação da palavra de Cristo até morrer, em 13 de junho de 1231, nas cercanias de Pádua, na Itália, com apenas trinta e seis anos de idade.

No local, ele foi sepultado em uma basílica romana. Em razão de sua popularidade, seu sepulcro tornou-se meta de peregrinações que duram até os dias atuais. Ele foi canonizado no ano seguinte ao de sua morte pelo papa Gregório IX.

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No domingo, 14 de maio, é comemorado em todo o mundo o Dia das Mães. A data tem como objetivo prestar homenagens às mulheres que exercem o papel de mãe.

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Para Sueli Nunes, vendedora de açaí na Feira da 25, em Belém, a maternidade muda tudo na vida. Primeiro se pensa no bem-estar e na felicidade dos filhos, para depois se pensar na sua própria, explicou. “Tenho dois filhos, um de 21 anos e uma de 12 anos. Eu tive meu primeiro com 18 anos e mudou tudo na minha vida. Todos os momentos são especiais ao lado dos meus filhos”, afirmou a vendedora.

De acordo com Sueli Nunes, a realização dos filhos é o “maior presente” que uma mãe pode ter. Um exemplo é a entrada de seu filho mais velho no ensino superior, motivo de grande felicidade para ela, disse Sueli.

A comerciante de ovos Tereza Freitas destacou as dificuldades que sua mãe teve para criá-la junto com seus irmãos. A pobreza, a fome e a ausência de uma figura paterna marcaram sua infância, explicou. “Nasci no interior do interior de Tomé-Açu. Vim para Belém com a minha mãe doente. Eu ficava olhando no supermercado aquelas famílias e sentia falta de uma família desse jeito, isso é ruim”, falou Tereza.

“Eu fui uma mãe que deu tudo para minhas filhas. Tentei suprir a falta de um pai que eu não queria que elas sentissem. Se elas tivessem uma infância melhor que a minha, já estava bem", disse Tereza. A comerciante contou também que procurou dar de tudo que estivesse em suas condições para sua mãe. "A maneira que eu fui criada não tem como mudar. Cada um tem sua história e vai querer tentar fazer melhor do que a criação que lhe foi dada", explicou Tereza Freitas.    

A vendedora de refeições da Feira de 25 Nilza Conceição contou que é uma mãe do tipo "mãezona" e "coruja". O problema em ser desse tipo é que "mima" demais os filhos e acha que eles sempre vão estar com a mãe, explicou a vendedora. "Tive dois filhos homens e criei um desde quando ele nasceu, então tenho 3 filhos homens. Meu problema maior com eles é ter ciúmes", disse Nilza.

"Eu morei com minha sogra e tive a ajuda dela para criar meus filhos", falou Nilza Conceição. A vendedora de refeições destacou que se casou com 13 anos e teve a imagem da sogra como uma mãe para ela e exemplo de como criar filhos.

Nilza explicou que as mães "criam os filhos para o mundo". Ela ressaltou a importância de manter tradições, como o Dia das Mães, para se reunir com a família.

Por Hellen Rocha e Júlia Marques (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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No último sábado (22) ocorreu o Record Store Day, na Europa e na América do Norte, para celebrar a cultura das lojas de discos independentes. Por isso, a loja de discos Discoaoleo, localizada na travessa Campos Sales, em Belém, celebrou o Dia do Disco. A programação teve exposição, bate-papo, discotecagem e concerto. Nesta edição foi homenageado o gênero musical Glam Rock.

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Segundo Leo Bitar, idealizador da Discoaoleo, atualmente o mercado do vinil está aquecido. "O vinil ainda é a melhor forma de ouvir música de qualidade. Então as pessoas que gostam de música têm esse formato, que é durável", diz Bitar.

Na loja Discoaoleo, o Dia do Disco é temático. O tema deste ano é Glam Rock. "O Glam Rock é uma vertente do Rock que apareceu na Inglaterra no início dos anos 1970, encabeçado pelo David Bowie. Então, a gente comemorou este ano os 50 anos do disco Aladdin Sane, do David Bowie", declara Leo. Além disso, a Discoaoleo ofereceu uma exposição de discos do gênero musical Glam Rock. 

Segundo Bitar, a motivação para elaborar o Dia do Disco na Discoaoleo surgiu a partir do Record Store Day. "A ideia foi fazer um encontro aqui em Belém das pessoas que gostam do som analógico e cultuam o vinil. É muito legal saber que nenhuma plataforma digital superou o formato analógico do vinil", finaliza Leo.

Por Victor Sampaio (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A data de 18 de abril marca uma celebração especial no calendário da educação. É o Dia Nacional do Livro Infantil, instituído pela Lei n.º 10.402, de 8 de janeiro de 2002, em referência ao nascimento do primeiro escritor brasileiro a produzir conteúdo para o público infantil, Monteiro Lobato, nascido em 18 de abril de 1882 e autor da série de livros do "Sítio do pica-pau amarelo".

Elaine Oliveira, mestra em Estudos Literários, professora de Literatura Infantil e de Teoria Literária da UNAMA - Universidade da Amazônia, destaca a importância do acesso à leitura desde a infância e ressalta a responsabilidade dos pais na formação literária de seus filhos.

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Professora Elaine Oliveira destaca o papel dos pais e responsáveis na formação de leitores infantis (Arquivo pessoal)

Segundo Elaine Oliveira, é através do simples ato de brincar, no cotidiano de cada criança, que mora a oportunidade de um novo aprendizado. Para a professora, esse aprendizado vai além do universo literário e pode também alcançar as relações sociais e o desenvolvimento das habilidades cognitivas individuais.

"Através do brincar e a partir do sentimento que aflora em cada brincadeira, a criança faz a leitura do mundo e aprende a lidar com ele, recria, repensa, imita, desenvolvendo, além de aspectos físicos e motores, aspectos cognitivos, bem como valores sociais, morais, tornando-se cooperativa, sociável e capaz de escolher seu papel na sociedade", assinala Elaine.

A professora afirma que é dever dos responsáveis introduzir a criança no universo literário. "A criança que tem acesso à literatura desde a mais tenra idade é estimulada a perceber e a lidar com os sentimentos e emoções. Desenvolve a linguagem oral, estimula a criatividade, a atenção, a concentração, o vocabulário, a memória e o raciocínio", observa. Segundo Elaine, a leitura favorece a aquisição da prática da escuta e do tempo do ouvir e ler histórias e auxilia no desenvolvimento da empatia.

A pedagoga Ana Paula Cruz reforça a necessidade de apresentar a leitura para as crianças. "O incentivo à leitura desde a primeira infância é importante para a formação de novos leitores. Quem não tem o hábito da leitura não consegue expressar-se através da escrita ou até mesmo oralmente", afirma.

Pedagoga Ana Paula Cunha: contato com a leitura na infância facilita a interação (Arquivo pessoal)

Ana Paula defende que as escolas incentivem a prática da leitura. "Acredito que neste primeiro contato com a leitura devemos apresentar textos, livros de acordo com cada faixa etária, para que haja interesse, interação com a leitura", diz.

Para a pedagoga, é importante as escolas terem planejamento voltado ao incentivo à leitura. "Fazer projetos de leitura, como a Mala Viajante, em que toda sexta-feira uma criança leva um livro para ser lido no final de semana com a família e na segunda-feira algum representante faz a leitura para a turma do seu filho em sala de aula. Já tivemos esse projeto na escola. Este ano por enquanto ainda não foi implementado. Com certeza, visitarei com mais frequência a biblioteca", destaca. 

Escritor de livros infantis, Joécio "Jojoca" Lima diz que sempre teve sua atenção despertada para saber como as crianças veem o mundo ou poderiam ver. Por isso, começou a contar histórias. "Além de produzir algo de qualidade para um público bem difícil de agradar."

Professor de Educação Infantil e Fundamental 1, Joécio Lima tem vários livros publicados: "A menina colorida de papel crepom", "A menina colorida de papel crepom lá na lua", "A menina colorida de papel crepom e a cidade monocromática", "O dia em que encontrei o sorriso da vovó" e "A escola assombrada de Belém"Segundo o escritor, a melhor estratégia para atrair o público infantil para a literarura é estudar interesses e ler muito o que os autores estão fazendo. Também é fundamental, assevera, "conversar com as crianças sobre o que eles acham da minha produção". 

Joécio destaca a importância da escolha das leituras. "É extremamente importante, pois dependendo da escolha do livro se pode ajudar ou criar um prejuízo irreparável. Tem responsáveis que acham que a aquisição de livros não é investimento na educação do filho. Apesar do trabalho ser difícil, não irei desistir", garante.

Da Redação do LeiaJá Pará (com produção de David Nogueira e Ana Beatriz Coelho).

 

O Dia Mundial da Criatividade chega a Belém com diversas atividades gratuitas na cidade nos dias 20, 21 e 22 de abril. O movimento é organizado pela World Creativity Organization e conta painéis, palestras, workshops e performances para profissionais, empreendedores e empresas de todos os setores que compõem a economia criativa.

O objetivo do evento é unir o ecossistema de criatividade e inovação de diversas cidades, focando o desenvolvimento sustentável com base em pilares como aprendizagem, diversidade, empreendedorismo e transformação. 

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“Viver esse momento em Belém é muito importante para nós. Somos considerados a capital criativa da gastronomia, mas é muito importante reforçar que somos criativos em outras áreas. Por isso, montamos um cronograma de ações que envolvem diversos ramos de conhecimentos”, falou Amanda Ferreira, coordenadora.

O Dia Mundial da Criatividade é apresentado pelo Ministério da Cultura e Mercado Livre, parceria de mídia da Globo, apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Cidade de São Paulo, além da parceria institucional da Co.liga, Fundação Roberto Marinho, Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), da Preta Hub e do Razões para Acreditar, entre importantes agentes e entidades. 

O cronograma de atividades do evento já está disponível. Os ingressos são gratuitos e as inscrições podem ser feitas por meio do site oficial do evento.

Serviço 

O que: Dia Mundial da Criatividade (World Creativity Day).

Quando: 20, 21 e 22 de abril.

Onde: Os locais variam com a programação.

Da assessoria do evento.

No dia 7 de abril foi comemorado o Dia Mundial da Saúde. A data marca o aniversário de fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 1948. A comemoração é uma oportunidade para estimular a criação de políticas voltadas para a área da saúde. A cada ano, um tema é adotado. As temáticas refletem os problemas relacionados à saúde. O tema deste ano é "Saúde Para Todos". 

Em Belém, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) garantem o atendimento gratuito nas áreas de pediatria, ginecologia, clínica geral, enfermagem e odontologia. Os serviços são consultas médicas, injeções, curativos, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, entre outros.

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De acordo com a médica Camila Castro, professora e médica da família e comunidades, as UBSs funcionam como porta de entrada, o primeiro acesso que o paciente tem ao Sistema Único de Saúde (SUS). O acesso é direito de todo cidadão brasileiro e estrangeiro que esteja no território nacional, a partir das regulamentações de instituição do SUS em 1988.

A médica explica que as UBSs são complexas e resolutivas, ou seja, oferecem uma assistência integral, coordenada e promovem o acesso à saúde. "80% das demandas clínicas podem ser resolvidas nos postos de saúde e sem necessidade de encaminhamento", acrescenta Camila.

Aluna de Medicina do 9º período, Joyce Leão já teve a experiência de atender nos postos de saúde. "Os alunos aplicam os ensinos teóricos na prática. Atendemos primeiramente acompanhando os professores e residentes. Conforme a prática e o avançar no curso, ganharemos autonomia, chegando ao ponto de atender sozinhos", diz Joyce. A aluna destaca que os atendimentos também podem ser feitos em domicílio, o que permite que aqueles com limitação física recebam atenção médica.

O paciente Eduardo Silva, em contrapartida, diz que é necessário um investimento nos postos e nos equipamentos para atender melhor o público e auxiliar os médicos. "Infelizmente, o atendimento é bastante precário, a infraestrutura deixa a desejar e a equipe médica é reduzida, o que deixa o atendimento demorado", diz. Ainda assim, Eduardo reconhece a necessidade de ter um posto de saúde por perto.

Segundo Joyce Leão, em anos anteriores, no dia 7 de abril, já foram organizados mutirões de atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde, em Belém, com o objetivo de estabelecer um contato mais próximo com a população.  

UBS fluvial

Em janeiro de 2022, Belém passou a contar com a Unidade Básica de Saúde (UBS) Fluvial Dr. Camillo Vianna. A embarcação foi toda preparada para levar à população da região das ilhas de Belém atendimento em atenção básica à saúde, serviços odontológicos, vacinação, clínica geral, assistência psicológica, exames PCCU (preventivo do câncer do colo do útero), exame de raios-x e rastreamento de doenças como tuberculose, hanseníase e HIV.

A unidade fluvial faz parte Projeto Rede Belém de Saúde nas Comunidades, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). A UBS fluvial atende os ribeirinhos de 12 ilhas, no entorno da capital, Mosqueiro, Cotijuba, Icoaraci e Outeiro.

A UBS fluvial leva o nome de um dos mais renomados médicos e ambientalistas e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), reconhecido internacionalmente: Camillo Vianna. Ele foi pioneiro no atendimento humanizado à população ribeirinha.

Por Heloisa Calderaro e Victor Sampaio, com informações da Agência Belém (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).   

 

“Meu estilo de vida mudou completamente. Tenho plena consciência de que meus hábitos alimentares não eram os mais saudáveis.” A declaração dada pela cantora Preta Gil em ilustra muito bem a realidade brasileira. Preta está fazendo tratamento contra câncer de intestino, que tem relação direta com má alimentação.

O câncer de intestino (colorretal) é o 3º tipo de maior incidência no Brasil, superando o câncer de colo de útero, que ocupava essa posição até o ano passado. São mais de 45 mil novos casos diagnosticados e mais de 20 mil mortes por ano. E a expectativa do Inca (Instituto Nacional do Câncer) é de que o número de pessoas atingidas pelo câncer colorretal continue crescendo, o que torna o problema ainda mais preocupante.

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A medicina garante que esse é um tipo de câncer é evitável. “Dieta rica em alimentos processados ou ultraprocessados, em carne vermelha, gordura e preparações instantâneas está diretamente relacionada a esse tipo ao câncer colorretal. Obesidade, sedentarismo e tabagismo completam a lista de fatores de risco que podemos evitar. Atividade física regular, sozinha, já reduz o risco de desenvolver a doença em 26%. Uma dieta rica em frutas, legumes e verduras é fundamental. O consumo de 10 gramas de fibras ao dia reduz o risco de câncer de intestino em 10%”, enumera a médica oncologista Paula Sampaio, do Hospital Barros Barreto, referência no Pará. “Não tem jeito. Se queremos qualidade de vida e longevidade, temos que ter um estilo de vida saudável”, completa a médica.

Datas como o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer (8 de abril) são um convite para que as pessoas e organizações se esforcem para reduzir o impacto da doença. De acordo com as estimativas da OMS (Organização Mundial de Saúde), até 2030 o câncer vai superar as doenças cardiovasculares e se tornar a campeã em mortalidade no mundo todo.

“Nós não podemos deixar de bater nessa tecla, mas a mudança depende de cada um fazer a sua parte. As pessoas precisam se esforçar para adotar hábitos saudáveis. Temos que estimular a vacinação contra o HPV para crianças e adolescentes, por exemplo. Essa é uma medida de prevenção primária. Um tipo de medida que pode evitar que a pessoa tenha câncer, como é o caso de não fumar, não ser sedentário e controlar o peso”, explica a médica.

A bancária Léa Paysano, de 60 anos, passou pelo tratamento de um câncer de intestino e agora está em acompanhamento médico. O diagnóstico saiu em maio de 2020, início da pandemia da covid-19. Léa lembra que percebeu sangue nas fezes, mas acreditou ser pelo nervoso com a pandemia. “Tinha muito medo de sair de casa, de precisar ir ao médico ou fazer exames por causa da covid-19. Por isso, fiquei um tempo com os sangramentos sem falar para ninguém”, diz ela. Só quando comentou com uma irmã e um sobrinho que é médico decidiu procurar um gastro para investigar o problema.

O exame foi confirmado no exame de colonoscopia. A cirurgia para a retirada do tumor ocorreu um mês depois, em 11 de agosto. O tratamento com quimioterapia durou até março de 2021.

De acordo com as estimativas do Inca, o Brasil terá 704 mil novos casos de câncer diagnosticados por ano, no triênio 2023 a 2025. Isso representa um crescimento de 12,64% dos casos de câncer no Brasil, comparando com estimativa anterior (2020-2022). A incidência do câncer no Brasil é alarmante porque reafirma o câncer como a segunda causa de mortes por doença no mundo.

O tipo de câncer mais incidente no Brasil continua sendo o de pele não melanoma, com 220 mil novos diagnósticos (31,3% do total de casos). Mas apesar da quantidade, ele apresenta altos percentuais de cura e menor mortalidade, se tratado adequadamente. Por isso, não é considerado tão preocupante quanto os outros tipos de câncer.

O câncer de mama continua sendo o segundo tipo com maior incidência no Brasil, com 10,5% do total de diagnósticos. De 2023 a 2025, são estimados 73.610 novos casos a cada ano, contra 66 mil na estimativa anterior.

Entre os homens, o câncer de próstata é o segundo mais comum (depois do câncer de pele não melanoma), com 71.730 casos, representando 10,2% do total. Em seguida, o destaque é para os tumores de intestino e de pulmão.

Da Redação do LeiaJá Pará.

 

O transtorno bipolar é uma condição caracterizada principalmente por alterações de humor que envolvem episódios depressivos e eufóricos. Os episódios depressivos se caracterizam por humor deprimido, desinteresse ou falta de prazer nas atividades habituais, dificuldade de concentração, isolamento social, perda ou aumento de apetite, sentimentos de inutilidade e pensamentos relacionados à morte. Já os episódios eufóricos (classificados como hipomaníacos ou maníacos, de acordo com a intensidade) se caracterizam por um período de humor persistentemente expansivo, elevado ou irritável, em que o indivíduo pode apresentar fala e pensamentos acelerados, hiperatividade, diminuição da necessidade de sono, aumento de comportamentos impulsivos e, em casos mais graves, evoluir para delírios. Os quadros podem durar dias ou semanas.

Segundo a psicóloga clínica Giovanna Maradei, 25 anos, os episódios provocam prejuízo acentuado na qualidade de vida e no funcionamento social e/ou profissional do indivíduo. “O tempo de realização do diagnóstico vai depender de diversos fatores. Em geral, os principais motivos que podem levar à demora desse diagnóstico incluem o desconhecimento sobre o tema por parte do profissional, o preconceito e o estigma relacionado aos transtornos mentais, que muitas vezes impedem o indivíduo e seus familiares de buscar ajuda profissional. Outro ponto importante a se destacar é que em muitos casos os episódios hipomaníacos/maníacos podem demorar a aparecer, induzindo o profissional ao erro”, destaca Giovanna.

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O Dia Mundial do Transtorno Bipolar (30 de março) é uma data importante para que o estigma das doenças mentais seja combatido, mais informações cheguem à sociedade e as pessoas possam buscar diagnóstico, tratamento e uma melhora na qualidade de vida. “Falar e divulgar informações sobre o tema é, portanto, uma forma importante de diminuir o preconceito. No mais, é importante destacar que o diagnóstico de transtorno bipolar deve ser dado por um profissional de saúde mental devidamente regulamentado. Em caso de sofrimento, busque a ajuda de um psicólogo e/ou psiquiatra”, destaca Giovana.

A busca por um diagnóstico muitas vezes não é fácil para os pacientes. Engenheiro eletricista entrevistado para esta reportagem, que preferiu não ser identificado, conta que por muito tempo negou para si mesmo os sintomas e a ajuda. “Eu neguei em procurar ajuda durante muito tempo. Eu já começava a me sentir pra baixo e sem vontade alguma de estar vivo, até que houve a minha primeira tentativa de suicídio. Logo após isso procurei ajuda e comecei todos os tratamentos”, disse.

Ele foi diagnosticado também com ansiedade generalizada, estresse pós-traumático, fobia social e a depressão também. “O diagnóstico de bipolaridade demorou um pouco mais a sair, pois a minha médica estava analisando ainda o meu tipo de transtorno de personalidade, que poderia ser Borderline, mas devido ao grande número de tentativas de suicídio foi batido o martelo de que se trava de Bipolaridade Tipo II (ou bipolaridade depressivo)”, revelou o engenheiro, que tem o diagnóstico há três anos.

Os estigmas de possuir e tratar um transtorno mental levam muitas pessoas a não procurarem ajuda ou até mesmo terem dificuldade de falar sobre isso com amigos, familiares e no trabalho. O engenheiro relata que muitas pessoas tratam o assunto na brincadeira. “Algumas pessoas sempre brincam quando alguém muda de humor repentino dizendo ‘olha bateu a bipolaridade’. Porém, a realidade é bem mais diferente do que essa rápida mudança de humor. A bipolaridade é como se fosse uma montanha-russa, literalmente tendo os altos e baixos. Basicamente é todo dia matando um leão pra passar por tudo isso, é uma luta contra algo que está dentro da sua cabeça, é como se você fosse o seu próprio inimigo. Mesmo assim, muitas das vezes consigo segurar as pontas e meter a cara no mundo”, desabafa.

Os pensamentos suicidas e de autoflagelação (ato de machucar-se) estão muito presentes nos relatos de pacientes diagnosticados com bipolaridade. O estudante Pedro Ribeiro, 21 anos, que foi diagnosticado há cerca de oito meses, procurou ajuda profissional após alguns episódios de tentativas de suicídios. “Em julho do ano passado eu tive uma crise muito forte, por questões sociais e pessoais, que influenciaram para que eu tivesse alguns pensamentos e tentativas de suicídio. Cheguei a ir para um hospital e logo após a saída de lá eu fui aconselhado a procurar um psiquiatra e psicólogo para fazer acompanhamento. Eu já fazia tratamento com um psicólogo, mas depois do ocorrido acabei mudando para uma outra abordagem para dar continuidade e comecei a tomar também medicamentos de regulação do humor”, conta o estudante. Ele também relata que no início do tratamento com os medicamentos sentiu vários efeitos colaterais, como sono excessivo, muita fome e emoções à flor da pele. A melhora começou a aparecer em um mês.

A psicóloga Giovanna Maradei fala sobre a importância de um tratamento multiprofissional para pessoas com bipolaridade. Segundo ela, a abordagem mais indicada consiste na combinação de psicoterapia e tratamento medicamentoso. “Além disso, a presença e o apoio da família são fatores fundamentais na prevenção de recaídas e, consequentemente, na melhora da qualidade de vida do indivíduo. Sem o acompanhamento adequado, a tendência do transtorno bipolar é a repetição de novos episódios depressivos e/ou de mania, resultando em um possível agravamento do quadro e na piora da qualidade de vida”, alerta.

Esse é o caso da acadêmica de Direito Leticia Cardoso, 24 anos, diagnosticada há cerca de sete anos com o Transtorno de Bipolaridade Tipo I. Após o falecimento do pai, ela desenvolveu um quadro profundo de depressão. Mesmo com o diagnóstico há alguns anos, Leticia estava atualmente fazendo somente terapia cognitiva comportamental com uma psicóloga e teve uma piora no quadro do transtorno. “Conversando com a minha psicóloga a gente viu a necessidade de entrar com os remédios, por que estou numa fase depressiva há alguns meses, que tem afetado muito a minha questão acadêmica e profissional”, desabafa.

A jovem estudante fala que fazer acompanhamento com profissionais foi muito importante para entender mais sobre sua doença. “Antes eu não entendia por que eu sentia certas coisas, não entendia por que eu agia de tais formas. E com o tratamento terapêutico consegui começar a identificar as fases. Quando estou na fase de depressão, eu tenho uma grande dificuldade nas minhas relações pessoais e principalmente na parte profissional, no trabalho, atrapalha muito. Só que com a terapia eu consigo identificar essas fases, consigo entender o que está acontecendo comigo e tentar me organizar de certa forma”, conta Leticia.

Se por um lado a fase depressiva da doença traz muitas dificuldades para os pacientes, a fase eufórica também pode ser perigosa. “É uma fase que engana a pessoa, você tem uma falsa sensação de felicidade, acaba fazendo gastos exorbitantes, não tem limites para muitas coisas. Como se pensasse ‘vamos viver, a vida é curta’ e não pensa em mais nada. Então acaba que isso atrapalha. Quando eu estive nessa fase, foi o momento que eu tive mais gastos na minha vida, pois eu não pensava no amanhã. Acabei estourando cartões de crédito, não tinha sono, era uma energia ligada no 220v, queria traçar metas, alcançar metas, muitas coisas ao mesmo tempo. E aí do nada vem a fase depressiva depois, sem motivo”, desabafa a estudante.

 Por Monique Leão (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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Uma Tarde de Poesia, com o intuito de exaltar a literatura paraense, marcou a comemoração do Dia Mundial da Poesia, em 21 março, na UNAMA – Universidade da Amazônia, em Belém. O evento foi organizado pela estudante de Jornalismo Rosângela Machado, de 52 anos, e ocorreu na última terça-feira (21), às 16 horas, no auditório B-100, campus da Alcindo Cacela.

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“A poesia é uma forma de aproximação, intercultural, uma forma de promover a palavra e as diferentes línguas em que ela se manifesta”, diz Rosângela Machado. A estudante de Jornalismo, que também tem licenciatura em Letras e pós-graduação em Língua Portuguesa e Literatura, diz que sempre teve uma ligação muito forte com a palavra. "Eu sinto que é algo profundamente enraizado em mim", destaca.

Rosângela diz que começou a exercitar a prática da escrita com textos em prosa para os dias das mães. Isso a inspirou a continuar escrevendo. Ela também ressalta que a ideia do evento sempre existiu, mas só pensou em realmente organizar após um diálogo com os amigos.

A estudante de Direito Maria Luiza Pinheiro, de 17 anos, teve uma rápida participação durante o evento, apresentando o poema autoral "Pátria Odiada, Brasil". Ela também diz que achou o evento muito acolhedor e que foi algo muito dinâmico.

Para Maria Luiza, a poesia trabalha com a essência do ser humano e com a alma. Vai, afirma, muito além de questões românticas. "A poesia é a beleza da nossa realidade, da essência, que podemos presenciar hoje em dia", explica.

"A poesia também é muito importante para entendermos nossa existência e a nossa razão para estarmos aqui", ressalta Maria Luiza.

Elaine Oliveira, professora dos cursos de Letras, Pedagogia e Artes Visuais da UNAMA, mestra em Estudos Literários e técnica em Gestão Cultural da Fundação Cultural do Pará/Casa da Linguagem, diz que ficou muito entusiasmada com o evento. ”É um tipo de ação necessária acontecer independente do dia. Todo dia é dia de arte e literatura," explica.  

A professora também explica que quanto mais jovens estiverem ligados à arte, melhor eles vão entender a importância e a diferença que ela pode fazer na vida afetiva, emotiva e criativa. “Quanto mais jovens estiverem engajados e envolvidos com a literatura, mais fácil será a compreensão da arte e a transformação que fará na vida dos estudantes. O acesso à literatura é um direito do ser”, afirma.

"Magnífico", exaltou Ermelinda Báez, professora de Letras e Relações Internacionais da UNAMA, sobre o evento. Ela também destaca que foi uma das iniciativas mais felizes e que deveriam fomentar projetos semelhantes. "A palavra poética, a que nos permite sonhar, é um direito de todos. O evento teve um dos melhores impactos no sentido de disseminar a poesia e, principalmente, a literatura. Vamos fomentar para que todos tenham acesso a essa palavra poética aqui no âmbito universitário", diz.

O Dia Mundial da Poesia foi criado na 30ª conferência da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em 21 de março de 1999. Desde então a instituição divulga e exalta a poesia.

Por Kátia Almeida e Enzo Brito (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Comemora-se nesta quarta-feira (15 de março) o Dia Mundial do Consumidor. O Procon do Pará (Proteção e Defesa do Consumidor), em parceria com diversos órgãos do poder público, ofereceu serviços gratuitos em comemoração à data. O evento ocorreu na UsiPaz Guamá, das 8 às 17 horas. A programação teve como tema "Consumo Consciente – Alternativas para um planeta sustentável".

O Procon ofereceu atendimentos e atividades de orientação e educação sobre os Direitos do Consumidor. Paula Sabrina Nogueira de Moura, Nutricionista Clínica e Esportiva Funcional, já foi lesada por uma compra on-line. “Os livros didáticos adotados pela escola dos meus filhos esse ano só poderiam ser comprados em uma plataforma on-line. Eu fiz a compra no dia 31 de janeiro. A compra foi confirmada por um e-mail específico da plataforma. O pedido e o pagamento foram confirmados também. A data prevista para entrega dos livros era dia 18 de fevereiro. A entrega não ocorreu porque a plataforma me encaminhou um e-mail totalmente diferente do e-mail que eles tinham confirmado o pedido. A plataforma não me avisou com antecedência sobre a mudança do e-mail”, diz Paula.

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Segundo o advogado Maurício Santos Lima, da Advocacia e Consultoria Jurídica, quando o consumidor é prejudicado no caso de uma compra on-line, a legislação entende que a oferta do produto não foi cumprida e dá ao consumidor o direito de forçar uma entrega obrigatória, solicitar a troca do produto por outro da mesma qualidade, ou a desistência da compra, recuperando o valor pago. "Já quando o produto chega com defeito ou errado, a legislação consumerista garante o direito de arrependimento. O direito de arrependimento está no Código do Consumidor. Este direito alega que não precisamos justificar a devolução do bem. Nós precisamos apenas solicitar a devolução do produto à empresa", diz Maurício. 

Para o consumidor evitar problemas em uma compra on-line, ele pode recorrer a sites como Reclame Aqui, que verifica a reputação da empresa na fase de venda e de pré-venda. Segundo Maurício, no site, o consumidor pode ver como a empresa está trabalhando nas suas entregas. 

Atualmente, o Poder Judiciário detém uma grande demanda de ações que intervêm pelo consumidor. "É aconselhável que o consumidor recorra sempre primeiramente à loja para resolver algum problema. Caso não seja possível solucionar o problema, ele pode recorrer à Delegacia do Consumidor, ao Procon ou a um advogado que possa oferecer uma assessoria jurídica especializada em atendimento ao consumidor e que recorra à Justiça na busca pelos seus direitos", finaliza o advogado.

Por Victor Sampaio (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, chama atenção para diversos desafios que o público feminino enfrenta diariamente. Um deles é o machismo no âmbito futebolístico. De acordo com levantamento realizado pela Kantar Ibope em 2022, focado em mídias digitais, mulheres representam 44% da base de fãs de futebol no país. Apesar dos dados mostrarem que o público feminino representa uma grande parte nos estádios de futebol, o machismo ainda está muito presente nesses locais.

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Segundo a advogada Vanessa Egla Rocha do Nascimento, integrante do Movimento Feminino de Arquibancada, o ambiente dos estádios paraenses ainda é voltado a masculinidades, não atendendo às necessidades específicas das mulheres. “Na hora de reformar, de construir, de aplicar melhorias nas arenas esportivas, as mulheres não são ouvidas. Nada melhor do que as mulheres falarem por nós mesmas para que as melhorias sejam implementadas", disse Vanessa, mestra em Segurança Pública pelo Programa de Pós-Graduação em Segurança Pública da Universidade Federal do Pará (UFPA) e hoje atuando como agente distrital de Mosqueiro.

Diante das frequentes ocorrências que exemplificam a conclusão da pesquisa de Vanessa, medidas têm sido tomadas pelo poder público. É o caso da Lei 9.622, sancionada no Pará em junho de 2022, que prevê a criação de campanha permanente contra a importunação sexual nos estádios paraenses a partir de orientações. Vanessa também destaca a existência de uma viatura exclusiva para o atendimento às mulheres nos dias de jogos.

A estudante Vanessa Gonçalves, de 21 anos, conta que já sofreu assédio sexual por um torcedor dentro do Estádio Mangueirão quando tinha apenas 16 anos. No momento em que foi acionar a policia, a estudante ouviu do policial a seguinte frase: "Você, sendo bonita desse jeito, é supernormal de acontecer, você nem deveria estar fazendo isso", descreveu.

Vanessa Gonçalves é torcedora apaixonada do Clube do Remo e frequenta os estádios de futebol desde a adolescência. Segundo ela, os estádios de futebol só são seguros para as mulheres se elas estiverem acompanhadas de um homem. “Afinal, homem só respeita homem”, afirmou.

O que falta para avançar

Apesar de reconhecer os avanços nas políticas públicas nessa área, Vanessa Egla afirmou que ainda é preciso avançar mais no combate, não só à violência sexual, como também às outras manifestações de machismo nos estádios. “Em várias rodas de conversa que nós tivemos com as mulheres, constatamos que há a necessidade de uma tropa feminina da Polícia Militar do Estado pra lidar com as mulheres torcedoras e para lidar com casos de importunação sexual. O segundo ponto que as mulheres solicitam é câmera nos estádios de futebol. Além disso, a instalação de fraldários, que sejam tanto no banheiro feminino quanto no banheiro masculino”, disse, enfocando medidas que são necessárias para garantir a segurança, a permanência e o conforto de mulheres nesses ambientes.

No entanto, essas mudanças não se encontram somente nas mãos do poder público. Segundo Vanessa Egla, uma transformação no modo como o público feminino é tratado nos ambientes futebolísticos passa por modificações na visão da mulher no esporte, que ainda é uma área muito associada ao masculino. “As mulheres geralmente são vistas como musas, musa do futebol. A gente vê aí ainda uma sexualização, uma objetificação das mulheres no ambiente masculino que ainda é hoje o estádio de futebol”, disse.

Beatriz Cobel, estudante de Jornalismo e assessora de imprensa do Tapajós Futebol Clube, relata que já sofreu ofensas em estádios de futebol por ocupar um lugar que, segundo os xingamentos, não deveria ser representado por uma mulher. "Fiquei pensativa se realmente ali me pertencia de fato", disse.

Apesar das inúmeras situações em que mulheres são ignoradas e agredidas dentro do âmbito esportivo, como torcedoras, jornalistas, árbitras ou diretoras de clubes de futebol, elas resistem na luta e no combate contra o machismo e a misoginia fortemente presentes no futebol brasileiro. Em sua rede social, Beatriz escreveu: “Ali é meu lugar; onde eu quiser estar será o meu lugar”.

Caminhos para a conscientização

Os pontos de vista misóginos entranhados na sociedade podem ser modificados, de acordo com Vanessa Egla, a partir de educação, conversas e conscientização. “A gente avança nisso conscientizando, discutindo, conversando, levando conhecimento e levando todas as formas que nós temos de nos manifestar”, afirmou.

Por outro lado, a ocupação de espaços dentro do mundo do futebol por parte de mulheres também é uma forma de enfrentar o preconceito e de mudar paradigmas, conforme o que foi destacado pela advogada. “A ocupação dos espaços é imprescindível e ela já está sendo feita. A cada dia nós avançamos mais. Nós temos agora uma narradora mulher de futebol, que no ano passado fez um sucesso grandioso, temos árbitras, comentaristas esportivas, jogadoras, repórteres”, disse.

Vanessa Egla destacou que, unindo medidas que garantem respeito e segurança ás mulheres nos ambientes futebolísticos com a insistência feminina em conquistar lugares na área do futebol, será possível avançar muito mais. “O pontapé inicial já foi dado e a gente vai continuar sim ocupando os espaços como torcedoras de arquibancada, enquanto profissionais do esporte, enquanto jogadoras de futebol. O mercado tende a crescer cada vez mais, mas ele não vai crescer sem luta, sem uma ocupação consciente dos espaços, uma ocupação consciente dos nossos papéis”, afirmou.

Por Jéssica Quaresma e Maria Clara Passos (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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As palavras dedicação e superação deveriam ter, no verbete do dicionário, uma foto de Nazaré Silva dos Santos. Ajudante de pedreiro, aos 50 anos ela resolveu meter a cara e fazer a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para disputar uma vaga no curso de Engenharia Civil no vestibular da Universidade Federal do Estado do Pará (UFPA). Em 2023, o esforço, a garra e a dedicação de mulher foram premiados com o nome do listão de aprovados.

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“Quando saiu o listão eu ainda estava no trabalho, me ligaram do cursinho para ir na biblioteca e lá eu soube da aprovação. Foi um sentimento de muita alegria, alívio, sensação de estar conquistando algo que batalhei tanto para conseguir”, disse a caloura, emocionada.

“Comecei na área porque meu marido trabalha como pedreiro. Construímos juntos a nossa casa e fui aprendendo muitas coisas na prática. Terminei meu ensino médio com 38 anos e fazer faculdade sempre foi um dos meus sonhos, mas fui adiando por conta de outras prioridades. Depois que meus filhos passaram a cursar o ensino superior, a vontade ressurgiu. E como sempre estive ligada à área de construção e terminei recentemente um curso técnico em edificações no IFPA, escolhi seguir com a engenharia civil”, contou.

A rotina de preparação para o vestibular não foi fácil. A ajudante de pedreiro trabalhava pela manhã, fazia o curso técnico à tarde e ainda assistia às aulas no cursinho municipal de Marituba para o Enem à noite. “Chegava às vezes atrasada nos horários e muito cansada. Meus filhos sempre me apoiaram com questões e materiais para estudo”, desabafou.

Agora que conquistou a vaga que tanto queria, Nazaré já faz planos ainda mais ambiciosos. “Gostaria de aproveitar da universidade o máximo, conseguir estagiar para colocar em prática também os ensinamentos obtidos no ensino técnico e no curso, além de poder trabalhar em uma empresa renomada, ou prestar concurso na área e adquirir uma estabilidade financeira”, assinalou.

A inspiradora história de Nazaré é uma entre muitas. Quando se trata de superação de limites e dedicação, Perla dos Santos Assunção, de 37 anos, ganha destaque.

Atleta que sofreu um atropelamento aos 6 anos, teve fratura na coluna com comprometimento medular e tornou-se cadeirante. convite de outros atletas, iniciou sua carreira no basquete de cadeira de rodas no ano de 2010. Até então, praticamente não tinha contato algum com outras pessoas com deficiência.

“No início foi tudo bem difícil, pra qualquer lugar que eu precisasse ir tinha que ter alguém para me levar, eu não saía para canto nenhum sozinha. Quando eu cheguei lá no basquete todo mundo fazia isso só, ia treinar, pegava ônibus, faziam tudo sozinhos e isso de início me assustou, porque eu não sabia fazer aquilo sozinha. Mas o pessoal do meu clube, o All Star Rodas Pará, foi bem acolhedor, me ajudou nessa transição e hoje sou uma pessoa totalmente independente, vou pra onde quero, da forma que quero, ando de ônibus, ando sozinha, viajo sozinha, através do basquete consegui minha independência”, disse.

Perla conta já competiu nacionalmente com a equipe paraense campeã. Atualmente, ela faz parte da seleção permanente brasileira de basquete cadeirante, que está brigando por uma vaga para ir às Paralimpíadas. A atleta relata com orgulho que já participou de outras Paralimpíadas, Jogos Parapan-Americanos, Copa América, Mundiais, além de outras competições nacionais.

“O esporte exige muito, exige uma disciplina muito grande, somos atletas de alto rendimento, então é algo que a gente leva como profissão. Tem que ter muita determinação, ter muita persistência e principalmente ter muita disciplina. Porque a gente treina diariamente, são treinos intensos e essa rotina não é fácil. Treinar, cuidar de casa, do filho”, frisa a atleta.

Essa é a versão profissional de Perla, mas existe ainda a versão voluntária. A atleta é administradora de um abrigo para animais em Belém e conta com apenas uma ajudante na limpeza no Lar dos Anjos. O espaço abriga 86 gatos e 6 cães, sob sua responsabilidade. “A luta é diária e o apoio é pouco, apenas de pessoas que se sensibilizam e acompanham a nossa luta. Mas amo meus animais e faço tudo por eles. Tenho o sonho de conseguir meu próprio espaço e proporcionar a eles uma vida de mais segurança”, afirmou, ressaltando que o abrigo fica em um imóvel alugado.

Sobre os desafios que ela enfrenta no dia a dia, como mulher, atleta e cadeirante, Perla deixa uma mensagem: “Os desafios sempre vão existir, na vida do atleta olímpico, do paraolímpico, da pessoa com deficiência ou sem deficiência. Sempre vão existir desafios, adversidades. Cabe a nós olharmos de uma forma diferente e enfrentar. Enfrentar um dia de cada vez, superar cada problema e, principalmente, não desistir. Traçar um objetivo, traçar um sonho e a cada dia dar um passo à frente para que a gente possa alcançar as nossas metas’’.

Por Monique Leão (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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Com o tema “Nenhuma liberdade é maior do que a de uma mulher que descobre a força que tem”, o grupo de artesãs do Projeto Andorinhas celebrou o Dia das Mulheres, nesta quarta-feira (8), com uma roda de conversa com empreendedoras da economia solidária, no espaço do campus Alcindo Cacela da UNAMA - Universidade da Amazônia. O evento também teve uma programação especial com apresentações musicais e lanches.

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O Projeto Andorinhas de economia solidária, desenvolvido pelo Programa de Mestrado Profissional e Interdisciplinar em Gestão de Conhecimentos para o Desenvolvimento Socioambiental da UNAMA, incentiva o empreendedorismo feminino e abre portas para empreendedoras paraenses. 

Segundo dados da maior pesquisa de empreendedorismo do mundo, GEM, as mulheres correspondem a 46% dos empreendedores iniciais (com até 3,5 anos de empresa), em 2020. De acordo com números do Instituto RME, em 2019, 57% das empresas se enquadram no MEI (Microempreendedor Individual) e 54% são prestadoras de serviços. A maioria das empreendedoras trabalha em casa e em negócios voltados à alimentação, moda e beleza.

No Pará, 42,36% das empresas têm mulheres ocupando cargos societários e de chefia, segundo dados da Junta Comercial do Estado do Pará (JUCEPA), em 2021.

Zira Silva é pintora e artesã e uma das colaboradoras do projeto. Ela acredita que as mulheres são empreendedoras por natureza e, mesmo sem perceber, já estão empreendendo. “O legal dessa iniciativa não é o nosso material, isso tudo passa, mas sim o que isso representa para cada uma de nós. É uma realização pessoal e profissional. E entre as mulheres do projeto, criamos uma rede de apoio para irmos ainda mais longe”, disse.

A coordenadora do Espaço Andorinhas, Rosana Melém, explica que o grupo propõe trabalhar no regime cooperativista, criando uma espécie de rede de apoio para as empreendedoras. “Aqui nós não trabalhamos sozinhas. Nós somos mulheres empoderadas, empreendedoras, guerreiras e vencedoras e queremos trazer e incentivar cada vez mais mulheres para viverem e buscarem seus sonhos", destaca.

Por Gabriela Gutierrez e Beatriz Rodrigues (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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Segundo a Pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil, divulgada pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), atualmente, a profissão de enfermeiro conta com mais de 84% de profissionais mulheres entre seus diversos segmentos de atuação, nas funções de auxiliar, técnico e nível superior. O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde também mostra que as mulheres são a principal força de trabalho na saúde, representando 65% dos mais de seis milhões de profissionais nos setores públicos e privados. 

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Apesar da luta diária em busca do reconhecimento e valorização, contribuir de forma única para a melhora de um paciente e acompanhar todas as fases da vida é um dos motivos que tornam a Enfermagem extremamente gratificante, segundo a técnica de Isabelle Fagundes, de 23 anos.

Atuando há dois anos, a técnica de enfermagem Isabelle diz que a profissão está cheia de mulheres guerreiras que lutam e, ao mesmo tempo, dão o seu melhor para cada paciente. “Cuidamos do amor de alguém com propósito e gratidão”, disse.

“Todos os pacientes que passaram por mim me marcaram de alguma forma. Alguns com finais tristes e outros com finais felizes. Trabalhei em uma UTI pediátrica e agora trabalho no setor neonatal. Com essas experiências aprendi a ver a força que esses pequenos guerreiros têm”, disse Isabelle. 

A Enfermagem se amplia em diversos campos de ações, abrindo diferentes oportunidades de trabalho para os profissionais. Na Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), a enfermeira Giorlanda Souza, de 30 anos, atua na notificação de casos epidemiológicos de doenças, desmistificando o estereótipo de que a enfermeira é ajudante e só cuida de pacientes em hospitais e Unidades de Saúde.

Atuando há três anos na profissão, Giorlanda coleciona momentos que a marcaram para sempre, e entre as memórias está a sua participação na vacinação de covid-19, quando teve a oportunidade de vacinar sua mãe. “Foi maravilhoso, eu me lembrei de tudo, das dificuldades e do ano difícil que foi 2020. Estar naquele momento me trouxe esperanças para o futuro”, contou. 

Giordana e Isabelle enfatizam a necessidade de valorização da profissão. A luta pelo piso salarial do enfermeiro e reconhecimento dura 30 anos, e só agora está em trâmite para aprovação. Elas acreditam que a Enfermagem precisa ser mais valorizada, até mesmo para considerar a grande quantidade de enfermeiros e técnicos que trabalham em grandes cargas horárias, mas possuem uma baixa base de salário.

“A Lei do Piso Salarial foi aprovada no ano passado, mas ainda existem muitos trâmites para conseguir o valor do nosso piso. Nós brigamos por isso há 30 anos, nós temos uma sobrecarga de trabalho muito grande para que a nossa remuneração seja pouca. Com relação às mulheres, vemos várias em cargos como a de Enfermeira Chefe ou coordenadora de equipes em grandes hospitais. Porém, nós mulheres temos família ou estamos grávidas, também somos donas de casa e brigamos para mudar esse cenário para valorizar nossa profissão”, assinalou Giorlanda Souza.

Apesar de ocupar grande parte dos profissionais e estar na linha de frente na área da saúde, comandando diversos segmentos e espaços, alguns desafios são constantemente enfrentados por mulheres. ”Lidar com o público é difícil, você quer ajudar mas algumas pessoas não entendem ou não aceitam a informação que damos. Com os acompanhantes dos pacientes é ainda mais difícil, porque, às vezes, duvidam do que falamos. Mas, precisamos ter consciência disso e tentar procurar saber resolver todos os problemas”, contou Giorlanda. 

A enfermeira ressaltou a importância das mulheres na profissão e citou sobre a Florence Nightingale, fundadora da enfermagem moderna. “Ela foi para a guerra da Crimeia (conflito armado que envolveu os impérios russo, otomano, o Reino Unido e a França, de 1854 a 1856), trabalhar como voluntária para cuidar dos doentes. Nesse ambiente, ela já imaginou que poderiam melhorar a questão da saúde e começou a se mobilizar para tentar mudar a cara da saúde. Nossa profissão tem uma história que foi iniciada por uma mulher e você vê que, até hoje, a força feminina é predominante no ramo da Enfermagem”, disse.

Por Vitória Reimão e Beatriz Moura (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Nesta quarta-feira (8), em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, o Centro de Mulheres do Cabo (CMC) promove sua 36ª Caminhada do 8 de Março, com o tema "Mulheres e Meninas pelo Fortalecimento da Democracia e Garantia dos Direitos". A manifestação terá concentração às 15h, na Rua Padre Antônio Alves, nº 20, no Centro, por trás do antigo Teatro Barreto Júnior.

De acordo com a coordenadora geral do CMC, Izabel Santos, o ato tem como objetivo lembrar as lutas das mulheres por justiça, igualdade de gênero e direitos. “Para nós do Centro das Mulheres do Cabo, celebrar o 8 de março é mobilizar as mulheres para irem às ruas alertar sobre os graves problemas de gênero que ainda enfrentamos, principalmente a situação de violência pelas quais as mulheres são submetidas. Por isso, nossa caminhada alusiva ao Dia da mulher convoca a sociedade para apoiar a nossa luta, por mais políticas públicas, por segurança, dignidade e garantia de direitos”, afirma a feminista.

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O evento pretende reunir um público de adolescentes, jovens, mulheres lideranças e representantes de organizações sociais, além das diversas comunidades do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O CMC é uma organização feminista fundada em 1984, tendo sido constituída como entidade privada sem fins econômicos, organizada como associação de mulheres, filiada a Associação Brasileira das ONGs (ABONG). 

Instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas), 3 de março é o Dia Mundial da Vida Selvagem. A data celebra a multiplicidade das espécies do planeta Terra, mas também chama a atenção para os perigos que ameaçam a fauna e a flora.

Queimadas, desmatamento, poluição, extinção e o tráfico animal são grandes desafios que a vida selvagem vem enfrentando desde os primórdios da humanidade. O bem-estar de todos os indivíduos e os recursos naturais estão sendo gravemente ameaçados. 

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O professor e mestre em Zoologia Natanael Charles Silva, do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), destaca a importância do Dia da Vida Selvagem. "O ser humano é a principal espécie que influencia na vida das outras. Então, é importante chamar atenção para a questão da preservação e da conservação para o desenvolvimento de ações que protejam, entendam e, principalmente, respeitem a vida selvagem", assinala.

Natanael Charles ressalta que o centro das discussões é sempre o respeito com a vida selvagem. Por isso que essas datas alusivas ao meio ambiente são de total relevância, desde a educação infantil, passando pelo ensino fundamental e médio, até chegar nas instituições de ensino superior. "Assim dá para fazer com que o ser humano, desde cedo, participe deste tipo de atividade e tenha consciência e respeito com as demais formas de vida", afirma. 

Estudo recente publicado na revista científica Plos Biology mostra que o planeta possui mais de 8 milhões e 700 mil espécies de seres vivos; porém, o total ainda é desconhecido, e tende a ser muito maior. Segundo o professor Natanael, é importante “fazer o ser humano entender que ele não é um ser superior no planeta e não é uma espécie independente das outras".

O professor ressalta que o homem está no meio de uma teia de relações interdependentes. "Nossa espécie depende muito mais das outras do que as outras dependem da nossa. Nós interferimos muito mais no meio delas do que elas interferem no nosso. Então é respeitar para depois criar estratégias sobre o que podemos fazer para a manutenção dessa vida selvagem, porque o sucesso e a continuidade da nossa espécie dependem intimamente da sobrevivência e do estado dessa vida selvagem’’, observa.

Natanael Charles assevera que a data comemorativa pode ser usada como um lembrete de que essa vida selvagem existe e nós dependemos dela. "Ressaltar a conscientização, e refletir sobre os impactos das nossas ações na natureza, é de total importância para que não sejam discutidas estratégias para amenizar os impactos na vida selvagem somente hoje, mas sim todos dias", finaliza.

Por Melbya Rolim (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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