Assassinatos de LGBTQIA+ crescem 44%, indica relatório
Capital paulista foi a que registrou mais homicídios no país, com 13 mortes, segundo dados do Dossiê Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil
O Dossiê Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil apontou a capital de São Paulo como o lugar que mais mata lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexo no Brasil. O estudo foi divulgado nesta quarta-feira (11).
No ano de 2021, foram registradas 42 mortes no estado de São Paulo, um aumento de 44% em relação ao ano anterior, com o total de 29. A capital paulista também é a metrópole que mais mata a população em minorias no país. Em 2021 foram registradas 13 mortes. Salvador está em seguida, com 11 mortes, Rio de Janeiro e Manaus aparecem após na lista, com oito mortes.O número de mortes cresceu através de todo o país. No ano de 2021 foram registrados 316 assassinatos em comparação a 237 no ano anterior.
Alexandre Borgas, coordenador do Dossiê Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil, acredita que a principal forma para a resolução deste problema social é a educação. Segundo ele: "Quando a gente puder discutir com tranquilidade todas as questões de diversidade sexual de gênero, direitos sexuais e reprodutivos, com liberdade de ouvir, escutar as pessoas do jeito que elas são, eu tenho certeza que essa é a principal fonte para a gente se educar, respeitar e educar os outros".
A SSP disse que não comentará o dossiê pois não reconhece as metodologias utilizadas na pesquisa.
Por Matheus de Maio