Fronteira do Egito fecha e brasileiros não fazem travessia
Grupo com 34 pessoas, entre nacionais e estrangeiros, aguarda liberação em posto de controle próximo a Rafah
A fronteira de Rafah, na Faixa de Gaza, fechou novamente, na manhã desta sexta-feira (10), e o grupo de brasileiros autorizados a deixar a Palestina em segurança não conseguiu realizar a travessia. São 34 pessoas, que já haviam se deslocado em direção ao Egito na quinta-feira (9). De acordo com o ministro-chefe Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Especial da Presidência do Brasil, é comum que a passagem fique aberta por apenas algumas horas por dia e que as autoridades egípcias e israelenses deem prioridade aos feridos.
A saída ainda deve acontecer e não há possibilidade de os brasileiros serem "desautorizados", mas não é mais esperada uma travessia nesta sexta-feira. “Estamos em contato com as partes e esperamos que os nomes sejam autorizados a cruzar. Todos os nomes foram autorizados e entregues”, informou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Segundo o Itamaraty, o grupo "já se encontra no posto fronteiriço de Rafah, desde as 7h, hora local (2h no horário de Brasília), à espera de chamada para os trâmites necessários para a entrada no Egito, e posterior repatriação para o Brasil".
A expectativa é de que o grupo do Brasil, que inclui nativos e parentes estrangeiros, consiga atravessar para o Egito no sábado (11), após mais de 30 dias de espera. Entre os 34, 22 têm dupla nacionalidade brasileira-palestina, nove são palestinos e dois de outros países. Há 15 menores de idade - três bebês e seis crianças -, e uma idosa na lista. Assim que chegarem no território egípcio, eles farão um trajeto 55 km por via terrestre até chegar ao aeroporto de Al-Arish.
"O ministro das relações exteriores de Israel, na última sexta-feira, por telefone, me garantiu que os brasileiros estariam na lista de estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza na quarta-feira última, o que não se confirmou; estavam na lista, mas não houve, durante três dias seguidos, abertura para a saída de indivíduos de diversas nacionalidades. Ontem, ele me informou que, novamente, os nomes estavam sob poder das autoridades na fronteira e que sairiam hoje de manhã, mas que novamente não saíram, apesar de terem sido mobilizados até a região do posto de controle, porque o posto não foi aberto”, completou Mauro Vieira.