Empresário está foragido após tentar matar ex
O suspeito é o empresário Bruno de Andrade Lima de Albuquerque, 31 anos, que está foragido. Bruno é primo do prefeito de Recife, João Campos (PSB), pelo lado materno
"Poderia ter custado a minha vida e a vida da minha família". O desabafo é da maquiadora Karollyne Kerlys, de 29 anos, esfaqueada brutalmente pelo ex-namorado na madrugada de quarta-feira, 15, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife.
O suspeito é o empresário Bruno de Andrade Lima de Albuquerque, 31 anos, que está foragido. Ele é investigado pela Polícia Civil de Pernambuco por tentativa de homicídio. Policiais estiveram em sua casa e apreenderam quatro estojos deflagrados de munição e 64 munições CB calibre 12 ainda intactas.
O Estadão teve acesso a documentos do inquérito. As primeiras informações da investigação apontam que Bruno teria arrombado e invadido o apartamento da ex. Munido de uma faca ele golpeou Karollyne e os pais dela, que ficaram feridos.
"Eu renasci! Deus me deu uma nova chance. E eu quero dizer pra você que vive em algum relacionamento abusivo, saia enquanto é tempo", escreveu Karollyne no perfil no Instagram.
Bruno é primo do prefeito de Recife, João Campos (PSB), pelo lado materno. A reportagem fez contato com a Prefeitura para saber se haveria comentário sobre o caso, mas não teve retorno até a publicação da matéria.
O empresário reponde a pelo menos três outros processos por violência contra mulher. Ele é acusado de perseguição, ameaça, violência doméstica, sequestro, cárcere privado e lesão corporal contra mulheres diferentes. Na primeira ação penal, por perseguição e ameaça, foi absolvido na primeira instância. Os demais processos ainda não têm sentença.
COM A PALAVRA, BRUNO DE ANDRADE LIMA DE ALBUQUERQUE
A reportagem não conseguiu localizar a defesa do acusado. Uma advogada que o defende em outros processos, também sobre violência contra a mulher, informou que ainda não foi procurada por ele ou pela família para assumir o caso e que, por isso, acredita que não será a responsável pela defesa dele no processo.
A reportagem do Estadão também tentou contato com Bruno pelo número de celular que consta em seu nome em uma das ações penais a que responde.
O espaço permanece aberto a manifestações.