Menina de 4 anos desaparecida no Rio é encontrada morta

Polícia suspeita que Kemilly Hadassa tenha sido estuprada pelo primo de 22 anos

por Vitória Silva seg, 11/12/2023 - 11:24
Reprodução/Arquivo Pessoal Kemilly Hadassa, de 4 anos, encontrada morta após 48h desaparecida Reprodução/Arquivo Pessoal

O corpo de Kemilly Hadassa Silva, de quatro anos, foi encontrado próximo a um valão em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na noite desse domingo (10). A criança estava desaparecida desde a madrugada do sábado (9), após ter sido raptada de dentro de casa. De acordo com a Polícia Civil, o corpo da vítima foi encontrado com sinais de estupro e o principal suspeito é um primo de segundo grau da menina, que teria confessado os crimes. 

Kemilly foi vista com vida pela última vez na noite da sexta-feira (8). Ela estava dormindo junto aos irmãos, de 8 e 9 anos, na casa da tia, irmã de sua mãe, no distrito de Cabuçu. A mãe saiu durante a madrugada e deixou os filhos sob os cuidados da irmã. No local, estava também o principal suspeito do crime: Reynaldo Rocha Nascimento, de 22 anos, o primo de segundo grau da vítima e filho da tia que era responsável à ocasião. Reynaldo foi ouvido pela polícia e, em seguida, preso em flagrante. 

Mais de 36 horas após o desaparecimento, na noite do domingo (10), equipes da Polícia Civil encontraram o corpo de Hadassa dentro de um saco de ração animal, próximo a um valão. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Nova Iguaçu. Kemilly era a única filha mulher de Suelen Silva, de 29 anos. 

À polícia, Suelen contou que deixou a filha e outros dois filhos dormindo juntos na cama, por volta das 0h30 do sábado (9). Ela e a irmã moram em casas diferentes, mas no mesmo terreno, e têm o hábito de ajudar uma à outra nas tarefas domésticas. Ao retornar para casa, por volta das 5h, a mãe notou que Hadassa havia sumido. No lote, também moram outros parentes de Suelen, mas ninguém notou qualquer movimentação. 

A investigação está em andamento no Setor de Descoberta de Paradeiros da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), e o suspeito foi encaminhado à 56ª DP (Comendador Soares). Em nota, a Civil afirma que "o criminoso confessou os fatos e explicou que havia retirado a menina de casa, pois sabia que ela estaria sozinha". Segundo a polícia, o preso narrou que, após o estupro, a vítima começou a chorar. O rapaz, então, teria matado a menina. 

Cartaz informa sobre o desaparecimento de Kemilly Hadassa. Antes do desenrolar das investigações, as autoridades consideraram que a criança foi raptada na noite do dia 8, mas na realidade Kemilly foi retirada de casa na madrugada do dia 9. Foto: Divulgação/Secretaria de Defesa Social do Rio de Janeiro

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