Líderes do PDT divergem sobre eventual apoio a Serra
A possibilidade de o tucano José Serra ser candidato à prefeitura de São Paulo no próximo ano é interpretada de maneiras distintas por alguns dos principais nomes do PDT. Para o atual ministro do Trabalho e presidente licenciado do partido, Carlos Lupi, um eventual apoio ao político do PSDB está descartado. Por outro lado, o presidente estadual do PDT, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, não faz veto ao nome de Serra.
Paulinho foi indicado neste sábado como pré-candidato do PDT à prefeitura de São Paulo e, na sua visão, possíveis parcerias devem ser analisadas somente em um eventual segundo turno. O líder do PDT, entretanto, já iniciou conversações com o atual prefeito paulistano Gilberto Kassab, cujo apoio a uma candidatura de Serra é declarado oficialmente. "Tenho conversado com o Kassab e há uma série de partidos que estão na base do prefeito que analisam a possibilidade de ter uma candidatura", revelou Paulinho.
A princípio, o plano do PDT é manter o nome de Paulinho como cabeça de chapa, mas até o próximo mês de junho as conversações entre os partidos devem traçar um cenário mais claro de coligações. Em meados do ano que vem serão realizadas as convenções definitivas para a indicação dos candidatos ao principal cargo da cidade de São Paulo. "A disposição do PDT é manter o candidato. E, se tivermos que apoiar alguém, caso não estejamos no segundo turno, a decisão de apoiar um ou outro será somente em outubro do próximo ano", disse Paulinho.
Lupi, entretanto, não cogita a possibilidade de apoio a José Serra. Perguntado sobre o tema, o ministro do Trabalho foi enfático: "Não há hipótese", disse. Pouco antes, Kassab, que também discursou na Convenção Estadual do PDT, afirmou que o político do PSDB seria seu primeiro nome para a corrida municipal.