Humberto defende redistribuição dos Royalties do petróleo

O senador acredita que o engajamento de políticos garantirá a aprovação do projeto por Dilma

ter, 27/11/2012 - 20:04
Victor Freire/LeiaJáImagens

Em pronunciamento nesta terça-feira (27), o senador Humberto Costa (PT-PE) defendeu um maior engajamento do governador Eduardo Campos (PSB) e de prefeitos-eleitos de Pernambuco em favor da nova divisão dos royalties do pré-sal. “Sinto falta, neste debate, dos representantes de Pernambuco. Muitos prefeitos já estiveram mobilizados aqui em Brasília, na primeira quinzena deste mês, mas ainda é preciso que os governadores se unam aos prefeitos para, juntos, marcarem posição em defesa da partilha de recursos que beneficie, com justiça, todos os brasileiros", declarou.



O senador acredita que o engajamento de todos garantirá que a presidenta Dilma Rousseff (PT) sancione o projeto aprovado no Congresso. “A sanção representará uma mudança significativa no crescimento e no desenvolvimento do Brasil, um incentivo na busca por um País mais igual, com unidades federativas efetivamente integradas”, afirmou. O petista lembrou que Pernambuco não tem qualquer ganho com a exploração do Petróleo e que a aprovação da nova divisão assegurará mais investimentos e desenvolvimento para a população. 



“No caso específico de Pernambuco, a sanção da proposta aprovada pelo Congresso Nacional tem evidente significância. O governador e os 189 prefeitos, que hoje nada recebem de royalties, zero, passarão a ter direito a 6,9% da parcela destinada aos estados e municípios”, contou o senador. O parlamentar argumentou ser um equívoco imaginar que os estados produtores de petróleo, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, perderiam recursos com as novas regras. 



“A nova forma de partilha garantirá R$ 105 bilhões de reais para os dois estados brasileiros principais produtores, e para 30 municípios. Além de distribuir R$ 140 bilhões para o restante do país, até o final desta década”, disse Humberto baseando-se em dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).



“Sem a sanção da presidenta Dilma, ainda conforme cálculos da CNM, esses dois estados e 30 municípios concentrarão, até o final da década, R$ 201 bilhões dos recursos de petróleo e todos os demais estados e municípios terão apenas R$ 17 bilhões”, reforçou.



A presidenta Dilma Rousseff tem até a próxima sexta-feira (30) para definir a questão. Nesta terça-feira (27), ela defendeu a utilização “responsável” dessa riqueza. "O petróleo do pré-sal é uma imensa riqueza que se destaca não só pelo tamanho, como também pela qualidade", disse a presidenta.



Ela acrescentou que a exploração do pré-sal vai significar mais encomendas de bens e serviços no Brasil, criando oportunidades de negócio, e concluiu: "usando de forma responsável os recursos dos royalties, teremos um passaporte para transformar o Brasil em um país muito mais desenvolvido e com mais oportunidades para toda a população."

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