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A Mesa diretora da Câmara dos Deputados confirmou, nesta sexta-feira (13), que houve fraude na sessão que derrubou os vetos da presidenta Dilma Rousseff à Lei dos Royalties do petróleo (12.734/12). Um inquérito recém-concluído pela Polícia Legislativa atestou que a assinatura do deputado Zoinho (PR-RJ) é falsa. 

O nome do parlamentar estava na relação dos votantes, mas Zoinho estava em viagem no momento da votação. A ausência foi confirmada com o cartão de embarque apresentado pelo deputado. Não há indícios de quem teria falsificado a assinatura do parlamentar. O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público Federal (MPF), que decidirá sobre o encaminhamento do caso.

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O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), líder da bancada do partido na Câmara, afirmou que já desconfiava da votação ocorrida em março, no Congresso, que terminou com a derrubada dos vetos da presidente Dilma Rousseff ao projeto de redistribuição dos royalties do petróleo.

"Sempre tive a convicção de que aquela votação havia sido fraudada. Até deputados de estados não produtores estavam reclamando da desorganização do plenário no dia da votação”, destacou, em nota, o deputado.

A suspeita de fraude na assinatura de Zoinho já havia levado Garotinho, com o apoio das bancadas do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, a apresentar um requerimento à Mesa Diretora, em março, pedindo a anulação da votação.

*Com informações da Agência Câmara

A lei 12.858, que trata sobre a destinação dos royalties do petróleo para as áreas de educação e saúde, foi publicada nesta terça-feira (10) no Diário Oficial da União (DOU). O texto foi sancionado nessa segunda (9) em cerimônia no Palácio do Planalto.

Pela norma, 75% dos valores serão repassados para a educação e 25%, para a saúde. De acordo com o governo federal, a previsão é de que neste ano o repasse chegue a R$ 770 milhões. Em 2014, deve ser de R$ 1,81 bilhão. Em dez anos, o total de investimento deve chegar a 112,25 bilhões.

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Além dos royalties do petróleo, o texto estabelece que 50% do Fundo Social do pré-sal sejam destinados para a educação, até que sejam atingidas as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), e para a saúde. Pelo projeto do PNE aprovado na Câmara e em tramitação no Senado, o percentual de investimento na área educacional deve ser de 10% do Produto Interno Bruto (PIB).

Os prefeitos, da Associação Municipalista do Rio de Janeiro (AEMERJ), dispararam críticas com relação ao posicionamento do governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB), pela defesa da partilha equalitária dos royalties do pré-sal. 

No texto Campos é intitulado como "traidor dos legítimos direitos e interesses cariocas e fluminenses". Eles enfatizam ainda que "é bom que ninguém esqueça, Eduardo Campos foi o maior líder entre os Governadores de estados não produtores de petróleo no movimento para retirar os royalties do petróleo e gás do nosso estado e dos nossos municípios", fazendo menção ao possível processo eleitoral nacional, que apresentará o socialista em algum cenário para a chefia do Executivo Nacional.

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Confira a nota na íntegra:

A AEMERJ repudia de maneira veemente as declarações do Governador Eduardo Campos

A despeito da gestão que ele realiza com sucesso em Pernambuco, é necessário enfatizar que ele será sempre visto como inimigo pela população do Estado do Rio de Janeiro.

É bom que ninguém esqueça, Eduardo Campos foi o maior líder entre os Governadores de estados não produtores de petróleo no movimento para retirar os royalties do petróleo e gás do nosso estado e dos nossos municípios.

É um traidor dos legítimos direitos e interesses de cariocas e fluminenses. Além de trair esses direitos e interesses, Eduardo Campos demonstra claramente, preconceito e ressentimento com as boas práticas políticas desenvolvidas através de parcerias saudáveis promovidas pelo Governo Federal, Governo Estadual, Cidade do Rio de Janeiro e os Municípios Fluminenses.

A iniciativa do Governador Sérgio Cabral de buscar parcerias com  o governo federal e as prefeituras, tiraram o Rio de Janeiro do isolamento e hoje apresenta indicadores de crescimento acima da média nacional.

Por fim é preciso deixar claro que a posição do Governador Eduardo Campos não encontra eco entre a maioria dos Prefeitos e Vereadores  do Estado do Rio de Janeiro, a posição dele como inimigo dos interesses do Rio de Janeiro é claríssima, ao liderar o  movimento para retirada dos royalties do Rio de Janeiro.

Vicente Guedes - Presidente

Max Lemos - Presidente eleito

 

A votação do projeto de lei que destina os royalties do petróleo para a saúde e educação depende da retirada de urgência de três propostas na Câmara dos Deputados. A matéria está prevista na pauta da próxima semana.

Para isso, o governo deve autorizar a retirada da urgência do novo Código de Mineração (PL 5807/13). O mesmo deve ocorrer com o PL 3471/12, que dá anistia para as Santas Casas de Misericórdia, e com o PL 5740/13, que cria a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

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Com isso, o caminho estará aberto para a votação dos royalties. Na Câmara, o texto base do projeto dos royalties já foi aprovado (mantendo as determinações da Casa, em detrimento do que foi aprovado pelos senadores), mas faltam quatro destaques. A proposta dos deputados é de que 75% dos recursos obtidos pela União, estados e municípios sejam destinados à educação. Os outros 25% irão para a saúde.

Nesse caso, para a União valem quaisquer contratos (concessão, partilha ou cessão onerosa) já existentes e os referente a poços que entrem em operação comercial após 3 de dezembro de 2012. Para os estados e municípios, os recursos para os dois setores serão considerados a partir da mesma data.

A Câmara dos Deputados adiou para a próxima semana a votação do projeto de lei que destina os royalties do petróleo para a saúde e educação. Como a matéria tramita com urgência constitucional, a expectativa anterior é de que a votação fosse concluída nesta semana, mas os parlamentares estão dando prioridade ao orçamento impositivo, definição que refletirá na votação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Na Câmara, o texto base do projeto dos royalties já foi aprovado (mantendo as determinações da Casa, em detrimento do que foi aprovado pelos senadores), mas faltam quatro destaques. A proposta dos deputados é de que 75% dos recursos obtidos pela União, estados e municípios sejam destinados à educação. Os outros 25% irão para a saúde.

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Nesse caso, para a União valem quaisquer contratos (concessão, partilha ou cessão onerosa) já existentes e os referente a poços que entrem em operação comercial após 3 de dezembro de 2012. Para os estados e municípios, os recursos para os dois setores serão considerados a partir da mesma data.

Com a pauta trancada pelo projeto dos royalties do petróleo, a Câmara dos Deputados deve dar prioridade ao assunto nesta semana. O texto base já foi aprovado (mantendo as determinações já aprovadas na Casa, em detrimento do que foi aprovado pelos senadores), mas faltam quatro destaques.

A matéria tramita com urgência constitucional. A proposta da Câmara é de que 75% dos recursos obtidos pela União, estados e municípios sejam destinados à educação. Os outros 25% irão para a saúde.

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Nesse caso, para a União valem quaisquer contratos (concessão, partilha ou cessão onerosa) já existentes e os referente a poços que entrem em operação comercial após 3 de dezembro de 2012. Para os estados e municípios, os recursos para os dois setores serão considerados a partir da mesma data.

Prioridades
Outro projeto que tranca a pauta e também tem urgência constitucional é o que estabelece o Novo Código de Mineração. Na verdade, são dois projetos sobre o mesmo assunto que tramitam em conjunto. Ao que tudo indica, os líderes pedirão a retirada da urgência, para que a comissão mista possa debater mais o tema, que é complexo. O relator da proposta, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), prevê votação da matéria em outubro.

O projeto de lei 5900/13, que torna corrupção um crime hediondo, também é uma das prioridades. A proposta torna hediondos vários delitos contra a administração pública, como a corrupção ativa e passiva, concussão (receber dinheiro indevido ou obter vantagens), peculato (funcionário que usa a esfera pública em benefício próprio) e excesso de exação (um subtipo de concussão). Além disso, ela aumenta as penas e dificulta benefícios para condenados.

Os deputados ainda estarão envolvidos com a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2014, que ainda está na fase de votação do relatório preliminar na comissão mista.

Concluir a votação do projeto dos royalties do petróleo é uma das prioridades na Câmara neste segundo semestre legislativo. O texto base já foi aprovado (mantendo as determinações já aprovadas na Casa, em detrimento do que foi aprovado pelos senadores), mas faltam quatro destaques.

Como o projeto de lei 323/07, que tramita com urgência constitucional, está trancando a pauta, esse será o primeiro item em votação. A proposta da Câmara é de que 75% dos recursos obtidos pela União, estados e municípios sejam destinados à educação. Os outros 25% irão para a saúde.

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Nesse caso, para a União valem quaisquer contratos (concessão, partilha ou cessão onerosa) já existentes e os referente a poços que entrem em operação comercial após 3 de dezembro de 2012. Para os estados e municípios, os recursos para os dois setores serão considerados a partir da mesma data.

Prioridades
Outro projeto que tranca a pauta e também tem urgência constitucional é o que estabelece o Novo Código de Mineração. Na verdade, são dois projetos sobre o mesmo assunto que tramitam em conjunto. Ao que tudo indica, os líderes pedirão a retirada da urgência, para que a comissão mista possa debater mais o tema, que é complexo. O relator da proposta, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), prevê votação da matéria em outubro.

O projeto de lei 5900/13, que torna corrupção um crime hediondo, também é uma das prioridades. A proposta torna hediondos vários delitos contra a administração pública, como a corrupção ativa e passiva, concussão (receber dinheiro indevido ou obter vantagens), peculato (funcionário que usa a esfera pública em benefício próprio) e excesso de exação (um subtipo de concussão). Além disso, ela aumenta as penas e dificulta benefícios para condenados.

Os deputados ainda estarão envolvidos com a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2014, que ainda está na fase de votação do relatório preliminar na comissão mista. De fato, essa votação só irá prosseguir quando for definida a questão da apreciação dos vetos presidenciais. A primeira sessão do Congresso está marcada para o dia 20 de agosto.

A votação dos royalties do petróleo para educação e saúde foi adiada para depois do recesso parlamentar, mas entidades dizem que é preciso permanecer focadas. A briga é para que se mantenha a decisão da Câmara dos Deputados. Por outro lado, caso a proposta da Câmara seja aprovada, o governo teme a judicialização que pode dificultar o repasse de recursos para os dois setores. A defesa é pela aprovação do projeto tal como aprovado pelo Senado Federal. 

A principal diferença entre os textos está no uso dos recursos do Fundo Social. O texto do Senado determina a aplicação obrigatória de 50% dos rendimentos do fundo em saúde e educação, já o da Câmara que metade das verbas totais do fundo seja investida nos setores. Técnicos da Câmara dos Deputados calcularam que a proposta aprovada pelos senadores resultaria na redução de R$ 170,9 bilhões no repasse para as áreas, dos quase R$ 280 bilhões previstos pelo projeto aprovado na Casa.

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Apesar de os deputados terem rejeitado praticamente todo texto aprovado pelo Senado ainda restam destaques a serem analisados. Se os destaques forem aprovados, pontos do texto do Senado podem ser retomados à proposta.

Em carta aberta, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, rede composta por mais de 200 organizações em todo o Brasil, pede que os deputados rejeitem os destaques: “o Parlamento deve, antes de tudo, beneficiar os direitos sociais, especialmente quando são legitimados pela participação cidadã”.

Em entrevista à imprensa nesta semana, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que o adiamento da votação não prejudica os avanços feitos até o momento e foi mais flexível quanto à proposta a ser aprovada: “Estamos lutando há muito tempo por isso [aprovação dos royalties para educação]. Estávamos com dificuldade de a Câmara aceitar, da outra vez mandamos uma medida provisória e ela foi rejeitada [MP 592/2012]. Felizmente agora nós aprovamos na Câmara e no Senado, falta concluir a votação. Qualquer que seja a solução vai ser uma boa solução para o Brasil”.

O Fundo Social do Pré-Sal, segundo publicação no portal do governo,  terá como recursos a parcela do valor do bônus de assinatura dos contratos de partilha de produção, a parcela dos royalties que cabe à União e a receita obtida com a venda de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos. Além dos royalties e a participação especial dos blocos do pré-sal já licitados destinados à administração direta da União e os resultados de aplicações financeiras do próprio fundo.

O objetivo é criar uma fonte de recursos para o desenvolvimento social e regional, por meio de programas e projetos nas áreas de educação, cultura, saúde pública, Previdência, ciência e tecnologia e meio ambiente. A preocupação do governo é que o fundo seja desestruturado caso seja utitlizado o principal e não os rendimentos. De modo que no futuro não haja recursos.

Defendendo a posição das entidades civis e baseando-se em projeções de envelhecimento da população, o doutor em educação,  professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Nelson Cardoso, diz que é necessário investir o principal. “Com a redução da população em idade escolar nos próximos anos, esse é um recurso que ou se usa agora, ou não se usa. Usando apenas o rendimento do fundo, serão menos recursos”. Ele compara o investimento a uma poupança familiar. “É o mesmo que receber um dinheiro, querer guardar para os tataranetos e esquecer dos filhos”.

A diretora executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, defende que, independentemente da proposta aprovada, todos os recursos adicionais sejam investidos nos professores. “Tem que melhorar a atratividade, estimular os professores, cumprir o piso salarial. Investindo nos docentes, estaremos investindo no destino certo. As melhorias vão atrair profissionais cada vez mais qualificados e com isso, melhorar o ensino”.

Em destaque no plenário da Câmara, o projeto de lei 323/07, que trata sobre a destinação dos recursos dos royalties do petróleo à educação e à saúde, pode ter votação concluída nos próximos dias. Na semana passada, os deputados votaram o parecer do relator, o deputado André Figueiredo (PDT-CE), restando a análise dos destaques.

O parecer de Figueiredo mantém o texto da Câmara e rejeita a maioria das alterações feita no Senado. Mas, se aprovados, os destaques apresentados pelo PMDB retomam a redação do Senado.

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A principal diferença entre as duas versões é quanto ao uso dos recursos que serão alocados no Fundo Social, que receberá os royalties da União conseguidos com os contratos de concessão de áreas de pré-sal, com parcela do bônus de assinatura e por rendimentos obtidos com a venda da parcela de óleo que caberá ao governo federal nos contratos de partilha de produção.

Enquanto o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), mantém a confiança de que a votação do projeto será concluída nesta semana, o relator quer votar apenas em agosto, porque ele acredita que o governo tentará reverter a derrota nos destaques. “Podemos votar isso em agosto, com Casa cheia. Na terça-feira, não votaremos”, disse.

A proposta tramita em urgência constitucional e tranca a pauta da Câmara.

Plenário
Apenas após a aprovação do projeto dos royalties é que outras matérias poderão ser discutidas. O projeto de lei 5900/2013, que considera hediondos vários crimes contra a administração pública, é um dos que aguarda a abertura da pauta.

O projeto de lei que destina os recursos dos royalties do petróleo à educação pública foi aprovado na madrugada desta quarta-feira (26), pelo Plenário, em Brasília. Com prioridade para a educação básica e a saúde, o texto prevê recursos dos contratos que já existem, desde que os poços tenham entrado em operação comercial após 3 de dezembro do ano passado. Agora, a proposta vai para votação no Senado.

De acordo com a Agência Câmara de Notícias, para a educação, serão destinados 75% dos recursos. Já a saúde receberá 25%. O relator do projeto, o deputado André Figueiredo (PDT-CE), destaca que os montantes valorizarão a categoria de professores. “Com o substitutivo, poderemos valorizar mais os professores com recursos a curto e médio prazo, sem precisarmos esperar dez anos para usar o dinheiro do pré-sal”, frisa Figueiredo, conforme informações da Agência.

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O relator calcula que o total de recursos à disposição dessas áreas aumentaria de R$ 25,8 bilhões para R$ 335,8 bilhões ao longo de dez anos (2013 a 2022). Ele justifica que isso seria possível graças aos contratos mais antigos que iniciarão produção comercial nos próximos anos.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

Após a promulgação pela presidente Dilma Rousseff e publicação da Lei dos Royalties no Diário Oficial da União (DOU), os governos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo entraram com duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que a nova redistribuição dos royalties seja colocada em prática.

Os dois estados produtores já haviam anunciado que recorreriam da derrubada dos vetos presidenciais, ocorrida na semana passada. Pela nova norma, os estados produtores - Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo - terão uma redução de 6,25% na participação dos royalties. A União terá sua fatia nos royalties reduzida de 30% para 20%; os estados produtores, de 26,25% para 20%; e municípios que fazem divisa com os produtores, de 26,25% para 17%, chegando a 4% em 2020. Os municípios afetados pela exploração de petróleo sofrerão cortes de 8,75% para 2%. Em contrapartida, o percentual a ser recebido pelos estados e municípios não produtores saltará de 8,75% para 40%.

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De acordo com o procurador do Rio de Janeiro, Roberto Barroso, a nova lei fere a Constituição. Segundo ele, a parágrafo primeiro do artigo 21 garante uma compensação financeira aos Estados em que ocorre a exploração, seja em terra ou na plataforma continental confrontante (mar). "A atividade de exploração de petróleo traz impactos ambientais, sociais e econômicos e a Constituição prevê uma compensação. A Lei12734/12 dá aos royalties uma destinação distinta, utilizando-os como instrumento de redistribuição de renda para os estados não produtores", explicou.

O que os estados produtores querem é que o STF suspenda a nova regra até que o mérito seja julgado. Se a Corte não tomar essa providência, os governos irão pedir que o Supremo impeça a aplicação nos contratos já em vigor, para evitar insegurança jurídica.

Nesta semana, o governador Eduardo Campos (PSB-PE) defendeu um novo acordo entre União, estados e municípios para evitar que a questão dos royalties do petróleo fosse decidida pelo Judiciário. “A situação atual é a seguinte: os que ganharam não receberam nada e os que perderam estão apavorados com a possibilidade de perder aquilo com que já contavam”, destacou. “É preciso ter bom-senso e saber ganhar sem destruir os outros. Uma batalha judicial nesse caso pode levar meses ou anos”.

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) acreditava que os estados produtores respeitariam a decisão do Congresso. Ele defendeu a redistribuição mais igualitária entre produtores e não produtores, apesar de compreender a preocupação dos governantes que terão reduções. "É uma perda para os estados produtores, mas é isso mesmo. Eles usufruíram até agora. Paciência! Agora é a hora de a União funcionar como união mesmo para as 27 unidades federais", considerou.

O senador Humberto Costa (PT-PE) também apoiou a derrubada dos vetos presidenciais em benefício dos estados não produtores. “É preciso garantir uma distribuição adequada, justa e equitativa dos bens e riquezas que não são propriedade nem produção de algumas regiões ou estados, mas que representam uma riqueza de todo o povo brasileiro”, salientou. Segundo ele, a Lei como estava significaria que, até o final desta década, cerca de R$ 201 bilhões dos recursos gerados pela exploração do petróleo seriam destinados a dois estados e 30 municípios e apenas R$ 17 bilhões seriam divididos para todos os demais estados e municípios brasileiros.

Cabe agora ao Supremo decidir como serão distribuídos os recursos daqui para frente.

Com a colaboração de Élida Maria.

A Lei dos Royalties do Petróleo foi publicada nesta sexta-feira (15) no Diário Oficial da União, após promulgação nessa quinta (14) pela presidenta Dilma Rousseff. Os 142 vetos presidenciais foram derrubados no último dia 7 em votação no Congresso Nacional e o texto voltou para a presidenta, que teve prazo de 48 horas para promulgar a lei.

Com as novas regras, os estados produtores – Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo – terão uma redução de 6,25% de participação nos royalties e por isso devem entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o governo do Rio, maior produtor brasileiro de petróleo, o estado pode perder mais de R$ 3 bilhões em 2013 com a vigência das novas normas.

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O pagamento de royalties efetuado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) é mensal, com defasagem de dois meses entre extração e distribuição dos recursos. O pagamento de março é referente à extração efetuada em janeiro, por exemplo. A ANP decidiu então que o primeiro pagamento conforme a nova lei será em junho, referente à extração de abril, desde que não haja mudança na lei pelo STF.

O governador Eduardo Campos defende um novo acordo entre União, estados e municípios para evitar que a questão dos royalties do petróleo seja decidida pelo Judiciário.

Depois que os vetos da presidente Dilma Rousseff à lei que redistribui os royalties do petróleo foram derrubados, as bancadas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, estados produtores, entraram com mandato de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar garantir a anulação da decisão.

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“A situação atual é a seguinte: os que ganharam não receberam nada e os que perderam estão apavorados com a possibilidade de perder aquilo com que já contavam”, destacou Eduardo Campos. “É preciso ter bom-senso e saber ganhar sem destruir os outros. Uma batalha judicial nesse caso pode levar meses ou anos”.

Essa declaração foi dada logo após a reunião de 23 governadores com deputados e senadores, nesta quarta-feira (13), em Brasília. Esperava-se, inicialmente que o tema fosse tratado, mas como os parlamentares pediram uma pauta enxuta, os chefes estaduais do Executivo não tocaram no assunto durante o encontro.

Com informações da Agência Câmara.

O governo do Rio de Janeiro vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que derrube integralmente a lei que determina a redistribuição dos royalties do petróleo. A minuta da ação preparada pelo advogado constitucionalista e procurador do Estado Luís Roberto Barroso - e aprovada pelo governador Sérgio Cabral - defende a inconstitucionalidade da lei aprovada pelo Congresso não apenas para os contratos que em vigor, mas também para os contratos futuros.

A assessoria de imprensa do governo do Estado informou que a minuta de Barroso "foi feita de acordo com os objetivos e com o que pensa o governador, dentro da lei!". A minuta da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) foi entregue na sexta-feira para análise ao governador do Rio, Sérgio Cabral, e à procuradora geral do Estado, Lúcia Léa Guimarães Tavares.

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De acordo com Barroso, a tese que será levada à Suprema Corte argumenta que a lei aprovada pelo Congresso modifica a destinação dada pela Constituição Federal de 1988 aos royalties. O parágrafo primeiro do artigo 21 garante uma compensação financeira aos Estados em que ocorre a exploração, seja em terra ou na plataforma continental confrontante (mar). "A atividade de exploração de petróleo traz impactos ambientais, sociais e econômicos e a Constituição prevê uma compensação. A Lei12734/12 dá aos royalties uma destinação distinta, utilizando-os como instrumento de redistribuição de renda para os estados não produtores", explica Barrosos.

O segundo argumento endereçado ao STF diz respeito à violação do pacto federativo. O jurista afirma que a constituição estabeleceu um acordo para compensar os Estados não produtores ao prever que o ICMS - principal imposto recolhido pelos Estados - no caso do petróleo seria cobrado no destino e não na origem (onde é produzido). Detentor de cerca de 80% da produção de petróleo nacional, o Rio teria aberto mão dos ganhos tributários em troca dos royalties.

"Há um acordo na partilha de ICMS e royalties. Retirar uma parcela significativa dos royalties (de Estados produtores) sem restituir o ICMS viola a constituição", diz o procurador. Barroso afirma, porém, que a Adin não discute o ICMS porque, a seu ver, a matéria não poderia ser alterada pelo Supremo, mas só por meio de Emenda Constitucional, como os royalties.

O governo do Rio pedirá que o STF suspenda por medida cautelar os efeitos da lei que redistribui os royalties até o julgamento de mérito das ações de inconstitucionalidade. Barroso acredita que a decisão deva levar no máximo três semanas a partir do envio da Adin aos ministros do Supremo. Os governadores dos Estados prejudicados pela lei dos royalties - Rio, Espírito Santo e São Paulo - aguardam a publicação das novas regras em Diário Oficial para protocolar as ações.

Caso o STF não acolha as teses acima, a procuradoria geral do Estado pede que a Corte determine que a nova lei não se aplica aos royalties derivados de contratos já em vigor. Segundo Barroso, a mudança de regra viola a segurança jurídica e o ato jurídico perfeito. Mesmo que o Estado do Rio não seja parte envolvida nos contratos de concessão, a mudança afeta sua capacidade de pagamento do refinanciamento de sua dívida com a União, vinculada em grande parte ao recebimento de royalties. "Não é legítimo que a União, em lugar de usar seus próprios recursos para compensar os Estados, exproprie os royalties dos Estados produtores", argumenta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Autores: MARIANA DURÃO /RIO

Deputados e senadores do Rio de Janeiro e do Espirito Santo ingressaram no início da noite dessa quinta-feira (7) no Supremo Tribunal Federal (STF) com um mandado de segurança pedindo a anulação da sessão do Congresso Nacional, na qual foram derrubados os 142 vetos da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei da nova distribuição do royalties do petróleo.

Fluminenses e capixabas alegam que durante a sessão iniciada na quarta (6) e que se arrastou até a madrugada da quinta foram desrespeitados vários dispositivos do Regimento Interno do Congresso e da Constituição. Eles questionam também a forma como o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), conduziu os trabalhos.

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“Não dá para aceitar o que aconteceu”, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). “não foi uma sessão democrática. O mandado de segurança tem uns argumentos muito fortes”, acrescentou o petista.

Segundo o coordenador da bancada fluminense, deputado Hugo Leal (PSC), os representes dos estados produtores tiveram seus diretos cerceados na sessão de ontem e já definiram a estratégia para buscar o cancelamento. “Houve um atropelo, não só às normas regimentais, mas à Constituição”, declarou.

O deputado Alessandro Molon ressaltou que os estados produtores irão atuar em duas frentes: uma atacando o processo de votação dos vetos; e a outra questionando o mérito da proposta. “Nós vamos tentar cancelar a votação dos vetos e os governadores, caso os dispositivos sejam promulgados, vão apresentar ações diretas de inconstitucionalidade questionando o mérito”.

Durante a sessão, boa parte dos 62 parlamentares das duas bancadas deixou o plenário em protesto. Eles argumentaram que a presença na reunião poderia legitimar o que estava sendo votado.

Parlamentares de estados não produtores de petróleo conseguiram derrubar o veto da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei que trata da nova distribuição dos royalties do petróleo. Segundo a Mesa Diretora do Congresso, dos 63 senadores presentes, 54 votaram pela rejeição de todos os 142 dispositivos vetados.

Na Câmara, com o quórum de 405 deputados, os itens derrubados com menos votos receberam 349 manifestações pela rejeição. Já o dispositivo que recebeu mais votos pela derrubada teve 354 manifestações contrárias.

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Foram quase cinco horas de debates e discussões acaloradas no plenário. Embora reconhecessem que não tinham votos suficientes para manter os vetos, deputados e senadores do Rio de Janeiro e do Espirito Santo protestaram durante toda a sessão. Eles obstruíram os trabalhos com a apresentação de requerimentos e questões de ordem para retardar a votação

O resultado oficial vai ser proclamado ainda hoje pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros ( PMDB-AL), e a parte rejeitada vai à promulgação.

Durante discurso no encontro com prefeitos e governadores, a presidente Dilma Rousseff voltou a defender a destinação para a educação dos royalties dos futuros contratos de concessão da exploração do petróleo. "Essa é uma condição para o país mudar de patamar", frisou.

Segundo ela, essa é uma fonte "intergeracional, porque é uma geração investindo na outra". Dilma frisou que é preciso valorizar os professores e voltar a dar status a esses profissionais. “Educação, me desculpa, não é o terreno, não é a construção, não é o equipamento. É isso, mas é, sobretudo, salário de professor. É professor capacitado. É esse país dar outra vez status para professor. Nenhum governador, nenhum prefeito vai dar status para professor com o orçamento que nós temos", considerou.

Sobre a votação dos vetos referentes à lei que redistribui os royalties do petróleo, Dilma voltou a dizer que o governo terá que aceitar a decisão do Congresso. "Eu vetei, agora está nas mãos do Congresso", disse ela, ao ser perguntada por jornalistas sobre o assunto.

Os vetos presidenciais serão analisados na sessão desta quarta-feira (6) do Congresso Nacional. Os 140 dispositivos seriam analisados na sessão dessa terça, mas o governo percebeu que faltavam outros dois dispositivos na cédula de votação e os  republicou numa edição extra do Diário Oficial da União. As cédulas de votação terão, então, 142 dispositivos para análise.

A sessão está marcada para as 19h25. Enquanto os senadores e deputados de estados não produtores querem derrubar o veto, as bancadas do Rio de Janeiro e Espírito Santo já anunciaram que pretendem adiar a votação novamente.

O senador Humberto Costa (PT-PE) demonstrou ansiedade ao falar sobre a aprovação do royalties do petróleo que deveria ser votado nessa terça-feira (4). Para o petista, o Congresso Nacional poderá fazer história, contribuindo para o processo de redução das desigualdades e para a construção de um País mais justo. 

De acordo com Humberto Costa as novas regras para a distribuição dos royalties é essencial para que haja uma divisão correta entre os beneficentes.  “É preciso garantir uma distribuição adequada, justa e equitativa dos bens e riquezas que não são propriedade nem produção de algumas regiões ou estados, mas que representam uma riqueza de todo o povo brasileiro”, defende.

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Em pronunciamento ao Plenário, o senador antecipou a expectativa para o resultado da votação. “Milhões e milhões de brasileiros esperam com grande ansiedade a votação dos vetos presidenciais ao projeto de lei aprovado, de forma soberana, pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados”, avaliou.

 “O projeto da forma como havia sido aprovado já dava uma demonstração da disposição da União em distribuir os recursos a que tem direito, já que ela teria a sua participação nos royalties reduzida de 30 para 20% já em 2012. Com a queda do veto, isso será possível”, destacou ainda o petista.

O senador citou dados da Confederação Nacional dos Municípios, que menciona a partilha estabelecida no projeto originalmente aprovado pelo Legislativo garantindo R$105 bilhões para os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, principais produtores, e para 30 dos seus municípios. E também, a redistribuição de R$140 bilhões para o restante do País até o final desta década. Para Humberto, isso desmente os “discursos catastróficos” de algumas bancadas parlamentares e de alguns governadores, que anunciam “uma situação caótica nos seus estados e nos seus municípios, que hoje recebem a maior parte desses recursos”, justificou Costa.

Humberto lembrou ainda que a manutenção do veto representará “até o final da década uma concentração de R$ 201 bilhões dos recursos advindos do petróleo apenas nos dois estados confrontantes e em 30 municípios, e tão somente R$ 17 bilhões para todos os demais estados e municípios brasileiros”.

 

 

O Congresso Nacional tentará, mais uma vez, votar os vetos da presidente Dilma Rousseff à Lei dos Royalties, nesta quarta-feira (6). A sessão marcada para essa terça foi encerrada rapidamente e serviu apenas para a leitura da retificação dos vetos. Como outros dois dispositivos foram inclusos, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu deixar a votação para esta quarta.

O governo percebeu que a mesa do Congresso não registrou dois dispositivos vetados porque eles eram acompanhados das razões do veto. De acordo com o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder do governo na Câmara, o erro só percebido na noite de segunda, por isso foi necessário republicar os vetos em uma edição extra do Diário Oficial da União. As cédulas de votação terão, então, 142 dispositivos para análise e não 140, como divulgado anteriormente.

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Os parlamentares se reunirão às 19h25. Nessa terça, estiveram presentes 76 senadores e 455 deputados. A sessão promete muita polêmica entre representantes de estados produtores e não produtores.

Enquanto os senadores e deputados de estados não produtores querem derrubar o veto, as bancadas do Rio de Janeiro e Espírito Santo já anunciaram que pretendem adiara votação novamente. O deputado Alessandro Molon (PT-RJ) informou que pedirá ao presidente Renan Calheiros a reabertura do prazo de 30 dias para a análise dos vetos e a instituição da comissão mista para analisar a proposta. “Essa nova leitura [dos vetos] significa admitir a reabertura dos prazos, a instalação da comissão mista, a divulgação de um calendário. Por isso, votar o veto amanhã [quarta-feira] será a tentativa de dar um ‘jeitinho’ num erro que ocorreu”, frisou. Também há a intenção de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso a votação seja realizada.

Já o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), um dos articuladores dos estados não produtores, disse estar confiante de que os vetos serão derrubados. Ele afirmou que é exagerada a reação da bancada do Rio de Janeiro. “O Rio de Janeiro não perderá um centavo. O que vai acontecer é que a sua arrecadação com royalties não vai mais crescer na proporção de antes”, disse. Ele reafirmou que a redistribuição dos royalties entre todos é uma questão de justiça, porque o petróleo é um bem da União e não dos estados produtores.

Histórico

A polêmica se estende desde dezembro, quando parlamentares dos estados não produtores tentaram a votação. Um liminar expedida pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que os vetos presidenciais deveriam ser analisados em ordem cronológica. No entanto, no último dia 28, o plenário do STF cassou a liminar e abriu espaço para a deliberação.

Entre os mais de três mil vetos pendentes para análise, o veto à Lei dos Royalties foi escolhido por critério político e por interferir na distribuição de cerca de R$ 100 bilhões até 2020.

De autoria do senador Wellington Dias (PT-PI), a Lei 12.734/2012 redistribui os royalties da exploração de petróleo entre estados e municípios. Na forma original, a lei estabelecia os mesmos percentuais previstos pelo Fundo de Participação dos Estados (FPE), inclusive para os contratos em vigor. Isso significaria que parte das receitas seria retirada dos produtores de petróleo para os estados não produtores.

Com o veto, Dilma beneficiou os estados produtores. Dessa forma, a União continua a receber 40% dos royalties e os outros 60% vai para estados e municípios, sendo que 94% desse montante são destinados para o RJ e ES. Os demais estados dividem os 6%.

Sessão

O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou as regras do processo de votação da questão dos royalties. Em nota, ele informou que a sessão será aberta com quórum mínimo de 14 senadores e 86 deputados. Na primeira parte da sessão, que durará em torno de 30 minutos, serão lidos novos vetos a 15 projetos de lei, que entrarão futuramente na pauta, além de breves comunicações.

Em seguida será aberta a Ordem do Dia, com a discussão do veto. Cada orador terá até 20 minutos, com número máximo de pronunciamentos de quatro senadores e seis deputados. Havendo o encerramento da discussão, a votação será feita em cédulas de papel. Para derrubar o veto, é necessário o voto de 41 senadores e 257 deputados.

Após a análise, se houver tempo, Calheiros poderá colocar o Orçamento 2013 em votação.

Nem a base aliada do governo consegue chegar a um consenso sobre a votação dos vetos parciais à Lei dos royalties, que ocorrerá na noite desta terça-feira (5). A reunião realizada no final da manhã entre os líderes na Câmara terminou sem acordo.

Para o líder do PT, deputado José Guimarães (CE), o Congresso não deveria votar o veto, mas sim construir um acordo em torno da medida provisória 592, do ano passado, que destina 100% dos royalties dos novos contratos de concessão para serem investidos na área de educação.

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Enquanto os senadores e deputados de estados não produtores querem derrubar o veto, as bancadas do Rio de Janeiro e Espírito Santo já anunciaram que farão de tudo para obstruir a votação e que se ela ocorrer, eles recorrerão ao STF. Os parlamentares desses dois estados dizem que a Lei dos Royalties é inconstitucional. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) explicou que o parágrafo 1º do artigo 20 da Constituição Federal assegura a compensação financeira a estados e municípios produtores de petróleo, gás, recursos minerais e recursos hídricos para geração de energia.

Entre as manobras que poderão ser utilizadas para impedir a votação, estão os pronunciamentos, além da apresentação de requerimentos, com pedidos de destaque de itens da cédula de votação, de adiamento da discussão e de votação, entre outros. Se isso ocorrer, o presidente do Congresso Nacional, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), poderá conceder tempo para encaminhamento da votação de cada um dos requerimentos, o que pode atrasar e adiar a votação.

Apesar dessa intenção declarada de impedir a votação, os parlamentares dos estados não produtores estão otimistas com a possibilidade de votar e derrubar o veto ainda nesta sessão. "As manobras protelatórias poderão atrasar a votação em algumas horas, mas nunca em dias”, disse o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI).

Histórico
A polêmica se estende desde dezembro, quando parlamentares dos estados não produtores tentaram a votação. Um liminar expedida pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que os vetos presidenciais deveriam ser analisados em ordem cronológica. No entanto, no último dia 28, o plenário do STF cassou a liminar e abriu espaço para a deliberação.

Entre os mais de três mil vetos pendentes para análise, o veto à Lei dos Royalties foi escolhido por critério político e por interferir na distribuição de cerca de R$ 100 bilhões até 2020.

De autoria do senador Wellington Dias (PT-PI), a Lei 12.734/2012 redistribui os royalties da exploração de petróleo entre estados e municípios. Na forma original, a lei estabelecia os mesmos percentuais previstos pelo Fundo de Participação dos Estados (FPE), inclusive para os contratos em vigor. Isso significaria que parte das receitas seria retirada dos produtores de petróleo para os estados não produtores.

Com o veto, Dilma beneficiou os estados produtores. Dessa forma, a União continua a receber 40% dos royalties e os outros 60% vai para estados e municípios, sendo que 94% desse montante são destinados para o RJ e ES. Os demais estados dividem os 6%.

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