Aprovação de Dilma cai após protestos, segundo o Datafolha

Pesquisa mostra que avaliação positiva do governo apresentou uma queda três semanas depois do último levantamento

sab, 29/06/2013 - 10:47
Wilson Dias/Abr 30% dos brasileiros consideram a gestão petista boa ou ótima Wilson Dias/Abr

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, neste sábado (29), afirma que 30% dos brasileiros consideram a gestão Dilma boa ou ótima. De acordo com dados do Datafolha, na primeira semana de junho, antes das manifestações que invadiram o país, a aprovação era de 57%. Em março, seu melhor momento, o índice era mais que o dobro do atual, 65%.

Em relação à última pesquisa do Instituto, o total de brasileiros que julgam a gestão da petista como ruim ou péssima foi de 9% para 25%. Numa escala de 0 a 10, a nota média da presidente caiu de 7,1 para 5,8. Agora, Dilma perdeu mais de 2 pontos em todas as regiões do Brasil e em todos os recortes de idade, renda e escolaridade.

O Datafolha questionou os entrevistados sobre o desempenho de Dilma frente aos protestos. Para 32%, sua postura foi ótima ou boa; 38% julgaram como regular; outros 26% avaliaram como ruim ou péssima. Após o início das manifestações, Dilma fez um pronunciamento em cadeia nacional e propôs um pacto aos governantes, que inclui um plebiscito para a reforma política.

Para o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, a queda foi acarretada pelo novo cenário que vive o Brasil. "A irradiação das manifestações e a expectativa econômica dos eleitores contribui para o atual índice", afirmou o especialista, ressaltando ainda que a postura da presidenta com relação à "crise" vivida no Brasil pode acarretar perca de votos para 2014, apesar do percentual regular que está alto. 

Menor índice da história - O desmoronamento de Dilma, segundo informações da Folha de São Paulo, é a maior redução de aprovação de um presidente entre uma pesquisa e outra desde o plano econômico do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1990, quando a poupança dos brasileiros foi confiscada. Naquela ocasião, entre março, imediatamente antes da posse, e junho, a queda foi de 35 pontos (71% para 36%).

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