Jungmann lista opiniões sobre voto aberto e fechado

Mesmo sendo oposição, o parlamentar defende a permanência do sigilo para alguns aspectos

por Élida Maria ter, 10/09/2013 - 10:15
Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo Para o vereador, o voto aberto nos vetos presidenciais e eleição da mesa diretora do Legislativo é acolher a vontade das ditaduras Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo

A aprovação do fim do voto secreto de forma parcial na Câmara do Recife não define a absoluta satisfação dos vereadores. Mesmo que a proposta tenha obtido 28 votos nessa segunda-feira (9), alguns parlamentares como o líder da oposição, Raul Jungmann (PPS), defende em partes a proposta e acredita que em alguns aspectos deverá ainda permanecer em segredo as decisões do legislativo.

Para demonstrar sua posição sobre o assunto, o opositor do governo listou alguns pontos defendidos por ele e contextualizou. De acordo com Jungmann o voto deveria ser “abertíssimo para a cassação de mandatos de corruptos e ladrões (a exemplo do deputado Donadon e fechado para votação dos vetos presidenciais e eleição do presidente e da mesa diretora do Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais”, expôs.

Depois de externar sua opinião sobre o voto aberto, o parlamentar explicou o motivo de sua decisão em relação as restrições exibidas. “O voto aberto para cassação de mandato é uma arma contra o corporativismo do Legislativo, que tenda a absolver os que cometem crimes, embora nem sempre. Já o voto fechado para votação de vetos às leis dos prefeitos, governadores e presidentes é uma defesa do Poder Legislativo contra as pressões, chantagem e arbitrariedades do Executivo. Se, nesse caso, o voto for aberto, o parlamentar ficará indefeso diante dos poderes de prefeitos, governadores e presidentes. E dificilmente poderá fazer valer a vontade do seu eleitor ou a sua própria“, justificou.

Ratificando seu ponto de vista, o vereador argumentou sua posição comparando-a com a época da ditadura. “Votar pelo voto aberto na cassação de corruptos é defesa da ética; mas votar pelo voto aberto nos vetos presidenciais e eleição da mesa diretora do Legislativo é acolher a vontade das ditaduras e dos tiranos”, declarou.

 

 

 

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