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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta quinta-feira (22), no Twitter que a população brasileira vai julgar os seus representantes políticos através do voto secreto em outubro de 2022.

A publicação do parlamentar acontece após o jornal O Estado de São Paulo publicar uma reportagem revelando que uma eventual fala do ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, ameaçando as eleições em 2022, se o voto impresso não for aprovado pelo Congresso, teria motivado um encontro entre Lira e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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Ao escrever no Twitter, Arthur Lira não desmente a reportagem nem confirma. "A despeito do que sai ou não na imprensa, o fato é: o brasileiro quer vacina, quer trabalho e vai julgar seus representantes em outubro do ano que vem através do voto popular, secreto e soberano", pontuou inicialmente.

"As últimas decisões do governo foram pelo reconhecimento da política e da articulação como único meio de fazer o País avançar", emendou o presidente da Câmara.

A eventual fala de Braga Netto tem gerado uma repercussão negativa no meio político. 

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Sete dos 13 senadores investigados na Operação Lava Jato manifestaram-se na noite desta quarta-feira, 25, pelo voto secreto no eventual relaxamento de prisão do líder do governo na Casa, Delcídio Amaral (PT-MS). A proposta do voto sem o registro nominal de votos, contudo, foi derrubada pelo plenário do Senado: 52 senadores votaram a favor do voto aberto, apenas 20 secreto e ainda houve uma abstenção.

Votaram pelo voto secreto os seguintes senadores investigados na Lava Jato: Fernando Collor (PTB-AL), Benedito de Lira (PP-PI), os peemedebistas Edison Lobão (MA) e Valdir Raupp (RO), os petistas Gleisi Hoffmann (PR), Lindbergh Farias (RJ) e Humberto Costa (PE).

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Apenas três investigados posicionaram-se a favor do voto aberto: Romero Jucá (PMDB-RR), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

Outros dois investigados, os senadores do PP Gladson Cameli (AC) e Ciro Nogueira (PI), presidente do partido, não participaram da votação. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não votou porque, pelo regimento interno na Casa, ele não se manifesta.

O projeto de emenda à Lei Orgânica do Município, que prevê a extinção do voto secreto na Câmara do Recife, foi aprovado nesta segunda-feira (16) no pelos vereadores por 30 votos favoráveis e cinco contra. A proposta, de autoria do vereador Jayme Asfora (PMDB), regulamenta votações abertas para a escolha de mesa diretora, a apreciação de vetos do Executivo e a cassação de parlamentares.

A extinção do voto secreto para vetos e processo de cassação também já é vigente no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas de Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Acre, Amazonas, São Paulo e Espírito Santo e também nas Câmaras dos Vereadores de Salvador e Belo Horizonte. A matéria entrou na pauta do dia, segundo a assessoria de imprensa do vereador, após às 13h, duas antes do início da sessão. “Com a aprovação da nossa proposta, nosso objetivo é garantir que a sociedade tenha acesso a todos os tipos de discussões - sem nenhuma exceção - que são travadas dentro da Casa José Mariano, bem como tenham conhecimento pleno de como votam seus parlamentares”, comentou Asfora.

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“É dever nosso, como legisladores, não só cumprir o que determina a Constituição, mas trabalhar, prestando contas diuturnamente a nossos eleitores. Compartilhando o mandato, passo a passo. Ao aprovar o fim do voto secreto, passamos uma mensagem clara à população: de que estamos exercendo o papel que nos foi designado pelo eleitor. Hoje, a Câmara do Recife deu um passo histórico”, completou o peemedebista.

Na última vez que a matéria entrou em pauta não foi a voto, pois a vereadora Priscila Krause (DEM) formalizou uma Emenda de Plenário que determinou o retorno da emenda para a análise das Comissões. No documento Krause solicitava que o voto continuasse secreto para os vetos do executivo. O que segundo ela poderia gerar algum tipo de "retaliação" do prefeito com os vereadores da bancada governista.

O senador e pré-candidato ao governo de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), apresentou nesta segunda-feira (9) um breve balanço da sua atuação parlamentar em 2013 aos jornalistas, em um restaurante da Zona Norte do Recife. O petebista se firmou satisfeito com o ano legislativo e pontuou algumas ações como o fim da guerra fiscal e o início da reforma do código penal, além de destacar os prós e os contras do fim do voto secreto. 

"Foi um ano legislativo com um debate intenso e me considero feliz com o desempenho. Tivemos atuando muito nessa questão da guerra fiscal, tivemos uma vitória este ano, com o fim da chamada guerra dos portos. Um sistema que estava concedendo ICMS a produto importado, incentivando a produção de produtos fora do país", contou o senador. Outro ponto abordado por Armando foi a Reforma do Código Penal, "nós avançamos muito no que diz respeito ao esforço do trabalho da comissão, pois o Brasil tem o desafio de codificar a legislação penal, temos uma legislação dispersa", pontuou ao lembrar de alguns crimes que precisam ser inseridos no Código, como o cibernético. 

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"Estou numa comissão especial de segurança pública, esse é um tema que inquieta a sociedade brasileira e essa proposta da comissão especial foi muito pragmática e estamos discutindo coisas novas. Fizemos um inventário de todos os projetos que estão em curso nas duas Casas (Senado e Câmara Federal), verificando então em que áreas nós poderíamos agir para ver essa agenda avançar como os meios de financiamento da segurança, integração das polícias que é um tema muito presente", completou Monteiro.

Além das pautas parlamentares, o petebista enfatizou a questão do fim do voto secreto, que segundo ele é "demagógico" e foi "mal discutido" pelo Senado. "Ficou uma tradução muito estreita de que quem defende o voto secreto é contra a transparência, quando na realidade pode ser uma prerrogativa dos parlamentos. Foi algo criado para proteger o parlamento, porque você sempre teve uma relação desequilibrada entre o poder executivo, a época representado pelo monarca, e o parlamento. E curiosamente saber que o voto secreto no Brasil foi exatamente extinto ao longo da nossa trajetória nas constituições mais autoritárias como a de 64 (com a ditadura militar), pois interessa, em tese, aos autoritários conhecer o voto do parlamentar, isso inibe a manifestação deste. Então quando se passa a defender o voto aberto em todas as situações, eu acho, que nós estamos subtraindo as prerrogativas do parlamento e no caso do Senado isso é mais grave, porque o Senado vota autoridades", ressaltou o pré-candidato ao governo de Pernambuco.

 

 

O senador Lobão Filho (PMDB-MA), relator de uma proposta que modifica o regimento interno do Senado, afirmou nesta quarta-feira que vai apresentar na terça-feira da semana que vem seu texto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Em discurso no plenário, ele disse que vai manter no seu parecer a previsão para que a eleição da Mesa Diretora e para presidentes das comissões temáticas permaneça realizada em votação secreta.

Essa era uma das articulações feitas nos bastidores desde a semana passada, quando foi aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acabou com o voto secreto para cassações de mandato e apreciação de vetos presidenciais no Congresso. Na ocasião, os senadores mantiveram em votação secreta a apreciação de autoridades.

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A decisão de rejeitar uma PEC do voto aberto irrestrito tinha um objetivo indireto: manter secreta a votação para se eleger as Mesas Diretora da Câmara e do Senado, matéria atualmente regulada pelo regimento interno de cada uma das Casas Legislativas. Senadores enxergaram na medida uma forma de o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), garantir sua reeleição em fevereiro de 2015. "A grande importância da autoridade é a autoridade que está na Mesa Diretora", ironizou o senador Walter Pinheiro (PT-BA), logo após a aprovação da PEC.

Segundo Lobão Filho, como não houve qualquer discussão para mudar o ponto da eleição da Mesa, ele anunciou em plenário que vai mantê-lo em votação secreta na proposta de novo regimento interno. O peemedebista adiantou que deve incorporar à sua proposta a exclusão da votação secreta para cassação de mandatos, um alerta que vinha sido feito desde a semana passada por parlamentares sob o receio de futuros questionamentos.

 

O deputado federal Mendonça Filho (DEM), apresentou, nesta terça-feira (3), projeto de resolução para adequar o regimento interno da Câmara dos Deputados à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Aberto promulgada na última semana pelo Congresso Nacional. “A proposta visa suprimir as alusões ao voto secreto nas deliberações internas da Casa, para dissipar quaisquer dúvidas ou interpretações casuísticas quanto à inaplicação do mecanismo”, disse o parlamentar.

O projeto altera os artigos 188 e 240 do regimento e os artigos 13 e 14 do Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, estabelecendo o voto aberto para as sessões que deliberarem sobre perda de mandato. A resolução deve ser apreciada pelo plenário da Câmara para regulamentar a regra fixada na Emenda Constitucional 76/2013.

Para o caso de apreciação de vetos presidenciais, que também teve excluído o voto secreto na Emenda 76/2013, a regulamentação depende de projeto de resolução de iniciativa do Congresso Nacional.

Com informações da assessoria

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Brasília, 28/11/2013 - Em dois movimentos, senadores querem retirar a expressão "voto secreto" do regimento interno da Casa a fim de garantir que não paire dúvidas sobre a declaração de voto nos processos de cassação parlamentar. Nesta quinta-feira, 28, o Congresso Nacional promulgou a emenda constitucional que acaba com o voto secreto para processos de perda de mandato e vetos presidenciais.

Contudo, os regimentos internos da Câmara e do Senado ainda mantém a previsão de votações secretas, o que, na opinião de alguns senadores, abre margem para contestações. Em uma frente, a senadora Ana Amélia (PP-RS) anunciou nesta quinta-feira em plenário ter apresentado um projeto de resolução para tornar abertas todas as votações secretas previstas no regimento interno do Senado. Se aprovada, a medida afetaria a eleição da Mesa Diretora da Casa e retiraria as dúvidas quanto aos processos de cassação.

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"Precisamos de certeza, e não de dúvidas. É necessário reforçar a qualidade e a validade do que aprovamos aqui. Por isso, a relevância dessa proposta, porque, ao alterar o regimento interno será difícil, a qualquer insatisfeito com um processo de cassação, derrubar uma decisão do Parlamento mediante medida judicial", disse Ana Amélia, que ressaltou ter apresentado o projeto em nome da bancada gaúcha.

Em outro caminho, o vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), apresentou uma emenda ao projeto de resolução que institui o novo regimento interno da Casa. Ela pede a substituição da expressão "em escrutínio secreto" por "em votação ostensiva" nos artigos que dizem respeito à eleição da Mesa Diretora e dos presidentes e vice-presidentes de comissões.

"É evidente que essa disposição, mantida nesta proposta de reforma do Regimento Interno do Senado Federal, não pode mais prosperar. Seria a resistência e o antagonismo total ao que foi aprovado pelo Congresso Nacional. Ficou evidente, nas discussões, que o sentimento desta Casa foi determinado pela vontade inconteste de se promulgar o voto aberto como regra geral e inafastável em todas as deliberações do Parlamento, exceto na apreciação de autoridades", afirmou a emenda de Alvaro Dias.

A previsão, segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é que na próxima semana ocorra uma reunião da comissão de reforma do regimento e se vote a proposta, relatada pelo senador Lobão Filho (PMDB-MA).

O Projeto de Emenda à Lei Orgânica que acaba com o voto secreto na Câmara do Recife, de autoria do vereador Jayme Asfora (PMDB), deverá voltar a pauta da Casa José Mariano nesta quarta-feira (27). A medida que seria apreciada na segunda (25) e primariamente postergada para esta terça (26), não entrou na pauta do dia de hoje, fazendo com que Asfora socilitasse em público a inserção da matéria na ordem desta quarta.

"Como autor da proposta, que tramita a mais de 60 dias, solicito que o presidente (Vicente André Gomes - PSB) insira o projeto na pauta de amanhã, para que a discussão seja destravada. Fui surpreendido quando vi que não estava na ordem do dia, passar desta semana fica mais difícil", pontuou Asfora. Respondendo a socilitação do peemedebista, Vicente André Gomes (PSB) inseriu a proposta na Extrapauta, após a votação da Ordem do Dia. 

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No entanto, se a matéria entrar em pauta uma Emenda de Plenária, de autroria da vereadora Priscila Krause (DEM) será formalizada solicitando que o voto seja aberto, preservando que seja secreto apenas a derrubada veto do executivo. A Emenda de Krause para ter valia legislativa necessitava ter o apoio de no mínimo 13 vereadores, mas contando com o da autora somaram-se 20 apoios para que a Emenda seja discutida na Casa José Mariano.

"O veto não é o bem contra o mal, é uma questão de funcionamento. Se só tivesse a (emenda) de Jayme eu não teria um posicionamento formado. Com esta, a discussão pode ser mais ampla", frisou Krause. A defesa da democrata é endossada por outros parlamentares que temem uma possível "retaliação" do Executivo aos veradores da base governista.

 

 

Um dos polêmicos projetos do legislativo municipal será votado na Câmara de Vereadores do Recife, nesta segunda-feira (25). De autoria do vereador Jayme Asfora (PMDB), o projeto de emenda à Lei Orgânica do Município prevê a extinção do voto secreto na Casa José Mariano para a escolha de mesa diretora e também para apreciação de vetos do Executivo.

Segundo Asfora, para que possa valer no âmbito do Regimento Interno da Casa, o projeto de emenda precisa ser aprovado. O vereador lembrou ainda que enquanto o Senado discute a extinção, o voto secreto já deixou de existir nas Assembleias Legislativas de Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Acre, Amazonas, São Paulo e Espírito Santo e também nas Câmaras dos Vereadores de Salvador e Belo Horizonte.

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De acordo com o vereador, o principal objetivo da iniciativa é garantir que a sociedade tenha acesso a todos os tipos de discussões - sem nenhuma exceção - que são travadas dentro da Casa José Mariano, bem como tenham conhecimento pleno de como votam seus parlamentares.

A proposta será apreciada durante sessão plenária desta segunda-feira (25), a partir das 15h, na Casa José Mariano. 

 

 

 

 

O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), afirmou nesta terça-feira, 19, que o "ideal" seria votar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que institui o voto aberto para todas as modalidades do Poder Legislativo na próxima semana. O petista defendeu seu adiamento por possível baixo quorum na sessão que vai apreciar a PEC, prevista para a tarde de hoje.

Wellington Dias argumentou que há 15 senadores fora da Casa em missão oficial. Além disso, ocorrerá ainda hoje uma reunião do Conselho Político, entre líderes e presidentes de partidos da base aliada com a presidente Dilma Rousseff. Para aprovar a PEC, é necessário o apoio de pelo menos 49 senadores.

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"Eu, que defendo o voto aberto, acho que é importante não haver risco de não ter os 49 votos necessários para aprová-la", disse Dias, ao ressalvar que o eventual adiamento da votação ainda não está definido. "É um risco para os dois lados, tanto para quem defende (o voto aberto) como para quem discorda", completou.

Mais cedo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), garantiu que a Casa vai concluir nesta terça-feira a votação da PEC. "Nós vamos hoje concluir a votação do voto aberto. É o terceiro item da pauta, nós vamos rapidamente votar os dois primeiros itens, de modo a concluir esse processo de deliberação", afirmou. Na semana passada, a proposta foi votada em primeiro turno. Mas ainda há dificuldades quanto ao mérito da matéria. Senadores da base e da oposição resistem em abrir o voto para todas as modalidades, como análise de vetos presidenciais e indicação de autoridades.

O presidente do Senado disse que os pontos de divergência devem ser tratados isoladamente. "Se não houver alguma orientação diferente de lideranças partidárias, vamos votar o texto ressalvados os destaques e depois concluiremos a votação da matéria", avaliou.

O Senado aprovou na noite de ontem, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição que acaba com o voto secreto em todas as votações no Legislativo. A decisão deve agilizar a cassação dos mandatos dos condenados no mensalão que tiveram as prisões decretadas pelo Supremo Tribunal Federal. Caso o texto seja aprovado sem alterações no segundo turno, será possível saber quem votou pela manutenção de mandato de parlamentares condenados. A aprovação da PEC ocorreu após mais de seis horas de discussão.

Enquanto o Senado deu um passo para acelerar o processo de cassação dos mandatos de deputados presos, a Câmara tenta protelar essa decisão em uma ação articulada das bancadas do PT e do PMDB.

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Deputados dos dois partidos apresentaram emenda a uma proposta que põe fim ao voto secreto apenas nas cassações de mandato, propondo a ampliação do fim do voto secreto também para a escolha de autoridades e para a análise de vetos presidenciais. Isso igualaria a PEC da Câmara à que foi votada ontem o Senado.

Mas a manobra adia a decisão sobre cassação de mandatos porque o texto, de autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), deveria retornar ao Senado, sua Casa de origem.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), já anunciou a decisão de só votar cassações de mandatos após a aprovação de uma PEC que cria o voto aberto.

Correligionários

Depois de ser acusado por Alves de "jogo de empurra" nessa questão, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu colocar a matéria em votação. Contrário à proposta, ele escalou os correligionários Lobão Filho (MA) e Romero Jucá (RR) para derrubar a abertura de votos nos casos de apreciação de vetos presidenciais e indicação de autoridades. Contava, além disso, com o apoio do ex-presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

"O voto secreto é a base da democracia. A instituição deixa claro que a regra é a transparência, mas faz uma exceçãozinha para os casos de interesse público", disse Sarney para um plenário que se calou para ouvi-lo.

No primeiro turno, a proposta foi aprovada por 54 votos a favor e 10 contrários no Senado. Renan, que aproveitou os holofotes sobre o Supremo, queria votar a PEC em segundo turno ainda ontem, mas não houve quórum. Após o encerramento da sessão, Renan convocou os senadores para votar a matéria em segundo turno na terça-feira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), alfinetou, nesta quarta-feira, 13, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmando que o Senado não vai repetir "os erros que o Henrique cometeu na Câmara". Calheiros classificou como "errática" a declaração dada ontem por Alves de haver um "jogo de empurra" entre as Casas na questão do voto secreto. "Quando as coisas andam numa Casa e não andam na outra, fica com o bicameralismo descompensado. Isso precisa ser resolvido, e não dar esse tipo de declaração de que está havendo empurra. Não é isso. É uma declaração errática", disse Renan.

Henrique Alves retomou a discussão sobre voto aberto motivado pelo término do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) hoje, quando pode ser decretada a prisão de quatro deputados - João Paulo Cunha (PT-SP), José Genoino (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT). Alves voltou a dizer ontem que não colocará mais processos de cassação de mandatos em votação fechada. Renan, contudo, é mais duro na avaliação do futuro político dos condenados. "Depois que o julgamento transitar em julgado, não tem sentido repetir aqui a votação. O direito político já está cassado".

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O impasse entre os presidentes se deve a duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que tratam de voto aberto atualmente em tramitação no Congresso. Uma, já votada no Senado, abre votações em casos de cassação, mas a Câmara ainda não apreciou a proposta. Alguns deputados se negam a aceitar votar esse texto porque dizem já ter aprovado uma outra PEC que abre votos em todos os casos em que hoje ele é secreto. Essa última proposta está há mais de um mês parada no Senado e deve ser discutida hoje no plenário.

Bicameralismo

Calheiros também reclamou da demora da Câmara em votar propostas aprovadas no Senado, situação que, em sua visão, "deteriora o processo legislativo". Segundo ele, o contrário ocorre de forma quase automática. "Acho que falta à Câmara fazer o que o Senado faz. Tudo o que a Câmara vota, o Senado vota quase imediatamente".

O presidente cobrou a votação pelos deputados de alguns projetos como o que torna corrupção crime hediondo, a regulamentação dos direitos dos empregados domésticos, e do direito de resposta. Questionado se falta sintonia entre as duas Casas ou má vontade por parte da Câmara, Renan desconversou. ()

O debate sobre o fim do voto secreto nas deliberações do Legislativo (PEC 43/2013) deve ser predominante no Plenário do Senado nesta semana. Já transcorreram três sessões de discussão. A pauta, no entanto, segue trancada por três medidas provisórias (MPs): a que facilitou a construção, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de silos para armazenagem de grãos; a que capitalizou o BNDES e a Valec Engenharia, com R$ 15 bilhões para cada um; e a que liberou recursos da ordem de R$ 1,6 bilhão para os municípios investirem em transporte público.

A PEC 43, se aprovada, também alcança as assembleias legislativas dos estados, a Câmara Legislativa do Distrito Federal e as câmaras municipais. Na última quinta-feira (26), o senador Walter Pinheiro (PT-BA) defendeu o voto aberto como uma forma de compromisso com o eleitor e com a transparência. Os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Ana Rita (PT-ES) apontaram para o voto aberto em defesa da transparência, da coragem e da ética. Já o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) afirmou que é preciso fortalecer a democracia representativa, tornando-a torná-la imune a fenômenos aos que ocorrem atualmente na Venezuela, Bolívia e Equador e assegurar "salvaguardas" para a independência entre os Poderes da República. Ele defendeu a manutenção do voto secreto no caso de análise, pelo Congresso, de vetos presidenciais, e na escolha, pelo Senado, de integrantes das cortes superiores.

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A MP 619/2013 estabelece ações para ampliar e melhorar a capacidade de armazenagem de grãos no país. O texto permite à Conab usar o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) para contratar a construção de silos e armazéns públicos para a safra 2013/2014.

De acordo com a MP, que vence na próxima sexta-feira (4), a Conab pode contratar, sem licitação, banco federal para atuar na gestão e na fiscalização de obras e serviços de engenharia relacionados à modernização, construção, ampliação ou reforma de armazéns. O RDC, instituído pela Lei 12.462/2011, diminui os prazos de procedimentos e recursos na licitação e institui a contratação integrada, por meio da qual uma mesma empresa faz o projeto e o executa até a entrega final.

A matéria foi encaminhada ao Congresso Nacional em junho. O governo justifica a urgência da MP com o argumento de que é preciso evitar a perda de competitividade no campo, o que pode afetar as exportações brasileiras. A medida também pode estimular a agricultura familiar e atender os produtores rurais de baixa renda vítimas da seca.

*Com informações da Agência Senado 

Um pedido de vista coletiva apresentado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou nesta quarta-feira (11) a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 43/2013, já aprovada na Câmara, que acaba com todas as votações secretas no Congresso Nacional. O mesmo texto foi defendido pelo relator no Senado, Sérgio Souza (PMDB-PR), que criticou o adiamento.

O adiamento nasceu de pedido de vista individual do senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), em manobra para esperar votação na Câmara dos Deputados da PEC 86/2007, já aprovada no Senado e menos abrangente, por prever voto aberto apenas em cassação de mandato. Segundo Lopes, há um entendimento na Câmara dos Deputados para que a votação da matéria ocorra na próxima semana.

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O pedido de vista foi transformado em coletivo para que a PEC em discussão no Senado retorne à pauta da CCJ já na sessão da comissão, na próxima semana, impedindo que a apreciação fosse adiada por prazo indefinido.

A PEC vinda da Câmara enfrenta resistência de muitos parlamentares, que não concordam com votação aberta no caso de vetos presidenciais e indicações de autoridades feitas pela Presidência da República, a exemplo de ministros dos tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União; governadores de territórios; presidente e diretores do Banco Central; procurador-geral da República; chefes de missão diplomática de caráter permanente; e titulares de outros cargos previstos em lei.

Com o retorno da matéria para votação na CCJ na próxima semana, o relator Sérgio Souza admitiu que pode alterar seu relatório, aceitando mudanças que rejeitou anteriormente. "Agora, com o pedido de vista, vai haver mais emendas, outras propostas. E, durante a semana, vamos buscar construir consenso. Não dá mais para fugir disso", disse.

Para que a proposta avance, Souza disse que precisa encontrar um texto comum que permita a aprovação do voto aberto. "Aquilo que tem consenso tem que avançar, porque esperar a Câmara concluir votação em uma comissão especial, para depois ir a plenário, quebrar interstício duas vezes... O Brasil não pode esperar".

No relatório atual, Sérgio Souza defende o voto aberto: “Ao tornar todas as deliberações do Congresso Nacional abertas e públicas, [a PEC] revela a necessária transparência e publicidade que deve reger a vida pública e o funcionamento das instituições do Estado, de um lado; e, de outro, contribui para a vigilância cidadã e a sindicabilidade, pela sociedade, sobre a atividade do Congresso Nacional e dos deputados federais e dos senadores da República”, diz um dos trechos.

A aprovação do fim do voto secreto de forma parcial na Câmara do Recife não define a absoluta satisfação dos vereadores. Mesmo que a proposta tenha obtido 28 votos nessa segunda-feira (9), alguns parlamentares como o líder da oposição, Raul Jungmann (PPS), defende em partes a proposta e acredita que em alguns aspectos deverá ainda permanecer em segredo as decisões do legislativo.

Para demonstrar sua posição sobre o assunto, o opositor do governo listou alguns pontos defendidos por ele e contextualizou. De acordo com Jungmann o voto deveria ser “abertíssimo para a cassação de mandatos de corruptos e ladrões (a exemplo do deputado Donadon e fechado para votação dos vetos presidenciais e eleição do presidente e da mesa diretora do Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais”, expôs.

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Depois de externar sua opinião sobre o voto aberto, o parlamentar explicou o motivo de sua decisão em relação as restrições exibidas. “O voto aberto para cassação de mandato é uma arma contra o corporativismo do Legislativo, que tenda a absolver os que cometem crimes, embora nem sempre. Já o voto fechado para votação de vetos às leis dos prefeitos, governadores e presidentes é uma defesa do Poder Legislativo contra as pressões, chantagem e arbitrariedades do Executivo. Se, nesse caso, o voto for aberto, o parlamentar ficará indefeso diante dos poderes de prefeitos, governadores e presidentes. E dificilmente poderá fazer valer a vontade do seu eleitor ou a sua própria“, justificou.

Ratificando seu ponto de vista, o vereador argumentou sua posição comparando-a com a época da ditadura. “Votar pelo voto aberto na cassação de corruptos é defesa da ética; mas votar pelo voto aberto nos vetos presidenciais e eleição da mesa diretora do Legislativo é acolher a vontade das ditaduras e dos tiranos”, declarou.

 

 

 

Definição das eleições suplementares de Água Preta, decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) sobre ocupação da Câmara de Petrolina, aprovação do fim da reeleição na Câmara Federal e alegação do conhecimento deputado Guilherme Uchoa (PDT) sobre o não conhecimento no caso de censura de veículos pernambucanos foram alguns fatos do mundo político desta semana. 

Os fatos iniciaram no último domingo com as eleições suplementares em cinco municípios brasileiros. Já na segunda-feira (2), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) alegou que José Serra (PSDB) não sairá candidato a presidente, o que confirma a tentativa do senador Aécio Neves para a vaga majoritária. Ainda na segunda, a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) convocou os prefeitos para aderirem ao Plano Viver Sem Limite, do Governo Federal. O programa tem como objetivo promover a integração e articulação de políticas, programas e ações pelos direitos das pessoas com deficiência, garantindo o convívio social, o acesso à educação e saúde.

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Na terça-feira (3), o Partido Socialista Brasileiro (PSB) entrou com uma representação pela cassação do deputado Natan Donadon (sem partido/RO) na Câmara Federal. No mesmo dia a Câmara Federal aprovou a Proposta de Ementa Constitucional (PEC) 349 que extingue o voto secreto.

Na quarta-feira (4), um dos assuntos mais movimentados no cenário político pernambucano foi a declaração do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Guilherme Uchoa (PDT) em relação ao não conhecimento de uma ação que censurava alguns veículos de comunicação no Recife. Também na quarta a Alepe suspendeu a tramitação da PEC 04, que prevê voto aberto na Casa Legislativa.

Na última quinta-feira (5), a Câmara de Vereadores de Petrolina divulgou imagens da ocupação da Casa Plínio Amorim e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) se manifestou sobre o caso de Guilherme Uchoa defendendo a liberdade de imprensa

Na sexta-feira (6), um grupo de trabalho da Câmara Federal aprovou o fim da reeleição e o assunto até o momento tem recebido o apoios de alguns parlamentares pernambucanos. Na pesquisa do Vox Populi Dilma Rousseff (PT) liderou a disputa presidencial com 38% das intenções de voto. Já a candidata ao Processo de Eleição Direta (PED) do PT em Pernambuco, deputada Teresa Leitão, iniciou sua campanha através do Facebook e o TJPE determinou a saída de manifestantes da Câmara de Petrolina.

Neste sábado (7), após o pronunciamento da presidente Dilma na sexta (6), o senador Aécio Neves (PSDB) alegou antecipação de candidatura e afirmou entrar com uma ação judicial contra o discurso.

Por unanimidade, a Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 349, que acaba com o voto secreto no Poder Legislativo. A proposta, que agora segue para votação no Senado, chega para mudar radicalmente a história dos parlamentos federal e estadual e municipal.

Em meio aos protestos que seguem em todo o Brasil, a aprovação dos deputados soou como uma resposta politicamente calculada para minimizar o desgaste causado pela absolvição do deputado Natan Donadon, que ocorreu em votação secreta. Entretanto, é preciso ser cauteloso para avaliar os benefícios da decisão tomada pela Câmara.

O projeto inicial, do deputado Luiz Antonio Fleury e relatado por José Eduardo Cardozo, hoje ministro da Justiça, extingue a votação secreta no âmbito do Poder Legislativo - Congresso Nacional, Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais - são obrigados a abrir o voto em todas as circunstâncias.  Em resposta a aprovação da Câmara, parte dos senadores se articula para mudar a proposta já aprovada, acabando com o sigilo das votações nos casos de cassação de mandato dos congressistas e mantendo o voto secreto para veto presidenciais e para escolha de autoridades do Executivo e Judiciário.

Não há dúvidas que, sendo aprovada pelo Senado sem restrições, a PEC 349 é mais um passo na busca da transparência política, tão reivindicada por nós brasileiros. No entanto, os Senadores alegam que a abertura total dos votos pode transformar o Congresso em um mero instrumento do Executivo, já que pode haver constrangimentos para parlamentares favoráveis ao governo em derrubar um veto presidencial, por exemplo.

Aprovar a PEC no Senado não será fácil. E se houver mudanças na proposta aprovada na Câmara, ela terá que retornar para nova análise dos deputados, o que atrasa ainda mais a análise do tema, que já dura sete anos. De um lado, os compromissos partidários e os laços de amizade entre os parlamentares querem manter, em partes, o voto secreto. Em contrapartida, o eleitor tem total direito de saber como vota seu vereador, deputado e senador.

Polêmicas a parte, está mais que na hora de cada parlamentar assumir suas decisões, acabar com o jogo duplo em que defende a punição e a ética, mas vota conforme os seus interesses pessoais. Cada um desses parlamentares foi eleito por nós e seu papel é representar o povo e não minorias. Enquanto ao caso Donadon? Este ficará como uma mancha na imagem da política brasileira.

Em uma operação comandada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com aval do vice-presidente da República, Michel Temer, a Casa vai reagir à manobra da Câmara no debate do voto aberto e construir um atalho para promulgar já na próxima semana a parte do texto que trata de cassação de mandatos. Assim, novos processos que chegarem ao Congresso, como dos condenados ao mensalão, seriam decididos por voto aberto. As outras possibilidades de sigilo serão discutidas pelo Senado em projeto paralelo, sem prazo para votação.

A reação foi costurada após líderes na Câmara, como Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciarem que não concordariam em votar a proposta restrita a cassações. A medida, na prática, poderia levar a um impasse porque há resistências sobre voto aberto em vetos presidenciais, indicações de autoridades e eleição da Mesa Diretora das Casas.

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Recebido o problema, Calheiros aconselhou-se com Temer e optou por usar um precedente aberto em 1998 quando o hoje vice-presidente comandava a Câmara. Naquela ocasião, houve divergência entre as duas casas legislativas sobre uma proposta de reforma administrativa e a solução encontrada foi de promulgar apenas a parte na qual havia consenso. Desde então, o caminho já foi usada outras vezes em reformas da previdência e do Judiciário.

"A resposta mais concreta que nós podemos dar é votando aqui no Senado o que a Câmara já votou e é consenso, que é a abertura do voto no julgamento de deputado e senador. É essa a resposta concreta que a sociedade cobra e nós podemos dá-la. O restante tramita mais demoradamente", anunciou Calheiros, lembrando que o tema ganhou os holofotes após a Câmara absolver Natan Donadon (sem partido-RO), preso desde junho.

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Vital do Rêgo (PMDB-PB) vai pautar a proposta que chega da Câmara já na próxima quarta-feira (11), e há a intenção de a votação acontecer em plenário no mesmo dia, quebrando por acordo de líderes os prazos regimentais. Vital nomeou Sérgio Souza (PMDB-PR) para relatar a proposta. O paranaense diz defender a proposta de voto aberto para todos os casos, mas disse que vai conversar com os líderes em busca de um consenso. Confirmando a autoria do PMDB na articulação, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), manifestou apoio à solução de Calheiros. "Vejo com bons olhos essa proposta do Senado", disse.

Líder do PT, o senador Welington Dias (PI), afirmou que seu partido vai insistir em voto aberto para todos os casos. Reconheceu, porém, que a solução proposta por Calheiros pode ser um caminho para a negociação desde que não inviabilize a tramitação de texto alternativo com a abertura total.

A solução costurada por Calheiros agradou parlamentares que defendem o voto aberto para cassação por resolver a questão mais urgente do tema. Relator da proposta específica de cassações em tramitação na Câmara, Vanderlei Macris (PSDB-SP), afirmou não ser o momento de brigar por autoria da proposta. "O importante é que a solução seja dada", afirmou. Presidente da frente parlamentar do voto aberto, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) diz que continuará a defesa pela proposta mais ampla, mas reconheceu ser mais urgente resolver a questão de cassações, tendo até em vista a chegada em breve dos processos relativos ao mensalão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da República em exercício, Michel Temer, está neste momento reunido com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), também está sendo esperado para a reunião no Planalto. Na pauta do encontro está a questão do voto aberto no Congresso, motivo de disputa entre as duas Casas.

Nesta terça, 3, a Câmara aprovou o voto aberto para todas as votações. Renan defendia a aprovação da proposta de emenda constitucional que já tinha sido aprovada pelo Senado há um ano, acabando com voto secreto apenas para cassação de deputados e senadores, mas o mantendo para as demais votações.

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Com o encontro, Temer quer ver se é possível que os dois presidentes da Câmara e do Senado consigam chegar a um consenso para apressar a votação do tema e encerrar a discussão. A reunião de Calheiros e Henrique Eduardo Alves com Temer será realizada no gabinete da presidente Dilma Rousseff, no terceiro andar do Planalto, onde Temer está despachando nesta quarta.

O fim do voto secreto nas Casas Legislativas municipais e estaduais é um grande dilema entre os políticos. Depois da decisão da Câmara Federal na noite dessa terça-feira (3), o assunto é um alarde para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Dividindo opiniões no parlamento estadual, o deputado Raimundo Pimentel (PSB) prefere esperar a decisão do Senado Federal para posterior discussão em Pernambuco.

Desde o início do segundo semestre, a Casa Joaquim Nabuco abriu o diálogo para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 04 de autoria de Sílvio Costa Filho (PTB), que inclusive, foi retirada de pauta. Porém, para Pimentel a matéria deve ser retomada apenas, após decisão do Congresso Nacional. “Minha opinião hoje é que agente espere a decisão do Congresso Nacional para que tome a decisão aliada com o Congresso, até porque, a decisão que for tomada com essa emenda tem desdobramentos para as três esferas (federal, estadual e municipal)”, defende o socialista.

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O parlamentar também comentou a aprovação da PEC 359, acatada por unanimidade pelos parlamentares federais em Brasília. “O resultado foi muito em função da insensatez que cometeram em não cassar o deputado Donadon. Então, a Câmara mais uma vez tenta corrigir um erro grave que cometeu em não cassar um deputado presidiário”, alfinetou.

 

 

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