Mais de 70% dos recifenses desejam ir às urnas em 2014
Entre os principais desafios que a população espera que o novo presidente enfrente está a saúde
Apesar da insatisfação com os partidos políticos, já medida em outros levantamentos, o recifense deseja ir às urnas em 2014 escolher o novo presidente da República. De acordo com dados de uma amostra divulgada, esta segunda-feira (16), pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) 71,1% da população pretende ir votar em cinco de outubro de 2014. Dos entrevistados, 16% afirmaram que não pretendem exercer o direito do voto e 12,9% não souberam responder.
Às vésperas do início do ano eleitoral os pré-candidatos à presidência ainda terão o desafio de convencer 16% dos recifenses a participarem do pleito. Atualmente, os principais prováveis candidatos ao Palácio do Planalto são a presidente Dilma Rousseff (PT), que tentará a reeleição, o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e o senador Aécio Neves (PSDB).
Recifense deseja que próximo presidente foque na saúde
Entre os desafios que a população da capital pernambucana espera que o novo presidente enfrente a saúde aparece em primeiro lugar. A área foi apontada como prioridade por 25% dos entrevistados, o que segundo o analista Maurício Romão, aponta o fraco desempenho dos governos em relação às ações voltadas para a saúde, mesmo com a implantação de diversos programas.
“É uma questão recorrente e a opinião da população mede a qualidade dos serviços na saúde, que é fraca. A população sofre, não tem médicos, não tem hospitais, não tem bons atendimentos, enfim tudo isso reflete em uma predisposição do povo com relação à saúde. Não é a toa que as pesquisas dizem que a saúde é o pior problema”, ressaltou. Lembrando ainda que o quesito sempre tem sido o mais considerado, como principal problema, em todas as pesquisas seja no âmbito federal, estadual ou municipal.
Indagado sobre as possibilidades de mudança no quadro, Romão frisou que o déficit não esta na captação e liberação dos recursos, mas no gerenciamento dos programas na área. “Não é uma questão de curto prazo, nem de recursos, pois eles existem em uma quantidade importante. É mais uma questão gerencial, de programação, planejamento. Esta pauta da população vai continuar e será sempre relevante com respeito a essa deficiência que é notória, seja no governo federal, estadual e municipal”, analisou o estudioso.
Dentre os demais assuntos que, segundo os recifenses, merecem um foco maior também aparecem à saúde pública, com 14,3%, a educação, 9%, o desemprego, 8,4%, e a corrupção 6,4%. O IPMN ouviu 624 pessoas, entre os dias 04 e 05 de dezembro. A pesquisa apresenta um nível de confiança de 95% de confiança e uma margem de erro estimada de 4,0 pontos percentuais.