Tópicos | Maurício Romão

Já foi constatado que economia e política andam lado a lado no Brasil, isso ficou em evidência com a crise que atingiu severamente os dois setores nos últimos anos. Apesar disso, especialistas consideram que 2018 será decisivo para ambas as áreas, visto que a economia começou a se recuperar da recessão e em outubro está marcada as eleições presidenciais, primeira depois que o presidente Michel Temer (MDB) assumiu a titularidade do país com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). 

“Este ano a economia vai ter algum fôlego. Uma luz no fim do túnel. Isso deve se refletir no aumento da arrecadação modesta do governo e é algo que ajuda bastante”, analisou o professor do departamento de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Rafael Costa Lima. Segundo o estudioso, a conjuntura econômica já dá sinais de recuperação, inclusive, com a queda do desemprego que atingia 13,5 milhões de brasileiros em junho e em novembro caiu para 12,7 milhões. 

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Mesmo assim o economista também considerou que com o advento das eleições há a possibilidade de os investidores aguardarem o resultado do pleito, que, segundo ele, implicará no ambiente econômico e na previsão de rentabilidade do país.

“O desfecho dessa eleição está totalmente em aberto o que gera imprevisibilidade para a economia. Diria que uma parte dos pré-candidatos falam em continuidade da política econômica de Temer, mas o próprio Lula já está defendendo bandeiras diferentes. Caso ele seja eleito pode representar uma ruptura significativa, em termo de política econômica. Mas quem for eleito dificilmente terá força para desfazer as reformas feitas por Temer, por exemplo”, opinou Rafael Costa Lima. 

Ao tratar das reformas protagonizadas por Temer, o especialista também pontuou a importância político-econômica da aprovação da revisão das regras previdenciárias do país.  O assunto tem data marcada para entrar na pauta da Câmara dos Deputados, 19 de fevereiro, e ainda passará pelo Senado.

“Vai gerar uma maior previsibilidade do equilíbrio das contas públicas. Isso vai, no horizonte de médio prazo, sinalizar que o Governo Federal dificilmente vai ter que mudar muita coisa para honrar seus compromissos. Se não for aprovada não vai restar saída para os próximos governos, a não ser aumentar impostos, o que é uma piora no horizonte da economia. É um desestímulo para a atividade econômica”, argumentou, mesmo sem querer fazer previsões sobre o andamento da proposta. 

Já quanto a influência internacional na economia brasileira, o estudioso disse que os países não devem firmar acordos de comércio com o país até o fim do governo Temer, uma vez que o presidente não prezou pelo bom relacionamento exterior. “O foco da atuação de Temer não tem sido de estabelecer vínculos com outros países. Politicamente, no plano internacional, a questão do impeachment foi uma coisa que não ficou bem esclarecida. Isso transpareceu claramente em diversas reuniões que o presidente Temer foi representar o Brasil. Líderes de outros países não estão propensos a firmar acordo duradouros com o presidente Temer”, advertiu. 

Caminho econômico nas eleições

A influência da pauta econômica na disputa pelo comando do país é evidente. O professor da UFPE acredita que o “MDB deve trabalhar silenciosamente para se manter relevante na política nacional”, caso a recuperação financeira tenha uma concretização mais intensa durante o último ano da gestão de Temer. Reforçando a tese de que a legenda peemedebista pode lançar um nome para a corrida, excluindo a possibilidade de alianças.

Por outro lado, os demais nomes que se confirmarem na eleição vão nortear a pauta econômica que defenderão pelos seus campos políticos. “O centro-direita vai defender a continuidade das reformas, ajuste fiscal, controle das despesas e o legado dessa retomada de crescimento. A esquerda vai se posicionar contrário ao que houve, dizendo que foi um desmonte de conquistas pretéritas e sinalizar para uma recomposição do que foi feito no passado”, observou o PhD em economia, Maurício Romão. “Isso é perigoso, pois pode prometer e não cumprir. A esquerda vai ter dificuldade de discurso. Na hora da política mesmo, do vamos ver, aí eles terão dificuldades”, acrescentou. 

O economista pernambucano Maurício Costa Romão assume, na próxima semana, o comando da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres). Ele foi convidado para ocupar o cargo pelo ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho (DEM), na última terça-feira (17). Em conversa com o Portal LeiaJá, Romão confirmou ter aceitado o convite e disse que está de mudança para Brasília na segunda-feira (23).

“Ainda não estou totalmente a par das responsabilidades da Seres, mas pretendo me dedicar e definir as prioridades a partir de segunda, quando encontro o ministro Mendonça e vemos se realmente o convite será sacramentado”, pontuou.

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A secretaria é responsável pela regulação e supervisão de instituições de educação superior públicas e particulares do sistema federal de educação superior; dos cursos superiores de graduação nas modalidades bacharelado, licenciatura e tecnológica e de cursos de pós-graduação lato sensu nas modalidades presencial e a distância.

Cabe ainda à Seres a certificação de entidades beneficentes de assistência social na área de educação e a promoção da qualidade do ensino, a partir do estabelecimento de diretrizes para a expansão de cursos e instituições.

Perfil - Maurício Romão é mestre e pós-doutor em economia pela Universidade de Illinois, Estados Unidos, e atuou como professor visitante das universidades de Illinois, da University College London e em Harvard.

Foi secretário de administração e reforma do estado do governo de Pernambuco, secretário-adjunto de planejamento da prefeitura de Recife, diretor de administração de incentivos da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), consultor do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (Iica) da Organização dos Estados Americanos (OEA) e coordenador do Projeto Iniciativa pelo Nordeste, apoiado pelo Banco Mundial.

Comparado a Judas Iscariotes, São Cristovão e até Jesus Cristo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem sido alvo de inúmeras críticas desde que assumiu a pasta. Advindas de integrantes do PT – muitos deles sindicalistas – as farpas estão baseadas, inclusive, nas medidas do ajuste fiscal proposto pelo ministro na tentativa de reequilibrar as contas da União.

Apesar de compor o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ajuste ter passado pelo aval dela antes de seguir para a análise do Congresso, os petistas tentam “tirar o corpo fora” e impor o ônus das medidas para Levy, fazendo uma analogia das atitudes dele ao que Judas Iscariotes fez, segundo a história bíblica com Jesus Cristo, traindo-o por 30 moedas de prata. 

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O posicionamento dos petistas, no entanto, não é bem avaliado por cientistas políticos e economistas. Para o PhD em economia e analista político Maurício Romão, os integrantes do partido estão querendo “livrar a presidente Dilma” como se as atitudes de Joaquim Levy fossem independentes do governo. 

“O PT tenta burlar o entendimento geral e dar uma conotação de que este programa de Levy não é do PT, mas exclusivamente do Levy. Na verdade é um programa de governo, principalmente na área da economia, carro chefe da gestão”, analisou o estudioso. 

A visão é corroborada pelo cientista político Adriano Oliveira. Segundo ele, o PT “não quer aceitar os custos do governo, mas apenas os benefícios”. “É um posicionamento equivocado e oportunista. Se o ajuste (fiscal) trouxer aquilo que é esperado, a retomada da popularidade de Dilma, as críticas serão minimizadas. Enquanto não, eles vão permanecer radicalizando nas críticas, pois parte do PT não quer ter o custo do seu governo”, ponderou Oliveira.

Sob a ótica de Romão, Levy tem sido “coerente” à frente da pasta da Fazenda. “As posições de Joaquim Levy são tradicionais e coerentes. Foram manifestadas explicitamente quando ele era do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB)”, argumentou. “Não há nenhuma mudança de posição e filosofia. O foco é diferente, claro. Mas foi o PT que mudou. O governo é que mudou e foi buscar no seio do PSDB alguém para tentar gerir a crise econômica”, complementou o economista.  

Apesar de todo imbróglio encabeçado por parlamentares e militantes do PT, a presidente Dilma saiu em defesa de Joaquim Levy. Em entrevista recente, a petista disse que era “errado tratar o ministro como Judas por causa do ajuste”. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) também defendeu o ministro da Fazenda. O peemedebista afirmou que o titular da pasta deveria ser, na realidade, “tratado como Cristo”. “Em um primeiro momento, parece uma coisa difícil, complicada, mas que vai dar os melhores resultados (para o país). Menos Judas e muito mais Cristo”, observou Temer. 

Outra analogia bíblica – Dentre todos os títulos de personagens bíblicos dados ao ministro não foi citado o nome de Levi, filho de Alfeu, que servia ao Império Romano coletando impostos com rigorosidade e estava ligado as finanças do reino na época, assim como Joaquim Levy. Conta os escritos que certo dia, o filho de Alfeu ouviu uma pregação de Jesus Cristo e foi convidado por ele a deixar a cobrança dos impostos para se tornar um dos seus discípulos. Assim fazendo, Levi foi rebatizado de Mateus e saiu de um homem odiado pela sociedade romana para apóstolo. 

O Recife vai sediar um encontro regional, no próximo dia 29, para discutir a atual conjuntura política e econômica do Brasil. Os economistas Tânia Barcelar e Maurício Romão vão debater o tema durante o “Seminário Brasil: Conjuntura política e econômica”. 

O evento, promovido pelo Conselho Regional de Economia (Corecon-PE), será no auditório do Banco Central, localizado na Rua da Aurora, às 15h. Para participar do seminário não precisa de inscrição. O encontro será gratuito. 

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A Comissão Especial da Reforma Política da Câmara dos Deputados se reúne, nesta segunda-feira (6), para uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no Recife. No encontro, que iniciou às 10h, estão sendo discutidas as principais propostas do grupo para a reorganização do sistema eleitoral no Brasil e foram coletadas propostas de parlamentares e entidades locais. 

O encontro está sendo presidido pelo único representante estadual na Comissão, o deputado federal Tadeu Alencar (PSB), que, inclusive, é vice-presidente do grupo. “Estes encontros permitem que o país inteiro possa contribuir com sugestões para a reforma política nacional que está há mais de 20 anos rolando no Congresso Nacional”, disse. “Acreditamos que com esta pressão popular teremos um resultado positivo. Agora vamos levar de Pernambuco ideias para que a reforma seja aquela esperada pela sociedade, como a redução da influência do poder econômico nas eleições, unificação do calendário eleitoral e o mandato de cinco anos”, acrescentou o socialista. 

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Relator do colegiado, o deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) fez uma explanação das principais defesas para a composição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que será o resultado da Comissão e deve ser apresentada no início de maio. O peemedebista elencou dez problemas como os principais do atual sistema eleitoral, entre eles o alto custo das campanhas eleitorais, o número de partidos, as coligações entre os partidos e o aperfeiçoamento do sistema democrático.

“A reforma política é uma dívida do Congresso com a sociedade. Desde que o mundo é mundo que se fala nela e nós nunca conseguimos fazer”, observou Castro. “Como está não pode continuar, nos movimentos populares (em 2013 e 2015) o primeiro cartaz que se vê é pedindo uma reforma política. Temos que marchar no rumo de aperfeiçoamento da estabilidade democrática”, acrescentou o relator. 

Ainda de acordo com o relator, a Comissão Especial está se encaminhando para o fim da reeleição executiva; mandato de cinco anos para todos, inclusive para senador com a eleição deles no mesmo dia; coincidência das eleições; proibindo coligações; clausula de barreira; federação partidária, coligação verticalizada de no mínimo quatro anos em todo o país; janela de fidelidade partidária, com o domicílio eleitoral e filiação acontecendo com seis meses e não um ano como é atualmente. Também estão previstas mudanças no sistema eleitoral e no financiamento de campanha. 

Durante a audiência pública, foram abertas inscrições para que vinte pessoas emitissem seus posicionamentos quanto ao assunto. Entre os que expuseram suas opiniões, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) colocou como fundamental o fim da coligação para eleição proporcional e o fim da denominação cláusula de barreira. “Isso é uma indecência e tem que acabar. Você vota em João e elege Pedro, escolhe Titirica e arrasta mais três. Isso só faz proliferar os partidos que vendem seus espaços. Essas duas medidas são fundamentais”, criticou o peemedebista. 

O economista e um dos coordenadores do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), Maurício Romão, questionou as inúmeras vezes que o assunto foi discutido no legislativo nacional sem resultados concretos. “Esta é a sexta legislatura que se trata de reforma política”, observou. “Defendo que a reforma seja um processo, não pode ser uma euforia de início de legislatura. No processo você a possibilidade de fazer uma lipoaspiração e ir depurando isso, para que se chegue em um denominador comum”, criticou acrescentando o estudioso. 

Participação maciça de políticos

A audiência pública promovida pela Comissão federal atraiu a participação de diversos políticos de todo o Estado. Além do ex-governador e deputado Jarbas Vasconcelos, também participaram e deram suas sugestões os ex-governadores Roberto Magalhães e Gustavo Krause. Outros deputados federais que não compõem o colegiado, deputados estaduais, prefeitos e representantes das gestões municipais também participaram do encontro. 

A disputa pela presidência da República deste ano é a mais acirrada desde 1989, de acordo com especialistas. Isto porque assim como naquele ano – quando o cargo era concorrido por Fernando Collor (PRN), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Leonel Brizola (PDT) – a busca pelo comando do Palácio do Planalto deixa de ser polarizada entre duas forças e aparece um terceiro fator relevante na disputa. 

Além do PT e PSDB, que pleiteiam o cargo com a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves, respectivamente, o PSB aparece como a terceira via com a ex-senadora Marina Silva. Liderando as pesquisas e com a máquina pública na mão, a petista já é dada como certa para um eventual segundo turno, no entanto a outra vaga tem sido disputada voto a voto entre o tucano e a ambientalista. 

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“Depois de 1989, esta é a primeira eleição com candidatos competitivos. Naquele ano você tinha três candidatos básicos: (Fernando) Collor,  (Leonel) Brizola e Lula, grandes políticos para disputar o voto da população. Agora temos novamente três nomes com reais condições”, observou o cientista político, Hely Ferreira. “A disputa nos últimos anos ficava polarizada entre PT e PSDB agora tem uma terceira via que tem causado assombro aos dois representantes dos partidos”, completou o estudioso. 

Segundo o especialista a chance da disputa ser decidida no primeiro turno é de quase 1%. “É a eleição mais incerta que a gente tem, nos últimos anos do país. Qualquer palpite pode ser perigoso. Mas é certo que a chance de Dilma vencer no 1° turno é remota, quase 1%”, vaticinou Ferreira. 

A briga mais intensa entre PSDB e PSB iniciou após o dia 13 de agosto, quando o até então presidenciável e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), faleceu após um acidente aéreo e Marina assumiu a condição de candidata, passando a configurar o segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, antes ocupado por Aécio, e em alguns levantamentos até liderando a disputa com uma diferença mínima de dois pontos percentuais em comparação a Dilma.  

A vantagem da socialista, no entanto, tem caído há três semanas, juntamente com a comoção quanto à tragédia que vitimou Campos. E Aécio, que sofreu uma acentuada queda após a morte do pernambucano, passou a recuperar as intenções de voto, trazendo à tona, a possibilidade dele retornar ao segundo lugar, passando a pontuar para um segundo turno. 

“Pelas curvas de tendência, fazendo a ressalva de que a aritmética é diferente da vida real, Aécio pode passar Marina nesta reta final. De qualquer forma ainda tem um grande percentual indeciso, fica difícil dizer”, destrinchou o analista Maurício Romão. “Vai ser difícil para Aécio tirar a diferença entre ele e Marina. Estrutura ele tem, pois o PSDB é o maior partido de oposição, o problema é que Aécio é um candidato que não nos passa a ideia seguridade”, contrapôs Ferreira.  

Na última pesquisa de intenções de votos, divulgada pelo Instituto Datafolha, nesta quinta-feira (2), Dilma Rousseff apareceu com 40% da preferência dos brasileiros, Marina Silva com 24% e Aécio Neves 21%. Três pontos percentuais, de acordo com o levantamento, separam os dois e isso deverá pesar na hora da apuração dos votos neste domingo (5), quando serão anunciados os vencedores ou os postulantes que disputam no dia 26, quando está agendado o 2° turno do pleito. 

 

O candidato a governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), consolida a liderança e aumenta a diferença de intenções de votos para ele em relação ao principal adversário, Armando Monteiro (PTB), a três dias do pleito eleitoral. Dados do último levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio, divulgados nesta quinta-feira (2), apontam o ex-secretário da Fazenda com 44% da preferência. Já o petebista aparece com 31% das intenções, configurando uma diferença de 13 pontos entre os dois.

Os percentuais são maiores do que os da última amostra, veiculada no dia 25 de setembro, para os dois candidatos. Nela, Câmara atingia a casa dos 39%, já o petebista receberia 33% dos votos. A anterior, veiculada no dia 11 do mesmo mês, a liderança do socialista já aparecia, no entanto com percentuais menores. Ele configurava 33% da preferência, enquanto o petebista receberia 31% das intenções de votos.

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Nas pesquisas do IPMN divulgadas antes desta data, o cenário era contrário ao atual, com a liderança ocupada por Armando. Em julho, ele tinha 37% da preferência, enquanto o socialista receberia 13% das intenções. Um mês depois, em agosto, a diferença entre os dois já reduzia. No levantamento divulgado no dia 30, após a morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB), eles apareciam tecnicamente empatados, 32% do senador licenciado contra 28% do ex-secretário da Fazenda. 

Para o cientista político e coordenador do IPMN, Adriano Oliveira, a eleição deve ser decidida ainda no primeiro turno, com vitória de Paulo Câmara. “Os números consolidam aquilo que já foi diagnosticado, desde que Paulo Câmara tinha 10%: ele é favorito e deve ganhar a eleição no primeiro turno”, vaticinou o estudioso. Segundo ele a razão disso se dá pela essência deste pleito. “Os eleitores querem votar pela continuidade das ações de Eduardo (Campos) e como Paulo Câmara se apresentou como defensor deste legado ele tende a ser eleito”, observou. 

Corroborando Oliveira, o analista e coordenador do IPMN, Maurício Romão, pontuou a possível vantagem do socialista sobre o petebista. “É um processo meio que irreversível. A distância entre ele e Armando está aumentado e isso acontecendo na reta final podemos, com uma segurança estatística grande, dizer que Paulo Câmara vai ganhar a eleição no primeiro turno e pode fazer isso com uma vantagem razoável”, avaliou.

Segundo o IPMN, os candidatos Zé Gomes (PSOL), Miguel Anacleto (PCB), Jair Pedro (PTSU) e Pantaleão (PCO) não atingiram um ponto percentual de acordo com o levantamento. Os indecisos (brancos e nulos/não souberam responder) neste levantamento somam 24%, o percentual reduziu, em comparação a última pesquisa divulgada na última semana, antes eles eram 27%.

A amostra foi a campo nos dias 29 e 30 de setembro e consultou 2.480 pernambucanos. O levantamento foi registrado junto a Justiça Eleitoral, sob os números PE-00035/2014 e BR-00924/2014, no dia 26 de setembro de 2014. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

Cenário por regiões

O favoritismo de Paulo Câmara permanece quando a aferição é analisada por regiões do estado. Na capital pernambucana, maior colégio eleitoral, o socialista aparece como o preferido por 47% do eleitorado, já Armando teria 25% das intenções e o candidato Pantaleão 2%. Nas outras cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) a vantagem do ex-secretário da Fazenda é ainda maior, ele atinge à casa dos 51% e o senador licenciado teria 26% da preferência. 

Quando se chega a Zona da Mata, Paulo Câmara teria 49% das intenções e Armando configura 25%. A liderança permanece ainda pelas cidades do Agreste, na região o socialista teria 41% da preferência e o petebista 30%.  

O cenário muda, quando chega ao Sertão do estado. Lá Armando Monteiro lidera com folga e venceria o pleito no primeiro turno por 53%, contra 30% de Paulo Câmara. A preferência se repete no Vale do São Francisco, o senador licenciado atinge 51%, enquanto o afilhado político de Campos tem 27%. 

“Armando tem raízes em cidades como Serra Talhada e Petrolina, isso tem influência no percentual, claro. Principalmente na medida em que os prefeitos dessas cidades estão ligadas a determinada candidatura”, observou Maurício Romão. 

Votos válidos: Paulo Câmara venceria no primeiro turno com 15 pontos de diferença

Caso o pleito eleitoral fosse hoje, considerando os votos válidos, o candidato do PSB seria eleito governador de Pernambuco no primeiro turno com uma diferença de 15 pontos percentuais. Na análise dos dados, exclusiva do IPMN, Paulo Câmara teria 57% da preferência e Armando Monteiro ficaria com o segundo lugar, com 42% dos votos. Outros postulantes somariam a 2%. 

Os percentuais foram aferidos de acordo com as intenções de voto de cada candidato no questionário estimulado, extraindo os votos brancos e nulos (veja no gráfico). Da mesma forma como a Justiça Eleitoral computa e divulga os percentuais no dia da eleição. 

“Quando você não tem uma terceira força que possa incomodar o protagonismo das candidaturas líderes e romper com aquele ciclo das duas candidaturas, significa que qualquer diferença de um líder para o outro ela está terminada no primeiro turno”, observou. “É uma vantagem extremamente grande de Paulo Câmara a três dias das eleições”, completou Maurício Romão. 

Aferição espontânea

A liderança de Paulo Câmara também é confirmada no levantamento espontâneo, quando os pesquisadores não mencionam a lista com os postulantes ao Palácio do Campo das Princesas. Ele receberia 39% dos votos e Armando Monteiro 28%.

Apesar de ter falecido há quase dois meses, Eduardo Campos também é citado para governar Pernambuco, assim como as candidatas à presidência da República, Marina Silva (PSB), e Dilma Rousseff (PT). Eles teriam 1% da preferência, cada.

Confira a pesquisa completa:

Os pernambucanos pretendem ir às urnas no próximo dia 5 de outubro, para escolher quem governará o estado e o país. De acordo com dados do levantamento Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio, divulgados nesta quinta-feira (25), 95% dos eleitores do estado disseram que vão comparecer a votação. Dos entrevistados, pelo IPMN apenas 5% respondeu que não votaria e 4% afirmou talvez.

“Já está na agenda dos pernambucanos. Agora que estamos mais próximos do pleito é impossível que os eleitores se mostrem alheios”, observou o analista e coordenador da pesquisa, Maurício Romão. 

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Quando observamos o interesse em votar a partir das regiões de Pernambuco, na capital 91% responderam que sim, enquanto 4% disseram não e 5% talvez. Nas outras cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR), 89% afirmaram que participará do pleito, já 8% frisou que não e 4% talvez. Ao passar para a Zona da Mata, 90% pontuaram o desejo de votar, 4% não e 6% talvez. No Sertão, os interessados crescem 95%, os que não vão votar são 4% e talvez 1%. No São Francisco, 96% disse que vai votar, 1% não e 3% estão indecisos. 

A amostra do IPMN foi a campo nos dias 22 e 23 de setembro e consultou 2.480 pernambucanos. O levantamento foi registrado junto a Justiça Eleitoral, sob os números PE-00028/2014 e BR-00743/2014, no dia 18 de setembro de 2014.  O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

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A preferência do eleitorado pernambucano pelo candidato a governador, Paulo Câmara (PSB), tem crescido numericamente. No terceiro levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) para as eleições deste ano, encomendado pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio, e divulgado nesta quinta-feira (11), o socialista aparece pela primeira vez liderando as intenções de votos. De acordo com os números, se o pleito eleitoral fosse hoje, Câmara atinge à casa dos 33%. Já Armando Monteiro (PTB) apresentaria uma queda na preferência eleitoral, ele receberia 31% dos votos.

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Ao contrário deste cenário, nas últimas pesquisas a liderança era ocupada pelo petebista. Na amostra divulgada em julho, Armando tinha 37% da preferência, enquanto o socialista receberia 13% das intenções de voto. Um mês depois, em agosto, a diferença entre os dois já reduzia. No levantamento divulgado no último dia 30, após a morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB), eles apareciam tecnicamente empatados. Armando com 32% e Câmara com 28%. 

Os números, de acordo com o cientista político Adriano Oliveira, reforçam o desejo de continuidade da população quanto a atual gestão. “O eleitor esta mostrando claramente que quer a continuidade do governo de Eduardo Campos e quem representa isso é ele (Paulo Câmara). Esta ascensão de Paulo Câmara também é por causa do ‘eduardismo’”, frisou o estudioso, que também coordena o levantamento. Além disso, para Oliveira um segundo fator corrobora a transformação do quadro eleitoral, que é a aliança do PT com o PTB.

“A estratégia do PTB em se aliar ao PT logo no primeiro turno foi equivocada, pois o PT abriu mão de um bom desempenho na Região Metropolitana do Recife e especialmente na capital. Certamente será o Recife que vai dar a vitória de Paulo Câmara”, analisou. 

Com os dados desta quinta, segundo o cientista já é possível indicar um vencedor para o pleito. “É possível prever a vitória de Paulo Câmara, a não ser que aja um erro estratégico na campanha deles. Que erro seria esse? A nacionalização da campanha deles”, observou Oliveira. 

O postulante da Coligação pelo Poder Popular, José Gomes (PSOL), é o preferido para 3% dos entrevistados. Já o candidato Jair Pedro (PSTU) tem 1% das intenções. Os candidatos do PCB, Miguel Anacleto, e do PCO, José Pantaleão, não pontuaram nesta pesquisa. 

Os indecisos (brancos e nulos/ não souberam responder) contabilizados neste levantamento somam 35%. O dado é significativo para a exploração dos candidatos, de acordo com o analista e coordenador da pesquisa, Maurício Romão. “Qualquer pontinho a frente é fundamental. O conjunto do ‘não voto’ ainda é grande. Ainda tem muito espaço para evolução, pois no dia da eleição quando se coletam todos os votos, os brancos e nulos ficam em torno de no máximo 10%. Se você tem 35% ai, uns 15% estão disponíveis para garimpagem”, frisou o estudioso.  

A amostra foi a campo nos dias 8 e 9 de setembro e consultou 2.480 pernambucanos. O levantamento foi registrado junto a Justiça Eleitoral, sob os números PE-00022/2014 e BR-00563/2014, no dia 04 de setembro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,0 pontos percentuais para mais ou para menos. 

Cenários por regiões

Quando o levantamento detalha a aferição a partir das regiões do estado, Paulo Câmara só perderia para Armando Monteiro no Sertão e no Sertão do São Francisco. Na capital pernambucana, maior colégio eleitoral do estado, o socialista é o favorito para 42%, contra 22% do petebista. Neste cenário Zé Gomes tem 2% das intenções e Pantaleão chega a 1%. Nas outras cidades da Região Metropolitana, Câmara atinge à casa dos 32% e Armando a dos 30%.

Ao chegar a Zona da Mata, a liderança de Câmara permanece. No local ele receberia, caso as eleições fossem hoje, 34% e Armando Monteiro 26%. Gomes e Jair Pedro seriam votados por 1%. No Agreste a diferença entre os dois diminui, o socialista teria 33% e o petebista 31%. Já o psolista teria 1%. 

Com um reduto eleitoral extenso entre os sertanejos, Armando lidera no cenário. O petebista teria 51% das intenções e Paulo Câmara 23%. No Vale do São Francisco, a vantagem do senador licenciado ainda é expressiva. Ele é o preferido para 30% dos entrevistados e o ex-secretário teria 24% dos votos. Neste cenário Jair Pedro e Pantaleão atingem 1% dos votos. Os candidatos que não foram citados não atingiram um ponto percentual.

Dados espontâneos

A liderança de Paulo Câmara também é confirmada pela primeira vez no levantamento espontâneo, quando os pesquisadores não mencionam a lista com os postulantes ao Palácio do Campo das Princesas. Ele receberia, caso as eleições fossem hoje, 29% dos votos e Armando Monteiro 25%. Apesar de ter falecido há quase um mês, Eduardo Campos também é citado para governar o estado por 2% dos eleitores. 

As candidatas à presidência da República, Marina Silva (PSB), e Dilma Rousseff (PT), também foram mencionadas como preferidas para governar o estado por 1%, cada. Além delas, outro postulante a governador foi mencionado desta vez, Jair Pedro. Ele teria 1% dos votos. Neste quesito os que não souberam responder configuraram 41%. 

Confira a pesquisa completa:

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A trágica morte do candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, ocasionou inúmeras dúvidas sobre como a corrida eleitoral deve acontecer a partir de agora. Baseado nisto, a edição desta semana do programa Opinião Brasil, apresentado pelo jornalista Thiago Graf, coloca em questão todas as possíveis dúvidas dos eleitores. Para esclarecer o assunto, o cientista político André Régis e o economista e analista político, Maurício Romão, são os convidados do programa. 

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Eduardo Campos era considerado um candidato que ainda poderia crescer na disputa presidencial. Apesar de Dilma Rousseff (PT) comandar as pesquisas eleitorais, o ex-governado de Pernambuco, assim como todos os outros candidatos, ainda iria estrear no guia eleitoral, o que acreditava que poderia alavancar seu desempenho nas pesquisas. O primeiro levantamento feito após o falecimento do candidato do PSB coloca a ex-senadora Marina Silva, apontada como a sucessora de Eduardo Campos, apesar do partido ainda não ter se posicionado oficialmente sobre a escolha. Segundo os dados do Datafolha, a petista Dilma Rousseff continua na liderança, mas com um percentual menor do que o apresentado nas outras pesquisas. A atual presidente contabilizou 36% das intenções de voto; seguida de Marina Silva (PSB), com 21%, e Aécio Neves (PSDB), com 20%.

"Ele [Eduardo Campos] estava na casa de mais da metade dos brasileiros, durante a entrevista, e em poucas horas veio a falecer. Acredito que esse acontecimento ajudou na escolha dos indecisos", comenta André Régis sobre a pesquisa Datafolha, fazendo referência à sabatina televisiva da qual Eduardo Campos fez parte no dia anterior ao acidente.

Outro ponto abordado no programa diz respeito às campanhas dos candidatos a partir desse novo momento. “Isso já acordado para a cúpula do PT: tentar mostrar o que foi feito nos 12 anos do petismo e até tentar, como sempre quiseram fazer, um confronto com o PSB, enquanto dirigente nacional. Agora, com a presença de Marina, alguns desses aspectos terão que ser modificados, naturalmente. Com respeito à Aécio Neves, possivelmente, deve continuar mostrando o que pretendia fazer e talvez questionar um pouco, por exemplo, essa maturidade política de Marina para dirigir um país com essa dimensão continental”, pontua Maurício Romão. Confira o debate completo no vídeo.

O Opinião Brasil é apresentado por Thiago Graf e exibido toda semana no Portal LeiaJá.

Com início no próximo dia 19, o guia eleitoral gratuito é um dos trunfos de campanha para alguns candidatos, principalmente os pouco conhecidos e os que necessitam de um reforço visual para o pleito. De acordo com dados do levantamento 'Inteligência política diagnóstico eleitoral Pernambuco' do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgado nesta segunda-feira (4), 50% dos pernambucanos pretendem assistir as propagandas eleitorais. 

Dos que afirmaram acompanhar o guia, 12% assistirão todos os dias e 38% as vezes. Em contrapartida, 41% dos pernambucanos assinalaram que não vão dedicar um tempo no dia para ouvir ou assistir os candidatos. 

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Com os tempos já definidos tanto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para candidatos a presidência, quanto pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), a expectativa, de acordo com o analista e coordenador da pesquisa, Maurício Romão, é de que o guia tenha um papel fundamental e chacoalhe os percentuais de votos. 

“O guia eleitoral terá um papel fundamental. Há uma acomodação do eleitorado no que diz respeito às suas verdadeiras intenções de voto. Os percentuais das pesquisas têm se mantido. Vamos esperar que o guia possa fazer um chacoalhar nessa constância para ver se os números se modificam. Por enquanto eles estão constantes”, observou. 

No âmbito nacional, dos três principais candidatos a presidente Dilma Rousseff lidera o tempo no rádio e na televisão, com 11 minutos e 48 segundos. O candidato Aécio Neves (PSDB) ficou com quatro minutos e 31 segundos. Já Eduardo Campos (PSB) terá um minuto e 49 segundos.

“Dilma tem o dobro do tempo de inserções na televisão e rádio. E ela é assessorada por pessoas consideradas gênios da comunicação. Se isso vai ter uma modificação grande também depende de como os outros candidatos vão se comportar. Eles podem ser tão efetivos quanto e aí as influências podem se contrabalançar. O guia vai trazer muitas emoções aí e, certamente, modificar esse quadro”, apontou o analista.

Em Pernambuco, o candidato do PSB, Paulo Câmara, contabilizou o maior tempo de propaganda com 10 minutos e 26 segundos. O postulante Armando Monteiro (PTB) terá 4 minutos e 57 segundos. O tempo de José Gomes (PSOL) será de 1 minuto e 16 segundos. Os candidatos Jair Pedro (PSTU), Miguel Anacleto (PCB) e Pantaleão (PCB) ficaram cada um com 1 minuto e 6 segundos. 

“Diferentemente de 2010, o guia terá muita importância este ano para o candidato com mais tempo. Quando começou o guia eleitoral (em 2010), Eduardo Campos já vinha numa trajetória ascendente muito definida e era praticamente impossível que houvesse alguma modificação com o guia, como não se alterou absolutamente nada. Mas em 2012, Geraldo Julio, tinha entre 4% e 6% das intenções de voto no começo. Ele só deslanchou a partir de agosto, com o guia numa trajetória bastante acentuada”, comparou Romão, apontando que Paulo Câmara travará o desafio de conquistar o eleitorado no desenrolar das propagandas.

 

 

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A vinte e cinco dias para o início da exibição dos guias eleitorais e com os tempos de televisão e rádio já definidos pela Justiça, a preocupação das chapas majoritárias agora são as estratégias que serão usadas para atrair o eleitor quer seja em 10 ou um minuto de programa. De acordo com o analista político e coordenador de pesquisas do Instituto Maurício de Nassau (IPMN), Maurício Romão, a presença do candidato nos guias representa tem um “alto valor” para o processo eleitoral. 

“É um momento onde os candidatos podem conquistar adeptos e hoje em dias as campanhas são mais eletrônicas e menos corpo a corpo. A importância do guia é incontestável”, frisou. Relembrando dados das últimas pesquisas onde os candidatos a governador de Pernambuco aparecem com o índice de “parecido”, Romão alertou que a partir das aparições diárias na TV e no rádio o interesse da população pelo pleito eleitoral “em baixa desde junho de 2013” pode se tornar maior. 

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“Nas últimas pesquisas para governador os números são os mesmos, isto é decorrente da falta de interesse das pessoas, após tantos escândalos, pela política. O guia pode despertar o interesse dos eleitores”, previu o estudioso. 

A disputa pelo Palácio do Campo das Princesas, apesar de ter seis candidatos, é polarizada entre duas frentes. Uma delas, liderada pelo candidato Paulo Câmara (PSB), terá 10 minutos e 26 segundos durante o guia. A outra, comandada por Armando Monteiro (PTB), contabilizou 4 minutos e 56 segundos.  

“Quanto mais tempo, mais a pessoa tem condições de se apresentar e ter contato com o eleitor. Agora, não necessariamente o tempo maior signifique grandes conquistas”, frisou. Acrescentando, “Paulo tem mais da metade do tempo total, isto é importante para ele por estar atrás nas pesquisas e ser desconhecido pelas pessoas. Isso pode se refletir numa maior visibilidade e aceitação por parte do eleitorado”. 

Em contrapartida, segundo Romão a expressividade de Monteiro vai ser reforçada nos programas. “Prevemos que a tendência é uma disputa muito acirrada, Armando já circulou todo o estado e tem uma grande atuação política”, analisou. 

Questionado se em eleições anteriores o guia eleitoral influenciou nas pesquisas e no resultado das eleições, Maurício Romão afirmou que possivelmente sim. “Os índices podem ser modificados sim. Existem casos, às vezes, por desempenho do candidato (do candidato que estava com poucas intenções) ou falha (do que estava no primeiro lugar) novas intenções de votos podem nascer dos nulos e brancos ou migrar”, disse, citando como exemplos episódios locais e nacionais, entre eles o de Marina Silva (PSB), na disputa presidencial em 2010, Daniel Coelho (PSDB), na corrida pela Prefeitura do Recife em 2012, e Eduardo Campos (PSB), em 2006 quando pleiteou pela primeira vez o governo estadual. “Não necessariamente os candidatos ganharam, mas apresentaram outros percentuais em pesquisas após o início do guia eleitoral”, argumentou o estudioso.

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Com o início daqui a pouco mais de um mês, o período de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão é uma das estratégias de campanha mais focada pelos candidatos. Em Pernambuco, com as alianças fechadas, o tempo que os candidatos a governador terão deve variar entre um e treze minutos. Os maiores períodos de inserção estão concentrados nos candidatos das coligações da Frente Popular de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e Pernambuco Vai Mais Longe, senador Armando Monteiro (PTB). 

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Com o apoio de 21 partidos, entre eles PP, PMDB, PSDB e o PV, Câmara vai contar com 10 minuto e 37 segundos de guia. A chapa do PTB tem mais quatro legendas na base de sustentação, como o PT e o PDT, o que vai proporcionar para Monteiro 5 minutos e 14 segundos de propaganda gratuita. 

Para o analista político, Maurício Romão, a Frente Popular sai em vantagem com relação aos outros postulantes, por ter o maior tempo de exibição. “É vantagem. Mas é preciso que ela seja transformada em conquista de votos. O guia é apenas uma das circunstâncias que pode contribuir para alavancar a candidatura dele (Paulo Câmara) que está atrás nas pesquisas”, afirmou, citando dados do último levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), que além de apontar Paulo Câmara no segundo lugar, também verifica que mais de 50% dos pernambucanos não conhecem o candidato.

Apesar desta vantagem, Romão destacou que, mesmo com a metade do tempo dos socialistas, Armando Monteiro configura uma postulação com “alianças importantes” e, principalmente, com “prestígio no estado”. “Paulo Câmara está se deparando com uma candidatura muito bem posta e preparada, alguém que tem histórico em Pernambuco com alianças importantes, como o PT”, pontuou. “Tempo de rádio e TV não necessariamente significa conquistar o eleitor. É preciso que ele seja bem utilizado. O candidato tem que transmitir confiança e cativar com as propostas”, acrescentou o especialista.

A disputa pelo Palácio do Campo das Princesas este ano terá cinco candidatos. Além das duas coligações, vistas como principais, também pleiteia a vaga a aliança Mobilização por Poder Popular composta pelo PSOL e o PMN. O candidato a governador das legendas é José Gomes. Os dois partidos juntos somam um tempo de quase 1 minuto e 29 segundos no guia eleitoral. Ainda no rateio do tempo, participam o PCB, que disputará o pleito com Miguel Anacleto, e o PSTU, com Jair Pedro. As duas legendas contabilizam 1 minuto e 20 segundos cada. 

Analisando os partidos de “menor expressão política”, Maurício Romão afirmou que eles terão dificuldade em prender a atenção do eleitor. “Eles têm muita dificuldade de transmitir as suas mensagens e propostas, pois aparecem muito rapidamente. Mas não é impossível. Muitas vezes, as estratégias usadas pelas equipes dos candidatos conseguem cativar por um slogan que chama a atenção por ser rápido”, frisou. 

A divisão oficial do tempo de TV e rádio ainda não foi concluída pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE). O órgão só poderá determinar os minutos exatos após o registro e a aprovação das candidaturas. O prazo final para homologar as postulações no TRE-PE encerra no próximo sábado (5).

A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão começa no dia 19 de agosto e segue até o dia 2 de outubro. Ela será dividida em dois blocos de 20 minutos cada, um à tarde e outro à noite.

Os dados da primeira pesquisa eleitoral para o cargo de governador de Pernambuco realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendada pelo Portal LeiaJá e o Jornal do Commercio, foram analisadas pelo economista Maurício Romão. Entre os pontos destacados por ele, um dos principais é o indício de que a população ainda não está muito envolvida com a eleição.

Romão também destaca o percentual obtido pelo pré-candidato do PSB ao governo estadual, Paulo Câmara, no levantamento do IPMN, mesmo não tendo nenhuma outra participação em disputa eleitorais. “Ele já parte de um patamar muito expressivo de 13% para uma pessoa que foi lançada como candidato pelo PSB há cerca de 15 dias ou 20 dias, e está em pré-campanha mesmo há aproximadamente uma semana”. De acordo com o economista, essa percentual também é expressivo para a capital. “No Recife, ele já chega a ter 25% da preferência dos eleitores, o que acentua essa presença dele nessa primeira pesquisa”, analisa.

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Segundo o levantamento do IPMN, o senador Armando Monteiro (PTB) é o candidato mais conhecido da população e lidera com folga a corrida ao palácio do Campo das Princesas. “É um parlamentar muito atuante. Tem o recall da eleição passada e está na frente com 39 por cento”, ressalta Romão. O petebista está na ponta dos dois cenários apresentados: espontâneo (sem a apresentação dos nomes de possíveis candidatos) e estimulado (quando os postulantes são listados).

Confira a análise completa de Maurício Romão no vídeo:

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O Opinião Brasil desta segunda-feira (17) recebe o economista Maurício Romão e o cientista político André Régis para debater a conjuntura política para as eleições deste ano. O pleito está programado para o dia 5 de outubro e vai definir nomes para os governos federal e estadual, além dos representantes no Senado, Câmara de Deputados e Assembleia Legislativa.

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Recentemente, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), da base governista, lançou a chapa majoritária à sucessão estadual, encabeçada pelo Secretário da Fazenda de Pernambuco, Paulo Câmara. ''Pesquisas indicam que a população quer candidatos com perfis mais jovens e Eduardo Campos buscava isso. A formação do grupo político composto por Paulo Câmara, Raul Henry (vice) e Fernando Bezerra Coelho (candidato ao senado) é uma chapa majoritária bastante competitiva'', explica André Régis.

Sobre a possibilidade de uma chapa liderada pelo senador Armando Monteiro (PTB) para a disputa estadual, Régis acredita que o Partido dos Trabalhadores (PT) será um dos aliados. "Acredito que apoio do PT vai acontecer, muito em função de uma pressão externa ao local, ou seja, uma pressão nacional", completou.

Na disputa nacional, Maurício Romão acredita que, caso se confirme o segundo turno, programado para o dia 26 de outubro, Dilma não deverá recebe apoio de nenhum dos principais concorrentes. ''Eduardo Campos compete com Aécio e Dilma. Caso Aécio vá para o segundo turno, Eduardo terá que apoiá-lo. Para mim, não tem como Eduardo ou Aécio apoiar Dilma, é suicído político''. finaliza Maurício.

O Opinião Brasil é apresentado por Alvaro Duarte e exibido toda segunda-feira no Portal LeiaJá.

O desejo de mudança dos recifenses é cada vez maior. Segundo dados de um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), e divulgados nesta segunda-feira (16), mais de 50% da população quer que os candidatos à presidência da República proponham algum tipo de mudança em relação às ações do governo atual, administrado pela presidente Dilma Rousseff (PT). 

Dos que desejam mudanças pontuais estão 27,7% dos entrevistados, já os que querem uma mudança radical chegam a 27,5%. Os dados, de acordo com o analista Maurício Romão, retratam que a população está cansada com o “modo operante” que os presidentes estão gerindo os países. Segundo ele o desejo de mudança não é proveniente apenas do brasileiro.

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“Isto não é um problema, inclusive, só do Brasil. Se você olhar internacionalmente falando vários países estão perpassando uma etapa de questionamentos sobre o modo operante dos governos, dos políticos e das políticas. O sentimento de mudança está presente em vários países do mundo. No Brasil, embora as manifestações de junho tenham diminuído, elas estão sendo expressas pelas pesquisas. A população quer alguma coisa diferente, não quer esta política convencional, aética, não quer a corrupção, nem os erros nos serviços públicos”, analisou Romão. 

Mesmo com a presidente Dilma disparando em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para a Eleição de 2014 e tendo avaliações positivas do seu governo, entre os recifenses entrevistados pelo IPMN que não querem mudanças, mas a continuidade do governo atual está apenas 10%. Para Romão a preferência é um “falso paradoxal”, já que os brasileiros não estão imersos no mesmo sentimento de continuidade de 2010, quando o ex-presidente Lula (PT) deixava o cargo. 

“Isto (a liderança de Dilma nas pesquisas) não tem absolutamente nenhuma importância com o que poderá acontecer lá na frente. Este sentimento de mudança é diferente do de 2010 (ano de transição entre Lula e Dilma). Em 2010 havia uma compreensão, um entendimento de que havia a necessidade de continuar. A continuidade era um padrão comum. O governo estava bem, a política estava bem então não havia porque mudar. Hoje nós temos um ambiente inverso, observamos que existem problemas na economia e as políticas internacionais estão travando. O que foi a permanência do governo em 2010 hoje não se tem o mesmo ímpeto”, pontuou o estudioso. 

Apesar da insatisfação com os partidos políticos, já medida em outros levantamentos, o recifense deseja ir às urnas em 2014 escolher o novo presidente da República. De acordo com dados de uma amostra divulgada, esta segunda-feira (16), pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) 71,1% da população pretende ir votar em cinco de outubro de 2014. Dos entrevistados, 16% afirmaram que não pretendem exercer o direito do voto e 12,9% não souberam responder.

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Às vésperas do início do ano eleitoral os pré-candidatos à presidência ainda terão o desafio de convencer 16% dos recifenses a participarem do pleito. Atualmente, os principais prováveis candidatos ao Palácio do Planalto são a presidente Dilma Rousseff (PT), que tentará a reeleição, o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e o senador Aécio Neves (PSDB). 

Recifense deseja que próximo presidente foque na saúde

Entre os desafios que a população da capital pernambucana espera que o novo presidente enfrente a saúde aparece em primeiro lugar. A área foi apontada como prioridade por 25% dos entrevistados, o que segundo o analista Maurício Romão, aponta o fraco desempenho dos governos em relação às ações voltadas para a saúde, mesmo com a implantação de diversos programas.  

“É uma questão recorrente e a opinião da população mede a qualidade dos serviços na saúde, que é fraca. A população sofre, não tem médicos, não tem hospitais, não tem bons atendimentos, enfim tudo isso reflete em uma predisposição do povo com relação à saúde. Não é a toa que as pesquisas dizem que a saúde é o pior problema”, ressaltou. Lembrando ainda que o quesito sempre tem sido o mais considerado, como principal problema, em todas as pesquisas seja no âmbito federal, estadual ou municipal. 

Indagado sobre as possibilidades de mudança no quadro, Romão frisou que o déficit não esta na captação e liberação dos recursos, mas no gerenciamento dos programas na área. “Não é uma questão de curto prazo, nem de recursos, pois eles existem em uma quantidade importante. É mais uma questão gerencial, de programação, planejamento. Esta pauta da população vai continuar e será sempre relevante com respeito a essa deficiência que é notória, seja no governo federal, estadual e municipal”, analisou o estudioso. 

Dentre os demais assuntos que, segundo os recifenses, merecem um foco maior também aparecem à saúde pública, com 14,3%, a educação, 9%, o desemprego, 8,4%, e a corrupção 6,4%. O IPMN ouviu 624 pessoas, entre os dias 04 e 05 de dezembro. A pesquisa apresenta um nível de confiança de 95% de confiança e uma margem de erro estimada de 4,0 pontos percentuais. 

 

Desde a celebração da coalizão PSB-Rede, na data-limite de 5 de outubro, foram realizadas nove pesquisas nacionais de intenção de votos pelos institutos Datafolha (2), Vox Populi, Ibope (2), Sensus, MDA, Ipespe e Paraná Pesquisas.

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Esta última pesquisa foi levada a efeito agora, entre os dias 3 e 7 de dezembro, e apresentou, no cenário mais provável, Dilma Rousseff com 47,2% de intenção de votos, Aécio Neves com 20,5% e Eduardo Campos pontuando 11,3%. O bloco dos indecisos e dos que não iam votar em ninguém alcançou 21%.

 

O gráfico que acompanha o texto mostra a evolução das intenções de voto atribuídas a Dilma Rousseff, em contraste com a soma das intenções de voto dos possíveis adversários Aécio Neves e Eduardo Campos. Enquanto a linha vermelha se postar acima da linha azul, a eleição se encerraria no primeiro turno, caso fosse realizada nas datas apresentadas no gráfico.

 

Nas pesquisas do final de novembro e início de dezembro, a presidente parece ter superado a barreira dos 43% de manifestações de voto que lhe obstaculizava como teto. É preciso, todavia, aguardar pelo menos mais um levantamento para que a mudança de patamar se configure como eventual tendência.

 

A soma das intenções de voto dos mencionados adversários, que tinha atingindo apenas 21% na pesquisa do Ibope de 7 a 11 de novembro, sinaliza tendência de aumento, embora de forma discreta nos últimos três levantamentos.

 

A distância entre os números de Dilma e os da soma de Aécio e Eduardo é oscilante: já chegou a apenas seis pontos de percentagem, logo após a referida aliança Rede-PSB, atingiu o máximo de 22 pontos no primeiro decêndio de novembro e, agora em dezembro, se situa na casa dos 15,4 pontos (14,6 pontos na média das nove pesquisas).

 

No que se refere ao cenário mais provável, retratado no gráfico, o quadro eleitoral nesta fase de pré-campanha parece estabilizado, sem indícios de mudanças significativas.

 

As emoções ficarão por conta das pesquisas que serão realizadas nas fases seguintes do calendário eleitoral:

 

Período de 8 de abril (prazo de desincompatibilização e de filiação partidária de magistrados), caso em que se saberia, por exemplo, se o ministro Joaquim Barbosa seria candidato, até às convenções partidárias que se realizam de 10 a 30 de junho de 2014 (quando se conhece, oficialmente, quem vai concorrer por que partido);

Período de 1 de julho ao início da propaganda eleitoral no rádio e TV (19 de agosto de 2014);

Período do início da propaganda eleitoral até o dia da eleição (7 de outubro).

Cada etapa dessas terá uma dinâmica político-eleitoral própria, que pode ensejar mudanças no pensamento do eleitor. A ressonância desse pensamento será captada pelas pesquisas, cujos números vão paulatina e progressivamente deixando o aspecto letárgico que apresentam no estágio de hoje.     

 

 

As análises apresentadas no texto são de inteira responsabilidade de seu autor, o economista Maurício Costa Romão

A pesquisa do Ibope sobre as intenções de votos dos brasileiros para as eleições presidenciais em 2014, divulgada nessa segunda-feira (18), aponta alguns desafios para a presidente Dilma Rousseff (PT) que almeja a reeleição e para os prováveis nomes da oposição, o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (PSB), segundo o analista Maurício Romão.

Romão destaca dois pontos, tendo em vista as últimas seis pesquisas realizadas com o foco presidencial. Para ele é possível constatar a "ampliação" da distância no percentual de votos entre a presidente e os mais prováveis adversários, possibilitando que o pleito seja encerrado no primeiro turno e o crescimento das intenções de voto para a petista, chegando a obter um "teto" eleitoral. 

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Confira a análise de Maurício Romão na íntegra:

Desde a celebração da coalizão PSB-Rede, na data-limite de 5 de outubro, foram realizadas seis pesquisas nacionais de intenção de votos pelos institutos Datafolha, Vox Populi, Ibope, Sensus, MDA e Ibope, nesta ordem (vide gráfico).

Os números são muito claros em dois aspectos:

(1) a distância de pontos de intenção de votos entre a presidente e os mais prováveis adversários, Aécio Neves e Eduardo Campos, vem mostrando ampliação (passou de seis para 22 pontos entre a primeira pesquisa e a última), o que aumenta a possibilidade de o pleito ser encerrado no primeiro turno;

(2) as intenções de voto de Dilma (média de 42%) atingiram um teto, pelo menos nestes dois meses.

A eventual ocorrência de teto em intenções de voto acontece também na “avaliação do governo” da presidente. Esta variável, mensurada pela soma das manifestações positivas de ótimo e bom, é considera pelos cientistas políticos como um dos principais fatores determinantes do voto em eleições disputadas por incumbentes. Governos bem avaliados tendem a reeleger-se ou fazer sucessores. A avaliação de governo tem outra característica importante: ela independente dos cenários de intenção de votos.

A tabela que acompanha o texto desfila números da avaliação que os eleitores têm feito da gestão da presidente, nas pesquisas do Ibope. Nota-se que a popularidade (outro conceito para a soma de ótimo e bom) da presidente Dilma quase não te sofrido alterações, gravitando no entorno de 38%, desde agosto, perpassando o período da surpreendente aliança Marina-Eduardo.

Enfim, tanto em intenções de voto, quanto em popularidade, a presidente está encontrando dificuldades de superar as casas médias de 42% e 38%, respectivamente. O objetivo maior da governante é ultrapassar estes limites, de certa forma desconfortáveis para a reeleição pretendida. Sua vantajosa condição de incumbente, porém, é facilitadora desse intento. 

Do lado dos adversários, o desafio é reconquistar adeptos e ainda fazer novos, de tal sorte que aproximem suas intenções de voto do plateau que a líder das pesquisas exibe, garantindo, assim, a segunda etapa do pleito.

Se a incumbência soma a favor da presidente, as manifestações de junho, que deixaram algo de inescrutável e imponderável no ar, tendem a pesar para o lado da oposição. Afinal de contas, esta pesquisa do Ibope mostrou que 62% da população quer que o próximo presidente opere mudanças no País, contra 35% que preferem a continuidade do que está aí. Como disse Marina Silva: “O imprevisível ronda o palco dos acontecimentos”.

Manifestações de rua, marketing político e as novas tecnologias, em pesquisas eleitorais, são algumas das temáticas que serão abordadas no V Seminário de Ciência Política. O evento, que é aberto ao público, acontece no próximo dia 28, a partir das 8h30, no auditório Capiba, bloco C da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, localizado na Rua Joaquim Nabuco, 778, Graças.

A Campanha política, propaganda e direito eleitoral e BIG Data Eleitoral e a interpretação de eventos políticos serão as outras conferências do seminário. A solenidade de abertura do evento contará com a presença do reitor da UNINASSAU, Janguiê Diniz, do CEO do Grupo Ser Educacional Jânyo Diniz e do presidente do Sindicato de das Agências de Propaganda de Pernambuco, Antônio Carlos Vieira.

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Nomes como: João Francisco, do Vox Populi; o cientista político, Adriano Oliveira; o analista do IPMN, Maurício Romão; e Antônio Lavareda vão palestrar no evento. Ainda entre os convidados estão os jornalistas Jamildo Melo, Gilberto Prazeres, Magno Martins, Inaldo Sampaio, Eduardo Cavalcanti e Josué Nogueira que participarão do debate “As manifestações de rua e a web-mídia”. 

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do e-mail officina@torricelli.com.br ou através dos telefones (81) 3342.7502 ou (81) 3343.0016. As vagas são limitadas.

Serviço:

Data: 28/10, das 8h30 às 18h40

Local: Auditório Capiba, localizado na rua Joaquim Nabuco, 778, Graças.

Inscrições: officina@torricelli.com.br ou com Lilian Holanda, pelos telefones (81) 3342.7502 ou (81) 3343.0016.

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