Pedro Eugênio avalia propostas de Campos como "factoide"

Deputado relata que ex-gestor não convence ninguém que é hora de trocar de governo

por Alex Ribeiro seg, 19/05/2014 - 21:41
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Petista afirmou que líder do PSB busca fórmulas sem sucesso para deslanchar candidatura Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

O deputado federal Pedro Eugênio (PT) teceu duras críticas, nesta segunda-feira (19), ao ex-governador e pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB). De acordo com o petista, o líder do PSB vem testando fórmulas sem sucesso para fazer sua candidatura deslanchar.



Segundo o parlamentar, Eduardo Campos, em nenhum momento “consegue convencer ninguém que é hora de trocar de governo”.



Confira o artigo na íntegra:

Trocar de Governo? Por que?

O ex-governador Eduardo Campos, patinando nas pesquisas, vem testando fórmulas que poderiam fazer sua candidatura deslanchar, sem sucesso. Inicialmente bateu na política macroeconômica, mudou para bater diretamente em Dilma de forma rebaixada, mudou para alinhar-se às teses tucanas, sempre sem conseguir maiores resultados, apesar da grande exposição na mídia.

Agora volta-se para um novo caminho: vai para o campo das percepções subjetivas dos agentes econômicos, campo que combina economia com psicologia social. Esquece que o cenário de profunda crise internacional exige uma gestão ativa de nossa macroeconomia que precisa produzir medidas sempre que necessárias em um cenário internacional extremamente deprimido e volátil. Mas reconhece que os fundamentos macroeconômicos são sólidos. Ou seja as mesmas medidas que diz solapar a confiança das empresas produz fundamentos sólidos! Ou seja objetivamente a política é boa, mas considera que ela é ruim porque as empresas estão inseguras! Haja contradição! Eu prefiro ficar com o campo das coisas concretas.

Fala também de gestores incompetentes, nomeados por critérios políticos. Ataca a política, defende que se estabeleça o primado dos técnicos, como se a política fosse a mãe de todas as mazelas do mundo! Essa é a essência de sua crítica, fundamentalmente moral. Além dessa base retrógrada de pensar a política, não é coerente com sua própria prática. Se formos analisar, um a um, seus gestores no governo de Pernambuco não encontraremos o cenário de competência que promete para o Brasil. E encontraremos também a presença de arranjos políticos dos mais tradicionais, com forças políticas locais ultra conservadoras. Não só no executivo estadual mas em outros poderes, sob sua influência política.

Mexe, mexe e só consegue propor de concreto a criação de mais um conselho, este de responsabilidade fiscal, algo inócuo, que, para quem quer ser Presidente da República, anuncia precisar de um conselho para fazer o tem obrigação de fazer e que Dilma vem fazendo com absoluto rigor. Ou seja, trata-se de um factoide, para fins de propaganda eleitoral.

Enfim, não consegue convencer ninguém que é hora de trocar de governo. Pelo contrário.



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