Senado elege comissão do impeachment na segunda (25)

Presidente do colegiado deve ser o senador Raimundo Lira (PMDB-PB). Ele foi o indicado da bancada do PMDB, maior do Senado

por Giselly Santos sab, 23/04/2016 - 10:12
Waldemir Barreto/Agência Senado Texto deve voltar ao plenário entre os dias 10 e 13 de maio Waldemir Barreto/Agência Senado

A composição da comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado será votada em Plenário na próxima segunda-feira (25). As indicações dos blocos partidários na Casa foram encerradas nessa sexta (22). Aprovada a comissão, caberá ao senador mais velho convocar a primeira reunião, na qual serão eleitos o presidente e o relator.

O PMDB, por ser a maior bancada no Senado, tem o direito de escolher o presidente. Segundo o líder da legenda, Eunício Oliveira (CE), Raimundo Lira (PMDB-PB) é o indicado. A expectativa é de que a primeira reunião do colegiado aconteça na terça-feira (26). 

O senador Raimundo Lira assegurou durante esta semana que, se eleito presidente, vai conduzir os trabalhos da comissão de forma isenta. "O meu status vai ser o de indeciso. Não posso ter um juízo de valor se vou presidir uma comissão com opiniões divergentes. Se não fosse assim, eu não teria condições de presidir", frisou. Antes da indicação, Lira havia se posicionado a favor do impeachment. 

A comissão especial terá 10 dias  para analisar o pedido e emitir um novo parecer. Após isso, o assunto vai para a pauta do Plenário e passará por uma nota votação. Os senadores vão escolher se extinguem o processo ou se o impeachment é instaurado. Para instaurar o impedimento da continuação do governo Dilma, 41 dos 81 parlamentares devem se posicionar favoráveis ao texto. Levantamentos extraoficiais já apontam para um placar de 51 favoráveis a 20 contra.

Caso o pedido seja instaurado, a presidente Dilma Rousseff será afastada do cargo por 180 dias, ou seja, seis meses. Neste período, quem assume o comando do país é o vice-presidente Michel Temer (PMDB). 

Após o período os senadores voltam a analisar o processo, desta vez em uma sessão comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Para que Dilma seja deposta é necessário que dois terços dos senadores (54 de 81) optem pela condenação da petista. Se condenada, a presidente é automaticamente destituída e fica oito anos sem pode exercer cargo público. Michel Temer assume até 2018 a presidência.

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