Tópicos | Andamento do processo

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco apresentou um recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) solicitando que as investigações oriundas da Operação Turbulência sejam desarquivadas. O documento foi encaminhado à Corte Judicial nessa quarta-feira (30). O processo foi trancado no último dia 8 pela Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5).  A Operação Turbulência investiga a formação de uma organização criminosa para operar um esquema de lavagem de dinheiro. A suspeita é de que o grupo tenha movimentado mais de R$ 600 milhões em ações irregulares e tenha financiado a campanha do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em 2014.

O trancamento da ação se deu em função do julgamento do habeas corpus impetrado por um dos réus, o empresário Apolo Santana Vieira. No habeas corpus, a defesa de Apolo Vieira alegou que não poderia haver condenação pelo crime de organização criminosa sem que ficasse comprovada a ocorrência da lavagem de dinheiro e, por isso, o processo não deveria ter andamento. Ao arquivar a ação Segunda Turma da Corte considerou que faltam evidências na denúncia do MPF.

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O MPF considera, entretanto, que a denúncia é “rica em detalhes” e “deixa evidente a existência de uma organização criminosa, descreve seu funcionamento e o papel que cada acusado exercia no grupo, e ainda relata vultuosas operações financeiras envolvendo os acusados com empresas de fachada, o que é suficiente para que a ação penal tenha prosseguimento”.

Autor do recurso, o procurador regional da República Joaquim José de Barros Dias considera que o trancamento da ação penal é “prematuro, inconveniente e contrário ao interesse público”. “Que interesse deve prevalecer neste momento? O do acusado, que não deseja ser processado, ou o da sociedade, que confia na justiça e quer ver apurados os fatos?”, questionou. Ainda não há uma data prevista para o STJ julgar o recurso, mas a expectativa é de que seja analisado até o dia 20 de dezembro. 

Além de Apolo Vieira, a ação penal também indiciava os empresários João Carlos Lyra Pessoa Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Arthur Roberto Lapa Rosal e mais 14 pessoas. Crimes contra o sistema financeiro nacional, como agiotagem, desvios de recursos públicos federais e pagamentos de propina a políticos também compõe a lista de acusações dos indiciados. Os quatro empresários, de acordo com o MPF, eram líderes e gerentes do esquema. No primeiro grupo, enquadram-se João Carlos Lyra, Eduardo Leite e Apolo Vieira. Já Arthur Rosal estaria no segundo.

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O prazo para que a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) apresente a defesa prévia na segunda fase do processo de impeachment, que tramita na Comissão Processante do Senado, encerra nesta quarta-feira (1º). Os argumentos de defesa serão encaminhados pelo advogado José Eduardo Cardozo, ex-ministro da extinta Controladoria Geral da União (CGU). 

No dia seguinte, o colegiado votará o cronograma apresentado pelo relator do caso, senador Antônio Anastasia (PSDB-MG). O tucano propôs que o parecer, que indicará se Dilma cometeu ou não crime de responsabilidade, seja votado pelos pares no dia 27 de julho. E vá para a análise do Plenário no dia 2 de agosto. Caso a previsão de Anastasia seja aprovada, o período de afastamento de Dilma pode ser reduzido em 90 dias.

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Com o calendário mais flexível e o tempo máximo de 180 dias - para o fim do afastamento - , a celeridade dos trabalhos foi condenada, inclusive, por senadores a favor do impeachment da petista. O cronograma foi apresentado na semana passada e após pedido de vista coletivo a votação foi transferida para o dia quinta.

A composição da comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado será votada em Plenário na próxima segunda-feira (25). As indicações dos blocos partidários na Casa foram encerradas nessa sexta (22). Aprovada a comissão, caberá ao senador mais velho convocar a primeira reunião, na qual serão eleitos o presidente e o relator.

O PMDB, por ser a maior bancada no Senado, tem o direito de escolher o presidente. Segundo o líder da legenda, Eunício Oliveira (CE), Raimundo Lira (PMDB-PB) é o indicado. A expectativa é de que a primeira reunião do colegiado aconteça na terça-feira (26). 

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O senador Raimundo Lira assegurou durante esta semana que, se eleito presidente, vai conduzir os trabalhos da comissão de forma isenta. "O meu status vai ser o de indeciso. Não posso ter um juízo de valor se vou presidir uma comissão com opiniões divergentes. Se não fosse assim, eu não teria condições de presidir", frisou. Antes da indicação, Lira havia se posicionado a favor do impeachment. 

A comissão especial terá 10 dias  para analisar o pedido e emitir um novo parecer. Após isso, o assunto vai para a pauta do Plenário e passará por uma nota votação. Os senadores vão escolher se extinguem o processo ou se o impeachment é instaurado. Para instaurar o impedimento da continuação do governo Dilma, 41 dos 81 parlamentares devem se posicionar favoráveis ao texto. Levantamentos extraoficiais já apontam para um placar de 51 favoráveis a 20 contra.

Caso o pedido seja instaurado, a presidente Dilma Rousseff será afastada do cargo por 180 dias, ou seja, seis meses. Neste período, quem assume o comando do país é o vice-presidente Michel Temer (PMDB). 

Após o período os senadores voltam a analisar o processo, desta vez em uma sessão comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Para que Dilma seja deposta é necessário que dois terços dos senadores (54 de 81) optem pela condenação da petista. Se condenada, a presidente é automaticamente destituída e fica oito anos sem pode exercer cargo público. Michel Temer assume até 2018 a presidência.

Os 24 líderes partidários da Câmara dos Deputados devem indicar, até o início da tarde desta quinta-feira (17), os parlamentares que vão integrar a comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), na Casa. Às 14h, se houver quórum, o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deve dar início a Ordem do Dia, com a eleição da comissão especial como único item da pauta. 

Alguns partidos já anunciaram os nomes dos indicados. No total são 64. Até agora, integram a lista como titulares os pernambucanos Mendonça Filho (DEM), Tadeu Alencar e Fernando Filho - ambos do PSB. João Fernando Coutinho é suplente do PSB. 

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Veja um balanço preliminar:

Os titulares do PT serão Zé Geraldo (PA), Pepe Vargas (RS), Arlindo Chinaglia (SP), Henrique Fontana (RS), José Mentor (SP), Paulo Teixeira (SP), Wadih Damous (RJ) e Vicente Cândido (SP). Os suplentes Padre João (MG), Benedita da Silva (RJ), Carlos Zarattini (SP), Luiz Sérgio (RJ), Bohn Gass (RS), Paulo Pimenta (RS), Assis Carvalho (PI) e Valmir Assunção (BA).

Outro partido governista a apresentar a lista de representantes nesta manhã foi o PSD. Com quatro vagas, os titulares da bancada serão o líder Rogério Rosso (DF), Júlio César (PI), Paulo Magalhães (BA) e Marcos Montes (MG).  Os suplentes do PSD serão os deputados Irajá Abreu (TO), Goulart (SP), Evandro Roman (PR) e Fernando Torres (BA).

A bancada do PSB indicou para a titularidade os deputados Bebeto (BA), Danilo Forte (CE), Tadeu Alencar (PE) e Fernando Coelho (PE), líder do partido na Câmara. Já na suplência estão João Fernando Coutinho (PE), JHC (AL), Paulo Foletto (ES) e Jose Stédile (RS).

O Solidariedade indicou os deputados Paulinho da Força (SP), presidente da legenda, e o ex-secretário de Segurança do Paraná, Fernando Franscichini (PR) como titulares e na suplência o líder da bancada, Genecias Noronha (CE), e o ex-peemedebista Laudívio Carvalho (MG). 

O PMDB indicou para titular os deputados Leonardo Picciani (RJ), José Priante (PA), João Marcelo Souza (MA), Washington Reis (PMDB-RJ), Valtenir Pereira (MT), Lúcio Vieira Lima (BA), Osmar Terra (RS) e Mauro Mariani (SC). Já na suplência estão Elcione Barbalho (PA), Alberto Filho (MA), Hildo Rocha (MA), Marx Beltrão (AL), Vitor Valim (CE), Manoel Junior (PB) e Lelo Coimbra (ES).

O PSDB ocupou as 6 vagas de titulares com os deputados Bruno Covas (SP), Carlos Sampaio (SP), Jutahy Junior (BA), Nilson Leitão (MT), Paulo Abi-Ackel (MG) e Shéridan (RR). São suplentes Izalci (DF), Fábio Sousa (GO), Mariana Carvalho (RO), Nilson Pinto (PA), Rocha (AC) e Rogério Marinho (RN).

Com 4 vagas, o PR indicou Maurício Quintella Lessa (AL), Édio Lopes (RR), Aelton Freitas (MG)  e Zenaide Maia (RN). Na suplência estão Gorete Pereira (CE), José Rocha (BA), João Carlos Bacelar (BA) e Wellington Roberto (PB).

O Democratas colocou na titularidade os deputados Mendonça Filho, Rodrigo Maia (RJ) e Elmar Nascimento (BA). Na suplência estão Mandetta (MS) e Moroni Torgan (CE).

A instalação da comissão está prevista para as 17 horas. A eleição do presidente e do relator da comissão poderá ocorrer hoje ou amanhã (18).

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