Padilha: só Janot pode responder sobre pedidos de prisão
Procurador-geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador e ex-ministro do planejamento de Temer Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), por tentativa de barrar a Operação Lava Jato
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, evitou responder, em entrevista coletiva ao final de uma reunião ministerial na manha desta terça-feira, 7, perguntas sobre o impacto dos pedidos de prisão de caciques peemedebistas feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e disse que apenas o procurador poderia falar sobre o tema. "Em um outro momento, talvez comente os pedidos. Agora, aqui, é Olimpíada. Só quem pode responder é o Dr Janot, ele sabe por que fez, o que fez, o que escreveu e o que pediu. Eu não sei nada", disse, após coordenar reunião que tratou dos Jogos Olímpicos. O presidente em exercício, Michel Temer, chegou apenas para o encerramento do encontro.
Questionado sobre as implicações dos pedidos para o governo, Padilha respondeu: "Não sei nada, absolutamente nada." O ministro encerrou a coletiva diante da insistência para que comentasse o tema e fizesse uma avaliação dos pedidos de prisão no governo em exercício de Michel Temer. "Hoje é dia de avaliação das Olimpíadas e Paraolimpíadas. Muito obrigado, senti que esse tema (Olimpíada) está satisfeito. Fico muito feliz, obrigado", afirmou Padilha aos jornalistas.
Janot pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador e ex-ministro do planejamento de Temer Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), por tentativa de barrar a Operação Lava Jato. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo, nesta terça-feira, 7. O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, também estaria na lista, de acordo com a TV Globo.
Apesar de a reunião comandada por Padilha ter começado às 9 horas, a coletiva foi marcada de última hora, assim como a participação de Temer já no fim do encontro, que não estava previsto na agenda. Questionado sobre a participação do presidente, Padilha afirmou que ele veio trazer uma mensagem positiva à nova equipe ministerial. "O presidente veio trazer a todos a grande esperança que o mundo tem em relação ao evento, que será visto por 5, por 6 bilhões de pessoas", afirmou.
Olimpíada
Padilha disse que na reunião com os ministros foi feita uma avaliação ministério por ministério e disse que não há "nenhum risco para o efetivo sucesso do evento". "Queremos dar uma palavra de otimismo que estamos no caminho certo e vai ser um sucesso, assim como foi a Copa do Mundo", destacou.
O ministro da Casa Civil disse que a reunião foi de nivelamento de informações e monitoramento dos jogos e que o evento "é oportunidade ímpar para o Brasil" e destacou o legado para o País. "Vamos ter herança material, com todas essas instalações que estão sendo feitas", disse, reforçando que também "vamos aumentar e muito o potencial turístico". "Temos certeza que esse evento vai nos dar franquia internacional", afirmou.
Questionado sobre o ponto mais sensível dos Jogos, o interino do Esporte afirmou que "segurança é sempre uma preocupação". "Todo o processo exige atenção, com segurança, energia e funcionamentos dos equipamentos", disse, ressaltando que também acredita no sucesso do evento.