São imputações descabidas, diz FBC sobre denúncia de Janot

No texto, assinado pelo seu advogado de defesa André Luís Callegari, ele pontua que não há "qualquer rastro de prova" que justifique a denúncia encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF)

por Giselly Santos ter, 04/10/2016 - 08:49

Denunciado por participar de um esquema que desviava verbas da Refinaria Abreu e Lima para abastecer um suposto caixa dois da campanha do ex-governador Eduardo Campos (PSB) em 2010, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) afirmou, em nota encaminhada a imprensa, que as acusações feitas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, são "imputações absolutamente descabidas". 

No texto, assinado pelo seu advogado de defesa André Luís Callegari, ele pontua que não há "qualquer rastro de prova" que justifique a denúncia encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF). "São imputações absolutamente descabidas, baseadas em ilações e sem qualquer rastro de prova. Não houve qualquer recebimento de favores em troca de incentivos fiscais na construção na Refinaria do Nordeste ou Refinaria Abreu e Lima-RENST", declara. 

O advogado também pontua a falta de provas das declarações concedidas em delações premiadas e afirma que o senador está à disposição da Justiça. "Tais imputações serão rechaçadas ao longo da marcha processual", conclui. 

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, também saiu em defesa do senador e do ex-governador, morto em 2014. “O PSB reitera a sua confiança na conduta do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e do senador Fernando Bezerra e reafirma seu apoio incondicional ao trabalho de investigação, esperando que resulte no pleno esclarecimento dos fatos", frisou, em nota.

Segundo Janot, o senador e o ex-presidente da Companhia Pernambucana de Gás, Aldo Guedes, são responsáveis pelo recebimento de R$ 41,5 milhões em propinas de empreiteiras nas obras da Refinaria de Abreu e Lima, da Petrobras. O dinheiro teria sido repassado tanto por meio de doações oficiais, quanto por meio de contratos de fachada que teriam servido para abastecer o caixa 2 da campanha do então governador pernambucano.

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