João Lyra: 'Paulo Câmara não atendeu expectativa do povo'

Segundo o ex-governador, na gestão desde 2015, o pessebista não cumpriu 20% das promessas feitas na campanha. A causa disso, segundo ele, é a falta de "liderança política" do gestor

por Giselly Santos seg, 06/03/2017 - 10:54
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens O tucano fez uma avaliação da atual administração e não poupou críticas ao ex-aliado Paulo Uchôa/LeiaJáImagens

Na linha de frente de articulação dos partidos de oposição para a disputa eleitoral de 2018, o ex-governador João Lyra Neto (PSDB) afirmou, nesta segunda-feira (6), que o governador Paulo Câmara (PSB) “não atendeu a expectativa do povo pernambucano”. Em conversa com o LeiaJá, o tucano fez uma avaliação da atual administração e não poupou críticas ao ex-aliado. Sob a ótica de Lyra, Câmara não cumpriu nem 20% das promessas feitas na campanha e a causa disso, segundo ele, é “a falta de liderança política" do gestor. 

“[Paulo Câmara] não atendeu a expectativa do povo pernambucano em várias áreas. Se você pegar as propostas que foram feitas na campanha de 2014, elas não se realizaram nem 20%. Isso é muito grave. Não adianta justificar apenas a crise econômica, ela é um fato real que nós entendemos, interfere, mas também falta uma questão muito importante: a liderança política. Isso tem feito com que o pernambucano não alcance os índices pretendidos e apresentados em 2014”, disparou, após participar da cerimônia em comemoração ao Bicentenário da Revolução de 1817, no Palácio do Campo das Princesas. 

De acordo com Lyra, este é um dos motivos pelos quais se iniciou uma articulação entre os principais cotados para concorrer ao cargo de governador em 2018: Bruno Araújo (PSDB), Armando Monteiro (PTB) e Mendonça Filho (DEM). “Lideranças que querem construir uma agenda para a eleição de 2018 com este foco e visão, para melhorar a qualidade de vida dos pernambucanos. Na hora que se apresenta uma nova agenda é um fortalecimento da oposição. Este movimento está crescendo rapidamente e talvez antes do meio do ano de 2017 possa ser consolidado e possa apresentar as propostas para o estado de Pernambuco”, projetou. 

Para o ex-governador, Pernambuco, além da crise institucional, ética e econômica que todo o país vive, também enfrenta “grandes dificuldades em termos de gestão”. Ainda segundo ele, o teor político das propostas que serão apresentadas pelo movimento vão ser pautadas pelo cenário de 2017, ou seja, as reformas em análise no Congresso Nacional e a atuação do governo federal para conter as crises. 

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