Tópicos | Bruno Araújo

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, formalizou sua saída do cargo que ocupava desde 2019. Por meio de carta aberta divulgada nesta terça (24), o tucano relembrou o início da sua trajetória no partido e destacou que muitos avanços sociais, econômicos e institucionais que o Brasil tem são frutos do trabalho realizado pelo PSDB ao longo do tempo..

Após o fim do mandato da atual Executiva Nacional, uma nova composição será construída a partir do dia dois de fevereiro, com a presidência do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

##RECOMENDA##

“Tenho a consciência da nossa importância para a história e o desenvolvimento do Brasil. Orgulho, porque sei que passarão décadas e décadas, e nossa marca, nossas conquistas e valores ficarão”, exclamou Bruno.

“O momento agora é de novos desafios. Temos nomes, temos entregas, temos conquistas que nos colocam novamente na disputa pela Presidência da República. Podemos, sim, sonhar alto”, ressaltou. O pernambucano frisou ainda que o novo presidente terá ao seu lado os governadores Raquel Lyra (Pernambuco) e Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul).

*Da assessoria 

Presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, esteve no Recife para participar da festa da vitória de Raquel Lyra e aproveitou para comemorar o desempenho do partido nesse domingo (30). Sem fazer nenhum governador no primeiro turno, o PSDB saltou para a sigla com mais gestores estaduais eleitos na noite do segundo turno e deixou a eleição como a terceira com mais governadores no país. 

Depois de perder São Paulo, considerado o reduto dos tucanos no país, o PSDB protagonizou uma noite histórica com a volta de Eduardo Leite no Rio Grande do Sul, a conquista de Eduardo Riedel no Mato Grosso do Sul e a chegada de Raquel Lyra como a primeira governadora da história de Pernambuco. 

##RECOMENDA##

O presidente disse que resultado representa a "virada geracional" do partido, que passa a se apresentar com uma nova forma de se comunicar com o eleitor e posicionado em um campo onde os extremos não dominam a cena política. 

"Na noite de hoje, o PSDB saiu das eleições estaduais com o maior vitorioso das eleições no país, três governadores e um vice-governador e, mais do que a relação numérica e importância dos estados, são quadros de renovação que demonstram que o país tem esperança de ter um novo conjunto de lideranças", comemorou Bruno. 

A direita democrática foi engolida no primeiro turno pelo União Brasil e PT, ambos com quatro governadores eleitos em 2022. Sem fechar apoio com os candidatos à Presidência, o partido liberou o voto de seus representantes, mas o posicionamento em favor de Lula (PT) de uma das suas principais lideranças, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, estimulou as campanhas diante da alta rejeição aos bolsonaristas no Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul. Ainda assim, o PSDB deve manter a posição histórica de oposição ao petista, dessa vez, com o antagonismo fortalecido com um Congresso de centro-direita.

Em Pernambuco, mesmo com o sabor especial de levar o estado de volta a um governo de direita após 16 anos do PSB, Bruno não colocou Raquel Lyra como prioridade. Ele elogiou a a governadora eleita e afirmou que ela sempre teve a confiança da direção. 

"Raquel foi prioridade em uma aposta quando muitos achavam que, dada a polarização, era difícil. Eu não tô falando de aposta econômica do PSDB, tô falando em algo mais. Ela sempre foi vista como uma mulher de vibra, de posição e de comprometimento com a vida pública", comentou.  

Sobre uma possível indicação ou até mesmo integrar o secretariado do Palácio do Campo das Princesas, o presidente nacional da legenda indicou que não deve participar diretamente da gestão. "Tenho um ciclo cumprido. Eu não tenho nenhuma outra pretensão agora que não seja continuar ajudando como puder no propósito dessa coisa tão bonita que tem Raquel e nos eleitos no Brasil", concluiu.  

O PSDB, um dos partidos que apoiaram a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) à Presidência da República, realiza, nesta terça-feira (4), uma reunião da Executiva Nacional para se posicionar pela liberação dos diretórios estaduais no 2º turno das eleições presidenciais.

O presidente nacional do PSDB é o ex-ministro pernambucano Bruno Araújo que, em 2016, foi autor do voto de abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT). 

##RECOMENDA##

O Cidadania, que também faz parte da federação com os tucanos, já declarou apoio a Lula no início desta tarde. O presidente da sigla, Roberto Freire, já havia declarado apoio a Lula em comunicado oficial ainda na segunda-feira (3). 

Em Pernambuco, o PSDB é presidido por Raquel Lyra, ex-prefeita de Caruaru e candidata ao governo do Estado, e Priscila Krause, candidata a vice na sua chapa, é do Cidadania. 

A ONU, indígenas, ONGs e familiares manifestaram sua indignação com o assassinato na Amazônia brasileira de Dom Phillips e Bruno Pereira, crime que vincularam à impunidade que prevalece na região por incentivo do presidente Jair Bolsonaro, que sempre se mostrou favorável à exploração comercial das áreas protegidas.

Após dez dias de intensas buscas, a investigação sobre o desaparecimento de ambos deu um salto na quarta-feira com a confissão de um dos dois detidos, Amarildo da Costa de Oliveira, que conduziu a polícia ao local onde disse ter enterrado os corpos, próximo da cidade de Atalaia do Norte, na remota região do Vale do Javari, na fronteira com o Peru.

A Polícia Federal (PF) encontrou ali restos humanos, que chegaram na noite desta quinta-feira de avião em Brasília para sua identificação. Os resultados das análises serão divulgados na semana que vem.

O caso ainda tem diversos pontos a serem esclarecidos: o motivo do crime, as circunstâncias da morte, aparentemente com arma de fogo, o papel exato que tiveram os dois presos, Amarildo e seu irmão Oseney, e seus possíveis cúmplices e mandantes.

- "Ato brutal de violência" -

Phillips, de 57 anos, trabalhava em um livro sobre a preservação da Amazônia. Pereira atuava como seu guia nessa região onde vivem 26 povos indígenas, muitos deles isolados, e onde atuam traficantes de drogas, garimpeiros, pescadores e madeireiros ilegais.

O especialista da Fundação Nacional do Índio (Funai) recebeu ameaças desses grupos por seu trabalho em defesa das terras indígenas.

Diante deste "ato brutal de violência", a ONU pediu ao Brasil para "acrescentar seus esforços para proteger os defensores dos direitos humanos e os povos indígenas" por parte de "atores estatais e não estatais", disse em Genebra o porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani.

A Amazônia está "à mercê da lei do mais forte, sob a qual a brutalidade é recorrente", lamentou a WWF nesta quinta-feira, expressando sua "indignação" pelo fracasso do Estado em proteger os "povos da floresta e seus defensores".

O desaparecimento de ambos reavivou as críticas a Bolsonaro, que desde que chegou ao poder em 2019 é acusado de incentivar invasões de terras indígenas com seu discurso a favor da exploração econômica da selva.

O Greenpeace afirmou que nos últimos três anos o Brasil se configurou como a terra da lei do "vale tudo", alimentada pelas "ações e omissões" do governo.

Em Bruxelas, sete líderes indígenas brasileiros denunciaram na sede da União Europeia o clima de violência e "impunidade" na Amazônia. Um deles, Dinamam Tuxa, declarou à AFP que "Bruno e Dom Phillips foram vítimas das políticas do governo".

A família de Phillips no Reino Unido disse ter "o coração partido" pelas mortes e agradeceu aos participantes das buscas, "especialmente os indígenas".

"Agora que os espíritos do Bruno estão passeando na floresta e espalhados na gente, nossa força é muito maior", escreveu no Twitter Beatriz Matos, esposa do indigenista.

- Bolsonaro reage no Twitter -

O presidente Bolsonaro reagiu às mortes de Pereira e Phillips nesta quinta-feira com uma curta mensagem no Twitter: "Nossos sentimentos aos familiares e que Deus conforte o coração de todos!".

Bolsonaro causou indignação nos últimos dias com várias declarações, quando disse que a incursão de Phillips e Pereira era uma "aventura não recomendada" e que o repórter britânico era "malvisto" na região amazônica por suas reportagens sobre atividades ilegais.

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), cujos integrantes participaram ativamente das buscas, qualificou o assassinato como "crime político", já que ambos eram "defensores dos direitos humanos".

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) afirmou que nos últimos anos o trabalho de jornalistas e ambientalistas tem servido para mostrar os "recordes" de crimes ambientais na Amazônia, assim como os assassinatos de ativistas e os cortes nos órgãos de controle ambiental.

No terreno, a Polícia Civil cumpriu três mandados de busca e apreensão, que terminaram sem detidos. As autoridades buscavam sem sucesso a embarcação em que Phillips e Pereira viajavam quando foram vistos pela última vez no rio Itaquaí indo em direção a Atalaia do Norte, confirmou um jornalista da AFP.

A imprensa afirma que haveria outros três suspeitos, entre eles um que possivelmente ordenou o crime, informação não confirmada oficialmente pela PF.

A Polícia Federal (PF) informou na noite desta segunda-feira (13) que as buscas pelo jornalista Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Pereira vão prosseguir e que nada foi encontrado no dia de hoje. 

Pela manhã, após circularem notícias na imprensa de que dois corpos teriam sido encontrados na área de busca, a PF, que coordena as forças de segurança na operação, negou a informação. 

##RECOMENDA##

 "Os órgãos federais e estaduais reforçam que não há nada mais importante do que a busca pelos senhores Bruno Pereira e Dom Phillips e reiteram a esperança de encontrá-los", diz a nova atualização.   

Ontem (12), bombeiros envolvidos na operação encontraram uma série de pertences dos dois desaparecidos. Segundo a PF, os itens encontrados foram: um cartão de saúde, uma calça preta, um chinelo preto e um par de botas pertencentes a Bruno e um par de botas de Dom.   

Na sexta-feira (10), a PF no Amazonas, que está à frente das forças de segurança na Operação Javari, informou que equipes de busca encontraram material orgânico, “aparentemente humano”, em uma área próxima ao porto de Atalaia do Norte. Ainda não há informação se a amostra recolhida tem alguma relação com o desaparecimento de Dom Phillips e de Bruno Pereira. 

O Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal está fazendo análise pericial do material recolhido, como também fará a perícia em vestígios de sangue encontrados na embarcação de Amarildo da Costa de Oliveira, 41 anos, conhecido como “Pelado”, suspeito de envolvimento no caso e que está preso desde a semana passada. A expectativa é que os resultados laboratoriais saiam ainda esta semana, informou a PF. 

Phillips, que é colaborador do jornal britânico The Guardian, e Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram vistos pela última vez na manhã de domingo (5), há oito dias, na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), quando sumiram sem deixar vestígios. 

O indigenista denunciou que estaria sofrendo ameaças na região, informação confirmada pela PF, que abriu procedimento investigativo sobre essa denúncia. Bruno Pereira estava atuando como colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), uma entidade mantida pelos próprios indígenas da região.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que o Senado precisa reagir diante do cenário que envolve o desaparecimento do indigenista Bruno Araújo e do jornalista Dom Phillips, no Vale do Javari, no Amazonas.   

Em pronunciamento nesta segunda-feira (13), no início da sessão deliberativa do Plenário, ele citou reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, com denúncia de que o crime organizado e um "Estado paralelo" podem estar por trás do que aconteceu, numa trama que envolve tráfico internacional de drogas e de armas, desmatamento e garimpo ilegal e atentados contra os povos da floresta. 

##RECOMENDA##

Pacheco defendeu que senadores das Comissões de Direitos Humanos (CDH), de Meio Ambiente (CMA) e de Constituição e Justiça (CCJ) devem se mobilizar para identificar os reais problemas que assolam aquela região e apresentar ao país propostas para combater o crime organizado, inclusive com o fortalecimento dos órgãos do Estado que atuam diretamente na Amazônia. 

"Caso realmente se confirme o fato de terem sido eventualmente assassinados, é uma situação das mais graves do Brasil. Assim como nós já presenciamos promotores de justiça, no seu munus [encargo] de acusar, sofrendo atentados, e alguns pagaram com a vida; juízes e magistrados julgando a criminalidade organizada, igualmente sacrificados em função disso; crimes políticos de atentados a parlamentares em função de sua atividade política, prefeitos municipais, a jornalistas que, por vezes, perdem a vida em função de seu mister de denunciar, de investigar. Em tudo isso, para além do sentimento humano da vida que se perde num atentado dessa natureza, há uma ofensa ao Estado brasileiro, há uma ofensa às instituições gravíssima", disse. 

Comissão externa Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede Sustentabilidade-AP) apresentou requerimento de criação de uma comissão externa temporária para acompanhar o caso e apurar o que aconteceu com Bruno Araújo e Dom Phillips. Pela sugestão de Randolfe, três senadores de cada comissão integrarão o colegiado.

  Na opinião dele, conforme o desdobramento do caso, será necessário inclusive criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Randolfe Rodrigues afirmou ainda que tudo o que acontece naquela região é consequência da política ambiental do governo do presidente Jair Bolsonaro. 

"O que nós estamos assistindo ao final de quatro anos do governo do senhor Jair Bolsonaro é que a Amazônia foi entregue. Foi entregue a todo tipo de banditismo político ou banditismo organizado. Isso porque foram desmantelados todos os mecanismos e instrumentos que existiam de defesa da Amazônia", denunciou. 

Mas para o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), é preciso cautela para evitar a politização do caso em ano eleitoral. Nesse sentido, ele defendeu que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, aceite requerimento dele de criação de uma CPI para apurar o crime organizado em todo o país. 

"Eu quero sugerir ao senhor que a gente faça essa CPI técnica, com apoio da Polícia Federal [...] E que a gente possa desenvolver um trabalho para apurar a expansão do narcotráfico nos estados do Norte e do Nordeste", defendeu. 

Também preocupado com uma possível politização do caso, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que mais de 200 agentes participam da busca de Bruno Araújo e Dom Phillips, fato que desmonta o discurso de que o governo não está se empenhando para solucionar a questão. 

"Essa Casa também tem o papel importante. Eu acho que uma forma de se combater a extração ilegal de ouro, a extração ilegal de madeira, é dar regras mais claras para esses tipos de atividades. Que possa haver a exploração com a responsabilidade ambiental, como acontece em diversos locais, lá em Minas Gerais, por exemplo", sugeriu. 

*Da Agência Senado

Alessandra Sampaio, esposa do jornalista britânico Dom Phillips, disse que o corpo do marido e do indigenista Bruno Araújo Pereira foram encontrados, publicou o jornalista André Trigueiro. A informação ainda não foi confirmada pelas autoridades.

Os dois desapareceram no último dia 5, dentro da Terra Indígena Vale do Javari. Eles deixaram de fazer contato quando chegaram à comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas.



LeiaJá: Cartão de saúde e roupas de indigenista são encontrados



"Alessandra voltou a fazer contato dizendo que recebeu há pouco ligação da PF informando que os corpos precisam ser periciados. A Embaixada Britânica já havia comunicado aos irmãos de Dom Phillips que eram os corpos do jornalista e do indigenista. Agora todos aguardam a perícia", publicou o repórter.

##RECOMENDA##

Um cartão de saúde, uma calça, um chinelo e um par de botas do indigenista Bruno Araújo foram encontrados pela Polícia Federal no Vale do Javari, no Amazonas, junto com outro par de botas e uma mochila com roupas do jornalista britânico Dom Phillips, nesse domingo (12). O desaparecimento dos dois ocorreu no último dia 5 e vem movimentando a cobrança por uma busca mais minuciosa por eles.

O Comitê de crise coordenado pela Superintendência da PF no estado percorreu o Rio Itaquaí para colher vestígios do paradeiro da dupla, no âmbito da Operação Javari. “Especialmente na área onde foi encontrada uma outra embarcação aparentemente de propriedade de Amarildo da Costa Oliveira, que se encontra com prisão temporária decretada por conta dos fatos”, pontuou, em nota, o Comitê.



LeiaJá também: O que se sabe sobre o desaparecimento de Dom e Bruno

##RECOMENDA##

Na sexta (10), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias para que o governo apresente um relatório com as ações tomadas para encontrá-los, bem como o que foi apurado até o momento.



Três dias antes, ao comentar sobre o desaparecimento na Cúpula das Américas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou o trabalho feito pelos dois em áreas indigenas como uma "aventura não recomendada" e reforçou que as forças de segurança realizam uma "busca incansável".

O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, João Doria, afirmou que foi convidado pelo presidente do partido, Bruno Araújo, para reunião nesta terça-feira, 26, em Brasília e que também conversou com dirigentes das demais siglas que buscam um candidato de consenso para a terceira via. O encontro entre os políticos ocorre após Araújo ser retirado do comando da campanha de Doria.

Doria disse ter falado também com Baleia Rossi, presidente do MDB, Roberto Freire, do Cidadania, e Antônio Rueda, vice-presidente do União Brasil. "Falei ontem e hoje pela manhã com o Bruno Araújo", disse Doria nesta terça-feira durante a Agrishow, em Ribeirão Preto. "Hoje terá uma reunião em Brasília e ele me convidou. Também falei com o Rueda, Baleia Rossi e Roberto Freire."

##RECOMENDA##

Doria tem jantar marcado, também em Brasília, com o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, que disputou as prévias do partido contra ele e chegou a sinalizar uma candidatura à presidência mesmo após ser derrotado. Na semana passada, Leite divulgou carta na qual sustenta que o candidato do PSDB, hoje, é Doria.

Doria repetiu que o candidato da terceira via deve ser definido por um "conjunto de valores", tanto de pesquisas quanto de experiências anteriores. "A pesquisa quantitativa é essencial, porque é ela que reproduz o interesse do eleitor em votar ou não. A qualitativa também", afirmou.

"Eu diria também a qualificação, a experiência de gestão e administrativa, porque isso vai valer nos debates e nas apresentações no horário eleitoral". Ele defendeu que a data limite para a decisão do grupo, que hoje é o dia 18 de maio, seja mantida. "A priori, não vejo razão para mudar. Foi estabelecido com a concordância de todos e espero que possa se processar dentro desse prazo."

Vice?

Questionado se pode ser candidato à vice-presidência, Doria disse ser candidato do Brasil, e não do PSDB ou dele próprio. "Pesquisas mostram que há 44% da população brasileira que não querem nem Lula nem Bolsonaro. Cabe ao centro democrático formado por esses quatro partidos ter grandeza e humildade para encontrar um caminho vencedor, que não é o da vaidade, nem do interesse pessoal ou partidário."

Quanto a Leite, Doria diz que essa questão é "pacificada no PSDB". "Ele teve dignidade, grandeza, fez uma carta bonita onde declarou que o candidato do PSDB à presidência é João Doria. Eu agradeci por meio de carta e também por telefone."

Ao ser questionado se está satisfeito com sua participação nas propagandas de seu sucessor no governo de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), Doria disse: "O Rodrigo tem que fazer a campanha dele, ele é candidato ao governo do Estado de SP. É nisso que ele tem de estar concentrado e é isso que ele está fazendo, a meu ver, corretamente."

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, disse que nunca fez "questão" de exercer posto de coordenador-geral da pré-campanha do ex-governador João Doria à Presidência da República. "Ufa! Comando que nunca fiz questão de exercer. Aliás, ele sabe as circunstâncias em que e o porque 'aceitei' à época. Aliás, objetivo cumprido!", escreveu Araújo nesta sexta-feira, 15, em sua conta oficial do Twitter ao compartilhar notícia sobre a troca de comando da pré-campanha.

Mais cedo, a equipe de Doria comunicou a substituição de Araújo da coordenação pelo presidente-geral do partido em São Paulo Marco Vinholi. Em nota, o partido diz que Araújo, que é presidente nacional do PSDB, havia sido convidado por Doria para a função. Mas em recentes manifestações durante entrevistas e encontros empresariais, relativizou a candidatura de Doria - que venceu as prévias do partido em novembro. "Essa postura, considerada pouco agregadora, motivou a decisão", informa a nota.

##RECOMENDA##

Vinholi é um dos mais próximos aliados de Doria, foi secretário de seu governo e ajudou o tucano em todas as outras campanhas.

Em evento recente do partido, Bruno Araújo afirmou que a aliança entre as legendas que articulam uma candidatura única da "terceira via" é superior ao resultado das prévias tucanas, das quais Doria saiu vitorioso no ano passado. "Estou deixando claro que o PSDB está contido no acordo de uma aliança nacional. João Doria é o candidato do PSDB e está contido neste acordo, mas não seremos candidatos de nós mesmos. O PSDB não vai às ruas este ano com um candidato de si próprio", disse o dirigente tucano.

A candidatura do ex-governador paulista enfrenta resistência dentro da sigla. Há movimentações para que seja priorizada uma composição envolvendo o ex-governador gaúcho Eduardo Leite, possivelmente como vice de Simone Tebet, e não uma chapa liderada por Doria. Este, contudo, segue afirmando que manterá sua pré-candidatura.

Em movimento para fortalecer sua posição, Doria ensaiou uma "desistência" da disputa no fim do mês passado, o que acentuou a crise interna do PSDB e fez com que Araújo lançasse uma carta confirmando-o como pré-candidato. Um dia depois, porém, o próprio Araújo disse que "os fatos valem mais que cartas", minimizando a simbologia do documento.

Um dia depois do agora ex-governador João Doria (PSDB) dizer que houve um planejamento prévio para que o presidente do partido, Bruno Araújo, tivesse de se manifestar publicamente em apoio a seu nome para a disputa ao Planalto, o dirigente partidário minimizou, nesta sexta-feira, 1º, a carta divulgada por ele ontem.

"Em política tem algo que vale mais do que papel e carta, que são os fatos e acontecimentos", disse Araújo aos jornalistas na saída do evento de filiação do deputado Rodrigo Maia (RJ) ao PSDB em São Paulo. Ainda segundo o presidente do PSDB, a candidatura do partido está contida em um "projeto maior" e Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, teve um comportamento "extremamente decente".

##RECOMENDA##

Doria venceu Leite nas prévias presidenciais no ano passado, mas o gaúcho continua se movimentando para ser o presidenciável tucano.

Na quinta-feira, 31, após simular que permaneceria como governador, Doria falou em "estratégia política". Hoje, minimizou. "Não é estratégia, é objetivo. O objetivo do PSDB é servir o Brasil (...) O PSDB é uma família, e em uma família você não tem unidade todos os dias. Nem por isso deixa de compor um lar", afirmou.

Federação

No evento, que não contou com a presença do governador Rodrigo Garcia (PSDB), Doria defendeu o nome do presidente do PSDB para assumir o comando da federação que vai surgir da união com o Cidadania. "Bruno tem o meu apoio e o apoio de todos para ser o presidente da federação. Não há nenhuma contestação. Não há nenhum clima de hostilidade. Há um clima de entendimento. Isso é parte do processo democrático", disse.

Araújo afirmou que a executiva da federação terá 19 membros - 14 do PSDB e 5 do Cidadania. O PSDB vai presidir a federação. Vão participar os líderes da Câmara e Senado, das maiores bancadas, Minas Gerais e São Paulo, quatro mulheres de regiões diferentes e um representante de cada região importante para o partido.

Na semana que vem Araújo, Baleia Rossi (MDB) e Luciano Bivar (UB) vão se reunir em Brasília para discutir os passos seguintes e definir critérios para afunilar a terceira via.

Após o governador de São Paulo, João Doria, anunciar que desistiria da pré-candidatura presidencial e ficaria no cargo, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, enviou uma carta aos principais líderes do partido na qual defendeu o resultado das prévias pela primeira vez.

"Venho, por meio desta, reafirmar que o candidato a Presidente da República pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) é o governador do Estado de São Paulo, João Doria, escolhido democraticamente em prévias nacionais realizadas em novembro de 2021. As prévias serão respeitadas pelo partido", escreveu Bruno Araújo, se dirigindo ao presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi. "O governador tem a legenda para disputar a Presidência da República. E não há, nem haverá qualquer contestação à legitimidade da sua candidatura pelo partido. Aproveito a oportunidade para reafirmar o compromisso do PSDB com o processo democrático brasileiro."

##RECOMENDA##

Mais cedo, Doria surpreendeu aliados e assessores ao anunciar que desistiria da candidatura à Presidência e permaneceria no cargo de governador. Com o movimento, o vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), que assumiria o posto, deixou o cargo de secretário de Governo e estava reunido com aliados para definir o seu futuro político.

Ao longo da última semana, aliados de Doria se mobilizaram contra o que chamavam de tentativa de "golpe" contra sua pré-candidatura e cobravam do presidente nacional do PSDB um posicionamento contundente em defesa do resultado das prévias presidenciais tucanas realizadas no ano passado, em meio às movimentações de Eduardo Leite, que anunciou na segunda-feira que deixará o governo gaúcho e continuará no partido.

Leia a íntegra da carta de Bruno Araújo:

Exmo. Sr. Presidente Marco Vinholi,

Cc Presidentes e Diretórios estaduais do PSDB Governadores do PSDB Bancada Câmara dos Deputados Bancada Senado Federal Bancada de Deputados estaduais Executiva Nacional

Venho, por meio desta, reafirmar que o candidato a Presidente da República pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) é o Governador do Estado de São Paulo, João Doria, escolhido democraticamente em prévias nacionais realizadas em novembro de 2021. As prévias serão respeitadas pelo partido. O governador tem a legenda para disputar a presidência da República. E não há, nem haverá qualquer contestação à legitimidade da sua candidatura pelo partido. Aproveito a oportunidade para reafirmar o compromisso do PSDB com o processo democrático brasileiro. O PSDB é consciente de seu protagonismo em contribuir com o fim da polarização hoje existente no país.

 

A exuberante propriedade de João Doria (PSDB), em Campos do Jordão (SP), serviu neste feriado de Carnaval para uma reunião da "tropa aliada" do governador paulista. No momento em que se aproxima a data de desincompatibilização para disputar a Presidência da República, Doria recebeu na luxuosa residência o presidente do PSDB, Bruno Araújo, o vice-governador Rodrigo Garcia, pré-candidato do PSDB ao governo paulista, o apresentador José Luiz Datena e o presidente do PSDB paulista e secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi - autor da foto que ilustra este texto.

O encontro tem uma simbologia clara: é uma tentativa do governador de mandar uma mensagem de unidade e afastar as dúvidas entre os próprios partidários sobre a viabilidade de sua candidatura presidencial. Pressionado por alas do PSDB a desistir de sua pré-candidatura, Doria terá de deixar o Palácio dos Bandeirantes até o início de abril. Nesta fase, seu foco está em garantir empenho e lealdade dos aliados estratégicos.

##RECOMENDA##

Coordenador da pré-campanha do governador, o presidente do PSDB foi reconduzido ao cargo por mais um ano com apoio do grupo de Doria, mas é alvo de críticas dos "doristas" por não ter se posicionado de maneira mais enfática em defesa da candidatura do vencedor das prévias do PSDB. Já Datena é visto como o candidato natural ao Senado na chapa dos tucanos, mas tem sido assediado também por outros partidos.

Mensagem

Ao promover esse encontro no fim de semana, Doria procura enviar um recado ao mundo político de que não está isolado e conta com o apoio de Araújo - o principal operador político do PSDB nas articulações com o MDB, o União Brasil e o Cidadania por uma federação partidária -, com Garcia, que vai assumir a máquina e de quem vai precisar do apoio, e Datena, que é um "coringa" no tabuleiro eleitoral de 2022.

A ampla propriedade, que conta com um heliponto e escultura de Bia Doria - mulher do governador - na entrada, deu caráter de intimidade ao encontro político. Por lá, também passaram dois nomes do PSDB que ajudam a fazer a ponte do governador com a "velha guarda" do partido: o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio e o ex-ministro Antonio Imbassahy.

Virgílio disputou as prévias contra Doria e Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, que agora ameaça deixar a legenda e ingressar no PSD para ser candidato ao Planalto. Imbassahy integra o círculo mais próximo de Doria - foi articulador político da gestão Michel Temer e hoje é secretário especial do governo paulista e chefe do Escritório de Representação do Estado de São Paulo em Brasília.

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que torce para que o ex-governador Geraldo Alckmin não faça parte da candidatura petista encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência em 2022. "Espero e torço para que ele não utilize seu nome para tentar limpar a história do PT", disse Araújo, que já vê Alckmin fora do partido.

Comandante de uma sigla que enfrentou um caótico processo de eleição prévia para decidir o candidato a presidente no próximo ano, Araújo defendeu, em entrevista ao Amarelas On Air, programa de entrevista da revista Veja, a união de uma campanha convergente entre as figuras do centro democrático que buscam espaço entre a terceira via.

##RECOMENDA##

Para ele, uma candidatura de centro seria "extremamente poderosa para chegar ao segundo turno". Araújo apontou o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, como "um bom nome" para vice na candidatura presidencial tucana.

Convergência

Apesar de defender uma convergência entre candidatos da terceira via - com a exceção de Ciro Gomes - o presidente do PSDB diz que caberá ao vencedor das prévias, o governador de São Paulo, João Doria, definir se será preciso que seja aberta a candidatura em preferência de um nome mais competitivo.

Na mesma entrevista, Araújo negou ter proposto uma espécie de prévia para a terceira via, e também ironizou os ataques do tucano mineiro Aécio Neves, que apoiou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, derrotado pelo governador paulista nas prévias. "Sou apenas um dos nomes da lista de críticas do deputado", disse. "Eu, João Doria, Geraldo Alckmin, Luiz Inácio Lula da Silva, Deus e o mundo."

Araújo indicou que poderá haver uma depuração natural dos parlamentares do PSDB que votaram em consonância com as principais pautas bolsonaristas no Congresso Nacional por uma decisão da executiva. Ele disse acreditar que o processo se dará pela "natureza das coisas e dos prazos políticos". 

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, fará uma reunião nesta segunda-feira (22), às 14 horas, com a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs), desenvolvedora do aplicativo utilizado nas prévias tucanas, para tentar definir a data de retomada da votação remota da disputa interna.

"Amanhã, no início da tarde, haverá parecer técnico sobre o real status do aplicativo", afirmou Araújo no período da noite do domingo, 21.

##RECOMENDA##

O processo de escolha do pré-candidato do partido à presidência da República foi suspenso no domingo após uma série de instabilidades na plataforma utilizada para os votos à distância. Em um novo racha entre os candidatos, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, defende a retomada da votação dentro de 48 horas. Do outro lado, o governador de São Paulo, João Doria, e o ex-senador Arthur Virgílio querem a reabertura da votação no próximo domingo.

De acordo com Araújo, a viabilidade técnica será a "imperadora do processo".

"Em havendo tempo de resolução de curtíssimo prazo, a ideia é que ele seja disponibilizado imediatamente para filiados", destacou o presidente nacional do PSDB, em coletiva de imprensa após uma reunião com Doria, Leite, Virgílio e outros caciques no domingo. "Se não for em curto prazo, as campanhas vão dialogar. Prazo limite [para as prévias] depende de questão técnica", acrescentou o dirigente, que ainda ressaltou a inexistência de registros de insegurança no sistema.

Na saída da reunião, Doria, por sua vez, afirmou que o prazo limite para as prévias é o próximo domingo (28). "O resultado que for apurado é final e definitivo, sem contestações", declarou o governador paulista.

Desde sua fundação, em 1988, a divisão é uma marca do PSDB. O primeiro processo de prévias para a escolha do candidato do partido à Presidência da República voltou a dar projeção nacional à legenda, mas também reforçou a característica tucana, se tornando uma ameaça à unidade interna. As primárias ganharam níveis superlativos de tensão e colocaram o ex-deputado federal Bruno Araújo, de 49 anos, presidente da sigla, numa posição de "equilibrista" no embate entre os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS).

Um dos principais quadros do grupo que ficou conhecido como "cabeças pretas" - bloco de deputados tucanos que defendeu o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) -, Araújo assumiu o comando da sigla em maio de 2019 e age para que a briga acirrada entre alas tucanas não ameace também sua permanência na presidência da legenda. Costuma ser chamado nos bastidores do partido de "VAR", nome do mecanismo adotado pela FIFA para fazer a verificação eletrônica de lances duvidosos no futebol.

##RECOMENDA##

Diante das acusações mútuas de fraude na filiação de aliados fora do prazo estabelecido no regulamento das prévias, Araújo estabeleceu um critério que exclui do colégio eleitoral todos os filiados que assinaram a ficha após 31 de maio deste ano. Visto com desconfiança no entorno de Doria, o ex-deputado ganhou com isso pontos com os paulistas, mas desagradou o time de Leite, cuja linha de frente reúne os diretórios do PSDB em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Ceará.

Com uma "canetada", ele havia tirado do jogo ao mesmo tempo os 92 prefeitos de vices de São Paulo que eram contestados, e os 32 filiados apoiadores do gaúcho. Na matemática interna, Doria saiu perdendo, mas no cômputo final o gesto de Araújo foi considerado uma saída diplomática.

Feridas

"A portaria na qual eu convoquei as prévias foi uma decisão solitária", disse Araújo ao Estadão. "Tenho a clareza de que o PSDB vem de um processo de desgaste devido ao resultado discreto nas eleições de 2018. Essa era a chance de o partido exercer um novo tipo de espaço na cena pública nacional."

O presidente do PSDB admite que, ao fim das prévias, "vai ser necessário um tempo para curar feridas e demonstrar maturidade para buscar caminhos que fortaleçam a unidade do partido". "Quando acabar o processo vai ter uma ferida ou outra aberta, mas precisamos de tempo."

Araújo foi eleito presidente do PSDB em 2019 com o apoio de Doria, que então despontava como o principal nome da sigla após vencer a disputa pelo governo paulista. Na cadeira de dirigente máximo do partido, porém, o ex-deputado se tornou uma espécie de anteparo às tentativas do governador de São Paulo de promover uma mudança radical na legenda, que incluía até a mudança de nome e do fim do tucano como símbolo. "O partido não pode mudar com o vento. Precisa de um grau mínimo de estabilidade", justificou Araújo.

Jantar

Um jantar em fevereiro deste ano azedou a relação entre os dois tucanos. Segundo relatos de participantes, o governador paulista convocou um encontro na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes para defender a expulsão do deputado Aécio Neves (MG) do partido. Durante a conversa com 12 participantes, porém, aliados de Doria teriam defendido que o governador assumisse a presidência do PSDB no lugar de Araújo.

Esse evento é classificado nos bastidores do partido como o marco zero das prévias, e também como um erro político primário do governador, que tinha então apoio para ser o candidato natural ao Palácio do Planalto.

Na semana passada, a presença do presidente do PSDB chamou atenção em uma comitiva de empresários liderada por Doria que foi a Dubai para rodadas de negócios com players dos Emirados Árabes no âmbito da Expo 2020. O tucano foi ao evento como CEO da Brazilian Strategy Advice, nome do seu escritório - que faz consultorias para empresas dos Emirados Árabes que atuam no Brasil.

A viagem coincidiu com o momento em que Araújo teria que dar a palavra final sobre as acusações de suposta "fraude" na filiação de prefeitos paulistas. Ele participou dos dois primeiros dias de eventos da missão, antes de o governador desembarcar no local. Depois da chegada de Doria, o presidente do PSDB se deslocou da comitiva. "Tenho atividade profissional nos Emirados Árabes. Viajei às minhas custas e coincidiu de ser na semana da semana de São Paulo na Expo 2020", afirmou Araújo.

'Critério'

O presidente do PSDB assegura que a decisão de igualar os casos de prefeitos e vices de São Paulo e os filiados ligados a Leite não foi uma decisão compensatória, mas "a fixação de um critério". O critério ajudou a reduzir a temperatura do caldeirão tucano.

"Bruno Araújo tem procurado ser imparcial e correto na conduta das prévias presidenciais do PSDB. Tem o mérito de ser o primeiro presidente do PSDB em 33 anos a promover prévias para escolher o candidato do partido à Presidência da República. Deixará legado", disse Doria ao Estadão.

Procurado, Eduardo Leite não se manifestou.

O atual presidente nacional do PSDB e ex-deputado federal, Bruno Araújo deu o que falar em uma entrevista ao Uol. No bate-papo, Araújo afirmou que prefere ser atingido por um tiro ao invés de votar na eleição presidencial de 2022 no ex-presidente Lula (PT) ou até mesmo no presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Citando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o político disparou: "Ele [FHC] foi colocado num pelotão de fuzilamento. Foi dito a ele que tinha que fazer a opção para não levar um tiro. Eu levaria o tiro. Nós [do PSDB] vamos trabalhar fortemente, firmemente para ter outra alternativa que não seja as duas. Se chegar a essa alternativa, infelizmente eu voto em branco".

##RECOMENDA##

Para Bruno Araújo, as visões do PT e do PSDB continuam com ideais diferentes. "Com o discurso do presidente Lula na sua coletiva recente, parece que essas posições começam a ficar cada vez mais distantes. O PT faz parte de um conjunto, aí sim, de todos que tiverem no campo da resistência para que permita que a democracia brasileira continue em processo de amadurecimento democrático. Nós vamos seguir", disse.

A declaração do tucano veio após Fernando Henrique Cardoso dizer que votaria em Luiz Inácio Lula da Silva em uma possível disputa com o atual presidente da Pública no ano que vem. Bruno Araújo também afirmou que votou em Bolsonaro no segundo turno no pleito de 2018.

 

 

Em derrota política para o governador João Doria, a direção executiva nacional do PSDB renovou por unanimidade o mandato do atual presidente da sigla, deputado Bruno Araújo (BA), por mais um ano.

Em uma reunião tensa na semana passada no Palácio dos Bandeirantes com os principais líderes tucanos, os aliados de Doria surpreenderam Araújo ao propor que o governador assumisse em maio o comando da legenda para poder viajar o Brasil e fortalecer sua candidatura presidencial em 2022.

##RECOMENDA##

O estatuto do PSDB prevê, porém, a renovação do mandato por mais um ano. A iniciativa abriu uma crise interna, que culminou em uma rebelião de parte da bancada de deputados federais contra a intenção de Doria de concorrer ao Palácio do Planalto.

Doze dos 29 parlamentares tucanos da Câmara lançaram o nome do governador gaúcho Eduardo Leite como presidenciável em um almoço em Porto Alegre nesta quinta, 11.

Em reunião virtual, nesta sexta-feira, 12, todos os diretórios tucanos e as bancadas no Senado e na Câmara apoiaram a recondução de Araújo e dos presidentes estaduais do PSDB.

O ex-deputado federal e ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo, permanecerá no comando do PSDB até maio de 2022. A decisão unânime da Executiva Nacional do partido referendou ofício assinado pelos presidentes de diretórios estaduais do partido e pelas bancadas na Câmara e no Senado.

Também serão prorrogados os mandatos nos segmentos partidários – PSDB-Mulher, Juventude, Tucanafro e Diversidade Tucana – e no Instituto Teotônio Vilela (ITV), o centro de estudos políticos do PSDB.

Reunida online nesta sexta-feira (12), a Executiva também garantiu autonomia para que os diretórios estaduais e municipais possam decidir sobre a prorrogação ou não dos mandatos locais.

##RECOMENDA##

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, anunciou nesta terça-feira (25) que testou positivo para a Covid-19. O anúncio do ex-deputado federal e ex-ministro das Cidades do governo Temer foi feito em publicação no Twitter.

"Bom dia. Testei positivo para o Covid-19. Cuidem-se", escreveu o pernambucano.

##RECOMENDA##

Bruno Araújo não deu detalhes sobre seu estado de saúde e se está sintomático. O LeiaJá entrou em contato com a assessoria de imprensa do tucano para obter mais detalhes, mas até o momento não obteve retorno.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando