Feliciano defende jovem que jogou livro em professora

O pastor Marco Feliciano (PSC) disse que o "delinquente juvenil" é vítima de um sistema opressor porque na sua classe deveria ter gente branca e rica

por Taciana Carvalho qua, 23/08/2017 - 20:41
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O deputado federal Marco Feliciano (PSC) comentou, por meio de suas redes sociais, a agressão que machucou o rosto de uma professora em Santa Catarina, após um aluno arremessar um livro em direção a ela. O pastor, apesar de afirmar que sente "repúdio total" a qualquer tipo de violência e que nada justifica o acontecimento, principalmente a uma "mentora e maestrina do saber", defendeu o jovem chamando-o de "delinquente juvenil". 

"Para minha surpresa, quando eu entro nas redes sociais da professora, descubro que ela é militante de esquerda, ou seja, ela é uma freireana, é uma professora que segue a risca a linha de Paulo Freire, líder dos esquerdistas, que chegou a dizer que esse aluno que agrediu a senhora nada mais é do que vítima de um sistema opressor, então ele é oprimido porque na classe deve ter muita gente branca e rica. Ele deve se sentir oprimido, rebaixado, humilhado e, por isso, ele a agrediu. Paulo Freire diz que você tem que desculpar esse aluno porque ele é fruto do sistema, mas a senhora não fez isso. A senhora levou ele na diretoria", declarou. 

O parlamentar, que é pastor, falou sobre uma declaração da professora, que disse durante uma entrevista que jogar ovos em políticos não é uma agressão e, sim, um ato revolucionário. “Então, façamos uma relação: não seria também um ato revolucionário um aluno que está na sala de aula, revoltado com a professora, ter jogado um livro nela porque não tinha um ovo, aí jogou um livro? Não deveria ser estudado como um ato revolucionário pela militância da esquerda?”

Feliciano chegou a dizer que quem planta o ódio, colhe o ódio. “Ora, professora, menos hipocrisia, por favor. Nas suas redes sociais, a senhora destila o ódio contra os parlamentares. Tem uma postagem da senhora dizendo que odeia o Doria, eu tenho certeza que a senhora nunca chegou perto dele, mas a senhora o odeia. Quem planta o ódio, colhe o ódio professora. Mas a senhora, como uma boa esquerdista, vai dizer que isso não é ódio, que é liberdade de expressão”. 

“Sou contra qualquer tipo de violência, mas também sou contra as professoras como essa que usa suas mídias sociais para destilar o ódio contra o Escola Sem Partido e contra um sistema político, ou seja, a senhora doutrina os seus alunos e agora o feitiço vira contra o feiticeiro. Professora, menos”, criticou.

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