“Eu não sou moleque”, diz ministro da Defesa

Raul Jungmann descartou as especulações de disputar o Senado pelo Rio de Janeiro devido à “visibilidade” de sua pasta

por Taciana Carvalho seg, 04/09/2017 - 20:09
Valter Campanato/Agência Brasil Valter Campanato/Agência Brasil

Sobre as especulações de que poderia disputar o Senado Federal pelo Rio de Janeiro na eleição de 2018, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, garantiu durante entrevista nesta segunda-feira (4) que não existia essa hipótese. Ele disse que está em evidência no Rio porque a segurança pública é uma preocupação de todo carioca. “É uma coisa obsessiva. É uma população que vive uma situação dramática”, lamentou.

O auxiliar ministerial de Michel Temer disse que as especulações devem acontecer porque ele está em evidência na cidade. “Então, o fato de eu ter uma visibilidade porque eu estou cuidando também junto com o ministro da Justiça e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, dá uma visibilidade e, digamos assim, que essa ausência em parte de lideranças no Rio de Janeiro”.

“Não vou dar nome aqui, mas quando um deputado federal nos disse o seguinte: eu tenho um projeto para você, Jungmann, de ser candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro. Eu disse para ele que era impossível isso porque, em primeiro lugar, eu desmoralizaria essa operação que estou realizando aqui. Eu politizaria. Segundo lugar, as Forças Armadas não são cabo eleitoral de ninguém e nem eu faria uma coisa como essa. Conclui dizendo o seguinte: isso é coisa de moleque e eu não sou moleque, eu não vou fazer isso. Não tem hipótese”, contou o ministro. 

Raul Jungmann também falou que o Rio de Janeiro vive uma “falência múltipla dos órgãos”. “Você tem um ex-governador preso, tem problemas no tribunal regional com atual governador e vice. Você tinha uma liderança que era Eduardo Cunha e também está preso e tem uma falência fiscal com o atraso de salários”. 

Jungmann contou que a situação no Rio é tão grave que, para se ter uma ideia, missas e cultos estão sendo realizados à tarde não mais à noite e que uma parte das escolas não estão realizando todas as aulas devido a tiroteios e que há mais de 800 comunidades controladas pelo tráfico de droga. “O Rio de Janeiro não poder ser o Brasil de amanhã. De fato, estamos no Rio auxiliando e apoiando”. 

Ele também comentou o aumento nos roubos de cargas. Ele também falou que a situação no Espírito Santo é “delicada”. 

 

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