Temos hoje ideias diferentes, diz Paulo Câmara sobre o PT

Segundo o governador não há nenhum tipo de “aproximação” entre PT e PSB. Para ele, o foco agora não é o pleito, mas as ações do governo

por Giselly Santos qui, 05/10/2017 - 12:34
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

Diante dos sinais de articulações entre o PT e o PSB mirando a disputa eleitoral de 2018, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta quinta-feira (5), que os dois partidos têm hoje “ideias diferentes” e pontuou que não há nenhum tipo de “aproximação” das duas siglas. O pessebista, que deve concorrer à reeleição, disse que o foco dele agora não é o pleito, mas as ações do governo.

“Tenho buscado e aprendi isso, depois de ter sido secretário, que fazer política é buscar o diálogo e a unidade sempre. Tenho buscado a unidade, onde temos identidade.  Vou conversar com todas as forças políticas que querem ajudar Pernambuco. Há muitas especulações, mas não há nenhum tipo de aproximação do nosso campo com o PT, desde Eduardo [Campos]. Temos ideias hoje diferentes”, declarou o governador, em entrevista à Rádio Jornal. Nas últimas semanas, o governador travou diálogos com o senador Humberto Costa (PT) e o próprio PT recebeu afagos do líder do governo na Assembleia Legislativa (Alepe), Isaltino Nascimento (PSB). 

Para Câmara, o debate eleitoral agora interessa apenas à oposição. “Para 2018, quando esse debate for feito, porque está muito muito cedo - o debate político agora só interessa à oposição, a população quer saber do governo e temos muitas coisas para fazer - onde pudermos fazer unidade, vamos fazer. Tivemos agora a oportunidade de aproximação com o PDT, que eu já queria faz um tempo. Agora vamos focar na administração que é isso que o povo quer”, salientou. 

Com a tendência clara da construção de um palanque antiTemer liderado pelo próprio governador no Estado, Paulo foi indagado se tem encontrado dificuldades em firmar parcerias e angariar ações para Pernambuco no Governo Federal. 

“Vou continuar a administrar Pernambuco como o povo quer, Vamos continuar levando para o Governo Federal os pleitos e esperamos ter respostas. Esta cada dia mais difícil de ter respostas. O governo Temer hoje se preocupa com a sobrevivência política e eu me preocupo com a sobrevivência do meu povo. O Brasil está parado, precisa de ação, de planejamento para o futuro”, declarou. “Não é possível que tenhamos tanto desemprego e confusão e as pessoas só pensam em sobrevivência política. O Estado é para servir ao povo, não é para outra coisa”, acrescentou. 

Segundo ele, o contato com os ministros pernambucanos Mendonça Filho (Educação) e Bruno Araújo (Cidades) é tranquilo. “Estou conversando com Mendonça e Bruno sobre temas administrativos. Não é momento de conversar sobre temas que não sejam esses”, disse.

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