Sem querer se opor a Temer, ministro pede desfiliação
Fernando Filho podia ser expulso do PSB, que manteve a posição de votar contra Temer na segunda denúncia da PGR
O que já era previsto aconteceu nesta quarta-feira (25). O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, entrou com solicitação para a sua desfiliação do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Os ânimos se acirraram com a volta temporária do pernambucano à Câmara dos Deputados para votar a favor do peemedebista na segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República. A orientação da cúpula do PSB era clara: votar contra o presidente, dessa forma havia chances dele ser expulso da sigla.
O pai do ministro, o senador Fernando Bezerra Coelho, já tinha pedido sua desfiliação do PSB migrando para o PMDB de Michel Temer. Na ocasião, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, já tinha dado o recado: “A saída do senador já era esperada desde que decidiu se aliar a um governo com a qual não concordamos”.
Além de Fernando Filho, nessa terça-feira (24), pediram a desfiliação do PSB os deputados Danilo Forte (CE), Adilton Sachetti (MT), Tereza Cristina (MS) e Fábio Garcia (MT).
Criticas ao ministro de Minas feitas pelos correligionários eram crescentes. O deputado Danilo Cabral chegou a dizer que Fernando não representava o PSB no ministério. “Fernando Filho não representa do PSB dentro do ministério. O PSB é oposição ao governo Temer, isso está muito claro, ainda mais depois da postura dele sobre a privatização”, alfinetou.