Álvaro Dias: 'O Brasil precisa de coesão e rumo'
Em entrevista ao LeiaJá, o presidenciável ponderou que a dicotomia "extrema-direita e extrema-esquerda incendeia o país e não resolve o atual cenário"
Pré-candidato à Presidência da República em 2018, o senador Álvaro Dias (Podemos) afirmou, nesta segunda-feira (4), que a população está "dizendo não" aos partidos tradicionais que, segundo ele, já foram chamados de organização criminosa, como o PT e o PMDB. Em entrevista ao LeiaJá, antes de um debate com o Movimento Democracia e Ética no Recife, o parlamentar também pontuou que na próxima eleição é necessário acabar com a "dicotomia extrema-direita e extrema-esquerda" instalada no país.
Álvaro Dias aparece variando entre 3% e 6% nas pesquisas de intenções de votos. Indagado sobre como avaliava os pré-candidatos que lideram a preferência para a disputa - o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) - , ele se negou, mas disse que haverá oportunidades durante os debates eleitorais.
"Minha formação impede que eu atire pelas costas, agora não podemos viver com esta dicotomia extrema-direita e extrema-esquerda. Isso incendeia e não resolve nem constrói o futuro do país. Esse não é o rumo. O Brasil precisar somar e isso não é coesão. Temos que trabalhar contra a dicotomia", frisou. "Brota no inconsciente coletivo um movimento que pode se tornar avassalador. As pessoas querem a solução dos problemas, não este confronto utópico. É uma geleia geral que se estabelece", completou o senador.
Para Álvaro, "se eles ganharem vai ser a reedição do que vimos em 2014". Ainda sobre as intenções de votos, o senador disse que o que importa é o índice de rejeição. "As manchetes deveriam ser Lula e Bolsonaro estão inviabilizados de ser eleitos. Porque eles têm uma rejeição grande. O voto será construído no caminho da campanha eleitoral", salientou.
Com a exposição dos argumentos, ele foi questionado se concordava com a tese da também pré-candidata Marina Silva (Rede), de um período sabático para o PT, PMDB e PSDB a partir de 2018; o parlamentar destacou que "quem está dizendo isso é a população pelo histórico dos partidos, alguns deles chamados de organização criminosa".
O senador está na capital pernambucana desde o último domingo (3), quando visitou o Morro da Conceição, almoçou com lideranças políticas como o ex-governador João Lyra Neto (PSDB), o presidente do Podemos no Estado, o deputado federal Ricardo Teobaldo, e o advogado Antônio Campos.