O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) lançou em Belém, na quarta-feira (7), a pré-candidatura de Plínio Sampaio Júnior à Presidência da República. O evento reuniu militantes, políticos, simpatizantes e dirigentes do partido no hotel Sagres, localizado no bairro de São Brás.

Economista e professor de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Plínio se apresenta como uma nova alternativa de esquerda para governar o Brasil. O pré-candidato é filho do ex-deputado por São Paulo e ativista político Plínio de Arruda Sampaio, falecido em 2014.

Durante o evento, Plínio Júnior falou sobre suas ideias para um projeto de governo em 2018. Segundo ele, o único caminho que o PSOL tem para derrotar nas urnas as duas maiores forças políticas do Brasil atualmente, o ex-presidente Lula (PT) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), é ter respostas diferentes para os problemas do país. “As respostas do Bolsonaro aos problemas do Brasil se resumem, basicamente, a reduzir a democracia e negar a política. A resposta do Lula é requentar o ‘Lulismo’ e procurar dar uma sobrevida à nova República. As duas respostas não atendem aos problemas do conjunto da população”, afirmou o pré-candidato.

O vereador de Belém Fernando Carneiro (PSOL) esteve no evento e apoiou a pré-candidatura de Plínio Júnior. Segundo ele, a expectativa é de que o PSOL escolha uma candidatura que tenha a representatividade social que o partido tem, e que possa apresentar uma alternativa diferente para a sociedade. “Nós não queremos ser o PT (Partido dos Trabalhadores), o PT está superado historicamente. Um próximo governo do Lula seria desastroso, e um governo do Bolsonaro seria mais ainda”, disse.

O vereador também se apresentou como possível candidato ao Governo do Estado do Pará nas eleições de 2018. “O PSOL está debatendo internamente para apresentar uma alternativa pro Governo do Estado, e eu coloco meu nome à disposição novamente, pra que a gente possa fazer aqui no Estado aquilo que faremos em nível nacional, uma candidatura própria do PSOL”, pontuou.

No auditório do hotel Sagres também estavam presentes muitos jovens militantes do partido. O estudante de Geografia da UFPA (Universidade Federal do Pará) Eziel Duarte, 22, contou que começou a militar pelo PSOL quando era estudante secundarista, em 2012, e escolheu a legenda porque a identificava como uma opção frente às necessidades do país. “É um partido que não está enlameado em escândalos de corrupção, e tem encampado, desde o governo Lula, todas as propostas que atacam os trabalhadores e a juventude”, concluiu.

A escolha oficial do candidato à Presidência da República pelo Partido Socialismo e Liberdade será no dia 10 de março. Além do paulista Plínio Júnior, outros nomes estão cotados pelo partido para disputar as eleições em 2018. O catarinense Nildo Ouriques, professor de Economia da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a líder indígena maranhense Sônia Guajajara, e o coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), Guilherme Boulos, são algumas das opções do partido para governar o Brasil. Veja vídeo abaixo.

Por João Paulo Jussara.