Ciro diz que é completamente contra o porte de armas

“Você acha que um cidadão civil sem treinamento, um trabalhador, vai levar vantagem num duelo contra um bandido?”, indagou o pré-candidato a presidente

por Taciana Carvalho ter, 06/03/2018 - 16:30
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Em meio a uma grande polêmica sobre a liberação ou não do porte de armas no Brasil, tão defendida pelo pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSC), o também presidenciável Ciro Gomes (PDT) falou sobre o assunto. Ciro disse que é “completamente contra” o porte.

“Vamos pensar juntos aqui. Você acha que um cidadão civil sem treinamento, um trabalhador, vai levar vantagem num duelo contra um bandido, que tem o fator surpresa, que não tem amor nenhum à vida, que não tem respeito nenhum a dignidade do ser humano? Quem é que vai ganhar esse duelo?”, perguntou durante uma entrevista. 

O pedetista definiu como uma “maluquice” liberar arma para todo mundo. “Não duvide, quem defende isso está levando dinheiro da indústria bélica. O cara que defende que a grande prioridade é dar um fuzil para um trabalhador rural, que maluquice é essa, rapaz?”, disse em referência à proposta de Bolsonaro, caso se torne presidente. 

Ele ressaltou que se as pessoas se armarem, o país vai se transformar em um “velho faroeste”. “Na hora que um trabalhador rural tiver um fuzil sabe onde é que o assaltante de banco vai buscar a arma? Não vai buscar mais não no contrabando onde corre o risco de ser preso pela Polícia Federal. Ele vai chegar na madrugada, vai render a família do agricultor, que está dormindo, que ele não vai chegar de dia dando uma buzinada. Vai chegar de madrugada, vai sequestrar o filho do miserável, vai dizer entregue seu fuzil senão vai a orelha dele para dizer que não está de brincadeira”. 

Ciro ainda disse que sabe que os brasileiros estão com medo, mas que essa não é a solução salientando que é dever do governo proteger a família. “O governo armar bem o seu policial com decência. Treinar, capacitar e mapear o crime organizado”. 

 

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