Marília fala sobre Hitler e diz que Brasil corre perigo

"O Hitler não chegou e simplesmente tomou o poder não, ele tinha apoio popular. A ditadura civil-militar no Brasil de 64 tinha apoio popular também", disse a petista

por Taciana Carvalho sex, 26/10/2018 - 20:19
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Durante uma entrevista concedida a uma rádio de Salgueiro, nesta sexta-feira (26), a deputada federal eleita Marília Arraes (PT) comentou um possível mandato do candidato Jair Bolsonaro (PSL). Ao ser questionada se o Brasil corre perigo, a petista foi convicta. “Muito perigo, muito perigo. É uma situação gravíssima o que a gente está vendo acontecer”, disse em tom de alerta. 

Marília chegou a falar sobre Hitler. “Pensam que esses governos autoritários, fascistas, por exemplo o Hitler na Alemanha, o Hitler não chegou e simplesmente tomou o poder não, ele tinha apoio popular. A ditadura civil-militar no Brasil de 64 tinha apoio popular também, então é muito grave o que está acontecendo”. 

“O que está em risco acontecer é tudo isso mais o fascismo, o autoritarismo, a intolerância. Não dá para chegar e dizer que [Bolsonaro] vai melhorar a segurança. Qual a proposta para melhorar a segurança? Qual a proposta? É com violência que se melhora a segurança, será? “, indagou afirmando que a insegurança se combate com escolas cheias como teria feito o presidenciável Fernando Haddad (PT), que já foi ministro da Educação. 

A neta do ex-governador Miguel Arraes também frisou que está em jogo a liberdade das pessoas. “Se você critica o PT, se você é anti-PT, está decepcionado com o PT, mas veja com o PT você tinha direito de falar, de reclamar, de protestar e com a ditadura não tem. Não se engane, esse discursinho agora está muito bonitinho, mas observe também o passado das pessoas e é preciso também ver as propostas”. 

Ela enfatizou que há o risco do brasileiro ter que ficar “calado” diante de um governo autoritário. Durante a entrevista, Marília Arraes ainda falou que não é da noite para o dia que a polícia vai bater nas casas das pessoas se o candidato do PSL vencer, mas que o movimento já iniciou citando que mais de 50 casos foram registrados de eleitores de Bolsonaro que agrediram os que votaram em adversários. “Isso é um indício”, ressaltou.  

A vereadora pediu para que as pessoas se engajem e se informem bem sobre os seus candidatos e sobre as propostas. A vereadora pediu para que as pessoas se engajem e se informem bem sobre os seus candidatos e sobre as propostas. “Não adianta ir somente por uma onda, ser levado por emoções, principalmente emoções prejudiciais para a gente que é o ódio e o medo”.

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