Daniel Coelho acusa Paulo Câmara de estelionato eleitoral
Segundo o deputado, o governador esperou o fim das eleições para enviar, em regime de urgência, um projeto de lei extinguindo a Delegacia de Crimes Contra a Administração (Decasp)
O deputado federal Daniel Coelho (PPS) acusou o governador Paulo Câmara (PSB) de cometer “estelionato eleitoral” por ter, segundo ele, esperado o fim das eleições para enviar, em regime de urgência, um projeto de lei para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) extinguindo a Delegacia de Crimes Contra a Administração (Decasp). A medida foi considerada autoritária por Daniel e de “quem quer proteger os corruptos”.
“Está muito evidente o estelionato eleitoral, a mentira que foi contada ao povo de Pernambuco. Evidente que esse fato teria repercussão na própria eleição. A população apoia as ações da polícia no sentido de combater a corrupção, de prender aqueles que estão desviando os recursos da nossa população, tirando os recursos da saúde, da educação e da segurança. É lamentável essa atitude do governo e daqueles que apoiam essa medida”, criticou Daniel.
Na ótica do deputado federal, Paulo agiu de “forma rasteira” por não ter exposto o que faria durante a campanha. “O povo pernambucano está completamente indignado pela maneira rasteira com a qual o PSB tem agido. Por que não assumiram isso no pleito eleitoral? Por que não enviaram a matéria sem regime de urgência para que ela pudesse ser debatida com a sociedade?”, indagou, em discurso na Câmara Federal.
“Não dá para a gente aceitar as alegações do governo, principalmente no sentido de ele próprio reconhecer que a urgência foi deixada para depois do pleito, ou seja, primeiro a gente faz o voto, primeiro se engana o eleitor, depois coloca pra votar uma matéria que evidentemente não tem o respaldo da sociedade”, acrescentou Daniel.
A Alepe aprovou a extinção da Decasp, em segunda votação, nessa quarta-feira (31). A medida está prevista no projeto que cria o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco), que vai acumular a função.