'Se Moro virar ministro prevalecerá que houve conspiração'

A afirmativa é do senador Cristovam Buarque (PPS). Para ele, tese se fortalece uma vez que Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente "porque Lula estava preso"

por Giselly Santos qui, 01/11/2018 - 09:28
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Buarque lembrou que Moro foi responsável pela condenação de Lula em primeira instância Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O senador Cristovam Buarque (PPS) afirmou, nesta quinta-feira (1º), se o juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato em primeira instância, aceitar ser ministro no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) vai prevalecer a tese de que houve “conspiração” na condução dos trabalhos judiciais da investigação que apura um esquema de corrupção na Petrobras.

Buarque lembrou que Moro foi responsável pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos crimes de corrupção de lavagem de dinheiro, o que, confirmado em segunda instância, enquadrou o petista na Lei da Ficha Limpa o deixando impedido de concorrer à Presidência. Segundo pesquisas de intenções de votos no início da campanha, Bolsonaro perdia apenas para Lula.

“Se Moro vira ministro de um governo que foi eleito porque Lula está preso e PT desmoralizado pela Lava Jato, prevalecerá aqui e no exterior a ‘possible news’ de que houve conspiração”, ressaltou o senador em publicação no Twitter.

Na ótica de Buarque, a manchete nos jornais será “Moro desmoraliza e mata Lava Jato”. “Não se pode ser czar contra corrupção desmoralizando imagem da luta contra corrupção”, reforçou a crítica.

O juiz Sérgio Moro é cotado para assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro ou ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele se reúne hoje com Bolsonaro no Rio de Janeiro para discutir os convites e já deu sinais de que pode aceitar integrar a equipe ministerial.

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